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História Um dia - Capítulo Único


Escrita por: Sonhos123

Notas do Autor


Oiie pessoas!
Eu nunca assisti todos os filmes da saga Harry Potter, mais já li várias fanfic's maravilhosas e pesquisei sobre alguns personagens, decidi fazer uma One sobre Dramione, espero que gostem! Boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction Um dia - Capítulo Único

Hermione morava sozinha, mesmo estando com 24 anos, ainda não era comprometida. Todos os finais de semanas saía com os  amigos para esquecer certos "erros", apelido dado pela castanha. Hermione se odiava por não ser forte o suficiente, e se culpava sempre que podia, pois deveria seguir atrás dos seus sonhos e não me esquecê-los quando achasse uma pedra no caminho. 

A médica guardava um segredo tão grande que nem seus pais sabiam, somente Gina, sua melhor amiga que trabalhava como secretária no hospital, irmã de Rony- Apelido que a castanha deu a Ronald- e noiva de Harry, seu melhor amigo.

No momento estava chegando do seu trabalho animada, pois Gina e Harry haviam marcado a data do casamento e ela seria uma das madrinhas, mas o que a incomodava era o par: Draco Malfoy. 

Rony e a esposa, Lilá, iam ser os padrinhos de Harry. Ao abrir a porta do seu apartamento Hermione ficou estática,  não sabia o que falar ao vê um certo loiro em sua casa.

- Boa noite, Hermione.- O mais velho falou, percebendo que a mulher a sua frente havia se assustado.

- Como entrou aqui?- Ele mostrou a chave que ela deixava no tapete, perto da porta.

- Um dia essa chave foi minha, né?- Falou olhando a nova decoração do apartamento. 

Ela fez questão de mudar tudo, para não ter mais lembranças de algo que por muitas vezes ocorria no local. Draco sabia da chave pois sempre se "divertia" com Hermione.

- Falou bem! ERA. Já não é mais.- A castanha entrou e fechou a porta, para não atrair a atenção dos vizinhos.

Draco sabia que ela odiava a atenção do público voltada para ela.

- Quem sabe?- Perguntou.

o loiro acabou deixando a dúvida bem clara, ao chegar perto dela e a envolver com o braço esquerdo, a puxando para si. Lembraram de quando se divertiam, começou com uma noite, que virou várias. As vezes, nem conversavam, só ficam abraçados sentindo o calor um do outro, quietos. Eram como um calmante, um para o outro. Acabaram passando tanto tempo juntos, que -por algum tempo- os amigos nem os viam mais. Mas era bom, era tão bom estar um com o outro, que só com o toque recente, a saudade bateu.

Hermione se culpava por aquilo, céus, será que não podia ter um botão mágico para quando apertasse não sentisse mais nada por Draco Malfoy? Ela era tão dele que doía, a castanha se sentia uma idiota em momentos como aquele, pois achava que Draco só queria iludi-la. 

Já Draco, fazia um esforço enorme para não puxa-lá e beija-la, olhou para aquela mulher que tanto amou em silêncio e se sentiu culpado. Culpado por nunca ter corrido atrás, mas nem era recíproco, não da parte dela, pensava ele. Mas ao vê-la ali, tão entregue a ele, ele amoleceu.

Eles se olharam e naquele mísero segundo nada mais importava, além de um querer olhar cada vez mais fundo nos olhos do outro. Queriam procurar uma verdade óbvia. 

Recobrando o sentido daquela conversa, Hermione arrumou a postura e se soltou dos braços calorosos de Draco.

- Eu?- Perguntou como se fosse óbvio.

Mas no fundo ela sabia que qualquer movimento dele, bastava um gesto e ela se entregaria. Porque era dele. Todos os músculos de seu corpo eram daquele loiro metido a besta, com um coração enorme.

- Talvez. Mas, eu não tenho muita certeza disso.- O loiro deu de ombros.

Andou alguns passos para mais perto daquela mulher que mexia sempre com ele, e ele sabia que continuaria mexendo até o fim de sua vida.

- O que você quer,  Malfoy?

- Nada.- Ela desconfiou, o conhecia bem, sabia quando mentia e arqueou uma sobrancelha sabendo que essa era uma das vezes.- Tudo bem.- Se deu por vencido.- Um jantar e te deixo em paz.

- Sério?- Ela o amava demais, mas o que ele fez no passado foi maior que um simples errinho.

- É, sim.  Mas eu escolho o lugar que vamos.- Ele disse, um pouco sem jeito.

-Ok. Vamos?- Hermione falou com deboche abrindo a porta.

Teria que tratá-lo com deboche, como tratava no trabalho, porque se não seria dele e não poderia. Não com tantas coisas mal resolvidas entre eles. 

- Então, vamos! - O loiro respondeu só para se mostrar como maioral. 

Logo se encontravam no carro de Draco Malfoy, quando percebeu pra onde iriam Hermione engoliu em seco. Estava preocupada com quem iria encontrar, mas sabia que o loiro não a faria mal, não podia.

- Chegamos! - Draco falou entrando em sua casa.

Logo um garotinho o agarrou, aparentava ter uns 4 anos. Hermione se emocionou, aquele momento era algo que significava muito pra ela.

Ao vê aquele menino loiro ela lembrou da primeira vez, em uma sala hospitalar, foi com Draco, um médico que ela admirava muito, foi algo louco, mas também romântico. Eles estavam animados, pois a cirurgia havia dado certo e tinha mais de 50% de chances do paciente morrer, por ser um senhor de idade.

O casal estava só se desafiando e rindo, ao mesmo tempo, depois de vistarem o paciente o loiro roubou um beijo da castanha e a levou até o quarto onde os médicos descansavam, tiravam as roupas como loucos e acabou acontecendo.

O nascimento do garoto, que nasceu com a ajuda do pai, Draco, foi um parto normal, rápido. Foi também o dia mais feliz da vida dela. Lembrou de quando descobriu a gravidez, foi para casa estática, sentou no sofá, ligou a televisão e deitou-se no mesmo, logo colocou a mão em seu ventre e sorriu, afinal, carregava uma vida.

Lembrou de quando Draco descobriu que era pai do bebê, ele a rodopiou no ar, ela podia vê a alegria verdadeira no rosto dele. Foi inesperado, mas estavam tão felizes. Lembrou de quando o loiro falou que só queria ter um filho com ela e levou o pequeno embora, ela chorou como nunca. Posteriormente, ele a ameaçou, falando que se ela dissesse algo ao garoto iria perder o emprego.

Logo a castanha voltou a realidade quando o pequeno loirinho perguntou:

- Papai, quem é essa moça?- Perguntou inocente,  no colo do pai.

- Ela é...- Hermione o cortou. 

- Eu sou uma amiga do seu pai. Me chamo Hermione Granger. E você?- Falou chegando perto do pequeno.

Mas nem precisava que ele respondesse, a castanha sabia o nome dele todo. Fora ela quem tinha escolhido, junto a Draco. Desde o primeiro instante eles sabiam, sabiam que o nome seria Scorpius ou Lyra, como as constelações.

Ah, as lembranças. Sempre visitavam a morena.

- Sou o Scorpius, Scorpius Malfoy!- Falou enchendo o peito com orgulho, fazendo os olhos de Hermione lacrimejarem, o que não foi despercebido por Draco.

- Que maneiro!- Ela falou fazendo cócegas no pequeno, que soltou uma gargalhada.

- Nossa.- Scorpius a encarou profundamente como se soubesse de todos os pecados dela. Então, ele olhou para o pai, surpreso.- Ela é muito bonita, papai. 

- Sim, ela é. - Respondeu Draco a olhando nos olhos, a castanha fez o mesmo, mas desviou o olhar.

Foi inevitável que ela não soltasse um sorriso, Scorpius era galante como o pai. Como se não bastasse a aparência o garotinho tinha puxado o gênio do pai, também.

- O cabelo dela é estranho!- Fez careta fazendo Hermione rir, era a primeira pessoa que o garoto conhecia com o cabelo daquela cor: Castanho claro, ondulado.

- Não gostou?- Hermione perguntou, contemplando cada pedacinho do garoto.

- É muito bonito! Mas é tão diferente... nenhuma das amigas de papai são como você. - Ele disse como se estivesse uma lista sobre cada mulher que viu ao lado de Draco.

Como não sorrir? Hermione não saberia responder, estava sorrindo boba. Ele tinha um pouquinho dela, também! Ela também era super criteriosa ao conhecer pessoas novas, mas sabia que nem sempre a primeira impressão é a que fica.

- Ela vai dormir hoje conosco. - Draco falou e Hermione se assustou, era pra ser só um jantar. 

- Que legal!- O garoto se animou. - Ainda bem que ela não é boba igual a mamãe, não é papai?- O garoto era pequeno mas compreendia algumas coisas melhor que muitos adultos. 

- O que conversamos sobre isso, Scorpius?- Draco chamou a atenção do filho.

- Que não devemos falar sobre a mamãe com outras pessoas. Desculpe.

- Senhor?- A governanta que cuidava da casa e de Scorpius chamou.- O jantar já está sendo servido.

Jantaram animados, logo depois o filho de Malfoy pediu para Hermiome o colocar para dormir, a castanha assim fez. Contou uma história sobre um garotinho que gostava de carros e o pequeno adormeceu com os carinhos da mulher sobre o cabelo.

- Boa noite, querido! - Falou quando o menino começou a fechar os olhinhos.

- Boa noite, mamãe! -Falou sonolento e Hermione arregalou os olhos, colocando a palma da mão na boca, para cessar um grito inaudível, para não acordar o garoto, que dormiu.

- Ele não sabe.- Draco falou baixo para não o acordar,  estava com os braços cruzados e com a cabeça na porta, uma posição bem sexy, ao menos, Hermione achava.

- Onde vou dormir?- Perguntou levantando da cama, após dá um beijo demorado na testa do garoto, que dormia confortavelmente.

- Onde você quer?- O loiro falou abrindo uma porta ao lado do quarto de Scorpius, com uma voz rouca.

Era como se ele mesmo estivesse procurando uma resposta para aquela pergunta.

- Draco...- Falou quando o loiro fechou a porta retirando a camisa. 

Ele estava na casa dele, mais especificamente no quarto dele. Ela já havia visto ele nu. Mas parecia errado para ela. Olhar para ele causava sensações que ela nem sabia que existia.

- Responde, Hermione!- Falou sério, autoritário, como sempre.

- Draco...

- Sabia que eu só trouxe você aqui?- Ele perguntou com amargura, olhando para a cama. Ela foi chegando perto dele, conforme ele ia falando, quando chegou a centímetros de distância o acariciou, ele a puxou para mais perto dele, até estarem coladinhos. - Eu juro que tentei trazer outras mulheres, mas na hora h, não dava. Não, se não fosse com você.- Apreciaram aquele carinho gosto um com o outro.

Hermione acariciava o rosto dele e ele a cintura dela. Eram um do outro e até um cego enxergaria e sentiria! Mas eram tão orgulhosos! Por orgulho, Hermione não pode vê o filho crescer e se culpava todos os dias por não ir atrás daquele besta e correr atrás dos seus direitos.

- Já estamos indo longe demais, Malfoy! Era pra ser só um jantar!- A morena disse aos berros, estava quase chorando, e o empurrou para longe.

Queria tanto ele, céus, como queria. Mas não podia. Não podia querer ele. Ao menos, não quando ele separou o filho deles dela. Por outro lado, o mesmo homem que gritou que a processaria caso ela tocasse no filho dele, tinha levado ela até o mesmo e estava diante dela como um cachorrinho sem lar.

E ela queria ser aquele lar, queria ser a pessoa para quem ele iria correr quando estivesse chateado e correria que para ele, nas noites de frio. Porque só ele podia esquenta-la. Mas a realidade batia a porta com Draco chamando a atenção dela.

- E foi!- Draco sorriu de lado, travesso, chamando a atenção da mesma.

- Não,  não foi! Antes eu sequer o conhecia, agora sou a boba e devo concordar com ele. 

- Você passou 1 ano com ele e diz que não o conhecia? Isso me faz rir Hermione.- O loiro disse debochando, sem graça.

- Me leva pra casa.- Ela estava começando a ficar vulnerável. 

-Não! - Draco chegava cada fez mais perto. 

- Não faz isso! Você sabe como dói!

- Faço!- Falou o loiro a pegando pela cintura e colocando a cabeça na volta do pescoço da mesma, sabia que ela queria tanto quanto ele.- Você é tão minha, quanto eu sou seu. Dói, porque somos dois orgulhosos.

- Draco..- Ele sorriu, ainda causava as mesmas sensações. 

- Mione...- Falou só pra provocar. - Será que não pode deixar o orgulho de lado e ser minha? Eu sei que você também quer!

- Nosso filho está no quarto ao lado.- A castanha falou, ele foi descendo as mãos até o quadril dela e o apertou de leve, a trazendo para perto de si, fazendo ela soltar um gemido baixinho.

- Só hoje, vai!

- Com essa histórinha tivemos Scorpius que até hoje me dá peso na consciência. Por que me trouxe aqui, Malfoy?

- Porque ele queria conhecer a mãe. 

-Interessante! Engraçado que quando eu quis conhecê-lo, você não deixou.

- Eu faço tudo pelo meu filho! - Disse orgulhoso.

- Deu para perceber com aquele monte de carros no quarto dele.- O loiro sorriu, assim como o filho amava carros e sempre que podia o mimava com miniaturas.

- Por que Draco? Por que não me deixou ve-lo crescer?- As lembranças de Hermione vinham a mente.- Você tirou o meu bem mais precioso, Malfoy. Meu bebezinho. Você não tem noção de como é carregar uma criança por 9 meses, começar a amar aquele serzinho que você ajudou a trazer ao mundo e no final alguém leva-lo de você. 

- Porque a Pansy falou que você estava com o Ronald e ele não seria mais um peso na sua vida! Não o meu filho! - Falou a olhando sério. 

O filho dele. O filho que provavelmente teria tudo do bom e do melhor, porque as condições dele proporcionariam isso. Mas que não teve uma mãe porque Hermione não estava ali quando ele chorou quando os dentinhos estavam nascendo, ou porque teve um pesadelo. O filho deles. Com esse pensamento, Hermione decidiu lutar pelo pequeno, perderia o emprego, mas ainda teria outros. Não tão bons, mas compensava, compensava ter o pequeno loirinho do lado.

- Ela estava mentindo! Nunca tive nada com o Rony. Porque não foi tirar satisfação?

- Talvez por medo.- Ele a soltou, mexendo nos cabelos.

- Não! Você não é desses. Você é um orgulhoso! Porque seu ego foi ferido, não quis amansar, não é? Que babaquice!- Ela gritou com os punhos cerrados.

- O que você queria que eu fizesse, Hermione? Engolisse meu orgulho e dissesse que te amava e que estava com um ciúmes do caralho, daquele filhote de Weasley? - Ele elevou o tom de voz, mas não foi alto o suficiente para que quem estivesse fora do quarto, escutasse.- Na hora que eu assumisse aquilo, eu iria te perder. Combinamos que quando começasse a existir sentimentos tudo iria acabar. 

- Sim, eu queria! Queria que gritasse para mim que me amava! Por vezes eu sonhei com você dizendo que amava, assim eu poderia dizer também que te amava. Porque eu amava, Draco! Eu não podia dizer antes, porque você sabia como eu era em relação aos meus sentimentos, tinha medo de me machucar, porque toda vez que eu falava primeiro sobre sentimento, sempre era a primeira a sair machucada!- Os olhos da castanha ficaram cheios d'água, ela remexeu nos cabelos os deixando desgrenhados e Draco achou aquilo completamente sexy. Então ela continuou.- Mas não, o poderoso Draco Malfoy não pode escutar um não,  porque é um Malfoy! Orgulhoso! E daí que combimamos que tudo acabaria? Para toda regra existe a exceção,  e você sabe disso! Eu confiava em você, Draco, eu te amava tanto! Por Deus, Malfoy! Como não percebeu? Eu era tão perdidamente apaixonada por você, que realizava cada capricho seu! E então você tirou o meu filho de mim! Você só faz merda, não é, Malfoy? Por que eu não acreditei quando falavam? Mas, você era tão atencioso, comigo e com todos ao redor, eu achei que era inveja dos demais. Sempre me avisaram que o poderoso Malfoy era um babaca cretino, e eu boba me encantei rápido. Que estúpida!- Ela já não conseguia interromper as lágrimas que estavam ameaçando cair,  e chorou como nos dias em que Draco levou seu bebê. 

- Me amava tanto..quer dizer que não ama mais?- Ele disse chegando perto e ela mordeu o lábio inferior. 

Lar. Ele era o lar dela. Mesmo que se passassem mil anos, a morada dela seria os braços de Draco Malfoy.

- Malfoy...- Ela disse se derretendo, Malfoy tinha aquele poder sobre ela.

-Eu sei que eu não posso pedir, e nem mereço. Mas me desculpa, querida? - Perguntou a encarando, estava com um semblante triste. - Amor, meu amor, eu te amo! E eu sou tão seu que nem seria capaz de descrever, Hermione. Não há ninguém que habite meu coração, além de você, querida! Venha me chatear! Porque eu não consigo mais viver sem você, sem a mãe do meu filho e dos futuros filhos que virão.

Ela o encarou, os dois se olharam profundamente e foi como se conhecessem um ao outro desde sempre. Como se todas as perguntas fossem respondidas. E a vontade que ela tinha de tê-lo só aumentou,  desde quando Gina admitiu que Malfoy perguntava sempre por ela nos plantões,  e as flores na mesa dela, uma por dia acompanhada de um solitário, com alguma mensagem motivadora não eram coincidência, eram dele.

Naquele momento, Draco Malfoy queria matar Pansy Parkinson, mas queria matar a si mesmo mais ainda, seus ciúmes o levaram para o pior caminho. E o pior, é que ainda amava a mulher a sua frente, tinha um medo exagerado de entristece-la novamente, mas a queria para si, mais que qualquer coisa.

Draco mesmo não admitido, totalmente, confiava na castanha. Quando descobriu que Pansy o separou de várias namoradas porque era louca por ele decidiu procurar Hermione, para satisfazer um dos desejos do filho e se desculpar, coisa que ele não tinha costume. 

No início da mentira de Pansy ele achou que fosse mentira mas não tinha porquê duvidar, via por muitas vezes Hermione andando com Ronald Weasley nos corredores do hospital, e muitas das vezes eles estavam rindo, como se fossem super íntimos.

Pansy acabou se distanciando da família Malfoy por motivos que levaram Draco a acreditar em Hermione, além de tudo, parecia que o mundo sempre conspirava para ele lembrar dela ou ve-la, o fato de trabalharem juntos também não contribuía.

-Um dia, Draco.- A castanha falou olhando a boca dele, aquilo era tentador, estava tão perto da dela.

Ela acabou mordendo o lábio inferior, Draco achou aquilo um gesto baixo, pois ela sabia como ele a queria e parecia que a castanha só o provocava.  Ele acabou a beijando, ela correspondeu de bom grado. Mas, ao perceber a burrada, correu até a porta mais próxima, era a do banheiro. A encostou e deitou a cabeça na porta chorando.

Não podia se entregar novamente a ele, o amava, sabia, mas não queria sofrer mais. Passava o final de semana farriando para esquecer do pequeno serzinho que ela amava, e do loiro com quem perdeu a virgindade em uma noite depois de uma cirurgia cansativa ao lado do mesmo. Se ela se envolveu com outro? No máximo beijos!

Assim como a cama dele não era ocupada por outra mulher, a dela não era ocupada por nenhum outro homem.

- Hermione, abre essa porta!- O loiro gritava tentando abrir a porta, que acabara de ser trancada.

- Não.- Susurrou só pra si, mas ele acabou escutando. 

- Eu digo tudo isso e você se tranca?

- Ainda dói, Malfoy.

- Então resolva esse problema de frente! Abra a porta e brigue comigo, grite comigo. Mas não se esconda de mim!- Disse tentando abraçar a porta, como se a própria Hermione estivesse a sua frente. - Por favor, não escolha a saída mais fácil. Não se esconda de mim.- Começou a bater e tentar abrir a maçaneta. 

- Draco, por favor. Não tem saída fácil. Me deixe em paz.- Por um momento ela não escutou  mais nada.

- Se você não abrir eu vou tomar medidas extremas. Venha, amor, venha me chatear. - Ela, com medo, abriu.

Então o quarto foi abafado por risadas,  só ele para a fazer rir, por está só de cueca box.

- Gostou?

- Louco!- Falou mordendo o lábio inferior, a ficha já tinha caído, não teria como escapar de Draco Malfoy. 

Não iria se permitir ser infeliz, por erros do passado. Não com a felicidade batendo em sua porta.

- Por você? Muito!- Falou ele a olhando.

O loiro não tinha se movido nenhum milímetro para perto dela, o que Hermione agradecia. Pois não conseguiria resistir a tentação, isso já era fato.

- Deixa eu pelo menos tomar banho vai! Tirar esse estresse que você me causou!

- Só se eu for com você!- Ele tinha percebido os olhos vermelhos da castanha.- Deixa eu te fazer feliz, deixa?

- Tá.  Mas sem sexo!- Ela estava provocando? Ele se perguntava.

- Certo.- Respondeu o loiro e ela tirou a blusa e a saia ficando só de peças íntimas.- Eu prometo. - Disse com os dedos cruzados, nas costas.

Minutos depois, ele abriu o choveiro, era um espaço grande, isso fez Hermione lembrar de quando estavam "ficando", ele gostava de dançar tomando banho. Mas agora era diferente, tudo estava calmo,  sem música ou danças, estavam abraçados somente com peças íntimas de cor branca e com as bocas a milímetros. 

Mesmo a água estando gelada, estavam com a respiração ofegante. Quentes. E sem Hermione esperar Draco a virou carinhosamente para a parede, a beijando. Logo estavam sem roupas, fazendo carícias um no outro, no meio de tantos carinhos o loiro a penetrou.

Penetrou bem fundo, aquilo o fazia pensar que ela era somente dele e ele gostava desse pensamento,  gostava de saber que tinha um filho com ela, assim como gostava de saber que ela o amava, ele também, mas quando ia dizer veio a história de Pansy.

Ja ela, gostava de se sentir segura ao lado dele, era como se fossem um só, como se todos os problemas acabassem, assim como uma bolha de sabão estoura no ar, caindo apenas as gotinhas no final.

- Dra.Co. Draco, você prometeu!- A castanha falou gemendo.

- Prometi não fazer sexo e eu estou cumprindo.- Falou o loiro.

Ele diminuiu os movimentos e roubou um beijo dos lábios vermelhos dela.

-Aham.- Ela falou e ele riu.

- Querida!- Olhou bem nos olhos dela, que olhou pros dele.- Com você eu não faço sexo, já fiz, nós sabemos...- Sorriram, olhando um nos olhos do outro.- É clichê, eu sei. Mas que se foda, vou dizer a verdade mais sincera! Com você eu faço amor, Hermione, como na vez do Scorpius.- Uma lágrima no rosto de Hermione invuneravelmente caiu.- Ei, isso não foi pra você chorar!- Falou ele beijando a gotinha de água na bochecha vermelha da castanha.

- Draco Malfoy falando... eu acredito! - Ela falou rindo e ele achou que ela estava debochando, bem, estava um pouco.

-Deu tando certo que taí ele.- Brincou ele, arrancando uma risada dela.- Nosso pacotinho de amor.

E tudo começou novamente, em pouco tempo estavam entregues ao prazer. Aquilo era tão errado para Hermione, o cara que "retirou" o filho dela, mesmo ela implorando, estava dizendo que com ela era diferente. Mas ela gostou de fazerem dar certo, se fosse pra errar assim, ela queria, ela queria ser feliz.

- Tem uma criança ao lado, então vai ter que controlar os gemidos.- Draco falou a beijando com volúpia, depois sorriram entre o beijo.

Estavam perto de chegar no clímax, quando Draco ouviu uma porta ser aberta, agradeceu aos céus por fechar a do banheiro, Hermione gemia e ele não estava pra trás, decidiu colocar a mão que estava no pescoço dela, na boca da mesma a calando, só para ter certeza, pra ela aquilo foi incrivelmente sexy e louco. 

- Depois te explico.- Sussurrou com a voz rouca a fazendo se arrepiar.

- Papai?- O pequeno bateu na porta e Hermione soltou uma risadinha, o loiro estava encrencado.

- Oi.- O loiro gritou.

- Tive um sonho estranho com a Hermione.- Ela arregalou os olhos.- Cadê ela?

- Er, é,  ela foi em casa pegar uma coisa que esqueceu.- Falou gaguejando no início. 

- Vai ser uma festa do pijama? Que nem quando eu vou brincar com meus amigos?- O pequeno perguntou, inocente. - Pode abrir a porta?- Aquilo era o fim do mundo, pensava Draco, enquanto Hermione ria.

- Faz o seguinte, vai pro seu quarto, que já já o papai vai pra lá. - Logo não se ouviu mais nenhum barulho, sinal que o garoto fez como o pai falou.

- Foi por pouco.- Hermione falou dando um selinho nele.

Depois tomaram um banho rápido e o loiro emprestou um conjunto -calça moletom cinza que amarrava na sintura e uma blusa branca, que ficou parecendo um vestido- que ficou soltinho na castanha. 

- Você fica tão sexy usando minhas roupas! - Ele disse e ela riu.

Eles decidiram contar ao garoto a identidade de Hermione. Foram ao quarto de Scorpius e o garoto arregalou os olhos.

- Você está parecendo um menino.- Disse rindo sapeca.

- Estou tão feia assim?- Hermione perguntou sentando ao lado dele.

- Não! Você é linda!- Hermione corou, foi o segundo elogio do filho e não estava acostumada com isso.

- Qual sonho você teve comigo?- A castanha resolveu mudar de assunto.

- Papai te contou?

- Am? A sim, contou.-  Sorriu de lado, envergonhada, quase foi pega.

- No sonho tinha um bolo bem grande. Estavam você,  o papai e eu soprando velinhas. Era meu aniversário. Sabia que é amanhã?- Ela sorriu, confirmando. -Queria que minha mãe estivesse comigo.- Respirou fundo.

- Ela está!- Hermione sorriu com o que Draco acabara de falar.

- Não estou vendo.- O garoto falou olhando os lados.- Só tem você e a Herm... Mãe?- Ela piscou. - Mamãe!- O garoto levantou da cama indo abraça-la, ela sorriu, esperou muito por isso.

Depois do abraço Hermione colocou o filho sentado na cama e fez carinho na bochecha do pequeno loirinho, emocionada.

- Você é tão lindo quanto eu me lembrava!- Sorriu ao conversar com o filho que enxugou uma lágrima que caia no rosto da mãe. 

- Não chora, mamãe. 

- Me desculpe, meu amor, eu deveria ter continuado com você, me desculpe por ser uma boba!- Falou ao lembrar das palavras do filho quando entrou naquela casa.- Deveria ter enfrentado os meus medos, na época não consegui, mas eu te prometo, querido! Eu vou aproveitar ao máximo você,  porque eu te amo desde sempre, meu filho.

- E eu amo você! - O pequeno sorriu, indo abraçar a mãe.- Eu tinha tanta saudade de você, mesmo sem lhe conhecer, eu conseguia imaginar você! Você me cheirando, eu... eu não sei explicar, mas...

- Eu sei, eu também imaginava você desse jeitinho e tinha tanta saudade sua que nem cabia no meu peito!- Disse com ele no colo.

Draco tinha preparado tudo, uma viagem para comemorar os 5 anos do filho, Hermione foi convidada, o pequeno se divertiu muito e sempre pedia um irmão,  Draco ria e falava que tudo dependia de Hermione. 

Mas -por enquanto- ela não queria,  estava namorando a pouco tempo com Draco. Sim! quando Draco a convidou para viajar a pediu em namoro. No casamento de Harry e Gina, pegou o buquê, mesmo estando sentada duas mesas depois do palco, onde as mulheres estavam reunidas, incrivelmente ele foi parar na mão dela.

Aquilo parecia ter sido armado, pegou o buquê e quando olhou para Draco ele estava com uma aliança,  por estar sensível,  chorou e borrou toda a maquiagem que demorou 2 horas fazendo.

5 meses depois casou, foi uma cerimônia simples, só para os mais chegados, acabou surpreendendo o noivo na hora de brindar, ele riu por ela não tomar a bebida, segurar a taça só para tirar foto e ela calmamente respondeu:

- Não posso beber, não quero que nosso futuro filho, ou filha, sofra, certo?

Segundos depois que ele conseguiu raciocinar,  parecia uma brincadeira, mas ao vê a esposa séria percebeu que não. Logo estavam ao lado de Scorpius tirando uma foto para recordação, o menino estava feliz, com a notícia que iria ter um irmãozinho, ou irmãzinha.

No final veio um casal, uma menina e um menino, respectivamente, Emma e Tom. Nem nos seus melhores sonhos Draco pensou nesse futuro, só queria ter tido um herdeiro e aproveitar, mas foi se apaixonando por Hermione. Logo, Pansy lhe contou uma mentira e ele enciumado tirou Scorpius da mãe,  o que depois se arrependeu. 

Logo depois o garoto pediu para vê a mãe e ao perceber o sofrimento do filho foi atrás de Hermione, que conheceu no trabalho. Depois contou a verdade ao filho, viajaram e logo se casaram, tendo mais 2 filhos.

Aquilo era uma loucura para Draco, mas a melhor loucura que ele fizera,   percebeu isso olhando o mar, estava na 3º lua de mel com Hermione, ela apareceu o abraçando por trás e se esticando para cima, deixou um beijo nas costas do marido, que estava só de roupa de banho, em pé.

Ele a olhou, continuava sexy, com curvas, parecia que nada tinha mudado,  mas tinha.

- Terceira lua de mel, somos fogo amor.- Sorriu brincalhona.- O que tanto você pensa?

- Penso que sou o cara mais sortudo do mundo. 

- E é!

- Como minha mulher é convencida!

- Eu sei que sou!- Ela falou sorrindo e Draco resolveu sentar na areia,  movimento que não foi despercebido por ela.- Você ainda não percebeu, Malfoy?- Ele a encarou.- A verdade é óbvia, querido, nunca deixamos de nos amar e nunca deixaremos.

-Eu te amo! - Falou quando a castanha sentou ao seu lado, de biquíni,  e colocou a cabeça em seu ombro.

- Eu te amo mais! - Sorriu e a beijou, ela logo foi pro colo dele, naquele finalzinho de tarde, com o sol se pondo.

 


Notas Finais


"Sabe, quando a gente tem vontade de contar
A novidade de uma pessoa
Quando o tempo passa rápido
Quando você está ao lado dessa pessoa
Quando dá vontade de ficar nos braços dela
E nunca mais sair" - Nando Reis, Sei.

Acho que essa música super combina com Dramione aqui na fic.
Espero que tenham gostado.
Bjs!


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