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História Um novo mundo, um novo começo - Where


Escrita por: _missedalways

Notas do Autor


Olá!
Boa leitura <3

Capítulo 64 - Where


Fanfic / Fanfiction Um novo mundo, um novo começo - Where

 

Daryl POV

Como você já deve saber, as coisas não estavam bem.

Principalmente com Brooke. Eu sei que você sabe o ponto de vista dela e eu te dou todas as razões para apoiá-la, mas você não sabe como essa situação me afetava. 

Eu nunca fui muito bom em lidar com as pessoas. Como você sabe, minha mãe morreu quando eu era criança e Merle nunca foi a pessoa mais preocupada em estar presente em minha vida. Eu, de certo modo, não sabia como ajudar quando alguém precisava de ajuda como Brooke estava precisando. 

Eu nunca convivi com alguém definhando aos poucos dia após dia e isso fazia com que eu me irritasse com ela facilmente, o que me fazia agir como um babaca inúmeras vezes. Tanto porque ela não conversava sobre o que estava acontecendo e eu, obviamente, não conseguia decifrar nada.

Nós estávamos nos preparando para atacar os Salvadores e eu esperava que ela estivesse ao meu lado durante todo nosso treinamento. Eu queria que ela permanecesse ali, dando opiniões e dividindo sua experiência com os moradores, com o objetivo de fazê-los ficar ainda mais fortes. Mas ela não estava em lugar nenhum a não ser trancada naquele maldito quarto. 

Tinha dias que eu não a via sair de casa. Nós não caminhávamos mais por Alexandria. Nós não dormíamos mais juntos. Além disso, eu não me lembro nem qual foi a última vez que eu a beijei. Eu sentia como se eu estivesse perdendo-a gradativamente. Nos dias em que eu não conversava com ela, eu perguntava à Tara como ela estava e a resposta era sempre a mesma: “do mesmo jeito”. 

Eu não sabia o que fazer. Eu não sabia se ela queria que eu a abraçasse ou que eu deixasse-a sozinha. Eu não sabia se ela precisava de mim ou queria que eu ficasse longe dela. Tara me disse que Brooke iria nos ajudar a lutar contra os Salvadores mas, no fundo, eu tinha medo de deixá-la participar porque eu não sei se ela realmente iria lutar. 

Isso tudo deve-se ao dia em que eu, ela, Michonne e Rosita saímos em uma busca por suprimentos. Haviam se passado dois dias desde que ela havia descobrido/relembrado de como Shane morreu. Nós estávamos andando de volta para casa quando nos deparamos com um pequeno grupo de zumbis. Eu, Michonne e Rosita começamos a eliminá-los. Quando eu matei o último zumbi, olhei para ela. 

Ela estava parada. O facão estava em sua mão e sua posição era tranquila, como se ela esperasse o zumbi chegar até ela. Senti minha garganta apertar quando vi o zumbi chegando perto dela. Ela segurou-o pelo pescoço e ficou olhando-o por alguns segundos antes de levantar o facão para matá-lo. Assim que ela acabou com ele, ela nos olhou. 

Eu, Michonne e Rosita encarávamos ela e eu ouvi Rosita dizer “que merda você pensa que tá fazendo?”. Brooke me olhou e eu soltei o ar de meus pulmões de uma vez enquanto a via voltando a caminhar, como se nada houvesse acontecido.

No momento, nós não estávamos mais nos falando. Eu havia perdido a cabeça e a gente brigou, de novo. Passei o dia na vigia dos muros e, quando anoiteceu, eu voltei para casa. Subi as escadas e parei na frente da porta fechada do quarto. Bati duas vezes e esperei que ela aparecesse. Mas tudo o que eu ganhei foi um longo silêncio.

- Brooke? - chamei-a, esperando por alguma resposta - desculpe pelo o que eu disse antes. De novo. Eu não queria magoá-la. Você sabe disso.

Eu me encostei na parede e escorreguei até o chão, sentando-me. Suspirei e encostei a cabeça na parede fechando meus olhos.

- O que você tá fazendo aí no chão? - ouvi Carol perguntar e então eu olhei-a.

- Brooke não quer me responder - falei.

- Mas ela saiu - Carol disse e eu olhei-a melhor - eu a vi descendo as escadas e quando eu perguntei, ela disse que ia encontrar com você.

Eu me levantei e abri a porta do quarto, vendo que realmente ela não estava lá. Desci as escadas rapidamente, saindo da casa. Olhei em volta e por um momento, não tive a menor ideia de onde ir. Respirei fundo e decidi correr até portão.

- Ei, você - falei para o morador que cuidava do portão - você viu se a Brooke saiu?

- Não vi - ele respondeu e eu assenti, saindo dali.

- Tara! - chamei-a assim que vi ela entrando na casa - você viu a Brooke?

- Ela está no quarto, como sempre - ela respondeu colocando a mão nos bolsos.

- Não - falei - ela não está.

- Tudo bem - ela disse começando a demonstrar preocupação - vamos começar a procurá-la.

Eu assenti novamente e comecei a andar por Alexandria, olhando para todo lugar em que fosse possível de ela estar. Fui até a enfermaria, até a dispensa, até onde guardávamos as armas e não havia nenhum sinal dela. Encontrei Tara vindo até mim depois de um tempo de busca.

- Eu olhei em todas as casas - ela disse com um ar de derrota - ela não está aqui.

- Mas que merda! - esbravejei e passei a mão pelo meu rosto - ela tem que estar em algum lugar.

- Não acha melhor avisarmos que ela sumiu?

- Não. Eu vou achá-la.

- Daryl. E se ela não quiser ser achada?

Eu olhei-a, sentindo a raiva crescendo em mim.

- Por que tá dizendo isso? - bufei - acha que ela foi embora?

- Eu não descartaria essa possibilidade. Rosita me contou o que aconteceu lá fora. Ela não está nos melhores dias.

- A Brooke que eu conheço não faria isso.

- Daryl - ela disse assim que eu comecei a sair de perto dela - ela não é mais a Brooke que você conhece.

- Vá pro inferno - sussurrei e comecei a andar até o nosso arsenal, pegando a crossbow e um rifle.

Enchi a mochila com suprimentos e andei até o portão. Eu estava certo em sair para procurar ela por toda parte mas, quando eu estava quase no portão, eu congelei. Eu não sei porquê, mas eu não conseguia sair para fora de Alexandria. Eu sentia meu coração batendo rápido, fazendo eu me sentir o cara mais idiota do mundo.

- Ei - ouvi Rick dizer, correndo até mim - Tara me contou o que aconteceu. Vai atrás dela? Quer que eu vá com você?

- Eu não sei - falei e encarei o portão.

Metade de mim queria correr portão afora e trazê-la de volta.

A outra metade me condenava. Gritava em minha cabeça que se eu a deixasse ir, eu não precisaria mais me preocupar em não pisar na bola com ela, em ver se ela estava bem. Essa parte acreditava que seria um enorme alívio se Brooke sumisse, afinal, eu não precisaria mais me preocupar com ela todo instante. Minha única preocupação seria em me manter vivo. E eu me repreendia por permitir que pensamentos assim se concretizassem.

- Daryl? - ouvi Rick chamar e só então percebi que ele me chamava há um bom tempo - o que você vai fazer?

- E se eu a achar morta? - falei, pensando nessa possibilidade.

- Isso não vai acontecer. Brooke é forte.

- Mas ela se cansou de usar essa força. E isso pode matá-la lá fora.

Eu olhei mais uma vez para o portão e soltei o ar de meus pulmões de uma vez. Eu deveria ir?

 


Notas Finais


D:


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