O mundo não era injusto. As pessoas existentes nele é que eram. Ela, tão pequena e incapaz de se expressar, apenas sorria e ocultava seus pensamentos, por medo de ser incompreendida. Nem ao menos seu pais pareciam a entender.
Era como se ela não existisse. Pelo menos era dessa forma que se sentia. Respirar se tornara uma tarefa difícil, mas desistir fácil não era uma opção.
Queria dizer o que sente, queria provar que era melhor do que aparentava, queria se sentir livre, mas… estava oprimida. Contida dentro de si por milhares de paredes e portas que a impediam de ser ouvida.
Quanto mais ela tentava mostrar a força de sua voz, mais presa e perdida ela ficava.
Poderia alguém salvá-la? Poderia alguém amá-la sem querer consertar as imperfeições que ela mesma já desprezava? Poderia alguém ficar com ela sem julgar no momento em que visse a verdade por detrás da cortina?
Talvez. Apenas talvez.
Certezas para ela são sempre levadas pelos ventos.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.