1. Spirit Fanfics >
  2. Um lado diferente da palavra AMOR >
  3. Muito cedo...

História Um lado diferente da palavra AMOR - Muito cedo...


Escrita por: Ninicky

Notas do Autor


Bem, não vos vou massacrar mais xD ainda mais com um capitulo tao bombastico como este xD
Espero que gostem ou que recordem bem ^^
Boa leitura

Capítulo 6 - Muito cedo...


 

Sentei-me na cama tão rápido quanto acordei. Estava escuro. O relógio marcava quatro da madrugada de segunda-feira. O que era irritante porque dali a, mais ou menos, três horas estaria na hora correta de levantar para me preparar para as aulas do dia.

Tinha o corpo transpirado, como se tivesse acabado de ter um pesadelo. Mas não, não tinha sido essa a causa do meu estado… As minhas bochechas ardiam, como se o sangue do meu corpo corresse dentro das veias a uma velocidade maior do que a aceitável.

Remexi-me na cama algumas vezes, desconfortável. Mas não estava calor o suficiente que justificasse eu estar assim. Acendi a luz do abajur, com a ideia de me levantar e ir apanhar um pouco de ar fresco na janela. No entanto, Daehyun tapou a vista assim que a luz iluminou o ambiente, mostrando que acabava de acordar por minha causa.

- Baek? – Murmurou sonolento. Apenas tinha um olho semiaberto enquanto o antebraço tapava o resto do seu rosto. – O que aconteceu?

- Nada… Volta a dormir. É muito cedo. – As ondas de calor, agora que me tinha metido em pé, pareciam consumir-me o corpo. Sentia a garganta seca e uma louca vontade de… - Preciso de ar. – O meu interior ardia… Precisava de algo, algo que fizesse parar aquele desconforto.

Desconfiado, Daehyun esfregou os olhos, sentando-se na cama. Segui para a pequena janela do nosso quarto, a abrindo o suficiente para que a aragem que corria, embatesse contra o meu rosto com força.

O meu Hyung aproximou-se, embrulhado na colcha da sua cama, curioso. Ou talvez com suspeitas, porque quando encostou as costas da sua mão na minha testa, era como se apenas precisasse de confirmação.

- Estás tão quente… E transpirado! Dói-te alguma coisa, Baek? – Questionou-me, enquanto me observava detalhadamente. – Deixa-me ver. – Ele abriu-me os olhos como se fosse um médico a examinar um paciente e no fim, então sorriu-me.

- O que foi Hyung? – Fitei-o, à espera de uma resposta concreta.

- Não é óbvio? – Deu de ombros. – Estás a entrar no cio. – Girou nos calcanhares e seguiu para a sua cama, agora mais descansado. – Vai beber um copo de água, vais ter de aguentar… E acredita, quando o desejo sexual te atacar, a coisa vai ser bem pior.

- Aigoo… Eu sei! Mas tão cedo? Estamos em Fevereiro! Ainda falta um pouco para a primavera…

- Eu sei, mas a primavera é apenas uma média. Há a quem apareça antes, ou até depois. Por isso, bem-vindo à fase adulta.

- Era só o que me faltava… - Suspirei. Agarrei umas folhas que estavam esquecidas sobre a mesa onde estudávamos e fiz delas um leque. Se tivesse de passar o dia todo assim, era preferível o fazer em casa, sozinho. Mas tinha quase a certeza que Donghae Omma iria ser contra! Diria que era normal sentir essas coisas e que se ele suportou, eu também suportaria.

- Volta a dormir. Vais precisar de forças. – Daehyun sugeriu, já de olhos fechados e virado para o lado da parede.

- Se conseguir… - Respondi quase silenciosamente, sentado à beira da minha cama. Os arrepios continuavam, junto com a onda de calor.

E então lembrei-me… Teria de me manter longe da tentação! E isso incluía Chanyeol. Agora só restava saber se eu era capaz de tal proeza. Depois de tudo o que já tinha ouvido, parecia que era uma missão quase impossível resistir.

Tirei a roupa úmida que era o meu pijama e voltei a deitar-me só de boxers. Ainda havia esperança de dormir as poucas horas que me sobrava até à hora de levantar para ir para a escola. Fechei os olhos e esforcei-me, bastante até, para puder descansar o máximo que conseguisse.

 

 

---

 

 

Quando pisei o chão da minha sala de aula já estava o maior caos lá dentro. Todos conversavam animados como se o fim-de-semana de todos tivesse sido resumido a festa e diversão. Kyungsoo, sentado numa das mesas partilhava da mesma alegria que o moreno a sua frente, que lhe contava algo com grande animação.

Aproximei-me dos dois, meio hesitante por não saber se o assunto que falavam era íntimo ou não. Só perdi o medo quando Soo reparou na minha presença e pediu-me para aproximar.

- Baek, finalmente chegaste. – Tentei limpar uma fina gota de suor que queria escorrer-me pela têmpora e foquei no que o meu amigo dizia. – Nem sabes, Jongin estava agora a contar-me uma coisa super emocionante. – Olhei para o moreno à nossa frente, arrependendo-me no mesmo instante. Senti uma vontade absurda de ser possuído pelo corpo musculado daquele Alpha.

- Então? – Sentei-me ao seu lado, largando os meus pertences na outra ponta da mesa. Estava literalmente num conflito interno com os meus sentidos, mas isso não precisava de transparecer para o mundo de fora. E mesmo que tentasse respirar fundo ou contar até dez, era completamente inútil.

- Lembras-te de te contar que ele tinha ido a uma audição da SM? – Perguntou-me, e o moreno assentia com a cabeça, sorridente, em relação as palavras do outro. – Pois bem, chamaram-no para a segunda fase de admissão de artistas! Não é ótimo?

- Wow! – Espantei-me, ou fiz que sim porque não consegui ganhar foco nas suas palavras. Mas Kai realmente ele era talentoso para isso... E jeitoso… Ainda mal tinha começado o ensino especializado em artes performativas e já estava a um passo de ser escolhido como idol numa empresa. – A sorte só calha a alguns…

- Não digas isso, tu tens uma voz linda, Baek... Logo serás tu a conseguir algo. – Comentou o moreno, com aquele sorriso sedutor que não me passava despercebido antes, muito menos hoje, que estava demasiado receptivo a qualquer insinuação.

- E eu não? – Kyungsoo perguntou, mas o moreno continuou a olhar para mim, estático. Estranhei. Movi-me levemente para a direita, e o seu olhar me seguiu. Fiz o mesmo para a esquerda e novamente a mesma reação… - Jongin? – Afastei ligeiramente a gola da minha camisa como se quisesse que algum ar ajudasse a que a minha temperatura baixasse.

Não podia ser… Ele tinha percebido. Assustei-me, ao mesmo tempo que desejei que Kyungsoo não se metesse à frente dele, quando este saltou sobre mim.

- O teu cheiro, Baek… - Ele disse vidrado, e eu comecei a afastar-me, um pouco assustado. Mas mesmo que estivesse assustado, uma vontade de senti-lo apoderou-se do meu ser. Não que gostasse de Jongin. Sabia perfeitamente que era efeito do cio.

- Baek! – Kyungsoo gritou e por momentos regressei à terra. – Sai, sai da sala! Agora!

- E-eu vou a casa de banho… - Apontei para a saída, e Kyungsoo assentiu. Não parecia muito animado depois do que o Alpha, de quem ele gostava, tinha dito. Nem eu estava e muito menos estaria, no seu lugar. Como podia pensar sequer em ter alguma coisa com o moreno?

Caminhei em passo apressado. Faltava uns dez minutos para que o nosso professor aparecesse na sala. Tinha tempo de dar uma volta à escola ou até mesmo ao quarteirão para queimar esses minutos.

Ainda consegui ouvir Jongin falar algo como “Ele hoje está… irresistível…”. Senti pena de Kyungsoo, mas não tinha maneira de evitar. Ele gostava tanto do moreno… Repreendi-me mentalmente por me ter aproximado tanto. Se não fosse o meu cio, aquelas coisas idiotas não teriam fugido da boca do Alpha. Não tinha noção nenhuma de quão poderoso podia ser o meu estado.

Casa de banho! Seria um lugar seguro para ficar por um bocado. Tentei achar o mais próximo mas o plano caiu por terra quando o alto do Chanyeol, segurando a guitarra com às costas, me avistou, da outra ponta do corredor. Congelei… Ele não seria capaz de perceber que eu estava como estava daquela distancia, pois não? Podia. Tanto podia como o fez.

O seu queixo pareceu descair levemente, como se estupefacto. Levei as mãos à cabeça, completamente desesperado. Parecia que a minha cabeça ia rebentar a qualquer momento. Os calores voltaram, fortes, quase insuportáveis. A ardência no meu interior também. Virei-me e tentei achar outro rumo, mesmo que os meus pés me traissem. Talvez a rua… Qualquer coisa. Mas entregar-me a Chanyeol, novamente? Parecia meio idiota da minha parte. Idiota, mas tentador.

Tentei respirar rapidamente para controlar o oxigénio do meu corpo, mas isso não estava a melhorar em nada. Como iria lutar contra a vontade de me entregar e a de fugir ao mesmo tempo? Agora parecia muito mais forte o desejo de transar do que quando estava próximo de Jongin. Ou da vez que Chanyeol estava indomável. O Alpha… Parecia uma tentação muito maior agora. Estranhamente…

Fugi… Ou tentei. Nem dei dois passos, com as pernas a fraquejar como estavam. Quando dei por mim, a sombra da figura alta de Chanyeol estava mesmo sobre a minha cabeça. Travei no mesmo momento, com a completa noção que perderia aquela luta, mas não me virando.

- Oi… - Disse-lhe. Mas não obtive qualquer resposta. Não do jeito que esperava, com palavras. Se era para me entregar, era agora e pronto.

E digamos, com o dispersar dos restantes alunos para as suas devidas salas, o ambiente silencioso deixava que a tensão no ar fosse quase palpável. Um simples puxão no meu ombro e eu estava de frente para si.

- Chanyeol… - Chamei, sem tirar os olhos das suas feições sérias, entorpecidas. Ele fitava o meu corpo como se visse um pedaço de bolo num dia de desejo… Má comparação! Mas quando os nossos orbes se encontraram, foi como se algo despertasse.

- Tu… - Suspirou, ou inspirou, próximo demais de mim. O seu olhar felino assustava-me ao mesmo tempo que me fazia uma boa sensação subir pela minha coluna. – Baekhyun… - Dei alguns passos para trás, estupidamente. Em segundos fui de encontro à parede mais próxima, com Chanyeol a seguir cada passo meu fielmente.

Fechei os olhos, tentei concentrar-me no que importava. Mas como havia eu de lembrar o que é que realmente importava? Cada vez sentia-me mais necessitado, tal como o Hyung havia avisado naquela madrugada. Foi quando não deu para conter mais. E não digo isso apenas por mim, por Chanyeol também. Deixei e me reprimir. Já tinha me rendido para ele, qual era o drama de o voltar a fazer?

As suas mãos seguravam a parede atrás de mim, bem ao lado da minha cabeça. Se era alguma forma de me deixar ali preso, não precisava desse esforço. Eu estava a ser dominado por mim mesmo. Eu não fazia mais intenção de fugir, nem conseguiria. O corpo másculo, alto e definido do Alpha funcionava como um íman.

- Eu… Não sei o que se passa comigo… - Ele comentou, quase como se fosse apenas para si, deslizando a mão direita pelo meu tronco, e lateral da cintura, onde cravou os dedos com vontade. Doeu um pouco por causa da sua força, mas não que me fizesse muita confusão. Gemi baixinho, submissamente. Já não via o antigo Chanyeol há algum tempo. Era como se o novo tivesse se firmado pelo menos quando estava perto de mim.

Deitei tudo pelo ar, ou por terra, pouco importa. Estava disposto a sim, a transar com o ser mais irritante daquela escola, se isso significasse acabar com o mau estar. Não tinha era completa ideia do quanto isso comprometeria os restantes dias até ao fim do cio… Não tinha a mínima noção de que cobraria a Chanyeol a cada vontade que viesse a ter.

Impaciente, o Alpha uniu os nossos lábios, nem esperando para aprofundar lentamente, como acontece quando se esta em perfeito juizo, o que de certo modo agradeci. Os seus lábios moviam-se freneticamente sobre os meus, levando-me ao ponto de me esforçar para o acompanhar. Rodeei os meus braços em torno do seu pescoço, no intuito de arranhar as suas costas largas. Estava pronto para pular no seu colo, quando este me impediu.

Com os lábios inchados, olhei-o em confusão. Eu não queria parar! Incitei-o a voltar aquele beijo, ou que me tocasse de um jeito mais apropriado para o que eu precisava… Um jeito mais intimo… No entanto, não serviu de muito. Ele era o único com a capacidade de raciocinar que ali não era o local apropriado.

Segurou-me pela gravata de estrelinhas, abrindo a porta um pouco ao lado de onde estávamos, entrando ali. Era uma das salas de dança mais pequenas e pouco usada. Só quem queria treinar sozinho é que usufruía do espaço, o que não era o nosso caso exatamente.
Tínhamos outros fins para aquela sala.

Estava um pouco escuro, por as cortinas estarem corridas, abafando a luz da rua. Achei que ficaríamos mesmo ali, no colchão mais próximo ou até no próprio soalho de madeira que revestia o chão. Estava tão carente que o próximo passo na minha mente era me atirar para cima do Alpha, mas ainda caminhamos mais um pouco antes de ter oportunidade para tal. Não tinha outra hipótese, era Chanyeol que me guiava com o seu aperto forte. A sua guitarra ficou caída sobre alguns colchões, junto com a minha mochila e casacos.

Com menos essa preocupação, voltamos ao beijo escaldante, beirando o selvagem. As suas mãos pareciam explorar o meu corpo, procurando as próprias respostas. Queria que ele me tocasse como se eu fosse seu. Foi-me guiando até entrarmos no pequeno vestiario, ainda dentro da sala de ensaio. Era tão simples quanto o estúdio de dança. Tinha apenas uns cabides para deixar a roupa que não fosse de treino, três compartimentos de chuveiro e um lavatório.

- Cha… Chan… - Gemi, quando senti a sua mão não tão quente quanto o meu corpo, subir pelas minhas costas, por dentro da camisa. O choque térmico abalava o meu ser.

Constrangedoramente, sentia a minha entrada umedecer quanto mais avançávamos, quase dizendo, estou mais do que pronto! Avança duma vez! Mas Chanyeol parecia mais fascinado com cada curva minha, que devo admitir, se acentuaram mais neste último mês. Especialmente a cintura, que parecia mais fina e curva.

Sentou-me sobre balcão do lavatório, onde tive de me equilibrar por não ser lá muito largo. Com ele entre minhas pernas, procurando judiar do meu pescoço como bem entendesse é que estava bem. Mais marca, menos marca, estava a ter o que precisava. Peguei numa das suas grandes mãos, a levando ao volume entre minhas pernas, completamente rígido e necessitado. E a sensação de ter aquela parte estimulada, entorpecia-me… Sentia um alivio enorme e um êxtase que não chegava perto da outra vez que estivemos juntos.

- Não me tortures desse jeito, Baek… - Ele comentou, olhando-me direto nos olhos, que estavam apenas a um palmo de distancia dos meus.

Abri os botões da camisa branca do Alpha, desajeitadamente. Só não os arranquei mesmo porque não tinha essa capacidade. A minha visão parecia um pouco deturpada, como se já não fosse eu ao comando das minhas ações por completo. Mas o abdómen do Alpha não me passava despercebido. Aquelas leve saliências de um abdómen bem trabalhado era a perdição na terra. Toquei aquele pedaço de pecado, fascinado, muito mais envolto na atmosfera.

E enquanto os lábios carnudos do maior deslizavam pela minha pele descoberta, do tórax, simplesmente deixei de sentir o resto do mundo, deixando-me levar por ele. As peças de roupa foram saindo do meu corpo sem eu me aperceber, tal como as dele, numa pressa desumana que ele adquiriu.

- Rápido! – Quase gritei, impaciente, com os olhos semicerrados. Tentei, segurando em sua cabeça, que ele aprofundasse esse contacto, mas Chanyeol parou o que fazia para me olhar nos olhos mais uma vez. Uma irritante mania sua, a de me segurar o maxilar com força, impedindo que eu pudesse virar o rosto para onde quer que fosse.

- EU, mando aqui! – Ele deixou claro. E mesmo que eu fosse o desesperado naquele momento, assenti silenciosamente da melhor forma que consegui, ainda preso pela sua mão. Não é que aquele lado dominante me deixava ainda mais abalado? – Ainda bem que estamos entendidos.

Passei a perceber que gostava daquele Chanyeol, não do idiota no seu estado normal. Gostava do seu lado ativo, dominante. Parti os lábios, num suspiro mais profundo quando ele achou que seria boa ideia revelar a única parte do meu corpo ainda coberta por tecido.

Quando me dei ao trabalho de olhar melhor para si, percebi que já estava igualmente sem roupa. Fiquei ofegante, só de imaginar. Puxei-o para próximo de mim, porque não estava satisfeito com o certo espaço livre existente entre nós. Alias, o que mais esperava ali era que nos uníssemos de vez.

Prendi-o com as minhas pernas. Podia ser ele a mandar, mas eu ainda tinha alguma ‘voz’ perante o momento. E neste momento ela gritava, toca-me, possui-me!

Agradeci o fato de não haver objetos que pudessem ir parar ao chão, porque uma aura mais primitiva apoderou-se de nós. Chanyeol, segurando-me em seu colo, apenas passando próximo da porta para a trancar… Precauções. Porque no fim guiou-nos para uma das divisórias dos choveiros . Senti a parede gelada tocar a minha pele das costas com brutalidade, o que não foi mau de todo, tendo em conta que o meu sangue realmente fervia abaixo da pele e o fresco do azulejo equilibrava.

Liguei despercebidamente a água, no frio. Em meros segundos, as gotas grossas caiam sobre os nossos corpos, não deixando sobreaquecer a temperatura.

Chanyeol não foi paciente, muito menos simpático. Senti-o confirmar a minha lubrificação com os dedos. Gemi em antecipação. Não era suficiente para mim apenas os seus dedos. E como se ouvisse as minhas preces, em menos de nada vir contudo.

Gemi dolorosamente, ainda não totalmente habituado com o volume excessivo de um Alpha, que não se comparava ao de um Omega ou de um Beta. Nem a lubrificação conseguia evitar por completo aquela sensação de ser alargado. Mas quem se preocupava? Não eu. Mais dor, menos dor, era do prazer e do alívio que andava a procura. E Chanyeol estava a conseguir isso do seu próprio jeito.

Ele continuou a fazer o que queria de mim, especialmente com aqueles lábios e dentes. Quando começou a brincar em meu tórax, apanhando, entre os lábios, um dos meus mamilos, não me contive em qualquer som que quisesse abandonar a minha garganta.

- Mais… Mais rápido… - As bochechas queimavam, mesmo que a água do duche levasse parte do calor consigo. Sentia tantas coisas ao mesmo tempo.

Até me admirei não estar tão centrado nas estocadas que investia contra mim, porque era disso que eu precisava com urgência. Bati-lhe no peito, com pouca força, apenas mostrando o meu descontentamento.

- Chanyeol… - Tentei chamar a sua atenção, mas mais parecia que gemia por si.

Consegui apenas que reparasse em mim por alguns segundos. Passou a segurar as minhas coxas entre os seus longos dedos, como se quisesse apalpar cada pedaço delas e ajeitar a posição em que estávamos.

- Eu preciso… de mais. – Sussurrei, sem forças suficientes para gastar com palavras.

- Shhhh. – Ordenou, enfurecido. – Estás a pôr-me louco!

Entrelaçando melhor as pernas na cintura de Chanyeol, que agora parecia realmente enlouquecido, senti-me ser prensado contra a parede de azulejo. Segurei os cabelos úmidos do Alpha para me apoiar, porque as investidas dele tomaram um rumo diferente, mas acho que isso o deixava desconfortável, tendo em conta que me retirou de lá as mãos.

Tentei estimular o meu membro entre nós, mas cheguei à conclusão que não seria necessário, quando o maior acertou num ponto dentro de mim que me fez quase perder a consciência.

- Baek… - Ele gemeu roucamente, tão perto do meu ouvido que achei que perderia o juízo. Ele devia ter percebido a sua ação, pois tenho a noção que todo o meu interior contraiu quando senti aquela onda forte de prazer envolver-me.

Puxei-o para um beijo. Acabou um pouco desajeitado, devido à movimentação que o Alpha mantinha, investindo contra mim. Os seus dentes prenderam o meu lábio inferior, como se o quisesse tomar para si. Quando o largou passei a ponta da língua sobre o mesmo, que ficara um pouco machucado.

O meu interior contraía-se sempre que este alcançava o meu ponto e pelo menos a ardência que sentia antes estava a diminuir. Abracei-o apertadamente, para que se unisse mais a mim. Gostava da sensação do contacto.

Parti os lábios, que serviu de pretexto para o maior explorar com a língua. E se deixei marcas feias no pescoço alvo do Alpha, não me culpo. Ele parecia saber como fazer uma pessoa delirar e era lá que descontava, com as unhas curtas.

Desceu os seus lábios para o meu queixo, onde mordiscou bastante levemente, até. Entretanto, numa vontade mais pervertida, segurei em suas nádegas, não só para sentir entre os dedos aquela parte como para o incentivar a ir ainda mais fundo. O máximo não parecia suficiente naquele momento.

- Estou… E-estou quase… - Gaguejei, completamente perdido para as sensações do meu corpo.

Só perdi a visão quando senti os seus dentes se aproximarei na curva do meu pescoço. Perdi a noção de tempo e espaço, de quem eu era, de quem era o Alpha. Levei a minha própria mão a que ficasse sobre o alvo dos seus dentes. Ele… ele, não podia fazer aquilo.

- Chan… Chanyeol… - Tentei chamar, mas soava demasiado a um gemido. Estávamos a alcançar rapidamente o ápice.

O meu interior acomodou o Alpha com mais força, o impedindo de se mover. Tombei em seu ombro, exausto. Chanyeol se desfez. Pude sentir cada gota do seu prazer preencher o meu interior. Um alívio percorreu o meu corpo antes necessitado. Estava melhor agora sem dúvida, mas dentro de mim algo me dizia para não afastar do Alpha.

Deixei-me ficar ali frouxamente abraçado ao seu pescoço, enquanto a sua mão deslizava pelas minhas costas, mais calmo agora. Já a minha mão, doía. Chanyeol tinha a mordido em vez do que pretendia.

- Chanyeol…! - Deixei escapar como um suspiro, caindo na real. Eu podia estar marcado naquela hora! E ele parecia não ter nem consciência disso.

O Alpha deixou me no chão, finalmente, depois de tanto tempo em seu colo. Não tinha força nos joelhos. Deixei-me cair sentado no compartimento. Contudo, opostamente ao que esperava, o maior não saiu dali friamente, como eu havia feito consigo da outra vez. Agachou-se ao meu nível, fazendo-me levantar a cabeça com o seu indicador.

- Porque sequer tentaste morder-me? És idiota? – Perguntei-lhe, não sabendo se estava ofendido, preocupado, ou com medo. – Não é como se fossemos um casal!

- Descontrolei-me. Desculpa. – Ele disse, com uma expressão mais suavizada no rosto.

- Tens a noção que me podias ter marcado para a vida, não tens? – Retorqui, com uma mão a tapar o local da mordida.

- Realmente não tinha essa noção no momento… Mas talvez não fosse tão mau assim se tivesse acontecido… - Um sorriso entre o debochado e o simpático apareceu nos seus lábios carnudos. Se isso significava um bom pressagio, eu não sabia. Só sabia que em casa ia gerar muitas perguntas aquela mão machucada.

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...