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História Um dia qualquer - Aquele homem


Escrita por: MandyWoodwork e Losie0801

Notas do Autor


Oláaaaaaaaa!

Capítulo 2 - Aquele homem


Fanfic / Fanfiction Um dia qualquer - Aquele homem

Aquele óculos escuros, aquele terno preto... e um café bem quente na mão.

 

Olhei para aquele homem. Estava bem sério, passando a mão pelos cabelos castanhos e soprando a fumaça que saia do copo de café em sua mão. Tive uma sensação estranha. Era como se eu o conhecesse. Será? Talvez seja alguém da TV, um famoso. Acho que se parece com o cara do tempo do telejornal das 19h. Espera, por que isso importaria? Não é como se fosse fazer diferença na minha vida.

Ele olhou para a rua em frente ao bar em que estava. Involuntariamente, olhei para a mesma direção. Afinal, eu o estava encarando e seguindo todos os seus movimentos como uma retardada. E quando finalmente meus olhos se fixaram em um ponto, uma mulher do outro lado da rua me encarou. Era minha vizinha, Florinda. Uma mulher forte, se braços gorduchos e pernas estranhamente pequenas. O que mais posso dizer? Bem, Florinda é chata para uma caralha e eu com certeza não estava afim de ouvir a fofoca de todos os moradores da minha rua. Eu precisava escapar. Olhei para todos os lados e não encontrei nenhum conhecido ou algum lugar decente para me esconder. Ela já estava sorrindo e indo em minha direção. Cacete, alguém me ajuda!

Até que meus olhos se fixaram nele. Aquele homem que curiosamente vestia um terno num calor horrível, e bebia café como se a vida fosse curta demais para se preocupar com alguma coisa. Por algum motivo, me vi indo em sua direção. Entrei no bar, alguns homens me olharam. Mas ele não. Passei por umas mesas vermelhas. Minha vizinha atravessou a rua. Puxei uma cadeira ao seu lado e me sentei.

- Oi Roberto, quanto tempo! - beijei seu rosto - Como anda a vida? E o trabalho? Catarina ainda está na faculdade?

Ele me encarou pela primeira vez e franziu o cenho. Sua boca se moveu, e sem sair nenhum som ele disse "mas quem caralhos é você?". Eu estava passando a pior vergonha da minha vida, e eu não me importava. Aquela mulher era chata demais.Por sorte, quando fiz meu pequeno teatro ela desistiu de mim e foi embora. Ufa!

Olhei para fora das grades que cercavam as paredes do bar, de modo que pudéssemos ver o lado de fora.

- Ai, que boooom! Ela foi embora! Obrigada Carlos, estou te devendo uma! - Sorri para o desconhecido, que continuava com a mesma expressão.

- Quem é você, garota? Te conheço? - perguntou.

- Bem, acho que não né. Olha, não me leve a mal, mas eu precisava me livrar daquela chata!

- Garota, sai daqui! Você está me atrapalhando! - rosnou o homem, olhando para os lados e tirando os óculos escuros. Pude ver seus olhos verdes. - O que está esperando?!

- Uma palavrinha mágica! - respondi

- O que?

- A palavra mágica, querido. Por favor. Sua mãe não te deu educação?

- Vai se ferrar! - nessa hora um outro homem, extremamente grande, se juntou a mesa e olhou para nós dois. Pegou uma maleta e a pôs sobre a mesa. E do mesmo jeito que chegou, foi embora.

Olhei desconfiada para aquele cara. Era exatamente o tipo de pessoa que minha mãe me implorava para não andar. Olhei para a maleta.

- Você por acaso não vende drogas, vende? 

- Está maluca? Se eu fizesse isso, certamente não seria em um bar! - respondeu, agora ficando verdadeiramente irritado.

- Vai saber né.

- Olha, acho melhor você ir embora agora antes que eu me estresse mais. E somente esqueça do que aconteceu aqui.

- Você vende drogas.

- Cala a boca.

- Ou então compra. Ai meu Deus, você é um usuário! Caraca! Vou ligar pra minha mãe!

- NÃO! - levantou da mesa, e então todas as pessoas que estavam no bar nos olharam. - Não. Você não tem nada a ver com a minha vida, entendeu? Apenas cale a boca e saia daqui. Ou então...

- Olha aqui... - fui interrompida por um tiro. Depois outro. Estava acontecendo um arrastão naquela rua, e eu estava perdendo tempo com aquele cara que eu nem conhecia. Eu precisava correr, e logo. 

De repente, o homem se levantou novamente e retirou da cintura uma pistola. Arregalei os olhos. Com quem eu tinha me metido? Ele pegou a maleta com uma mão, e com a outra carregava a pistola firmemente. Sinalizou para que eu fosse para trás dele. Apenas fui.

- Eu mandei você ir embora.

Eu nem ouvia mais. Só queria sair daqui. Os tiros ficavam cada vez mais altos e eu sentia meus ouvidos zunirem. Minha nossa! Muita gente correndo, com medo de ser o próximo número na lista de mortos na cidade. Minha cabeça começou a  rodar, eu estava tonta. Ele olhou para mim. Mexeu os lábios dizendo "me siga". Apenas o fiz. Saímos correndo, fugindo daquele lugar. O moço disparou um tiro. Suas mãos tremiam, mas não hesitavam. Fomos parar numa outra rua, agora mais estreita e mais vazia. Um carro parecia preparado para nós. Então, o homem retirou de seu bolso uma chave, e assim entramos no veículo. 

- Cara, você sabe o que está fazendo?! - perguntei, assustada.

- Pra falar a verdade, não muito. Comecei no trabalho ontem. - ele me encarou, sério. Eu ri. Depois gargalhei. Ele só podia estar de sacanagem, assim eu esperava.

E então, com pressa ele ligou e acelerou o carro, indo para a direção oposta ao caos. 

É, talvez aquele não fosse um dia tão qualquer assim.

 


Notas Finais


Oiii de novooo! Espero que quem leu tenha gostado kkkkkk
Bem, talvez vcs n estejam entendendo muita coisa, mas estamos apenas no segundo capítulo, certo? Muita coisa virá.

muita coisa interessante hehehehe

Até a próxima!


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