História Um certo professor - You

Alison

Depois de algumas horas assistindo a filmes entre outras coisas, ele dormiu.Fiquei ali o observando por um tempo e levantei,  indo até a cozinha. Tentei abrir todas as janelas que haviam na casa, mas todas estavam completamente trancadas. Nem tentei a porta.

Bufei e ia para meu quarto quando escutei a tranca da porta e gelei. De repente Gabriel apareceu rindo baixo. Seu cabelo e parte da sua roupa estava molhada e ele cheirava a drogas e bebida. 

Andou até a cozinha e bebeu água pelo bico da garrafa, depois cambaleou até o sofá e observou Johnny dormindo rindo. Até ele me ver e levar um susto. 

- ahh Alison...shhhh...

Ele fez e riu, saindo.

 Droga, fiquei tão perplexa que nem pensei em correr pra fora enquanto ele entrava.Gabriel se envolvendo com bebidas tudo bem, mas com drogas?Refiz o caminho até a cama e dormi.

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No dia seguinte,  Johnny fez algo para o almoço e eu contei o que havia acontecido.

 - ah, que mentira.

 - eu to falando sério,  Johnny! 

- não grite. E você deve ter sonhado com isto, Gabriel nem sonharia em se meter em qualquer coisa de droga.

Suspirei e deixei como estava, então ele chegou. 

Tinha o rosto sério,  e cansado.Johnny franziu o cenho e falou

.- oque houve?

Ele ficou um tempo parado e o olhou

.- o que foi o que?

- está estranho. Você comeu ontem?

-comi sim. Para de paranóia chará.

Riu e caminhou até a cozinha.

- boa tarde, Alison

- b-boa tarde

- onde esteve ontem?

Ele se virou e me encarou sério.

 - em casa, Johnny. Onde mais eu iria estar?

Ele me encarou por um segundo e depois Gabriel novamente.

- okay.

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A noite,  ele e Gabriel me levaram pra uma festa num clube. Por algum motivo que eu não sei, ele foi na frente e seguiu pra um corredor.

Gabriel continuou me guiando até um balcão,  colocou uma bebida na minha frente, e bebeu um pouco a dele.

- eai, você anda de boas?

O encarei, desviando o olhar logo em seguida. 

- é.

 - é?  Hahaha...olha, vai dar tudo certo, se você não ficar de chilique.

Nesse momento me segurei para não socar a cara dele. Só respirei fundo e apoiei a cabeça em uma das mãos. Ele passou o dedo por um fio de cabelo meu, colocando-o atras da minha orelha.

- fica de boas,  eu te garanto que vai viver bem aqui.

Nesse momento uma lagrima quase escapou de meus olhos, ele olhou para os lados, e levantou me guiando.

- vem, Johnny ta pra lá

Segurou meus ombros e me guiou por tras pelos corredores onde pessoas dançavam loucamente. Mas então vi uma coisa: Johnny estava agarrando uma loira no corredor, segurando-a no colo, e beijando ela intensamente. Me senti inferior,  um lixo, tive vontade de tirar a própria vida, não sei o porque.

Gabriel pigarreou alto para que Johnny escutasse e ele parou de beija-la, me encarando com um susto. Sussurrou algo no ouvido da garota e ela saiu, me olhando torto.

Johnny se aproximou meio sem jeito,  e eu não o retribui o olhar daquele momento em diante. No carro quando estávamos voltando, Gabriel estava dirigindo e Johnny estava atras comigo.

- Por que essa cara?

Johnny quebrou o silêncio falando pra mim. Não o olhei, pouco menos respondi.

Então recebi um tapa na cara forte desta vez. Arfei tremula e as lagrimas escorreram.

- nada. Não é. ..n-nada.

- nada  mesmo ?

- não.

Gabriel engoliu seco.

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Lá pra umas 2:40 da madrugada,  pouco tempo depois que a gente voltou, percebi que Johnny deixou sua faca na pia. Ele assistia a TV,  talvez esquecera ela ali. Puxei a faca afiada lentamente e  caminhei até a sala. Meu coração desparava. Talvez eu devesse fazer aquilo. Mas não fiz. Não tive a coragem, então lagrimas novamente inundaram meu rosto.

 Andei rapidamente até o banheiro e tranquei a porta.Me sentei num canto e comecei a chorar compulsivamente,  bem baixo, sorte que a TV estava alta. Gabriel nem percebeu, muito menos Johnny,  e eu aproveitei para fazer.

Comecei a passar a faca pelos meus pulsos meio forte. Isso ja causou um enorme sangramento repentino. Tive vontade de gritar, mas me segurei. Passei a faca mais algumas vezes, e não aguentei de tontura, deixando a faca cair de lado e tudo ficou escuro.

- hey Gabriel.

 - uh?

- vai ver o que a Alison ta fazendo?

- claro

Ele se levantou,  e foi até o banheiro batendo na porta.

- Alison?

 ...Sem resposta.

- Alison,...aconteceu algo?..?Nenhuma resposta.

Ele começou a se preocupar, tentando abrir a porta, mas não conseguiu.  Então a arrombou com um só chute,e entrou,  quase tendo um infarto quando me viu jogada no chão,  com o braço ensanguentado.

 - JOHNNY! PORRA

Correu ate mim e me pegou no colo, retirando do banheiro.  Johnny veio correndo com os olhos arregalados, quando me viu naquele estado. 

- abre a porta do carro, vai

Johnny correu até o carro de Gabriel e abriu a porta me colocando nos bancos de trás, me segurando

- corre, Gabriel. 

Ele ia correndo feito um louco,  a caminho do hospital.

- você viu? Ela estava se cortando com a sua faca.

- como que...ah...que merda...eu a deixei na pia...porra..

- é.  Toma cuidado, acho que ela o fez por causa dos amassos que tava dando naquela loira seca.

- oque? E desde quando Alison se importaria com isso?

Ele só dirigiu não falando mais nada.Quando chegaram no hospital,  os médicos me deitaram numa maca e começaram a examinar, eenquanto Johnny permanecia na sala de espera, tenso, passava a mão pela cabeça rezando para que nada tenha acontecido. ....