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História Um Namorado de Presente?! (em correção) - Don't Make me Drink!


Escrita por: SaturnCat

Notas do Autor


[AVISO PARA OS NOVOS LEITORES]
* 06/08/2017 *

Hellooo~

Finalmente tirei um tempinho para corrigir esse capítulo o/

Bom... Ele faz a citação de três músicas, mas acredito que talvez você não conheça duas delas (espero que conheça, mas vou deixar o link delas nas notas finais também KASDBAKJDB)

[então já sabem: links no final do capítulo]

Boa leitura~

Capítulo 2 - Don't Make me Drink!


Fanfic / Fanfiction Um Namorado de Presente?! (em correção) - Don't Make me Drink!

༺ j u n g k o o k ༻

 

 

 

 

 

Eu ainda estava aturdido. Isso. Perdido diante daquela pessoa. Num ponto de vista nada convencional, Jimin nem parecia ser uma pessoa de verdade. Como passar vergonha é algo em que tenho certo nível profissional, eu não conseguia reagir direito, sequer piscar ao falar qualquer besteira. Felizmente — cedo ou tarde —, percebi que se ficasse ali babando por ele por mais um segundo que fosse, seria o cara mais estranho mundo. Soltei um pigarro leve e o olhei nos olhos.

Invoquei coragem dos meus antepassados mortos, é claro. De onde mais eu tiraria qualquer força para poder encarar aquele deus de frente?

— Jungkook. — Me apresentei. Era tudo o que eu conseguia responder ao jovem de cabelos vermelhos gritantes de frente a mim.

— Você é muito bonito, Jungkook! — Jimin me elogiou e, na hora, pareceu até piada que aquele cara sem um único pelinho fora do lugar estivesse me dando aquele adjetivo. Será que pagaram ele para engolir sua honestidade também? Bajulação estava no “pacote”?

Sorrindo — mostrando toda aquela fila de dentes e fechando os olhos — ele ficava ainda mais parecido com uma escultura.

O tal de Jimin fez menção de acariciar a minha cabeça, mas me afastei, já sentido que ele estava abusando de nosso primeiro contato. Ele ficou confuso, entretanto o sorriso em seu rosto não morreu. Até parecia uma verdadeira miss simpatia daquele jeito.

— O que vamos fazer agora? — Perguntou cheio de expectativas.

Ainda era muito confuso para mim. Toda essa história de ter um cara desconhecido — e maravilhoso — me tratando com tamanha intimidade. Tentei parecer natural e segurar o tom irônico que quase escapou dos meus lábios.

— Agora? — Olhei rapidamente para o relógio que trazia no pulso. — Agora vamos para a aula. O que está pensando?

Ele suspirou como se estivesse conversando com uma idosa de noventa anos e pareceu levemente decepcionado.

— Mas é o nosso primeiro dia de namoro, pensei que a gente faria alguma coisa… — Insistiu e o sorriso alegre dele só então desapareceu.

— Pensou errado. Sinto muito, eu tenho aula agora e é uma matéria importante — Sim, era mentira, mas ninguém precisava saber.

Contanto que eu pudesse enrolar aquele ruivo baixinho, estaria tudo bem mentir ou algo semelhante. Afinal, eu não o conhecia e presava minhas notas nem tão exemplares, como todo bom aluno deveria presar.

Eu talvez até aceitasse sair de bom grado com ele, não fosse o fato de meus amigos terem o pagado para que se aproximasse de mim. Não era como se eu estivesse desesperado de qualquer forma, então me virei para ir embora. Contudo, o garoto mais velho segurou meu braço e começou a me arrastar pelo pátio da escola. Achei a atitude um absurdo, porém não tive tempo de questionar o que ele estava fazendo, já que o mesmo quase interrompeu meus pensamentos:

— Antes de mais nada, Yoongi disse que eu poderia te levar para onde quisesse caso você tentasse fugir. Você tem educação física agora, não é como se fosse fazer falta. — Jimin deu uma olhada no meu corpo que fez eu me sentir como um ratinho de laboratório, sendo observado e estudado. — Você não parece o tipo de pessoa que faz muito exercícios. — Que afronta! — Além disso, achei que fosse apenas uma piada do seu amigo, não que você realmente tentaria ir embora.

Me senti muito óbvio. Yoongi até mesmo previu cada movimento meu, como se fosse algum gênio do mal. Talvez ele fosse mesmo. Acredito que Yoongi um dia ainda vai surtar, revelando seus planos para dominar o mundo e disseminar o mal. Ou provavelmente acabará tendo preguiça de executá-los e deixando para lá, o que era bem mais a cara dele.

Fiquei calado e apenas deixei que aquele maldito sorriso me guiasse. Fazer o quê. Não seria minha primeira vez matando aula.

Jimin não demorou para perceber que eu estava colaborando, então me soltou e logo eu já estava caminhando ao seu lado, de livre e espontânea vontade. Nós dois saímos da escola e caminhamos por uns quinze minutos, até que ele parou de andar.

— Que lugar é esse? — Inqueri, meio confuso.

Era mais por curiosidade que qualquer outra coisa, talvez ele só tivesse parado ali para descansar as pernas. Eu sabia ler e aquele era, definitivamente, um karaokê — segundo a placa na entrada. Jimin abriu outro daqueles sorrisos enormes e começou a andar para dentro do lugar. Algo em mim me dizia para sair correndo e guardar a pouca dignidade que ainda me restava — se é que restava alguma —, mas apenas fui atrás dele.

— É um karaokê. — Explicou finalmente.

Não me diga.

— Sim, mas eu não canto e além disso, estou faminto — Menti pela segunda vez. Já havia devorado meu lanche. — Por que não voltamos pra escola, hein?

Ele não parecia muito a fim de seguir a minha ideia.

— Ei, não seja assim. — Ou seja: chato. — Vamos!

Jimin me arrastou novamente, já estava virando meio que um “costume” nosso; alugou uma das salas e nós entramos. Sala número 7. Era o meu número da sorte, por isso esperava que me ajudasse a escapar daquela situação também.

O ruivo se ocupou em encontrar uma boa música na tela grande que ocupava uma das paredes, enquanto eu dei uma olhada no lugar. Embora pequena, a sala de karaokê tinha tudo o que era preciso: um sofá laranja de dois lugares e alguns bancos empilhados num canto, uma mesinha em frente e uma televisão. Na mesinha tinha uma espécie de “menu” com bebidas e porções de comida que julguei serem caras demais dada sua simplicidade. Só com o preço daquela porção miúda de batata frita, eu poderia comprar um saco inteiro de batatas.

Não que eu seja tão mão-de-vaca assim. Só sou econômico.

Acabei me sentando e me enterrando no sofá. Jimin gritava que havia encontrado sua “música perfeita”. Espiei a tela e li que ele cantaria Love Letter, do Jang Geun Suk. Achei muita pretensão da parte dele de início, mas assim que as primeiras linhas acabaram, não pude evitar de arregalar os olhos.

A melodia suave e simples ficava perfeita com ele cantando. E a letra era de fazer o coração derreter. Jimin tinha uma voz muito interessante, sem dúvidas.

Aquele cara já estava começando a me irritar com tantas qualidades.

Além de bonito, adorável e espirituoso, Jimin parecia do tipo atlético e eu ousaria dizer que o rapaz era engraçado também.

Eu me remoía feito um louco para poder apontar um defeito sequer nele, nem que isso significasse que eu deveria provocá-lo um pouco para encontrar. Deixei os pensamentos parcialmente de lado para me aprofundar na deliciosa melodia que saía das caixas de som.

Pensei que Jimin me deixaria em paz contanto que estivesse se divertindo sozinho, mas, assim que o refrão chegou, ele me olhou e começou a chegar perto. Arregalei os olhos outra vez e neguei com a cabeça e as mãos, as agitando em frente ao rosto. Eu não conseguia cantar na frente de outras pessoas, principalmente um cara que eu havia acabado de conhecer.

A música estava alta e Jimin não me ouviu implorando, apenas me levantou do sofá e me entregou um segundo microfone.

Fiquei encarando a letra da música transcorrer na tela e escutando o ruivo cantar como se fosse o fim do mundo e ele precisasse usar toda a voz de uma vez só.

Jimin notou que eu não estava muito disposto a cantar em conjunto. Mudou a estratégia, cantando e dançando animadamente, embora a música fosse lenta. Ele jogou um braço nos meus ombros, me balançando junto com ele.

Sem outra opção, comecei a rir da empolgação estúpida e sem sentido do garoto. Acabei por me empolgar também, deixando uma das minhas barreiras caírem momentaneamente. Cantei a música baixinho e ele pareceu contente por ao menos me ver “tentando” acompanhá-lo.

Tenho certeza que com aquela barulheira toda ele não pôde me ouvir.

Era difícil até mesmo ouvir o meu próprio orgulho gritando para que eu parasse…

Assim que a música acabou, Jimin comprou algumas bebidas para nós dois. Eu me perguntava internamente como ele havia conseguido comprá-las — uma vez que somos menores de idade —, mas não me interessei por beber. Eu não tinha o costume.

Jimin tentou me servir um copo, mas neguei com a cabeça.

— Você tem que beber, estamos em um karaokê!

— Eu deveria estar na escola. Não vou chegar bêbado em casa. Além disso, quem está pagando por estas bebidas?

Ele se sentou na mesinha de frente para mim, apoiando os pés um de cada lado das minhas pernas, no chão.

— É só um copo, você não ficaria bêbado nem se quisesse. Mas não vou te forçar, afinal você é o meu namorado.

Se ele não tivesse me pegado de surpresa, jamais o teria deixado tocar nas minhas bochechas. Jimin era muito abusado.

Retirei — sem muita paciência — as mãos dele de mim.

Naquele momento eu tinha duas opções: sair dali e voltar para a escola o quanto antes ou ficar e tomar aquele maldito copo que ele tinha colocado em minha mão. Contrariei minha própria mente quando virei o conteúdo quase de uma vez, sentido uma leve queimação na garganta. Jimin deu um sorrisinho e se levantou, entornando o próprio copo e me servindo de mais logo em seguida.

Pensei que seria “só um copo”. Ele estava me empurrando mais?

Não tinha achado a bebida exatamente forte, então não neguei quando ele me ofereceu o outro copo.

Só dois, certo? Não é muito.

O copo era pequeno como as mãos de Jimin; mal dava para sentir o gosto da bebida antes dela acabar.

Quando dei por mim, já estávamos os dois cantando e dançando Roll Deep da Hyuna. Ou melhor… Jimin estava dançando e cantando e eu estava jogado no chão tentando cantar o refrão, ignorando a parte correta da letra completamente. O refrão é a melhor parte!

Se eu posso aconselhar você, deixe-me lhe dizer que beber com um completo desconhecido quando não se tem costume é absolutamente uma péssima ideia.

Mesmo um pouquinho alterado, eu ainda conseguia ver o quanto tudo daria errado quando Jimin colocou I Fancy You, do CRUSH, para tocar. Logo nas batidas iniciais da música, juntas aos gemidos baixos do cantor original — que deixaram como se fosse uma segunda voz —, Jimin começou a rebolar lentamente e a cantar com toda a garganta. Algo naquilo me deixou completamente maluco e perdido.

Me levantei de onde estava meio que babando e o segurei por trás, pela cintura. Jimin se assustou um pouco a princípio, mas logo ignorou e voltou a cantar, como se aquilo tudo fosse normal para si.

Vê-lo aceitando minha aproximação repentina tão bem acabou me servindo de incentivo para cheirar seu pescoço, que trazia um cheiro doce perfumado e ao mesmo tempo de suor. Era perfeito. Me enterrei ali e jurei que poderia ficar daquela forma para sempre, até que Jimin voltou com os movimentos de quadril.

Juro que o Jungkook sóbrio jamais faria algo daquele jeito; quero dizer, não era nenhum cachorro no cio, desesperado pela primeira pessoa que aparecesse.

Se o objetivo de Jimin naquele momento era acabar com o pouco psicológico que o álcool havia deixado na minha cabeça, então estava fazendo tudo muito corretamente. Ele se virou de frente para mim e me olhou nos olhos — sem piscar — por um tempo. Continuou cantando mesmo de costas para a letra, que continuava a dançar na tela. Sorria quase que maliciosamente enquanto dirigia para mim cada palavra da música como se fossem dele próprio.

Aquilo tudo estava errado. Erradíssimo.

— Por que está fazendo isso comigo? — Indaguei.

O garoto mais baixo apenas sorriu, sem me responder, enquanto cantava a linha seguinte.

Um pouco irritado, peguei o microfone de suas mãos e o coloquei sobre a mesinha, sem ter qualquer cuidado com o objeto. Jimin não deixou o sorriso morrer e só o intensificou quando voltei a agarrar sua cintura, me aproximando novamente. Num único movimento, meio desajeitado, o deitei no sofá laranja da sala. A música continuava a tocar alta e provocante. Algo me dizia para prosseguir. Os lábios carnudos de Jimin eram tão tentadores, caramba… coloquei uma das pernas entre as dele e me apoiei no próprio sofá, quase me deitando sobre ele.

Jimin era a definição mais clara de beleza que eu poderia dar. Irritantemente bonito. E, apesar disso, não demonstrava desejar qualquer forma de estrelismo. Isso me dava ainda mais raiva. Droga. Porque ele tinha que parecer ser tão humilde quanto a si mesmo?

Não garanto que se tivesse a mesma aparência de Jimin, não sairia por aí exigindo ser o dono da atenção de todo mundo. Seria um metido mesmo.

O encarei um pouco e então cheguei mais perto. Jimin estava de olhos fechados há algum tempo, provavelmente esperando por uma reação minha — foi o que pensei à princípio. Encostei nossos narizes e, quando estava prestes a tocar aqueles lábios apetitosos com os meus, ouvi um murmúrio baixo. Abri meus olhos.

Jimin continuava na mesma posição de minutos antes e me perguntei o que ele estaria pensando por parecer tão tranquilo diante de tal situação. Nós iríamos nos beijar, certo? Ele não podia pelo menos fingir alguma reação?

Estranho.

Apertei seu nariz com um pouco de força e o chacoalhei.

Como se saísse de um transe, Jimin abriu os olhos repentinamente e me encarou soltando um bocejo.

De repente, tudo fez sentido. Como um estalo ou uma lâmpada se acendendo no meu cérebro. O baixinho havia dormido sob meu corpo.

Me afastei dele rapidamente, quase como se fosse um reflexo.

Jimin estava prestes a dizer alguma coisa, porém me levantei do sofá e saí da pequena sala de karaokê, deixando-o lá com seja lá o que tivesse para me falar.

Eu não queria escutar.

Mesmo aquele não sendo um caminho que eu conhecia tão bem, consegui me identificar através das ruas, cruzando comércios e casas, até chegar na residência de Taehyung. Os pais do meu amigo estavam viajando, então não seria um grande problema aparecer por lá meio bêbado; cambaleando. Chegar em casa daquela forma estava definitivamente fora de questão, era como jogar toda a confiança e orgulho dos meus pais, depositadas em mim, pela janela.

Toquei a campainha algumas vezes e logo o garoto de cabelos castanhos apareceu com um olhar inquisitivo para me receber.

— Pensei que estava com seu namorado, o que está fazendo aqui?

O empurrei e entrei na casa, que era praticamente como se fosse a minha própria, levando-se em conta que nossa turma de amigos vivia lá para jogar videogame nas sextas-feiras depois da aula. Já que os pais de Taehyung quase nunca estavam em casa, sentíamos como se aquele fosse um lugar só nosso.

Me sentei no sofá e aguardei até que o dono da casa fizesse o mesmo.

— Vai me contar ou não? — Insistiu.

— Eu acho que bebi demais.

Taehyung ficou ainda mais interessado e se aproximou de leve.

— Aquele garoto, Jimin, me fez beber. — Reclamei, encarando o teto. — Acho que tudo o que você precisa saber é que ele pisou no meu orgulho.

O castanho nem se deu o trabalho de segurar a risada ou disfarçar e eu já estava acostumado com o jeito debochado de Taehyung, portanto tentei não me ofender muito.

— Eu te imploro para me contar a história toda… O que aconteceu? — Pediu, entre sua risada quase escandalosa.

Depois de alguns segundos refletindo sobre as merdas que eu havia feito — como beber em plena quinta-feira e quase beijar um desconhecido —, decidi contar de uma vez. O pior já havia acontecido…

— Vamos dizer que eu quase dei uma de príncipe encantado tentando acordar a Bela Adormecida.

Taehyung deve ter entendido o que aconteceu, porque passou a gargalhar, praticamente se jogando no chão de sua bela sala de estar, limpando falsas lágrimas dos olhos. É como eu sempre digo: eu tenho os melhores amigos do mundo.


 

C o n t i n u a…

 


Notas Finais


[ L I N K S ]

I Fancy You: https://www.youtube.com/watch?v=3BCa1jfnRqg

Love Letter: https://www.youtube.com/watch?v=PTjoNmpdd1Q
(essa música é tão linda, jinsus! *---*)

// notas antigas //


\o/ Espero que a primeira interação do OTP tenha ficado legal e que tenha dado para notar um pouco do rumo da história (mesmo eu tendo deixado certas coisas de fora)
*risadinha maléfica sem motivo*
Se você gostou, se tem alguma crítica construtiva ou só quer me dar amor ou me xingar, deixe um comentário X'D
Não faço questão de muitas palavras, mas só por saber que tem alguém aí lendo já fico imensamente feliz, então apareça <3

Ah, já ia me esquecendo de falar! O próximo capítulo sai provavelmente depois do sábado.

Mil beijos!


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