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História Um garoto e um baile - Eu amo sorvete. PT II


Escrita por: GuilhermeHM

Capítulo 4 - Eu amo sorvete. PT II


Eu ri e então levantei ainda bêbado quase caindo no chão de volta porém precisava me segurar, ele se levantou e apoiei meus braços no seus ombros enquanto ele me levava até o carro dele, que na qual era bem bonito apesar de eu não me lembrar de muita coisa. Enquanto ele dirigia, fiquei olhando à vista da janela tentando não dormir enquanto ele dirigia, já que estava muito cansado, porém, não bastou e eu acabei dormindo em seu carro, e de ter sentido sua boca em minha testa quando me cobria com um lençol. Ele estava sendo muito gentil comigo, e eu estava sentindo alguma coisa por ele, só não sabia se ele sentia o mesmo por mim e isso é o meu maior medo.
[...]
Fui até a cafeteria esperando meu pai, fiquei um grande tempo lá até eu desistir e ir embora, não conseguia acreditar o fato de que ele combina de conversar comigo depois de tanto tempo esperando respostas e ele me faz vir aqui e fazer eu ficar esperando feito um idiota, eu até tentei ligar ou mandar mensagem mais ele não respondia, por fim, desisti. Eu estava com raiva, não conseguia aceitar o que ele fez, acho que precisava me distrair mais não como da última vez, já estava ferrado sobre a última noite caso minha mãe descobrisse, ela odeia bêbados, acho que meu pai devia beber bastante antigamente mais eu não sei, porque ela nunca falava nada do meu pai, e eu não podia tocar no assunto que ela já ficava irritada, se ela soubesse que ele está aqui ou que eu vi ele, seria um desastre total e eu não estava pronto para mais brigas de família. Fui até o Starbucks e peguei um café expresso, já que não quis tomar nada daquela cafeteria. Fiquei esperando que Johnny estaria trabalhando mais por sinal não vi ele por lá, fiquei preocupado caso tenha acontecido algo com ele, acho que ultimamente ele é o único em que eu posso desabafar, e nesse momento eu realmente precisava desabafar, eu não consigo entender os meus sentimentos para explicar o que eu estava sentindo, acho que seria uma mistura de ódio e tristeza, e com uma pitada de angústia. 
- Aquele atendente, é... Acho que o nome dele é Johnny, ele não veio trabalhar hoje? - disse enquanto pagava o café 
- Ah, não, ele ligou avisando que estava doente e não teria como vir, uma pena né, isso prejudica tanto o trabalho dele aqui. - respondeu o atendente enquanto pegava o trocado.
- É... - ele me entregou o troco - Obrigado. -disse saindo do lugar e indo até o meu carro.

Passei em um posto de gasolina, já que o carro estava praticamente zerando, depois de encher o carro eu dirijo até o apartamento de Johnny, queria verificar se estava tudo bem mesmo, e quem sabe poderíamos conversar. Parei em frente ao seu apartamento, não sabia se aquele lugar era bom pra estacionar porém da última vez em que vim aqui eu estacionei lá e ninguém falou nada, então... Acho que vou deixar por ali mesmo. Subi as escadas e apertei a campainha que havia perto da porta tentando não fazer muito barulho para não incomodar os vizinhos, ouvi um barulho dele se aproximando e abrindo a porta.

- Pietro ? O que faz aqui?
- Ah, oi Johnny, é que... - ouvi algum vizinho reclamando do barulho
- Vamos, entra. - ele disse abrindo a porta de vez .

Entrei e me sentei no sofá enquanto ele sentava do meu lado.

- E então, aconteceu alguma coisa?
- Sim... Não, pera... Me falaram que você tava doente, aconteceu alguma coisa ? 
- Ah, sobre isso, eu só acordei mal, nada de mais. 
- Hum... Eu queria conversar... Você... Sua mãe e pai estão vivos não estão?
- Sim, porque? 
- Eu acho que preciso desabafar, eu não te contei da noite de ontem... Minha mãe está viva, ela mora em uma casa não tão longe da minha, aposto que você conhece ela, dona da Kuro cosméticos. - digo levantando os braços como se tivesse falando algo surpreendente. 
- Eu a conheço, parece ser uma boa pessoa, e o seu pai?

Tudo ficou em silêncio por alguns segundos

- É... Era sobre ele que eu queria desabafar... Meu pai foi um grande filho da puta literalmente, eu nunca soube nem quem ele era até ontem à noite, quando eu era criança, meu pai abandonou eu e a minha mãe, provavelmente por que não queria ter um filho que mal conseguia dormir por problemas respiratórios, aquilo devia ser um saco pra ele... E então, minha mãe nunca gostou de tocar nesse assunto, ela nunca me dava informações do meu pai, apenas dizia que ele teve que viajar para bem e nunca mais voltou, até que ontem ele me apareceu do nada a noite... Você não sabe como é passar uma infância sem ter um pai, as crianças zombavam de mim... Falavam que meu pai estava morto, e que eu provavelmente nunca veria ele novamente... Eu tentava não ligar, mas você sabe, palavras machucam, você até pode tentar ignora-las porém elas estão ali, sussurrando no seu ouvido.
- Você não tentou falar com o seu pai? Talvez tivesse um motivo, talvez tenha acontecido alguma coisa... Naquela época.
- Não... Ele marcou um café comigo hoje
- E você foi?
- Sim, porém ele não... 
- Isso... foi sacanagem com certeza.
Eu concordei com a cabeça 
- Você quer sorvete, podemos assistir algum filme enquanto comemos, eu comprei o seu preferido...
- Uva?
- Uhum, com torta de limão e um chocolate com doce de leite e paçoca, se chama Charge, não?
- É... Charge. - disse rindo enquanto acompanhava ele até a cozinha.
- Espera... Como você adivinhou que esses são os meus sabores favoritos de sorvete?
- Eu tenho os meus truques.
- Sei... Algum dia eu vou descobrir esse seu truque ok senhor Johnny?
- Se você conseguir... - ele disse entregando um potinho com sorvete pra mim.

Nos sentamos no sofá e ele ligou a televisão colocando na Netflix como sempre, enquanto isso eu comi uma pequena parte aquele sorvete, e nossa senhora do céu, aquilo era muito bom, não consigo enjoar.

- Parece que alguém gostou do sorvete de uva
- Isso é muito bom, a onde você comprou
- Segredo, a propósito, o que você quer assistir?
- Tanto faz, acho que o meu foco atualmente é esse delicioso gosto de amendoim junto com o chocolate. - dei uma risada fraca

Não vi qual filme ele colocou, fiquei devorando aquele sorvete, minha mãe sempre me comprou vários e de diversos lugares, porém nunca havia visto e experimentado um igual a esse. Johnny começou a rir do nada quando olhou para mim, eu o estranhei e fiquei o encarando.

- O que?
- Nada... Só a sua... Boca 
- Ah, entendo, espera, eu já volto, vou limpar isso. - levantei para passar uma água na boca para tirar o sorvete porém assim que levantei Johnny me puxou de volta para o sofá, e confesso que fiquei com medo de sua ação, até o momento em que ele ficou me encarando e sorriu com uma cara fofa, e eleme fez deitar no sofá.
- Fique aí, eu dou um jeito nisso. - ele disse se levantando e indo até a cozinha.

Eu estava nervoso, Johnny nunca teve esse tipo de relação comigo, talvez eu estivesse pensando de mais, ou talvez esteja certo, porém eu estava muito nervoso e conseguia sentir os meus rostos esquentando, quando olhei ele estava do meu lado com um pequeno pano um pouco molhado.

- Hey, não fique assim, não vou te machucar.
- Eu sei que não...

Ele sorriu e então se aproximou com o pano e começou a limpar o meu rosto, ficamos assim até ele terminar, não tive nenhum tipo de reação a não ser ficar o olhando esperando que aquilo acabasse. Quando Johnny terminou, ele torceu o pano e ficou encarando meu rosto, ele se aproximou e então na mesma hora nossos lábios se colaram, eu sem hesitar comecei um beijo longo e ele fez o mesmo enquanto ouvi barulho dele tirando sua camisola bem rápido, ele se deitou por cima de mim já sem camisa e começou a chupar o meu pescoço, não consegui controlar e soltei alguns gemidos  baixos, ele começou a tirar a minha camiseta e eu o ajudei, apesar de sempre eu não gostar disso, já que tenho uma pequena vergonha do meu corpo e não se pergunte o porque. Depois que ele tirou minha camiseta ele olhou o meu rosto que já se encontrava corado, ele sorriu e beijou a minha testa.

- Não precisa ficar com vergonha, seu corpo é lindo. - ele sussurrou

Eu concordei com a cabeça e ele foi passando seus dedos devagar no meu corpo causando arrepio, senti a suas mãos tirando o meu cinto e o toque da sua boca no meu peito, além de uma mordida no pescoço, senti o meu zíper sendo aberto e então de repente tudo foi por água abaixo quando uma pessoa que não conheço entrou na sua casa e tomamos um grande susto.

- Mas que porra o que você tá fazendo aqui?- Johnny fala se levantando e colocando a camisola 
- Eu que pergunto- o cara fala parando perto sofá- que porra vocês estão fazendo aqui 
- Não estávamos fazendo nada- Johnny fala 
- Então por que você tava sem camisola em cima dele? - o cara fala não acreditando no que Johnny falou 
- Não era nada que você tenha que se preocupar - Johnny fala 
- Espero mesmo já que se eu contar pro nosso chefe você perde o emprego. - quando o garoto fala isso Johnny o olha assustado.
- Você não contaria pra ele, não é Christopher -Johnny fala com um certo receio 
- Não sei talvez se você fizesse algo pra mim eu não contaria. - o cara fala chegando mais perto de Johnny
- Já chega disso, e Christopher você vai ir para longe daqui e não vai nem lembrar que viu alguma coisa aqui. - Eu disse me lembrando desse garoto.
- E porque eu faria isso? Hum? 
- Porque? Acho que o seu chefe não gostaria de saber que você estava colocando drogas na sua própria bebida e ainda por cima dentro da própria empresa.
- Como assim Pietro? Você viu isso? - Johnny disse me olhando com uma cara sem entender nada.
- Sim, e acho que você sabe disso não é Christopher?
- Não sei do que você está falando
- Ah você sabe sim, e não acho que vai querer que eu reclame com o seu chefe não é ?
Ele encarou eu e Johnny com raiva em seus olhos.
- Vai para o inferno vocês dois. - ele disse saindo do apartamento e batendo a porta com força.

Eu ri e me sentei no sofá, senti minha cabeça explodir, e uma tontura bem forte me atacando.

- Você foi demais, obrigado Pietro.
- Johnny? Pode me pegar um copo de água ? Não estou bem
- Você quer algum remédio?
- Não, só um copo de água mesmo.

Johnny foi até a cozinha enquanto eu me ajeitava de uma maneira confortável no sofá, pego meu celular e vejo que recebi uma mensagem.

"Mãe: Pietro, vem na minha casa daqui a pouco, precisamos conversar"

Bloqueei meu celular e o Johnny chegou com a água me entregando, tomei esperando que pudesse tirar um pouco da minha tontura, dizem que resolve então...

- Aquilo que você disse era verdade? - Johnny disse se sentando do meu lado
- Sobre Christopher?
- É, sobre ele
- Era sim, eu vi quando você não foi trabalhar hoje, ele teve sorte do lugar estar vazio.

Tudo ficou em silêncio por alguns minutos

- Desculpa pelo acontecido, prometo que não vai acontecer novamente.
- Não foi culpa sua... Nos conhecemos faz pouco tempo, e acho que já estamos indo com pressa de mais.
- Sim, eu concordo, desculpa.
- Eu quero te conhecer mais, podemos sair qualquer dia? 
- Sim, eu tenho o seu número, depois conversamos então.
- Espera, como você tem meu número?
- Segredo. - ele disse rindo e eu ri junto
- Ok, preciso ir. - disse me levantando do sofá 
- Eu te acompanho até a porta. - Johnny disse enquanto ia comigo até a porta a abrindo.
- Até
- Até... - Disse saindo, porém, voltei e lhe roubei um selinho.
- Agora sim estou indo. - disse rindo e saindo descendo as escadas até sair de lá.



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