Estávamos caminhando durante um longo tempo.
- Vou com vocês até o Terminus - Carol disse - mas não vou ficar com vocês.
Tyresse ia dizer alguma coisa, mas um zumbi apareceu e eu rapidamente matei-o.
- Tem mais deles - falei ao ver um bando subindo pela mata.
Nós nos escondemos em meio à floresta e ouvimos tiros vindos do Terminus.
- Talvez eles estejam em guerra com algum grupo - Carol disse.
- É melhor vocês não arriscarem - Tyresse disse.
- Eu quero descobrir o que está acontecendo lá - falei olhando entre os arbustos e saindo assim que vi que os zumbis já haviam passado.
Continuamos a caminhar pelos trilhos e eu ouvi alguém conversando perto de uma cabana.
- Alex não me entendeu - o estranho dizia para um rádio comunicador - eu disse que a mina da espada era coisa ruim. A vadia parecia uma arma com uma arma - eu me abaixei e fui me aproximando por entre as árvores - falei pro Albert que quero o chapéu de xerife do moleque depois que o sangrarem - e então eu tive certeza que eles falavam dos nossos amigos.
Andei sorrateiramente até ele e encostei meu rifle na sua cabeça.
- Tire o dedo do botão e solte - falei e o cara jogou o comunicador no chão.
- Vocês não precisam fazer isso - ele disse enquanto alguém continuava conversando no comunicador - não sei o que vocês querem, mas recebemos todos - ele disse e Carol e Tyresse se aproximaram de nós.
- Cale a boca - Tyresse disse.
- Okay - o cara respondeu.
- Somos amigos da mina da espada e do garoto com o chapéu - falei.
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Prendemos o cara dentro da cabana e eu vasculhei o local para ver se nenhum zumbi se aproximava. Carol estava arrumando as armas para seguirmos para o Terminus.
- Pronta? - eu disse ao vê-la saindo da cabana.
- Sim - ela respondeu e seguimos caminhando para o Terminus.
- Talvez a gente precise de um disfarce - falei e Carol assentiu.
Nós nos cobrimos com um pano comprido e estripamos dois zumbis, usando suas entranhas para camuflar nosso cheiro. Olhei uma pequena poça de lama ao meu lado e mergulhei minhas mãos nelas, passando a lama pelo meu rosto, assim como Carol.
Continuamos andando pela mata até chegarmos em uma cerca que nos separava do Terminus.
Aproximei-me da cerca e vi Rick sendo carregado por alguns homens. Ele estava amordaçado e seus pés e suas mãos estavam amarrados. Olhei para os prisioneiros que estavam no chão e reconheci Glenn, Carl e por último, Daryl.
- Daryl - sussurrei ao vê-lo sendo carregado pelos homens.
Andei mais para o lado e vi duas mulheres matando zumbis nas cercas.
- Propano - Carol disse e eu olhei para o tanque que ela olhava.
- Isso é bom - falei - vamos causar uma pequena explosão aqui.
As pessoas começaram a gritar e eu vi um bando enorme de zumbis caminhando na direção das cercas, provavelmente atraídos pelos tiros que vieram de lá anteriormente. Carol começou a acoplar um foguete na arma e eu mirei no tanque, começando a disparar até furá-lo.
- Está feito - falei e Carol acendeu o foguete, já arrumado na direção do tanque, e ouvimos uma explosão.
- Vamos - ela disse e eu me levantei.
Descemos até a cerca danificada pela explosão e entramos no Terminus, andando em meio aos zumbis.
Quanto mais avançávamos para dentro do Terminus, era possível ver os moradores de lá sendo devorados pelos zumbis no caminho. Ouvi um tiro e vi um zumbi cair na minha frente, seguido de outro, e outro.
Entrei debaixo de uma escadaria e Carol se escondeu do outro lado da rua. Ela me olhou e eu apontei para um cara perto do portão mais à frente. Ela assentiu e eu mirei em um cara que estava em cima de uma das construções.
Quando ele estava bem na minha mira, atirei na cabeça dele e ele caiu do telhado, já morto.
Alguns zumbis foram atrás de Carol e ela se fechou dentro da construção. Vi alguns zumbis vindo atrás de mim e entrei em outra porta. Andei por alguns corredores e acabei em uma sala onde haviam várias velas e frases nas paredes. Olhei aquilo e me lembrei das luzes natalinas que meus pais usavam para enfeitar minha antiga casa no natal.
- É tão bonito - falei para mim mesma e continuei andando até a porta.
- Parada aí mesmo - ouvi uma voz dizer - eu quero ver a sua cara - olhei para a porta e percebi alguns zumbis no outro lado - agora! - a mulher gritou e eu segurei minha arma longe do corpo, virando-me devagar.
Em um golpe rápido, disparei contra a mulher de uma vez. Ela se jogou no chão e sua arma caiu no chão, a qual eu chutei para longe de suas mãos. Ela se levantou e se jogou contra mim, derrubando-me no chão. Ela segurava minha arma e eu rastejava enquanto tentava sair debaixo dela.
- Saia. De. Cima. De. Mim - eu disse e dei um soco na cara dela. Ela saiu de cima de mim, levantando-se e, quando ela ia me acertar com um martelo, eu já estava em pé com minha arma apontada para ela - xeque-mate - falei.
Ela abaixou o martelo e suspirou.
- Os sinais? - ela começou a dizer - eles eram reais. Era um santuário. Eles vieram e tomaram conta.
- Diga-me onde…
- Mataram, estupraram e riram durante semanas. Mas nós fugimos e combatemos. Conquistamos de volta. Nós ouvimos a mensagem. Ou você é o açougueiro ou o gado.
- Okay, chega de historinhas. Onde estão as pessoas que vocês tiraram do vagão?
Ela continuou me encarando, sem responder, e eu atirei na sua perna.
- Onde eles estão? - gritei para ela enquanto a mesma gemia de dor no chão.
- Agora - ela começou a dizer - aponte para a minha cabeça - ela começou a rir - você poderia ter sido uma de nós. Poderia ter ouvido o que o mundo lhe diz.
- Vocês chamam as pessoas para cá, roubam o que elas têm e as matam? - falei ainda segurando a arma apontada para ela - este lugar é isto?
- Não no começo - ela respondeu - é o que precisa ser. E ainda estamos aqui.
- Não está mais - falei - não você.
Andei até a porta e a abri, deixando os zumbis entrarem. Olhei uma última vez para a mulher que implorava para que eu não a deixasse ali e fiquei olhando os zumbis começarem a devorá-la.
Andei por mais um tempo pelo Terminus e decidi voltar até Tyresse. Andei pela mata e encontrei a cabana cercada por zumbis. Desviei deles e fui para os fundos.
- Fique parado ou eu quebro o pescoço dela - ouvi o cara que havíamos prendido dizer e senti meu corpo gelar.
Espiei pela janela e vi que ele estava com as mãos no pescoço de Judith.
- Filho da mãe - eu disse e chutei a porta, abrindo-a de uma vez. O cara se virou para olhar e eu bati com a arma na cara dele com toda a minha força, vendo ele cair desacordado no chão.
- Ninguém encosta assim nela - falei e vi Tyresse me olhando, surpreso - vou matar aqueles ali - eu disse apontando para os zumbis e saí da casa, eliminando-os facilmente.
Tirei o pano coberto de entranhas de cima de mim e joguei-o no chão, limpando meu rosto com e manga da minha camisa em seguida. Voltei para a cabana e amarrei aquele sujeito novamente, amordaçando-o em seguida.
Sentei-me em uma cadeira e suspirei, sentindo meu corpo dolorido.
- Conseguiram? - Tyresse me perguntou, já com Judith em seu colo.
- Conseguimos - respondi e ele sorriu - ela deve estar voltando - falei referindo-me à Carol - acabei me separando dela no caminho.
Ele assentiu e ficou apreensivo perto da janela.
- São eles - ele disse um tempo depois, abrindo a porta em seguida, saindo com Judith.
Vi Rick e Carl correrem até Judith, ambos emocionados.
Olhei para o horizonte e avistei Daryl vindo mais ao longe.
- Daryl - eu disse e corri na direção dele, que abriu os braços assim que me viu.
Joguei-me em seus braços e ele me levantou do chão, girando-me no lugar.
- Eu sabia que veria você de novo - ele disse e eu me soltei dele, olhando em seus olhos.
- Sabia? - falei.
- O tempo todo - ele disse e me beijou.
Eu finalmente pude sentir o gosto de seu beijo e a sensação de seu corpo próximo ao meu novamente. Eu me sentia completa, como eu jamais achasse poder estar algum dia.
Abracei-o novamente e abri meus olhos, notando quatro pessoas diferentes no grupo.
Soltei-me de Daryl e Glenn veio até mim, abraçando-me.
- Você tá bem? - sussurrei enquanto abraçava ele.
- Perfeitamente - ele respondeu - e você?
- Melhor impossível - respondi e ele me soltei.
Abracei e cumprimentei todos, até os novos integrantes, Eugene, Rosita, Tara e Abraham.
- Carol disse que você ajudou em tudo - Rick disse depois de me abraçar - eu nem sei como te agradecer. Obrigado por manter Judith à salvo.
- Não precisa agradecer - respondi sorrindo e olhei para Carl.
- Hey - falei e o garoto me olhou, vindo em minha direção e abraçando-me - fico feliz que esteja bem.
- Eu também - ele disse enquanto me apertava. Soltei-me dele momentos depois e ele voltou até onde estava Judith.
Suspirei e sorri levemente ao ver nosso grupo reunido de novo.
Daryl entrelaçou seus dedos nos meus e nosso grupo voltou à nossa jornada de sobrevivência novamente, recomeçando do zero.
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