Unohana não sabia se ria ou gargalhava da situação em si. Agora entendia o motivo da ruptura e descontrole de reatsu de Ise Nanao. Respirando fundo e não podendo mais esconder de seu marido os motivos de sua risada, ela apenas entregou o papel em sua mão enquanto sentava-se do seu lado.
-Ele vai pirar!
-Você ainda acha?!
-Acho não... Tenho certeza!
-Bem ele vai pedir os exames...
-E o que pretende fazer?
-Irei omitir por enquanto sobre o assunto até conversar com Nanao. De qualquer maneira, é ela quem tem que contar para ele.
-Certo.
O dia já havia amanhecido e com tudo, era hora de mais um dia de serviço em todo o Seireitei. Por causa do ocorrido, Nanao não iria poder trabalhar, sendo assim Kyouraku saiu cedo do Yon Bantai e seguiu para a sua divisão, precisava treinar e ocupar a sua cabeça senão iria acabar cometendo uma burrice sem tamanho.
Enquanto isso, na Quarta Divisão, Nanao estava sentada na cama assimilando o que havia ouvido e lido, não era possível... Quer d bo mas... Não queria que fosse assim a ordem da coisa toda! Por Kami o que vão pensar?! Respirou fundo e já mais calma, se levantou e foi para sua casa amparada por Rangiku que não parava de tagarelar um minuto sequer.
-Vai falar para ele?
-Sim... Não... Quer dizer... Não sei...
-Não ouse esconder isso dele e nem pensar como se fosse o fim do mundo! Ele te ama e certamente vai amar a notícia. Não vá pensando em coisas negativas e somente conte para ele a verdade.
-E... Eu....
-Eu sei que está com medo amiga... Mas por hora toma um banho bem relaxante, coloca uma roupa confortável, coma e depois pensa nisso tudo está bem?
-Você faz tudo parecer tão natural...
-Você sabe que também estou na mesma situação que você e só não contei ainda porque Gin anda trabalhando em Rukongai e só volta amanhã.
-Entendo...
-Vou indo... Irei pedir para não te perturbarem!
-Obrigada... Por tudo!
-Somos melhores amigas... É isso que fazemos... Cuidamos umas das outras.
Após a loira morango sair, Nanao tomou um banho quente e aproveitou do silêncio do quarto para dormir um pouco, estava tão cansada e se sentia meio tonta. Como um ser tão pequeno poderia dar tanto trabalho assim, só esperava que tudo ocorresse bem.
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Nanao acordou um pouco mais disposta e pela posição do Sol deveria ser umas 16:00 ou mais tardar 17:00 horas. Céus havia dormido mais que o necessário e agora estava terrivelmente preocupada com as coisas ao seu redor, se vestiu rapidamente e saiu de casa. Não era longe o caminho até o Hacchi Bantai, mas devido sua anciedade precipitada, parecia que não chegaria nunca.
Ela foi muito bem recebida pelos subordinados e se surpreendeu ao constatar que tudo estava em seu devido lugar, do jeito que havia deixado. Ao adentrar o prédio principal,sentia seu corpo fraquejar e sua garganta dar um lindo e complicado nó, o poder de fala havia sumido e ao abrir a porta do escritório principal, encontrou Kyouraku sentado no chão, com garrafas de sakê em volta e lendo um relatório.
Caminhando até o lugar onde estava o seu noivo, Nanao pode o contemplar de uma forma ainda mais diferente de antes. Não esperava que, ele pudesse ficar daquela forma tão séria quanto agora e isso lhe assustava ainda mais.
-Shun?
-Hun?
-Está tarde e bom... Precisamos conversar.
Ele estendeu a mão para a morena que, por sua vez segurou a dele e aceitou ser puxada delicadamente para ficar de frente para o homem que a olhava preocupado. Ela tomou fôlego e retirou da manga do seu hatakama, o exame que comprovava o que seria dito ali naquele momento.
-Não sei como dizer isso... Então me desculpe por qualquer impressão errada que eu passar...
-Nanao você está me preocupando! O que houve?!
-E... Eu... Eu estou... - ela fechou os olhos e respirou fundo antes de voltar a falar. - Eu estou grávida!
Ela abriu os olhos e encontrou com os de Shunsui, nem de longe ele era do tipo convencional, longe disso, tinha grande amor em tudo que era ao acaso e pelas consequências de suas atitudes. Mas ser pai... Seu maior sonho bem ali sendo real, o fez perceber que agora tinha que proteger sua família e tinha pena de quem chegasse perto de sua mulher e filho.
O silêncio do homem de nada ajudava a moça, muito pelo contrário, a deixava apavorada e com um turbilhão de coisas passando em sua cabeça. Quando pensou em se levantar para ir embora, sentiu os braços de seu noivo a tomarem em um abraço apertado enquanto a mulher apenas se encolhia e sorria docemente em meio as lágrimas. No final de tudo, Rangiku tinha razão, não tinha que temer pela reação do homem.
-UM BEBÊ! VAMOS TER UM BEBÊ!
-Sim vamos ter um bebê...
-Obrigado Lovely por esse presente... Será que eu posso?
-Hai...
Após se afastarem um pouco, Shunsui levou sua mão calejada pela prática com suas espadas e guerras já vividas, na direção do ventre da moça e a deixou ali, enquanto sorria emocionado ao sentir, ainda que pouco, uma pequena parte de sua reatsu ali. Mas a reatsu era o de menos, o que lhe deixava ainda mais alegre e feliz era simplesmente ser o fato desse filho ser fruto de seu amor verdadeiro por Nanao.
-Nosso filho.... Já amo tanto...
-Sei que sim...
-Vamos mocinha... Você precisa descansar e comer muito bem!
-Eu acabei de comer no café da tarde e meu estômago não quer nem sentir o gosto de algo tão cedo!
-Mas...
-Onegai...
-Você venceu... Vamos embora.
O casal voltou para casa abraçados e ao darem a notícia para as empregadas, foram recebidos por choro e abraços calorosos. Nanao por sua vez, dormiu abraçada a privada de tanto que vomitou, mas seu noivo estava ali com ela e a ajudando em tudo. Ambos foram dormir já era de madrugada e tinham sérias dúvidas se conseguiriam se manter acordados na Bantai, mas quem se importa? Um bebê é sempre motivo de alegria.
"Obrigado Nanao-chan... Obrigado por fazer de mim um homem melhor. Obrigado por sempre estar comigo. Obrigado por me amar. Obrigado por me aceitar e acima de tudo, obrigado por me dar a alegria de poder ser pai de um filho fruto do nosso amor! "
Continuaaa****
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