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História Um Novo Destino - Futuro Revelado ; Enganando o Destino


Escrita por: LiliRosen

Notas do Autor


Olá, meus caros leitores!
Visto que o prólogo foi curtinho e provavelmente mal deu para começarem a saborear a história, apressei um pouquito o primeiro capítulo e eis que está, por fim, pronto.
Espero que gostem e que desfrutem da leitura.

Capítulo 2 - Futuro Revelado ; Enganando o Destino


Capítulo 1

Futuro Revelado

Enganando o Destino

 

Numa divisão escura e húmida, onde apenas se podiam ver uns poucos raios de luz, brilhando através das frestas de uma pequena janela, encontrava-se uma mulher de aspeto mumificado, cujo corpo repousava numa cadeira sem se mover.

 

Uma fumaça verde abandonou a sua boca, desaparecendo rapidamente num piscar de olhos e reaparecendo em frente a uma mulher ruiva de brilhantes e expressivos olhos verdes esmeralda.

 

― Quem ousa importunar o Espírito do Oráculo de Delfos? ― perguntou uma voz profunda, mas claramente feminina, proveniente da fumarada esverdeada.

 

― Não era a minha intenção importuná-la… Busco orientação e auxílio.

 

― Porque haveria de ajudar uma simples mortal? As minhas previsões vêm de uma entidade superior que nada ganha com auxiliar um mero mortal.

 

― Por favor, não é por mim… O meu bebé! Desejo assegurar o futuro do meu bebé. Há uma guerra lá fora e um maníaco quer assassinar o meu filho. ― As lágrimas cederam à força da gravidade, atingindo o solo em questão de segundos.

 

― O teu nome!

 

― Lily Potter Evans.

 

― Sim! ― exclamou o Oráculo misteriosamente ― O teu próprio destino está selado ao dessa criança. Morrerás para protegê-lo, assim como o pai do bebé, mas a criança sobreviverá devido ao amor que lhe tens, com apenas uma cicatriz que o assinalará como o Escolhido. ― Lily suspira de alívio e esboça um frágil sorriso. ― Aquele em quem confiam não respeitará os vossos desejos e enviará a criança para longe, ficando esta aos cuidados da irmã que não foi abençoada por Hecate.

 

― Hecate? Se bem me recordo é a Deusa da Magia, pelo que deve ser a minha irmã Petúnia e o único com o poder de fazer tal decisão é Albus Dumbledore. Mas porquê enviá-lo para lá? James especificou no nosso testamento que a custódia deveria ser entregue a Sirius, quem será nomeado padrinho do nosso filho ou Remus, o nosso amigo desde os tempos de estudantes. Eu até me assegurei de que se algo ocorresse e eles não pudessem por algum motivo tomar conta do meu bebé, este seria acolhido pelo meu amigo Severus. Por favor, eu preciso saber que o meu filho vai ficar bem. Como será a sua infância? Petúnia vai cuidá-lo? Eu sei que ela me odeia e tudo o relacionado à magia, mas… é só um bebé…

 

― A criança crescerá num lar frio e sem carinho, invejando o primo pelas atenções que os pais deste lhe dão.

 

― Meu pobre bebé! ― A ruiva abraçou o seu ventre entre lágrimas.

 

― Os maus-tratos não se farão esperar. A tia assegurar-se-á pessoalmente de que este se menospreze e odeie a si mesmo por ser um fenómeno. O primo irá ser o responsável de quebrar muitos dos seus ossos, juntamente com os seus amigos. E por último, o marido da sua tia irá deixar de procurar o que deseja lá fora e focar-se no alvo que alberga sob o seu próprio teto. As autoridades já tentaram ligá-lo a vários abusos sexuais de menores…

 

― Não! ― gritou Lily horrorizada ― Não pode ser! Vernon é um pedófilo? O meu bebé não pode ir parar àquela casa! ― concluiu a ruiva.

 

― A imensidão de horrores que uma mente infantil pode suportar é pequena e logo cederá ao desespero, entrará em depressão, perderá a auto-estima e a esperança de viver um futuro melhor.

 

Os soluços da auror eram o único som que interrompia o profundo silêncio deixado pelo Oráculo.

 

― A criança não terá consciência da sua herança até iniciar a educação mágica. Ao ingressar no seu mundo, irá aferrar-se às pessoas erradas, por medo a que tudo seja fruto da sua imaginação e acordar de novo no armário debaixo das escadas da casa dos seus tios, regressando assim à rotina de abusos. ― A mulher levou as mãos ao rosto, tentando conter os dolorosos soluços que lutavam por sair dos seus lábios e não interromper o Oráculo. ― Este irá implorar ao Diretor da escola que não o envie de regresso durante as Férias de Verão, mas este não aceitará os seus inúmeros pedidos, afirmando que é pelo seu próprio bem e pela sua segurança, que só pensa no que é melhor para ele. Como última esperança, a criança irá recorrer à família que tomou como própria, mas os ruivos tampouco serão de utilidade.

 

― Ruivos… A família Weasley! Eles são boas pessoas… Não se vão aperceber de que algo está errado? E Dumbledore? Ele deveria proteger o meu bebé! Não enviá-lo para uma casa onde será vítima de… de… ― Sem conseguir concluir a sua linha de pensamento, a futura mãe caiu de joelhos, chorando abertamente.

 

― Aquele que é conhecido como Albus Dumbledore, estará ciente de tudo desde o começo…

 

― Como? ― perguntou a ruiva escandalizada e sentido-se traída pelo homem em que todos haviam depositado das suas esperanças de terminar com aquela guerra absurda.

 

― Uma mulher descendente de magos, mas sem a bênção de Hecate, será a responsável de vigiar a criança, esta viverá na mesma vizinhança e reportará todos os acontecimentos a Albus Dumbledore. Este também realizará diversos encantamentos de proteção e vigilância na residência dos tios do Escolhido. Nada passará sem que este não esteja a par dos factos.

 

― Para! Por favor, para! ― gritou Lily fora de si, com uma mirada raivosa. Essa raiva tinha apenas um destinatário, Albus Dumbledore. Ele seria o culpado de todas as desgraças e sofrimentos que o seu bebé atravessaria. ― Não consigo escutar mais!

 

― Se isso é o que desejas…

 

A fumaça esverdeada começou a tremeluzir e a tornar-se translucida.

 

― Não! Espera! Estava enganada… Para salvar o meu filho preciso de saber tudo o que irá lhe acontecer.

 

― Muito bem! Mas pode que o que está por vir não seja do teu agrado, mortal. Os que se apelidam Weasley irão unir forças com as trevas e entregar o Escolhido ao seu inimigo mortal. ― Lily não podia acreditar que os ruivos fossem fazer isso. ― A mulher que veio uma vez de uma família abastada, não suportará a pobreza por muito tempo e cederá às promessas de riqueza e poder do assassino do teu filho.

 

― Assassino!? O meu filho vai ser assassinado…?

 

― A mulher irá guiar a própria filha até ao coração da criança e entregá-lo-á ao seu executor. Esse é o destino que aguarda o teu filho e o fim da vida do Escolhido. Só, abandonado e traído por quem mais confiava.

 

Lily Potter não estava de forma alguma disposta a aceitar um destino tão cruel e trágico para o seu pequeno bebé, pelo que apelou à sabedoria do Oráculo e agora dispunha-se a seguir as suas indicações, pois só desse modo evitaria que o seu filho vivesse uma vida miserável e morresse jovem, por culpa de uma traição que não merecia.

 

Lily ganhara a coragem para procurar novos meios de salvar o seu bebé e o único que conseguiu foi o que o próprio Oráculo lhe propôs e para isso precisava encontrar uma mulher chamada Sally Jackson.

 

A sua primeira ação foi abandonar o país e viajar aos Estados Unidos, mas não podia deixar rastos que pudessem ser seguidos, pelo que apanhou um avião no Mundo Muggle. Chegada a New York, a ruiva localiza uma pequena e discreta pousada. Após deixar as suas malas no quarto, decidiu dar um passeio pela cidade em busca de lojas de doces, pois o Oráculo parecia não ser capaz de dar mais informações, segundo as suas próprias palavras, alguém estava a fazer de tudo para ocultar a localização da mulher que Lily deveria encontrar.

 

A auror poderia jurar que sentia os seus pés clamarem por um pouco de descanso, mas o tempo urgia. Os meses estavam a passar e o seu ventre logo começaria a notar-se, pelo que empreendeu caminho pelas ruas daquela cidade desconhecida e por fim alcançou Grand Central Station. Visitou todas as lojas até que por fim deu com o que buscava em Sweet on America. Uma mulher de cabelos castanhos, rosto gracioso e olhos azuis, que pareciam mudar de cor com os reflexos da luzes da loja. Essa era Sally Jackson.

 

Por vários dias, a ruiva dedicou-se a seguir Sally discretamente e averiguar que tipo de pessoa esta realmente era. No decorrer da sua “perseguição”, confirmou que a morena estava grávida de três meses, tal como ela e que o Oráculo não lhe havia mentido, o poder emitido pelo ventre da muggle era gigantesco. Não tanto como o do pai! Lily pensava que este deveria ser sem dúvida alguma, um mago muito poderoso, e a julgar por quão forte era a aura do bebé, este também o seria igualmente, tendo em conta que este era um poder muito mais forte do que se esperaria de uma gravidez tão pouco avançada.

 

O poder daquele bebé deveria ser forte o suficiente para mudar a própria essência do seu filho e alterar dessa forma o lamentável destino que o aguardava. Daí em diante, o poder do bebé de Sally só iria aumentar, mascarando o do filho de Lily e tornando-o indetectável para outros magos e bruxas. Nem mesmo um mago tão poderoso quanto Dumbledore ou Voldemort seria capaz de sentir a aura magica do seu bebé, quando esta fosse coberta completamente pela do filho de Sally.

 

Constatando o quanto o casal se amava e o quanto queriam o seu bebé, Lily deixou de lado todos os temores e receios e decidiu fazer o que o Oráculo lhe dissera, abdicaria do seu bebé para que este fosse feliz, ainda quando fosse criado por outra mãe, pelo menos saberia que estava vivo e que seria bem cuidado.

 

Lily deixou os amantes a sós, a namorarem frente ao mar calmo e sereno, nas margens de Montauk. Entrou no carro e regressou à cidade.

 

Já no hotel, preparou tudo para realizar o ritual que lhe permitiria transferir o feto do seu ventre para o de Sally. Seguindo as instruções do Oráculo, Lily preparou um altar à Deusa Juno (pois o Oráculo não desejava alertar os Deuses Gregos) e orou para que Sally Jackson amasse e protegesse o seu bebé como ela mesma gostaria de poder fazer.



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