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História Um Farol Para Os Mortos - Hated, forgotten and found


Escrita por: SeleneDarkbloom

Notas do Autor


Oieee, mais um capítulo pra vocês nessa madrugada.
LEIAM AS NOTAS FINAIS

Capítulo 3 - Hated, forgotten and found


A neve estava caindo tranquila naquela noite, Richard e sua esposa queriam apenas chegar em casa com o presente de aniversário do seu filho, Eddie estava completando 4 anos, e naquela manhã eles prometeram para o pequeno que chegariam cedo e com uma surpresa que ele iria adorar. Infelizmente o destino, o acaso, ou qualquer coisa como queira chamar, parecia estar trabalhando para que eles quebrassem sua promessa.

Eles estavam na rodovia, não viam um carro passar já fazia um tempo razoável, quando Richard fez uma pequena curva sua esposa pediu com urgência para que ele parasse o carro.

- O que foi? Por que quer que eu pare o carro a essa hora no meio do nada? - Ele perguntou enquanto diminuía a velocidade do veículo.

- Por causa daquilo... - Ela disse e apontou para um lugar mais a sua esquerda onde se podia ver uma silhueta de uma pessoa deitada no acostamento.

- Meu Deus! - Richard aproximou o veículo até onde estava a pessoa, e ambos desceram do carro às pressas. Quando chegaram perto viram que era um jovem rapaz teria no máximo uns 20 anos, estava coberto de terra e neve, quando olharam com mais atenção foram capazes de ver algumas manchas de sangue em seu rosto e roupas. A mulher se ajoelhou ao lado do rapaz e colocou dois dedos em seu pescoço a fim de checar seus batimentos cardíacos, se é que ele tinha algum. Ela esperava que tivesse.

- Ele ainda está vivo! Richard ligue para a emergência. E por favor, pegue o cobertor que está no porta-malas ou ele vai morrer por causa do frio antes que ambulância chegue.

Ele fez como sua esposa havia lhe dito, ligou para a emergência e depois lhe entregou o cobertor. O rapaz que até agora mal respirava começou a se mexer e murmurar algumas palavras, e as únicas que conseguiram entender foram duas palavras: "Me perdoe".

***

Stiles estava a ponto de morrer de tédio quando o sino tocou anunciando que a hora do almoço havia chegado, os alunos saíam desesperados atravessando a porta para a liberdade, e realmente era. Quando ele colocou os pés para fora da sala foi como se sua energia e vontade de viver tivessem sido restauradas instantaneamente.

O humano se dirigiu até seu armário, e quando terminou o que tinha de fazer ali fechou a porta e nesse instante tomou um susto.

- Ai meu Deus! Malia você podia ao menos dizer alguma coisa ao invés de surgir do nada, eu tenho um coração bem frágil sabia? Podia ter morrido de um ataque cardíaco nesse exato momento. - Enquanto Stiles dizia tudo isso freneticamente, a coiote ficou escorada no armário com a expressão inalterada.

- Foi mal. Enfim, Lydia me contou sobre o telefonema de vocês ontem a noite. Alguma novidade da delegacia? - Ela perguntou a ele. Enquanto ambos se dirigiam para o pátio.

- Não teve nenhuma novidade de lá. Na realidade está tudo muito quieto. - O acaso é uma coisa muito curiosa, pois no mesmo instante em que ele disse a última palavra, o seu telefone toca e quem ligava era o xerife.

- Oi pai, o que houve?

- Preciso que venha para o Beacon Memorial e traga algum dos seus amigos. É urgente. - O Xerife disse sério do outro lado da linha.

- Okay, mas você podia ao menos fazer a gentileza de me dizer que tipo de urgência é. - Stiles falou para o pai no seu tom delicado de sempre.

- Ah, Stiles pelo amor de Deus pare de fazer perguntas e traga logo a sua bunda pra cá! - O Xerife disse do outro lado da linha, num tom um tanto estressado.

- Ai! Essa doeu! Okay estou indo, chego em meia hora. - O garoto falou e encerrou a chamada.

- Malia, o que acha de a gente ir dar uma volta ali no hospital?

- Por quê? - Ela perguntou unindo as sobrancelhas.

- Papai ligou e pediu que eu fosse para lá e levasse algum dos meus amigos. E disse que era urgente.

- Okay. Se é urgente então o que estamos esperando?

Os dois seguiram para o fiel Jipe Rosccoe e seguiram para o hospital, onde se encontraram com o Xerife que os levou a alguns andares mais acima, e enquanto não chegavam até seu destino o pai do Stiles explicou o motivo de tê-los chamado ali:

- Ontem por volta das 9:30 da noite um casa o encontrou na rodovia, ensanguentado, inconsciente e hipotérmico. Eu fiquei surpreso ao ver de quem se tratava. - Ele favou isso no momento em que chegaram em frente à porta de um dos quartos, o Xerife a abriu revelando de quem ele falava, e ambos Stiles e Malia ficaram surpresos.

Ele estava ali, completamente indefeso, visivelmente inofensivo e machucado, muito machucado. Sua aparência era deplorável, a barba por fazer, o cabelo estava em igual estado, maior do que da última vez que o viram. Tinha um corte profundo no supercílio esquerdo, uma mancha roxa na maçã do rosto direita e o olho direito inchado.

- Você só pode estar brincando comigo! - Stiles falou com ódio e incredulidade enquanto apontava para cama. - Bem que o casal que o encontrou podia ter passado por cima dele e exprimido sua cabeça entre os pneus e o asfalto! Teriam feito uma boa ação! - Ele disse a última parte quase gritando.

- Calma Stiles! Eu sei que ele foi um filho da mãe idiota e arrogante, mas aparentemente ele teve o que merecia. - Malia falou pra ele, com uma de suas mãos sobre seus ombros.

- Ele merecia era ter ficado naquele buraco, estamos falando de Theo Raeken aqui. Ter o que ele "merece" ainda não é o suficiente. - Ele falou para ela. Antes que qualquer um dos dois tivesse a chance de falar alguma coisa foram interrompidos pelo Xerife:

- Stiles, talvez ele tenha tido mais do que merecia. Os médicos nos informaram que ele sofreu traumas cerebrais muito fortes. O hipocampo e o córtex estão danificados, eles disseram que há uma grande chance de ele não lembrar nem do próprio nome, isso se ele sequer for capaz de acordar.

Quando essas palavras foram ditas a sala ficou em silêncio, Malia olhou para Theo e sentiu pena, ela queria negar qualquer sentimento por ele mas ela não pôde evitar, ele estava acabado. Todo o perigo que ele representava não existia mais, pelo menos não naquele momento. Stiles por sua vez continuou achando que ele devia ter morrido. Deixou isso de lado quando uma pergunta lhe surgiu:

- Só uma coisinha, por que diabos ele não está curando? Ele não é uma Quimera vinda do quinto dos infernos?

- Bem, filho, essa é uma pergunta que eu não sei responder.

- Então vamos chamar alguém que saiba. - Disse Malia.

- Eu vou trazer Deaton para cá. - Stiles se pronunciou. Claramente desesperado para sair dali, não aguentava mais olhar para Theo, a vontade de lhe injetar qualquer coisa para fazer com que o coração dele parasse de bater.

- Mas antes de ir preciso saber se alguém, um policial armado de preferência, vai ficar aqui. Não quero arriscar que ele acorde e tente fazer alguma coisa ruim. - Stiles falou para seu pai, que não deu uma resposta satisfatória ao garoto.

- Stiles eu não posso colocar alguém para vigiar o garoto sem nenhuma justificativa. Perante a lei ele não é culpado de nada.

- Você é o Xerife, invente algo. Inocente ele não é. - O humano replicou indignado.

- Existem limites que eu não devo cruzar. Tem que entender isso. - O pai tentou explicar ao filho.

- Às vezes é preciso cruzar certos limites. Acredite eu sei disso. - O Xerife sabia que seu filho se referia a Donovan, ele nunca queria que seu menino tivesse que tirar uma vida, é algo que você não esquece, algo que lhe marca, é uma coisa que tira um pedaço da sua alma.

- Eu posso ficar aqui. - Malia, que estava quieta até esse momento, se manifestou.

- Por quê? - Stiles perguntou sem entender o motivo de ela querer ficar.

- Porque se ele acordar e se ele tentar alguma coisa, eu tenho menos chance de morrer tentando o impedir. - Ela disse com confidente.

- Certo. Eu vou voltar logo. - Disse Stiles, saindo relutante do quarto sendo seguido por seu pai.

Malia começou a se concentrar no que podia ouvir, os batimentos dele eram irregulares e sua respiração era pesada. Ela sabia que ele estava com dor. Então ela caminhou até ficar do lado da cama e com receio segurou sua mão e sentiu a dor que ele sentia, sem pensar muito ela tomou essa dor para si. Naquele mesmo instante ela escutou os batimentos dele se tornarem mais regulares e sua respiração se tornar mais leve.

A coiote observou Theo durante mais um tempo e depois sentou na poltrona ao lado. Perdeu-se em seus próprios pensamentos, tinha muitas dúvidas quando se tratava dele. Tirar sua dor foi certo, ou ele merecia ficar sofrendo? Ela chegou a conclusão de que apesar dos pesares ele já sofreu o bastante, seu estado físico era prova disso. Porém não foi apenas isso, ela podia sentir o cheiro de insegurança, medo e arrependimento vindos da parte dele, e isso a fez pensar se ele iria acordar lembrando-se dela de alguma coisa.

Seus devaneios foram interrompidos pelo retorno de Stiles com Deaton. Sem muitos arrodeio o veterinário examinou Theo e chegou à conclusão de que ele estava sim se curando, e rápido. Em pouco tempo as machas roxas já estavam amareladas e o olho estava desinchando. Stiles continuava "azedo" a ideia de que ele estava melhorando não o agradava, ele merecia coisas piores pelo o que fez, traiu, mentiu, matou e machucou Lydia. A conta dele estava jorrando vermelho e Stiles não pretendia perdoar essa conta.

- Stiles você já contou ao Scott sobre isso? - Perguntou Malia

- Não. Mas tenho que contar, eventualmente. - Ele respondeu.

- Esse eventualmente já era pra ter chegado você devia ir logo, no ritmo em que ele está curando provavelmente vai acordar mais cedo do que o esperado. E acho que todos vão querer um alfa aqui quando isso acontecer. - Ela alertou o humano.

- Certo. Mas me avise caso alguma coisa estranha aconteça. - O humano disse a ela com certa preocupação. Podiam não ser mais um casal, porém ela era importante para ele.

- Não se preocupe, eu aviso. - Ela falou de volta. E mais uma vez Stiles saía de lá deixando Malia a sós com Theo naquele quarto de hospital.

***

Scott havia acabado e sair da sala de aula, era seu horário livre. Estranhou o fato de não ter visto Stiles ou Malia desde a hora do almoço. Parou de pensar nisso quando se encontrou com Kira no pátio.

- Oi! - Ele disse dando um selinho nela.

- Oi! - Ela disse de volta.

- Vocês viram Stiles e Malia? Os dois sumiram. - Perguntou Lydia que havia acabado de sentar-se à mesa.

- A gente não sumiu. - Disse Stiles se aproximando da mesa.

- Não, os dois deviam estar fazendo as pazes, reatando o namoro, coisas do tipo. - Disse certo loiro piscando um olho.

- É sério, qual o motivo de você ter voltado da França pra cá Isaac? - Perguntou o humano.

- Estava com um tédio mortal. - Isaac respondeu.

- Tanto faz. - Disse Stiles bufando. - Enfim, eu e Malia estávamos no Beacon Memorial, papai me ligou e pediu para que eu fosse lá. Um casal encontrou ninguém mais ninguém menos do que Theo Raeken, coberto de sangue parecendo que foi ao inferno e voltou. - Isso foi o suficiente para todos na mesa ficarem em silêncio. - Ah e médicos disseram que há uma possibilidade dele ter uma perda de memória a ponto de não se lembrar do próprio nome.

- Ele está desacordado no hospital sozinho? - Perguntou Lydia.

- Não. Malia está com ele. - Stiles respondeu.

- Como foi que ele saiu daquele buraco? - Kira perguntou.

- Acho que somente Theo pode responder essa pergunta - Lydia disse.

- E o que pretendem fazer agora? - Indagou Isaac.

- Vamos para o Beacon Memorial. - Disse Scott, com autoridade.

***

Enquanto a Alcatéia se preocupava com Theo Raeken, um grupo de policiais foram enviados para um armazém na zona indústrial do Condado de Beacon Hills, alguém havia dado uma dica sobre o misterioso assassino que já havia feito duas vítimas nas últimas 48 horas. Infelizmente seguir essa dica foi o pior erro que o Xerife podia ter cometido.

Seis policiais haviam invadido o armzém, o local era úmido, empoeirado e para onde se olhasse havia ferrugem, hora ou outra viam ratos andando para cá e para lá. O som de metais balançando chamou a atenção do grupo que ficou na defensiva, quando surgiu uma sombra e com ela uma voz:

- Vocês todos vão morrer aqui. - O sotaque alemão era carregado, algo que os policiais estranharam de imediatos.

- Aqui é o departamento policial de Beacon Hills, apareça com as mãos para cima. - O líder do grupo ordenou. Então a sombra foi diminuindo até revelar um homem trajando sobretudo preto, o cabelo cor de mel penteado impecavelmente a expressão era desdenhosa quando ele levantou as mãos e disse:

- Eu me rendo. - A risada que ele deu foi doentia, e depois simplesmente sumiu num piscar de olhos, os policiais se assustaram e o nervosismo aumentou consideravelmente. O homem surgiu novamente dessa vez em cima de uma passarela enferrujada no andar de cima.

- Vou contar uma coisa para vocês, eu simplesmente adoro brincar com a minha comida. É emocionante! - Após dizer isso o homem, ou assim achavam, pulou de uma altura de 6 metros direto para o chão, e então os policias abriram fogo, falhando em atingi-lo todas as vezes, tudo o que viam era um borrão negro vindo em sua direção, e em frações de segundos os tiros cessaram. Nenhum deles havia sobrevivido, não havia muito sangue no local, mas havia morte. Helmut admirou seu trabalho dando um sorriso macabro e limpou um filete de sangue que escorria de seus lábios.

***

Malia estava novamente sentada na poltrona pensando em várias coisas quando escutou os batimentos de Theo de acelerarem. Ela se pôs de pé no mesmo instante com a intenção de observá-lo melhor. Os machucados estavam todos curados com a exceção do corte no supercílio, esse ainda estava lá, menor mais estava. Uma porção do cabelo caía sobre o rosto dele, ela o tirou, e nesse momento Theo começou a se mexer levemente, até que ele apertou os olhos e depois os abriu revelando suas íris azuis que ela amava.

Raeken abriu os olhos os piscou algumas vezes até se acostumar com a claridade, olhou ao redor e percebeu que estava num quarto de hospital. Não lembrava como tinha chegado lá ou o que tinha acontecido, lembrava apenas de ter voltado para casa com sua irmã. Tinham saído escondidos de seus pais para tomar sorvete em pleno inverno. Ele parou de olhar ao redor quando finalmente percebeu que tinha alguém o observando, uma garota estava do lado de sua cama o cabelo castanho chegava até seus ombros e os olhos, ah os olhos eram castanhos e marcantes, como eram lindos. Theo não entendia como, mas sabia que a conhecia, havia algo reconfortante sobre a presença dela que ele gostava.

- O que, o que está acontecendo? - Quando ele falou estranhou o som da própria voz, não era como ele lembrava. A garota demorou alguns segundos para respondê-lo, era como se ela estivesse pensando se deveria fazê-lo ou não.

- Você sofreu um acidente. - Ela falou um pouco relutante, como se não acreditasse nas próprias palavras - Você sabe quem você é? - Ela perguntou

- Sim, sou Theo Reaken. - Ele respondeu ainda estranhando o som de sua voz.

- Sabe quem eu sou? - A garota o perguntou.

- Eu tenho a sensação de que sei, mas não me lembro. - Ele falou.

- Sou Malia. Estudamos juntos. - Quando ela disse isso, a sensação de que a conhecia se tornou mais forte, o nome lhe soava familiar.

- Qual é a última coisa de que se lembra? - Malia o perguntou.

- Eu me lembro de sair escondido para tomar sorvete com minha irmã. - Quando disse isso um pequeno sorriso se formou no canto de seus lábios. 

Malia não sabia se acreditava nele ou não. Seu pulso não indicava mentira, os sinais químicos não indicavam nada além de honestidade, mas quando se trata de Theo Reaken confiar nos seus sentidos pode não ser suficiente. Ela permanecia na dúvida, porém decidiu que se ele estivesse mentindo ela iria entrar no mesmo jogo que ele.

- Theo, quando foi isso? - Ela perguntou, e percebeu que ele estranhou a pergunta, e depois pensou um pouco antes de responder:

- Na mesma semana do natal.

- De que ano? - Ela perguntou. Ele uniu as sobrancelhas em resposta e depois falou:

- 2007. - A parte de Malia que queria acreditar nele se sentiu triste, ele tinha perdido muito de suas memórias, porém ela pensou que talvez fosse uma coisa boa, talvez ele ainda não fosse um idiota, arrogante e mentiroso nessa época, ela pensou. Antes que ela falasse alguma coisa ele perguntou:

- Malia, você pode me explicar o que está acontecendo? Por que está me perguntando sobre o que eu consigo lembrar ou não, sobre datas, e como é que a gente estuda junto? Você é um pouco velha para minha turma. - Ele falou essas palavras e foram como um tiroteio para ela, droga ele realmente não se lembra de nada, talvez ele ainda achasse que era um menino, a forma como ele falava e olhava para ela eram diferentes, eram inocentes. Ela então pensou na melhor forma de explicar para ele tudo que ele tinha perdido e o que estava acontecendo.

- Você sofreu um acidente e bateu a cabeça com muita força. Não tem forma mais gentil de dizer isso, mas você perdeu 9 anos de memória. Não estamos em 2007 estamos em 2016, e você não é mais um menino, você é um homem. - Theo que até então estava deitado agora tinha levantado o tronco e ficado sentado, a expressão confusa, um milhão de perguntas se passavam por sua mente. Ele olhou para si mesmo e viu que ela não mentia.

- Onde está minha irmã? Por que ela não está aqui? - Essa foi a gota d'água, Malia agora tinha que responder, ela não queria, mas tinha de responder.

- Theo... Sua irmã se foi. Ela morreu em 2008. - A coiote falou aquilo de uma vez, e viu os olhos dele se encherem de lágrimas. O quarto se encheu daquele cheiro de pesar e luto. Ele realmente está triste, ele realmente perdeu a memória. Era o que ela queria acreditar, mas tinha aquela parte que a lembrou de que ele era realmente o ótimo mentiroso.

- Eu vou lhe deixar sozinho, para pensar um pouco. - Ela disse se retirando do quarto e dando de cara com o Xerife Stilinski.

- O que foi? - Ela a perguntou.

- Ele está acordado, e aparentemente não se lembra dos últimos 9 anos. - Ela disse sem muitos arrodeio.

- Você acredita nele? - Perguntou ou Xerife.

- Não sei.

- Ele está completamente curado não é? - Malia respondeu com um aceno de cabeça.

- Então não podemos mantê-lo aqui por muito mais tempo. - Ele falou com preocupação.

- E até quando ele pode ficar aqui? - Indagou a coiote.

- Amanhã no máximo. Temos que deixá-lo em algum lugar seguro, não confio nele solto por aí, mas não posso colocá-lo atrás das grades. - Explicou o Xerife.

- Quando Stiles chegar com os outros vamos dar um jeito nisso. - Ela falou.

- Eu fui a casa dele, e estava vazia. A porta estava destravada, nem sinal de seus pais.

- Acho que seus pais não estão vivos faz tempo. Stiles disse que a assinatura da matrícula dele no colégio era falsificada, seja lá quem assinou, não eram seus pais. - Malia contou ao Xerife que permaneceu pensativo por mais alguns momentos até que recebeu um chamado para ir a delegacia. Mas antes de ir ele entregou a Malia uma sacola com uma muda de roupas para Theo.

“Rest against my pillow like the ageing winter snow
Only wake each morning to remember that you're gone
So I drift away again To winter I belong
Ah...”

Raeken pôde escutar toda a conversa do lado de fora como se eles estivessem ao seu lado, ele não entendia como isso era possível ou o que ele fez de tão ruim para as pessoas do lado de fora não confiarem nele, ou o que aconteceu com seus pais. Antes que pensasse mais alguma coisa a porta do quarto foi aberta e a garota, Malia estava de volta.

- O Xerife foi a sua casa e trouxe umas roupas pra você. - Ela disse deixando uma sacola na mesinha ao lado da cama.

- Eu sei. - Ele quis ver como ela reagia àquela afirmação, mas tudo que ela fez foi o encarar.

- Por que não confiam em mim? O que eu fiz? - Ele perguntou de uma vez. Ela se sentou na poltrona ao lado antes de responder:

“My tears are always frozen i can see the air I breathe
But my fingers paint a picture on the glass in front of me...”
 

- Por que você traiu nossa confiança, repetidamente e machucou pessoas gravemente. - Ela disse sem muita piedade. E ele sabia que era verdade.  A pior parte era que no fundo ele sabia que era verdade.

“Lay me by the frozen river where the boats have passed me by
      All I need is to remember how it was to feel alive

 My tears are always frozen
Ah
       My tears are always frozen
Ah
        My tears are always frozen”

 

                                                

    "AURORA - Winter Bird"           


Notas Finais


Gente, pretendo ficar postando os capítulos de dois em dois, quanto mais melhor rsrsrs. E vou deixar de presente pra vocês os títulos dos próximos quatro capítulos:
Capítulo 4 - Damaged Beyond Repair
Capítulo 5 - Wild Things
Capítulo 6 - Trust Issues
Capítulo 7 - A Game Without Rules
E então o que acham que vem por aí? Digam pra mim nos comentários. Bjs.


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