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História Um novo mundo, um novo começo - Just walk


Escrita por: _missedalways

Notas do Autor


heeeey lindxs!!
Como estão?
Eu sei que eu demorei mais do que eu pensava, mas agora eu tô de férias e eu posso escreveeeer muuuuuuito!!
(e eu tava sem net antes, sorry)
Enfim, boa, ótima e maravilhosa leitura pra vocês <3 <3

Capítulo 57 - Just walk


Fanfic / Fanfiction Um novo mundo, um novo começo - Just walk

O dia amanheceu lentamente.

Eu já não ouvia mais o barulho da chuva e tudo estava quieto demais. Desencostei-me de Daryl e vi que ele também estava acordado. Na verdade, depois do pesadelo que eu tive, acredito que tanto eu quanto ele, não dormimos mais. Eu me levantei e senti meu estômago doer de fome. Daryl se levantou também e parou ao meu lado, olhando-me de um modo diferente.

- Tudo bem aí? - ele perguntou e eu fiz uma careta.

- Sim - respondi - só tô com fome.

- É - ele disse - eu também.

Daryl me estendeu a crossbow e eu segurei-a enquanto ele afastava a cômoda da frente da porta. Entreguei a crossbow para ele e ele puxou a porta, mirando em qualquer coisa que tentasse entrar. Como não havia nada lá, nós saímos para fora do galpão. Andamos até a cerca e pulamos ela, começando nossa longa caminhada até Alexandria. 

Eu sentia minhas pernas começando a doer depois de um longo trajeto da caminhada. Pela posição que o fraco sol estava, já se passavam do meio dia. Agora, meu estômago roncava e eu tentava me lembrar qual foi a última vez que eu comi alguma coisa, mas eu simplesmente não conseguia. 

Daryl caminhava um pouco mais à frente, sem trocar uma única palavra comigo. Eu realmente não me importava afinal, eu mal havia acabado de lembrar quem ele era e, de acordo com meus lapsos de memória, ele não era uma pessoa muito expressiva. Eu segurava o facão em minha mão firmemente, esperando qualquer zumbi aparecer repentinamente e eu poder matá-lo. 

É estranho dizer isso, eu sei, mas eu gostava de sentir o facão atravessando o crânio daqueles mortos-vivos e, no momento em que eu puxava o facão de dentro de suas cabeças, os corpos caírem sem vida no chão, desfalecidos. Era uma sensação mista de vitória e poder. Não sei se você me entende, mas espero que sim. 

O dia foi bem mais demorado do que eu esperava. Nós havíamos nos distanciado bem mais do que eu imaginava e, bem no fundo, eu me preocupava em não saber se estávamos seguindo o caminho correto ou se íamos realmente voltar à Alexandria. Mas e a coragem para perguntar para Daryl se estávamos quase chegando? Onde estávamos mesmo? É, pois é. Também queria saber.

- A gente já tá quase chegando - Daryl disse e eu parei de andar, tentando lembrar se eu havia pensado aquilo ou resmungado em voz alta.

- Eu sei - menti.

- Ok - ele disse e parou de andar, olhando-me - tá fazendo o que parada aí?

- Descansando - falei e ele voltou até mim.

- Desse jeito a gente não vai chegar antes do anoitecer.

- Não me diga - falei e voltei a andar, deixando ele para trás.

- Eu sei que você está cansada - ele disse andando ao meu lado - e que tudo isso é minha culpa. Mas eu não queria fazer a gente passar uma noite lá. Nem queria te forçar a matar zumbis. Ou se lembrar de Sophia. Eu queria fazer com que você lembrasse quem você era. A garota forte que ajudou nosso grupo a sobreviver todo esse tempo.

- Tudo bem - respondi - eu não o culpo por isso. Eu me lembrei de você. Talvez sua expedição não tenha sido totalmente em vão.

Ele não respondeu e fitou o nada, continuando andando.

- De qualquer forma, me desculpe - ele disse e eu assenti.

- Como quiser.

Ele estendeu a mão para mim e eu hesitei por uns segundos, sem saber o que fazer. Levei minha mão até a dele e ele entrelaçou-as, puxando-me levemente para mais perto.

Chegamos em Alexandria depois do anoitecer.

Eu estava completamente exausta e eu não sabia se conseguiria chegar em casa sem desabar e dormir na rua mesmo.

- Onde vocês estavam? - Rick perguntou, abrindo o portão.

- Daryl me levou para conhecer os zumbis - falei e passei por Rick.

Daryl ficou conversando com Rick e eu apenas segui para casa, lentamente, sentindo como se cada passo fosse uma grande conquista.

- Oi! - uma mulher disse assim que eu abri a porta da casa.

- Ah, oi? - falei, tentando reconhecê-la.

- Sou Maggie - ela disse e eu lembrei vagamente dela.

- Oi, Maggie - falei - fico feliz em vê-la.

- Você está bem? - ela perguntou, olhando para minha roupa que, definitivamente, estava imunda.

- Fisicamente, sim - falei.

- O que aconteceu com você? Rick disse que você e Daryl haviam sumido.

- Ah, Daryl quis me levar para tentar relembrar do passado e a gente se encrencou. Nada de mais - terminei de falar e meu estômago roncou - desculpe - sussurrei, constrangida.

- Por que não sobe e toma um banho enquanto eu preparo um sanduíche pra você? - ela sugeriu e eu sorri, agradecendo a Deus por Maggie sugerir aquilo.

- Ai, não tenho nem como te agradecer - falei e ela sorriu, andando na direção da cozinha.

Andei até meu quarto e peguei uma regata preta, uma calça jeans azul claro e um moletom vermelho. Fui até o banhiero e tirei toda aquela roupa suja, colocando-a no canto para depois eu poder lavá-las. Terminei meu banho, sequei meu cabelo com a toalha o máximo possível, penteei-o e voltei até a cozinha, onde Maggie me esperava com um copo de suco de morango e um generoso sanduíche.

- Muito obrigada - eu disse e fui direto ao sanduíche, pegando-o e começando a devorá-lo, saciando a minha fome.

- Como se sente? - ela perguntou com um leve sorriso e eu olhei-a.

- Em relação à quê?

- Tudo. Você não se lembra de quase nada, não é?

- Eu venho lembrando aos poucos, sabe? Não sei. Acho que quando meu cérebro tem um estímulo muito forte ele se obriga a lembrar.

- Isso deve ser horrível - ela disse e eu concordei, devorando o último pedaço.

- Estava maravilhoso - eu disse e peguei o copo de suco - meu Deus, eu nem perguntei se você queria um pouco, desculpe. Novamente.

- Não - ela disse e riu - nem se preocupe com isso. Eu já comi antes. E picles agora me enjoa.

- Agora te enjoa? - perguntei e, em um soco, eu me lembrei o porquê - ah, minha nossa, você está grávida.

- Você lembrou - ela disse com um sorriso no rosto.

- Sim, nossa, meus parabéns. Eu posso saber quem é o pai? - perguntei e vi o sorriso sumir de seu rosto. Senti meu estômago gelar e lembrei-me dela chorando, lembrei-me de estarmos em um grande grupo à mercê de um assassino, lembrei-me do medo, e lembrei-me de Glenn, morto. Eu abri minha boca e olhei-a, sem saber como me desculpar por aquilo - Maggie, eu não…

- Não - ela disse com um sorriso fraco enquanto segurava às lágrimas - tudo bem, você não lembrava.

- Meu Deus, me desculpe. Eu não queria… Maggie, eu não sei nem como me desculpar por isso. Não foi intencional. Eu não… - levei a mão até meu rosto e senti meus olhos ficando marejados. Maggie veio até mim e segurou meus braços, fazendo-me olhá-la.

- Brooke - ela disse - está tudo bem. Eu não fiquei magoada nem nada. Você não lembrava, simples assim. Não tinha como você prever isso. Está tudo bem.

- Eu acho melhor eu ir dormir - falei - me perdoe.

Segui até meu quarto e tirei o moletom, deitando-me na cama, abraçando um travesseiro.

Eu pisei feio na bola com Maggie, e me lembrar de Glenn puxou outras lembranças também. Fez com que eu lembrasse de Abraham, do terror psicológico que ele fez contra Rick, fez com que eu lembrasse que do momento em que eles arrastaram Daryl, dos dias em que eles vieram saquear Alexandria, de Olívia, Spencer, Sasha, Eugene. 

Fechei meus olhos e me encolhi mais. Um longo tempo depois, ouvi Daryl entrar no quarto e pegar alguma coisa no guarda-roupa, seguindo até o banheiro, onde ele abriu o chuveiro. Minutos depois ele voltou para o quarto. Senti ele deitando-se ao meu lado, embaixo das cobertas, passando seu braço pela minha cintura. Eu me virei de frente para ele e nós ficamos cara à cara.

- Eu falei do Glenn com Maggie sem querer - sussurrei.

- Eu sei - ele disse - ela me contou. Não fique mal. Ela não ficou chateada com você.

- Eu lembrei deles - falei - Abraham, Glenn, Sasha, Olivia, Spencer. Eu lembrei deles todos. Lembrei da sensação de pânico daquele dia. Lembrei da tortura psicológica contra o nosso grupo. Lembrei de você sendo levado.

- Tudo bem - ele disse - já passou.

Fiz uma careta e ele me puxou para mais perto, abraçando-me forte. Aconcheguei-me em seu peito e suspirei, sentindo ele beijar minha cabeça.

Foi mais uma noite em claro.

 


Notas Finais


:s


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