A mulher olhava incrédula para onde se encontrava depois de tantos anos. Estava sem acreditar no que via bem diante de seus olhos e céus, estava mais bonito ainda do que se recordava. Ao seu lado em silêncio se encontrava seu marido que, apenas sorria com os olhares encantados de sua menina.
-Onde estamos?
-Me diga você Nanao-chan....
-Humph...
Ela sentia o peso do olhar de turistas e moradores da ilha sobre si, mas não ligava contudo, não se importava em tudo. Ela olhou para além e começou a entender onde realmente estava. Achou meio irônico o destino escolhido, mas era uma homenagem para si mesma e ela amou o presente.
-Estamos no antigo berço das civilizações... Não nos primeiros povos, mas nos primeiros há criarem teorias e há explorarem o desconhecido...
-Touché Nanao-chan... Bem vinda a Grécia...
-Isso soa irônico...
-Nani?
-Você fez isso por causa do meu nome não é?
Rindo, Shunsui se aproximou de sua esposa adoravelmente ácida e depositou um beijo em sua testa para em seguida, a puxá-la para um abraço.
-Não somente por isso... Você foi a luz que me tirou de séculos na escuridão e pensei que aqui poderíamos ter finalmente o início que tanto queríamos ter... Eu sei que isso soa meio clichê...
-E.... Eu gostei e muito... Estamos em Creta?
-Sim. Você precisa de um pouco de descanço então ficaremos aqui por uma semana.
-M... Mas as papeladas...
-Estarão feitas quando retornarmos e se não estiverem, eu mesmo irei providenciar tudo e além do mais, precisamos de um tempo só para nós três.
-Está bem... Então para onde nós vamos?
-É uma surpresa.
Eles alugaram um carro e acreditem se quiser Kyouraku Shunsui era um excelente motorista e sempre atencioso à pista. Nanao aproveitou o trajeto olhando para a paisagem de começo de madrugada e embora estivesse frio, ela estava sendo aquecida por uma manta de lã que por sorte trouxe consigo. Em um dado momento, a morena acabou dormindo devido ao cançasso e por conta da gravidez. Ela suspeitava até que, a criança teria o mesmo perfil do pai, o que lhe daria uma dor de cabeça nível nuclear.
Depois de alguns longos minutos, o carro finalmente estacionou em uma casa grega que fora reconstruída e emoldurada nos tempos em que a Grécia Antiga tinha o seu poder, era uma casa beira-mar e com uma vista privilegiada para as montanhas. Ele desceu do carro e foi para o lado do passageiro onde, com todo cuidado do mundo, retirou sua tão amada esposa do banco e a levou para dentro. Procurou pelo quarto de casal e logo o encontrou e a colocou sobre a cama. Cobriu a morena com mantas mais quentes e foi buscar as malas no carro, para logo em seguida,deixá-las no canto do quarto.
-Descanse um pouco Nanao-chan.
Após estar de banho tomado e devidamente vestido, o homem foi para a cozinha e preparou algo para ambos comerem, ele por estar com fome e ela por necessidade. Enquanto ele terminava o café da manhã bem nutritivo, ele decidiu presentear a mulher adormecida com uma bela rosa silvestre que colheu no jardim. Assim que terminou tudo, ele voltou para o enorme quarto e caminhando até o centro do mesmo com uma bandeja em mãos, ele se aproximou da cama e deixou a bandeja no baú aos pés da cama e pegando a rosa, se aproximou da bela que jazia em seu sono profundo. Cuidadosamente ele se deitou ao seu lado na cama e percorreu o corpo da morena com a bela flor, fazendo a mulher se mecher e despertar de seu sono, lhe dando uma privilegiada visão das orbes púrpuras.
-Bom dia meu amor...
-Hmm... Bom dia.. Que horas são?
-Por volta das 10:00 da manhã... Como você se sente?
-Estranhamente cansada... Honestamente esses hormônios estão acabando comigo...
-São só por mais alguns meses Nanao-chan e aí poderemos ter nosso filhinho em nossos braços para amar e cuidar.
-Onde estamos?
-Estamos no sul de Creta, vamos para a praia depois do café da manhã.
-Hai... Hai...
Ambos tomaram o café da manhã e foram procurar algo para usarem enquanto passeavam pela praia. Shunsui optou por uma calça de algodão branca e uma camisa com três botões abertos também de algodão branca e chinelos de dedo de couro. Já Nanao, escolheu um vestido médio de algodão vermelho e uma sandália anabela de cor neutra. Ambos saíram de casa de braços dados e caminharam pela orla da praia de mãos dadas e sempre sorrindo.
Havia música no calçadão e o casal parou para observar as pessoas dançando alegres, em um dado momento duas mulheres muito bonitas, puxaram a morena para dançar com elas e de muito bom grado a morena aceitou o convite onde entrou na roda de dança e começou a acompanhar lindamente a coreografia, recebendo olhares de admiração e cobiça. Shunsui ciumento como era, adentrou na roda de dança e puxou delicadamente sua esposa para perto de si e dançaram juntos uma música romântica, ao final foram aplaudidos e Nanao ganhou de uma garotinha, uma coroa de flores silvestres, eles agradeceram e partiram para as areias da praia. Onde após tirarem os sapatos, começaram a brincar juntos e rirem alto, e ao final do dia, Nanao estava deitada sobre o corpo de Shunsui enquanto acariciava o rosto do moreno.
-Finalmente casados... Estou tão feliz que poderia gritar isso para o mundo todo ouvir.
-Você meio que fez isso...
-Oras que culpa eu tenho de ser um sortudo por ter me casado com a mulher que amo?
-Desse jeito teremos outro escritor romântico no mundo...
-Mesmo sendo clichê você ama esse miserável escritor.
-Sim eu o amo e não consigo me imaginar sem ele.
Shunsui apenas sorriu e fechou os olhos apreciando o clima agradável e a brisa marítima. Nanao por outro lado estava curiosa e incrédula sobre algumas coisas e decidiu tirar isso à limpo.
-Foi aqui...
-Hun?!
-Foi aqui que fizemos nossa primeira missão juntos contra hollows.
-E o que te faz pensar nisso meu doce Nanao-chan?
-Talvez o fato de eu reconhecer o paredão alguns metros atrás de nós e ali estar sua caligrafia com nossos nomes?!
-Então você lembrou?
-Como poderia lembra-me de algo que eu nunca esqueci?
-E por quê você nunca me contou?
-Não conseguia era orgulhosa demais e achava que você não sentia o mesmo por mim...
-Realmente você é muito orgulhosa.
-E você é orgulhoso e impossível de lidar.
-Cruel... Nanao-chan temos que decorar o quarto do nosso bebê....
-Eu sei mas faremos isso quando soubermos o sexo do bebê...
Kyouraku sentou-se na areia e puxou Nanao para o seu colo onde, carinhosamente ele acariciou as melanas de ébano com uma mão enquanto a outra repousava sobre a sua barriga. Estavam ambos sorrindo e desfrutando de cada pedacinho do pequenino ser que, crescia dentro do ventre da jovem Kyouraku. Naquela noite eles não fizeram amor, eles ficaram juntos na cama lendo para o bebê para o mesmo se acostumar com a voz de seus pais.
Uma semana passa muito rápido e estava na hora deles voltarem para casa. Após desembarcarem em Tókio, foram recebidos por Tensai que os levou de carro até Karakura onde, após deixarem os gigais e receberem os comprimentos de Yoruichi e Kisuke em uma festa de chá, abriram o Senkaimon e atravessaram o mesmo. Era de madrugada na Sociedade das Almas, então não teria muito alvoroço por parte dos shinigamis, como estava quase na hora do trabalho, Nanao e um Shunsui contrariado, foram para a sua bantai. O que eles não sabiam era do presente que receberiam dos amigos e padrinhos do seu filho.
Continuaaa***
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