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História Um Namorado de Presente?! (em correção) - Have a Good Time!


Escrita por: SaturnCat

Notas do Autor


Prontos para a melação do último especial VHope?

hdsuduhsd

(novamente, não revisei)

Tenho coisas EXTREMAMENTE importantes para dizer nas notas finais, então leiam!

E cuidado: esse capítulo tem muito diálogo, sinto muito ;u;

Boa leitura <3 <3

Capítulo 16 - Have a Good Time!


Fanfic / Fanfiction Um Namorado de Presente?! (em correção) - Have a Good Time!

 

Desde o dia da viagem com os meus pais, tenho me sentido verdadeiramente confuso e HoSeok é um dos grandes motivos para isso. Sei que ele não faz de propósito, mas eu não consigo evitar esse instinto de culpá-lo. É bem estranho pensar sobre nós dois, porque somos melhores amigos há muito tempo, só que eu não poderia dormir esta noite sem admitir para mim mesmo que ficarmos nos beijando por aí vez ou outra não é normal. Quero dizer, nós realmente somos amigos e amigos não fazem essas coisas. Certo?

E por falar naquela bendita viagem, lembro do que tive que prometer para o meu pai… Ele quer que eu o substitua na empresa, sendo outro viciado em trabalho, tudo para mantar o nosso nome intacto. Falei sobre o acontecido com a minha psicóloga e ela recomendou que eu tentasse dialogar com meu pai. O grande problema é que quando você vê uma pessoa no máximo duas vezes na semana em jantares forçados, não se sente à vontade para dar o seu ponto de vista e debater sobre algo que parece já estar destinado para acontecer. Meu pai nunca me ouviria e fim de papo. Vida que se segue.

HoSeok e eu havíamos combinado de passar a tarde na minha casa, então eu aproveitei que estava sozinho e arrumei algumas revistas em quadrinhos, que eram da minha coleção favorita desde a infância. Aquele era o único cômodo que eu arrumava sem a ajuda das empregadas e, com exceção da cozinheira, elas trabalhavam apenas alguns dias da semana.

Como só tinha eu ali, abri a porta para que o meu amigo entrasse e ele estava particularmente sorridente naquele dia.

— O que foi? — Perguntei não evitando sorri também quando HoSeok se aproximou e fechou a porta atrás de si.

Ele me empurrou até a parede do corredor de entrada e quase colou seu corpo no meu.

— Eu estou feliz por te ver hoje. — Deu um rápido selar no meu nariz e depois ficou me encarando, aguardando por uma reação. — O dia está bonito, a gente podia sair.

— Quero ficar aqui. — Devolvi o olhar profundo.

— É mesmo? E o que tem de tão especial para se fazer aqui?

HoSeok se aproximou ainda mais de mim, prensando meu corpo na parede fria da minha casa. Enterrou o rosto no meu pescoço e me cheirou. Arrepiei tanto pela proximidade quanto pelo toque.

— Nada de muito especial. — Respondi finalmente.

O mais velho se afastou apenas o suficiente para ficar com rosto de frente para o meu e segurou uma das minhas mãos. Me puxou com certa delicadeza até o meu quarto, sem dizer nenhuma palavra. Ao chegarmos, ele me soltou e me sentei na cama.

— Posso me sentar também?

Cruzei as pernas e me sentei mais para o meio da cama, abrindo espaço que ele fizesse o mesmo. Desde que comecei a me consultar, parei de me importar tanto com a proximidade de HoSeok pelo menos, deixando que ele ficasse ali também, que compartilhássemos um espaço tão pequeno e, até então, só meu. Eu não ligaria contanto que fosse ele.

— Você está um pouco estranho hoje… — Ele se arrastou até ficar um pouco mais perto. — Quer conversar?

Sem o responder, quebrei a distância entre nós, colando nossos lábios um no outro. Aquele toque era, sozinho, capaz de me fazer ver estrelas, como nenhum antes. Como ninguém mais fazia eu me sentir, o que era também assustador.

Segurei HoSeok pela nuca e descruzei as pernas, ficando de joelhos e me aproximando ainda mais. Ele apenas manteve as mãos ao lado do corpo, aproveitando o beijo. Pediu passagem com a língua e eu cedi ansioso por mais daquilo, mesmo que não entendesse.

— Tae… Hyung — Me chamou com a voz abafada entre o beijo. — Acho que… A gente precisa conversar.

Me afastei dele assim que ele terminou de falar.

— Por quê? — Sentei por cima dos calcanhares.

— Não sei se é certo isso que estamos fazendo. — HoSeok coçou a cabeça e eu levantei uma sobrancelha.

— HoSeok, vamos apenas deixar acontecer. Você já está aqui de qualquer forma e, sejamos sinceros: ambos queremos, certo?

— Sim, mas… — Ele se calou quando eu beijei a linha de seu maxilar. — Não acha que é estranho a gente fazer isso sem nem… — Ficou quieto outra vez, mas não completou a frase.

Voltei a olhá-lo de frente, ele estava um pouco envergonhado e eu podia dizer isto apenas por notar seus dedos batendo nervosamente na cama e a ruga entre as sobrancelhas.

— Sem nem o quê? — Incentivei, mas ele manteve o silêncio. — Por acaso está dizendo que são coisas de namorados ou sei lá?

— Bom… De certo modo sim. Não só de namorados, mas ficantes e essas coisas.

— Por favor HoSeok, não seja ridículo. — Fiz minha expressão incrédula, junto de uma risada quase sem humor nenhum. — Nós somos amigos. E somos dois garotos!

Voltei a me sentar, um pouco longe dele.

— Mas o JungKook e o Jimin também são dois garotos, o que isso tem a ver?

— Tá, só que o JungKook e o Jimin são… — Procurei pelas palavras certas, gesticulando com as mãos. — Gays. Nós não somos.

— Tudo bem. — Ele se levantou e foi ajeitando a roupa.

— Aonde você está indo? — Me levantei com certa pressa, o acompanhando pela casa.

— Embora.

Segurei o braço dele, que se virou e me olhou com a expressão triste.

— Não precisa ir embora, eu só disse que…

— Eu entendi, TaeHyung! — HoSeok me interrompeu, tirando minha mão de seu braço e saindo sem nem se despedir.

Voltei para o quarto e me preparei para tirar um cochilo e esquecer daquela tarde. O que o meu amigo queria dizer com aquilo? Nós só estávamos agindo por impulso, provavelmente ele só sentia muita falta da Tzuyu. Não precisávamos de uma boa explicação ou motivo, eram só beijos e pronto. Não tinham um significado… Ou pelo menos não deveriam ter.

 

 

(…)

 

 

Não saberia dizer o que diabos eu tinha na cabeça quando resolvi procurar JungKook. Como ele poderia me ajudar com aquilo? Aliás, depender da ajuda de JungKook já era um sinal de estar no fundo do poço. De todo modo, eu estava lá na porta dele e não tinha mais volta, o jeito era encarar a situação e os fatos.

— E aí? — Ele perguntou tranquilamente, se sentando na poltrona da sala.

Me sentei no sofá, ao lado dele.

— Eu beijei o HoSeok. — Falei de uma vez, cruzando as pernas e colocando as mãos sobre o joelho.

JungKook só estreitou os olhos e tirou o sorriso dos lábios. Ficou calado por um bom tempo, até que eu desse um peteleco em sua testa quase encoberta pela franja que eu havia cortado.

— O quê? — Perguntou massageando o loco recém golpeado.

— É isso mesmo que você ouviu, não se faça de tonto. — Suspirei alto.

— Como isso aconteceu?

— Não sei direito. Na verdade, nem sei quem beijou quem, mas aconteceu.

— Quando foi isso?

— No cruzeiro… — Olhei para o teto. — E mais algumas vezes lá em casa, mas não importa.

JungKook ficou boquiaberto e deixou que a cara de idiota dele se amplificasse.

— Eu sabia! — De repente ele passou a sorrir de lado e foi a minha fez de fazer a cara de idiota.

— Sabia do quê? HoSeok te contou?

— Não é nada. — Suavizou a expressão. — Por que está me contando?

— Não sei…

E realmente não fazia a menor ideia. Não é como se o meu amigo fosse me dar uma resposta e uma saída mágicas para a situação onde eu me encontrava.

— E como foi?

— Como foi o quê? — Voltei a olhar na direção do mais novo.

— O beijo, TaeHyung! O que você sentiu?

— Foi normal… Quero dizer, foi razoável. Bom, foi bom!

— Seja mais específico, por favor.

— Eu gostei para caramba, foi o melhor beijo da minha vida! Está feliz?

JungKook deu risada e eu devo ter corado. Revelei mais do que gostaria de sequer pensar.

— Então qual é o problema?

— Qual é o problema?! Você está maluco? Nós somos amigos e eu gosto de garotas, não posso pensar no HoSeok desse jeito.

— Ah, então você pensa nele desse jeito? — Fez sua cara maliciosa e eu quis matá-lo. Ou me matar.

— Eu gostei do beijo, isso quer dizer que eu sou gay?

— Não é bem assim, Tae.

— É que eu gosto de garotas e sinto… Coisas… Pelo HoSeok. O que isso faz de mim, Kook?

JungKook colocou uma mão no meu ombro, e fiquei calado enquanto observava os olhos dele.

— Já parou para pensar que talvez você seja, sei lá, bissexual?

— Mas eu nunca senti isso por qualquer outro garoto. Ou garota. Ah, droga. O que eu faço?

— Se você gostar dele, não tem razão para ficar perdendo tempo e se magoando. Você pode tentar.

— Mas como… — Deixei a frase no ar.

— Como?

— Deixa pra lá. Só estava curioso sobre uma coisa, mas acho que não é educado perguntar.

— Bom, se eu puder te ajudar, pode perguntar. Eu acho. — Ele me encarou desconfiado. — Você está começando a me assustar.

— Tudo bem, mas não fique ofendido, só estou curioso. — Mordi o lábio inferior antes de continuar. — Como vocês fazem… Você sabe, aquilo.

— Sério? Essa é sua pergunta? Você não tem internet em casa, TaeHyung?

— Não quero pesquisar sobre sexo gay na internet. É estranho!

— Mas vai ter que pesquisar. Faça-me o favor.

— Você é virgem?

— TaeHyung! Pare de fazer essas perguntas. — JungKook ficou um pouco vermelho.

Me ajeitei no sofá, arrumando a postura e olhando bem para o meu amigo. O comportamento dele só podia significar uma coisa.

— Então você é mesmo virgem… Eu pensei que você e o Jimin já tivessem passado dessa fase, sinto muito.

— O Jimin é inocente demais e o nosso relacionamento ainda é curto demais. Eu não me aproveitaria dele logo agora que estou tentando mostrar que mudei.

— Você acha que o Jimin também é?

— Bom, não tenho certeza, mas acredito que sim. De qualquer forma, eu não me importo. Nós vamos pensar sobre o assunto quando for a hora certa.

— Uau, o meu JungKook está falando como um adulto! — Apertei o resto dele entre as minhas mãos.

— Para com isso! — Ele me afastou. — Como acha que o HoSeok está se sentindo agora?

Ele voltou para o assunto anterior e eu tive quase um ataque cardíaco. Como eu havia me esquecido do HoSeok? Se eu queria dar uma chance para aquele sentimento, precisava falar com ele, claro. Me levantei do sofá quentinho de JungKook.

— Desculpe, preciso ir agora. Nos falamos depois.

Ele me levou até a porta e se despediu. Praticamente corri até o ponto de ônibus. Eu não tinha a menor ideia de como usar aquele meio de transporte, mas uma senhora adorável me ajudou a pegar o veículo correto, que me deixaria o mais perto possível da casa de HoSeok.

Quando finalmente cheguei lá, após ter corrido por algumas ruas depois de uma parada, chamei pelo meu amigo. Ele não demorou muito tempo para aparecer, mas não aparentava estar em seu melhor momento e aquilo era culpa minha.

— Preciso falar com você. Seus pais estão aí? — Ele assentiu e então o puxei para fora, até a rua.

— HoSeok, eu realmente sinto coisas muito estranhas quando você me toca e quando está perto de mim. Sinto minha respiração ficar bagunçada e odeio quando você se afasta. Pensei que isso era só coisa de amigos, mas eu estava errado. — Respirei fundo. — Eu gosto de beijar você. Nunca ninguém foi capaz de me fazer ficar tão confuso e inquieto e eu não queria pensar na gente dessa forma. Não queria acreditar que eu poderia gostar de você, HoSeok. Mas, eu só me enganei. Não sei se você sente o mesmo, mas vamos deixar pra lá qualquer receio ou questionamento, vamos só viver esse momento e levá-lo como um aprendizado e… — Me calei quando ele me beijou e fechei os olhos depois de um breve momento.

Mesmo que nós estivéssemos no meio da calçada, onde qualquer pessoa poderia nos ver, senti aquela formigação no estômago, um calor me tomar por completo. Eu queria chorar e ao mesmo tempo queria dar risada. Queria que os braços fortes de HoSeok jamais me soltassem.

— Você é maluco, sabia? — Ele deu risada assim que separou nossas bocas. — Como eu fui gostar de alguém tão bipolar?

HoSeok olhou teatralmente para o céu e eu acabei rindo também.

— Não sei, eu acabei gostando do cara mais bobo da face da terra. Dá pra acreditar?

— E ele é bonito, pelo menos?

— Só um pouco.

— Então ele tem muita sorte.

Voltou a me beijar e depois de algum tempo ali, naquela rua escura, ele me convidou para entrar e jantar com a família dele e não pude negar, mesmo que não gostasse muito de jantares.

Ao entrar na casa, recebi vários cumprimentos calorosos dos pais e também dos irmãos de HoSeok, que já me conheciam há um bom tempo.

— Fico feliz que finalmente tenha aceito comer com a gente, TaeHyung. — A mãe do meu amigo sorriu tão ternamente quanto ele e eu me senti um pouco mal por ter negado tantos convites.

Aquele jantar me provou diversas coisas. A primeira delas, era que todo o conceito que eu tinha sobre família estava errado. Eles eram uma família, sem sombra de dúvidas. Interagiam e sorriam um para o outro, eram barulhentos e escandalosos, nunca ficavam em silêncio. Me fizeram sentir tão acolhido que eu desejava não ir mais embora da casa.

Infelizmente, precisei ir e HoSeok me levou até a minha própria residência, se despedindo com um abraço também quente. Entrei e me encontrei sozinho, sentindo o frio do ar condicionado que vivia ligado por mero capricho dos meus pais. Me deitei ainda com a sensação ruim.

Nem mesmo os cobertores extras foram capazes de me esquentar como a simples companhia de HoSeok e seus familiares.

E aquele não era o tipo de vida que eu queria para mim. Não mesmo.

 

C o n t i n u a…


Notas Finais


Bom, depois do capítulo passado, quando eu disse que a fanfic teria só mais dois capítulos, boa parte de vocês surtou com isso. Fiquei BEM surpresa, porque não esperava, sério. Quero muito acabar essa história para poder postar outras, mas resolvi ser um pouco legal~ Vou adicionar mais uns 3 capítulos para fic e sei que não é muito, mas não quero ficar enchendo linguiça por aqui. Espero que entendam!

Não terá lemon pro Vhope, mas no último capítulo quero escrever pro JiKook. Não sei se vai ficar bom, mas prometo dar o meu melhor. É que essa fanfic é muito amorzinho, então o lemon tem que ser amorzinho também, senão vai ficar muito bizarro. Sei lá.

Espero que vocês estejam gostando dessa reta final e que não tenha ficado corrido demais, embora tenha ficado um pouco.

Eu acho que tinha mais coisas pra falar, mas eu me esqueci, então não vou me prolongar mais. Agora eu preciso sair, mas volto a escrever mais tarde, assim que chegar.

Para quem acompanha a minha outra fanfic, o capítulo novo deve sair hoje também e a próxima atualização dessa aqui talvez seja amanhã. Só talvez.

Um beijo e até lá~! <3


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