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História Um novo mundo, um novo começo - Centro de Controle de Doenças


Escrita por: _missedalways

Notas do Autor


Hello, walkers!!
Boa leitura <3

Capítulo 6 - Centro de Controle de Doenças


Fanfic / Fanfiction Um novo mundo, um novo começo - Centro de Controle de Doenças

Chegamos ao CDC e encontramos uma porta trancada para visitantes, ou sobreviventes. Como eu suspeitava que seria.

Rick começou a gritar com a câmera que ele supôs ter se mexido e Shane tentava convencê-lo de que não adiantava continuar insistindo. Eu estava mais afastada, com uma faca em minhas mãos para proteger Carol e Sophia daqueles zumbis que nos rodeavam.

- Vamos embora - Shane disse e pegou meu braço.

Eu hesitei por uns segundos e me virei. Foi quando eu ouvi a porta ser aberta.

- Shane - eu disse e ele olhou na direção do CDC.

- Rápido! - Rick gritou e nós começamos a entrar no CDC.

Nós entramos no CDC com nossas armas em punho, preparados para algum eventual ataque surpresa. Um homem segurando uma arma apontada para nós apareceu.

- Tragam o que vocês puderem para dentro - ele disse - depois de fechada, a porta não vai mais abrir.

Eu corri para fora para pegar nossas coisas, assim como Daryl, Rick, Shane e T-Dog.

- Que voz é essa? - Andrea perguntou enquanto nós víamos a porta fechar.

- É a Vi - o homem respondeu - ela é um programa de computador - ele suspirou e abaixou a arma - se quiserem ficar, vão ter que fazer exame de sangue.

- Tudo bem - Rick respondeu e nós entramos no elevador.

Eu fiquei parada no canto da sala enquanto via Edwin, o cara que nos deixou entrar, coletar sangue do nosso grupo. Ele já havia coletado o meu e eu estava esperando eles terminarem. Eu estava sentindo dor no estômago devido à tanto tempo sem comer e eu estava fraca, mais fraca do que eu gostaria de admitir.

- Você tá pálida - Carol disse, parando ao meu lado - tudo bem?

- Tudo bem sim - respondi com um sorriso fraco.

Andrea se sentiu tonta depois de tirar sangue e Jacqui a amparou, informando à Edwin que estávamos sem comer há dias.

Edwin preparou um banquete para nós e a conversa fluiu descontraidamente.

- Quer um pouco? - Dale disse, oferecendo uma taça de vinho para Carl.

- Eu não acho uma boa ideia - Lori respondeu.

- É só um pouco - Rick disse - não tem problema nenhum.

Lori concordou e Carl tomou um pouco de vinho.

- Tem um gosto ruim - o garoto respondeu com uma careta e todos nós rimos.

- Por que ainda está aqui? - Shane perguntou e o clima automaticamente mudou - por que não foi embora como os outros?

- Shane - eu falei, repreendendo-o.

- Muitos médicos fugiram - Edwin respondeu - quando os militares foram aniquilados pelos zumbis houve uma onda de suicídios. Eu fui o único que sobrou.

Um silêncio tomou conta do local e Glenn disse, olhando para Shane:

- Realmente, você é um estraga-prazeres.

Agora, estávamos andando pelos corredores enquanto Edwin explicava:

- Temos alguns quartos e tem água quente para o banho. Tem um sala de recreação no final do corredor, mas peço que não liguem nada que gaste muita energia.

Ele terminou de falar e nos deixou sozinhos.

Liguei o chuveiro e senti a água morna percorrer meu corpo. Eu estava tensa e angustiada desde o ataque no acampamento. Eu era aquela pessoa invisível do acampamento, que todos sabiam que existia apenas quando surgia alguma emergência médica. Eu era apenas a irmãzinha indefesa do Shane. E isso me irritava imensamente.

Peguei uma toalha e enrolei no meu corpo, abrindo a porta logo em seguida e, para minha surpresa, deparando-me com Daryl sentado na poltrona no canto do quarto.

- O que… - eu comecei a dizer ao ver ele parado lá, me encarando.

- Eu vou tomar banho - ele respondeu - esse era o único banheiro que não tinha fila.

- E não podia esperar fora do quarto? - perguntei e ele levantou, parando em minha frente.

- Não - ele respondeu e eu abri minha boca, mas travei.

Não respondi mais nada, ou melhor, não consegui responder, afinal meu coração estava acelerado devido ao susto que eu levei.

Saí da frente dele e Daryl entrou no banheiro, batendo a porta em seguida.

Vesti uma calça jeans azul escuro e uma regata branca bem soltinha, voltando para onde os outros estavam.

- Onde está Carl? - perguntei ao Glenn que já estava visivelmente bêbado.

- Talvez na sala de recreação - ele respondeu me olhando com uma careta.

- Alguém vai ter uma ressaca amanhã - eu falei e bati no braço dele, me levantando e indo até a sala de recreação.

Abri a porta e vi Shane e Lori. Ela estava assustada, chorando com a mão na boca e Shane estava um pouco longe dela.

Lori me olhou e saiu correndo da sala, deixando-me lá com Shane.

- Olha… - Shane começou a dizer.

- Não tem nada que você diga que vai mudar o que eu vi - eu disse - o que você pensa que tá fazendo? - perguntei e cruzei meus braços, parando em frente à ele, encarando-o - você tá obcecado e isso não vai acabar bem.

- Eu não… - ele ia dizer mais alguma coisa e simplesmente não disse.

- Você não é mais o Shane que eu conheço. Ou que eu costumava conhecer. Acho que você vai ter que achar uma boa desculpa pra esses arranhões no seu pescoço.

Na manhã seguinte, quando eu cheguei onde estavam todos tomando café, percebi Lori me olhando de um jeito diferente, como se me implorasse para que eu não falasse nada. Glenn estava gemendo por conta da ressaca e eu não havia visto Shane ainda.

- Eu nunca mais quero beber - Glenn repetia e Dale tentava ajudá-lo, mas sem sucesso.

Foi aí que Shane apareceu, sentando-se no outro lado da mesa, sem olhar para ninguém.

- O que aconteceu com você? - T-Dog perguntou.

- Como conseguiu os arranhões? - Rick perguntou e Shane continuou comendo como se não houvesse ouvido a pergunta.

Um silêncio se instalou na mesa e todos encaravam Shane.

- Fui eu - respondi um pouco sem jeito - eu estava bebada e acabei tropeçando. Shane me ajudou e eu acabei arranhando ele sem querer. 

- Ah - Rick respondeu e Lori me olhou, dando um sorriso quase invisível. Foi a pior resposta que eu consegui achar, mas o que eu poderia fazer?

Continuamos o café e Edwin nos convidou a ir até a sala central, onde estava o cérebro do CDC.

- Passe o TS-19 - Edwin disse e nós aguardamos.

- Passando TS-19.

Um telão foi iniciado e nós vimos um paciente voluntário para ser utilizado na pesquisa.

- Poucas pessoas tiveram chance de ver isso - Edwin disse.

- Aquilo é um cérebro? - Carl perguntou.

- Um extraordinário cérebro - Edwin respondeu - que não importou muito no fim. Coloque no V.I.A.

- Visão interna aumentada - Vi respondeu.

O telão nos mostrou uma visão mais detalhada do cérebro.

- O que são aquelas luzes? - Shane perguntou.

- Sinapses. Impulsos elétricos que carregam mensagens - eu respondi - são nossas lembranças, experiências. Tudo o que sabemos e o que vivemos. Aquilo é a vida. Alguma coisa nesses cabos orgânicos e nessas luzes faz cada um ser quem é. Faz sermos humanos. Controlam o que dizemos, ou fazemos - eu olhei para Shane - ou pensamos, desde o momento em que nascemos até quando morremos.

Quando terminei de falar, percebi que todos estavam me olhando.

- Você não fala coisa com coisa - Daryl disse.

- Essa pessoa morreu - Andrea disse aproximando-se do telão - quem?

- Indivíduo de teste 19 - Edwin respondeu - alguém que foi mordido, infectado e se voluntariou para gravarmos o processo. Vi, avance para o primeiro evento.

- Avançando para o primeiro evento.

Vimos uma espécie de raiz se infiltrar no cérebro no indivíduo de teste.

- O que é aquilo? - Glenn perguntou.

- A infecção invade o cérebro como meningite - Edwin respondeu - as glândulas supra renais têm hemorragia, depois o cérebro é desligado e em seguida os órgãos vitais. E aí a morte. Tudo o que você foi ou será um dia se vai.

Andrea começou a chorar e Edwin a olhou.

- Ela perdeu alguém alguns dias atrás - Lori disse - a irmã.

- Perdi uma pessoa também - Edwin respondeu - sei como é triste. Avance para o segundo evento.

- Avançando para o segundo evento.

- Os eventos de ressurreição variam muito. Temos casos de três minutos e a maior que tivemos notícias foram 8 horas. No caso deste paciente, foram duas horas, cinquenta e sete minutos e sete segundos.

- Aquilo tá reiniciando o cérebro? - perguntei.

- Não - Edwin respondeu - apenas o tronco cerebral.

- Que comanda a capacidade de locomoção.

- Exato.

- Mas ele não está vivo - Rick disse e Edwin olhou-o.

- Diga-me você.

- A maior parte está escura - Rick disse, apontando para o telão.

- A parte humana não está de volta. Ele é só uma casca movida por instinto irracional. Não é humano. Não mais.

- Deus. O que foi aquilo? - Carol perguntou ao ver algo atravessar a cabeça do paciente.

- Atirou no paciente, não foi? - perguntei e Edwin me ignorou.

- Vi - ele disse - desligue a tela principal e as estações de trabalho.

- Desligando tela principal e estações de trabalho.

- Você não tem ideia do que é isso? - Andrea perguntou.

- Pode ser micróbio, parasita, vírus, fungo.

- Ou a ira de Deus? - Jacqui disse e Edwin assentiu.

- Mas deve haver alguém em algum lugar… - Andrea começou a dizer.

- Não tive mais nenhum contato - Edwin respondeu - as estações foram desligadas. Mas pode haver pessoas como eu em algum lugar.

- Então tá dizendo que não há nada? - Andrea perguntou - nada?

Edwin não respondeu e houve uma lamentação por parte do grupo.

- Cara, eu vou é encher a cara de novo - Daryl disse.

- Eu sei que deve estar sendo difícil pra você - Dale disse - eu odeio fazer mais perguntas, mas aquele relógio - ele disse e apontou para onde estava um relógio - o que acontece quando chegar em zero?

- Os geradores do porão vão ficar sem combustível - Edwin disse.

- E depois? - Rick perguntou mas Edwin o deixou sem resposta.

- Vi, o que acontece quando a energia acabar? - Rick perguntou.

- Quando a energia acabar vai ocorrer a descontaminação geral da instalação.

- Merda - sussurrei.


Notas Finais


Ops! :s


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