História Um novo jeito de caminhar - Você mudou

Zoe pov:

- Mãe? - eu tentei chamar pela minha mãe, mas meu tom de voz saiu bem baixo. Eu estava nervosa. Eu era uma criança ,afinal. fiquei estática observando o breu à minha frente, até ouvir um barulho. Eram passos. E estavam chegando perto. Eu queria correr, mas o medo me corroeu. A única coisa que consegui fazer era chorar. Eu chorava em silêncio esperando minha mãe aparecer e me livrar dos monstros que ela contava em suas histórias. 

-Tem...tem alguém aí?- uma voz se espalhou pelo local. Era uma criança... Era uma garotinha. Ela parecia assustada pelo tom da voz. Eu queria abraca_la, mas eu não conseguia me mover. Logo uma luz surgiu. Ela havia ligado uma lanterna e lançou sua luz pra mim.-QUEM É VOCÊ??- ela gritou me assustando e me fazendo dar um pulo para trás. 

-Eu sou Zoe!!- eu parecia mais assustada que ela. 

- Você... É uma criança?- me perguntei o porque de sua pergunta. Eu parecia mais velha?

- aham. - ela se aproximou e se ajoelhou ao meu lado.

- Eu sou Emilly! Desde quando você está aqui?- ela me parecia ter uns 10 ou 11 anos. Era visto que ela era maior que eu .

- Eu..Eu não sei..- eu estava com medo daquele lugar, eu só queria ir embora logo.

- Você é muito fofa!! Venha comigo. Meu pai está me esperando.

- Tá. - concordei sem mais nem Menos. Logo me levantei com a ajuda dela e seguimos até seu pai. 

- Oh, olá pequena! Esta com fome? Qual é seu nome? - o pai dela era um homem auto e forte. Ele me parecia ser muito legal.

- É Zoe! - Emilly disse antes de eu responder. - é claro que ela deve estar com fome né! - ela o respondeu, logo pegando algo macio e colocando em minha boca. Era pão. - Haha, você é muito fofa mastigando!- cada vez que eu engolia, ela colocava mais pão na minha boca, ela estava me alimentando. Ela era muito legal. Depois de um Tempo começamos a brincar de umas brincadeiras que ela inventava e depois dormimos juntas. 

Bia POV: 

Jinan me fitava e eu fazia o mesmo. Mas minha cabeça girava. Eu não sabia se o abraçava, gritava, entrava em desespero, chorava, enfim. Meu coração batia descompensadamente. Minha respiração também estava descompensada. Seu cheiro entrava em minhas narinas. Eu estava enlouquecendo e ele estava gostando disso. Ficamos tanto tempo em silêncio que se um alfinete caísse, chamaria nossa atenção. 

- vamos para o meu quarto? - sua voz saiu grossa, com tom malicioso. Mas eu não conseguia pensar em nada, eu só queria resolver as coisas. Eu ainda estava fraca para me levantar, mas , assim que ele se levantou eu fi força para levantar e me sentei. Notei que as pessoas que nos observavam, não estavam mais lá. Estávamos a sós naquele saguão. - Vamos, eu não tenho o dia todo! - ele resmungou grosso. Me assustando. Ele mudou. me levantei quase tombando para o lado. Eu estava tonta mas consegui me manter em pé. - siga_me!- e eu o fiz.

***

-Lembra daqui?- estávamos em nosso quarto. Não havia mudado nada. Nem mesmo a coberta da cama. Tudo do passado havia voltado em minha mente, mas de algum jeito, eu não me senti a vontade de estar lá. 

- O que você queria falar?- fui direta. Eu não estava me sentindo bem ali. Mas eu ainda não entendia o porquê.

- É você que tem que me falar!-ele me virou para que olhássemos um nos olhos do outro. O olhei confusa e céus! Como ele esta lindo!- Obrigado!- ele sorriu mostrando suas covinhas. Ele queria me matar? Eu havia esquecido que ele lia minha mente. O olhei vermelha e abaixei minha cabeça.- Haha! Você não mudou nada. Só pelo fato de ter me trocado. Nisso realmente, você mudou. Antes era santa, depois que descobrio o prazer do sexo, virou puta!- ele me olhava com desprezo. Eu estava estatística. Não conseguia olhar para ele. Eu não conseguia falar nada. - Não vai dizer nada? O que houve? A verdade lhe atingiu? - ele ria com desdém. Eu queria chorar. Eu me senti fraca, mais do que já estava. Por que ele estava fazendo isso comigo? Foi ele que não foi atrás de mim quando podia! Ele disse que voltaria para me buscar! Por que não foi? Por que eu sou a culpada? notei que ele não falava mais nada. Provavelmente leu meus pensamentos. O silêncio novamente apareceu. Enquanto o silêncio estava presente, lembrei de minha filha. Meu Deus, como eu sou uma mãe horrível! Entrei em desespero internamente. Eu realmente mereço morrer.