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História Um novo rumo para seguir - A nova linha das nossas vidas


Escrita por: AlliRotee

Notas do Autor


Olaaa pessoal o/
Olha estou batendo um record ein, duas fics em menos de uma semana ewe kkkk
Essa daqui é especialmente do projeto de fics yaoi de got7, lembram? Todo mês uma nova one shot de got7 com temas variados e legais!
Esse mês foi o tema de namoro escondido então ja esperem algo assimkkk
Espero que gostem, é a primeira 2Jae q eu escrevo e confesso que gostei muito viu, então espero q gostem tambem, mas claro q estou um pouco incegura pois é o universo ABO então ... eu to meio coisada com ela, mas é isso. Espero q gostem.
Enfim, boa leitura :3

Ah, PS: ela infelizmente nao foi betada ... eu pedi pra certo alguem, mas neh u.u @Lhhy Mas tudo bem kkkk

Capítulo 1 - A nova linha das nossas vidas


 

 

 

O ar estava quente e húmido. Respirações ofegantes e sons molhados tomavam conta do pequeno cômodo. Um arfar mais alto saiu pelos lábios levemente cheios. Um gemido contido saiu por outros lábios, estes mais carnudos e naquele momento avermelhados. Dedos longos deslizavam pela pele úmida, desenhando as linhas sinuosas do corpo à frente, apalpando e forçando os dígitos contra a pele já avermelhada – com certeza por arranhões anteriores. Os joelhos sustentavam o corpo que permanecia em uma posição no mínimo suja e exposta demais. Com os dedos segurando com força os lençóis e os olhos fechados de tanto prazer que lhe invadia. 

O cheiro de sexo dominava o quarto, o cheiro dos dois homens presentes ali, também se misturavam. O orgasmo chegou com força fazendo os olhos do dono de fios escuros ficaram num tom ainda mais avermelhado. Fazendo também um gemido rouco e alto sair pelos seus lábios entre abertos e logo depois seus caninos crescerem de forma considerável à procura de uma presa. Obviamente sua presa estava ali, bem a frente de seu corpo, com os lábios cheios abertos, os cabelos emaranhados, os olhos tão azuis quanto uma safira e as nádegas empinadas como um bom submisso. Mas ele não poderia afundar suas presas naquele pescoço que tão desejava, ele não poderia marcar, Choi Youngjae. 

 

 

 

 

O sol já estava se pondo, a luz amarela e vermelha do pôr do sol se misturava com o azul escuro que ficava no céu. Im Jaebum, com os cabelos colocados perfeitamente para trás e com os lábios envolvendo um cabinho de pirulito, olhava atentamente para a janela, admirando a mistura de cores que se formava. Estava tarde, logo seria noite, Youngjae ainda estava na cama enrolado nos lençóis cor de vinho, com os olhos fechados em sono profundo. 

Jaebum foi até o menor com um sorriso mínimo nos lábios, achava completamente fofo o pequeno enquanto dormia de forma profunda após um orgasmo forte. Sentou-se ao lado do corpo menor e levou sua mão até o cabinho branco retirando o pirulito já pequeno e de tom rosa bem claro dos lábios úmidos. A outra mão foi até os fios castanhos do mais novo e ali depositou algumas carícias, enquanto tentava acorda-lo. 

- Jae... vamos pequeno, já está tarde! - falou num tom suave e calmo para não assustar o mais novo. 

Youngjae se remexeu brevemente entre os lençóis, roçando o rosto levemente marcado no travesseiro macio. Ainda recebia as carícias nos fios castanhos e abriu um sorriso leve por sentir-las. Abriu os olhos lentamente com a barriga ainda encostada no colchão e o lençol cobrindo metade de seu corpo. Avistou Jaebum com seu costumeiro pirulito e com o tronco nu mostrando suas três belas tatuagens. 

- Jae! Vamos... – repetiu o mais velho, agora deixando uma risada baixinha sair pelos lábios. - Você precisa ir para casa pequeno. - voltou a falar mantendo a voz amena.  

O garoto terminou de abrir os olhos de forma rápida, arregalando os mesmos e dando um pequeno sobressalto na cama. Olhou fixamente para Jaebum que agora já ria de forma mais alta. 

- Que horas são? - perguntou num tom mais alto, já levantando-se da cama e buscando suas roupas pelo quarto pequeno. 

- Não sei, mas já está anoitecendo. - respondeu. Logo vendo a blusa de frio do menor jogada no chão bem ao lado de seus pés descobertos. Pegou a peça de roupa e quando o acastanhado lhe olhou novamente estendeu a roupa na direção do mesmo. - Pera que vou me vestir também, eu te levo até perto da sua casa. 

- Não precisa Bumnie. - o mais novo falou enquanto vestia a blusa de frio de tom azul escuro. 

Jaebum já calçava sua bota de couro e pegava uma camisa no armário quando o ouviu, mas não deu atenção, o menor nunca aceitava suas caronas de bom grado. Vestiu-se completamente e pegou a chave do carro e seu celular. Youngjae ainda preocupava-se em ajeitar seus cabelos e passar algum perfume para que ninguém percebesse seu cheiro alterado.

Quando olhou para o mais velho ele já esperava na porta do apartamento com uma expressão vitoriosa. Youngjae suspirou derrotado e o seguiu para fora do local. 

Os dois já estando dentro do carro de Jaebum; que era apenas um carro simples, tão simples quanto seu apartamento pequeno localizado numa parte mais suburbana de Seul, eles não trocaram muitas palavras. Youngjae era sempre muito alegre e sorridente, Jaebum sempre mais calmo e quieto, porém mesmo assim, os dois se davam muito bem. Contudo, naquele momento – como sempre que Jaebum levava o mais novo para sua casa – Youngjae estava quieto, ele odiava ter que voltar para casa.

A casa de Youngjae era numa parte mais rica da cidade, sua família não era tão rica, mas eles tinham ótimas condições. Portanto, era um pouco longe, por isso Jaebum sempre insistia em levar o outro.

Um som baixo e calmo tocava no carro, uma música que o mais velho sempre gostou. Ele cantarolava baixinho a letra da canção, o que chamou a atenção do mais novo, que passou a olhar para o outro mais atento. Jaebum era realmente muito bonito aos olhos do acastanhado. Os olhos com as pálpebras bem esticadas, o nariz com a pontinha fina, os lábios levemente afinados, os fios escuros penteados perfeitamente para trás formando um topete acima da testa. Tudo em Jaebum era lindo. 

Chegando numa rua atrás da casa de Youngjae o menor olhou para Jaebum com um bico formado nos lábios carnudos. O mais velho riu baixinho da manha do outro e se aproximou para selar os lábios tão cheios e convidativos. Com a proximidade o acastanhado segurou na nuca de Jaebum e aprofundou o beijo, fazendo seu músculo quente e molhado invadir a cavidade do outro com voracidade. Em pouco tempo o ósculo foi quebrado e uma mordiscada no lábio inferior de Youngjae fez com que o mesmo sorrisse em aprovação. 

- Me mande uma mensagem quando chegar em casa. - Youngjae falou. Com os olhos presos do no do outro. 

- Pode deixar. - Jaebum respondeu, já ligando o carro novamente. 

Youngjae saiu do carro e fez um pequeno aceno já andando pela rua, quando viu o carro seguir seu caminho. Jaebum suspirou sentindo seus ombros um pouco pesados. Ele era feliz em ter Youngjae tão perto, era feliz em conseguir ter o amor dele de volta. Contudo sabia que aquilo não duraria e isso o deixava além de triste, irritado com a situação que havia se metido por ter se apaixonado pelo Choi. 

 

Jaebum se perguntava inúmeras vezes porque ainda fazia aquilo, porque ainda se permitia amar Youngjae daquela forma. Eles haviam se conhecido em um dia comum, Jaebum foi até a escola onde Youngjae estudava para fazer uma entrevista. Ele era professor de dança e naquele colégio – por ter um curso de dança – existia uma vaga em aberto. O moreno foi chamado para uma entrevista e com roupas sociais encontrou com um Choi de cabelos bagunçados correndo pois estava atrasado para sua aula. Fora um encontro comum com apenas um aceno, um esbarrão e um pedido de desculpas. Jaebum não foi aceito naquela escola para dar aulas de dança, mas em um outro dia enquanto se dirigia para uma outra entrevista de metro – já que seu carro estava sem gasolina – ele encontrou novamente com o mais novo. E então tudo começou. O mais novo insistiu para que Jaebum passasse seu telefone e acabou por conseguir. 

Depois de muitas conversas Jaebum descobriu que Youngjae já lhe conhecia por ir em eventos de dança escondido de seus pais. Ele adorava aquela arte, mas não tinha muito talento então apenas observava. Jaebum não ficou irritado nem nada com a constatação do garoto e isso apenas os aproximou mais. 

Um bom tempo foi passando e eles começaram a ter momentos mais íntimos e desejos mais florentes. Jaebum era um alfa muito bonito, com um bom porte físico e com um cheiro muito forte e presente. Youngjae era um ômega com cheiro cítrico, ainda doce, mas mais cítrico do que de costume na maior parte dos ômegas que Jaebum conheceu, isso trouxe uma atenção maior do alfa para o outro. Youngjae era diferente, era como ele, o alfa sentia isso. E aos poucos constatou que era por isso que não conseguia se afastar do mais novo. 

Jaebum havia deixado sua família para trás, ele ia contra todas as tradições de casamentos pós cios e principalmente de submissões forçadas. Jaebum era diferente dos outros alfas, ele não gostava de se impor para outros ômegas mesmo sendo de sua natureza. Mantendo seus ideais diferenciados ele se afastou da família e deu rumo a sua vida, até mesmo não tinha pretensão de achar um ômega para si. 

Youngjae apesar de parecer tão diferente dos outros ômegas ele ainda era refém das tradições, ele ainda era obrigado a fazer o que não queria e por isso, ele já tinha um noivo, já tinha um casamento marcado e já tinha um destino premeditado pela sua família. Mesmo seu cio já tendo vindo, sua família esperava que ele terminasse os estudos antes de se casar, mas ele ainda teria que se submeter-se a casar com uma pessoa que ele não amava, pelo contrário, Youngjae sempre dizia que odiava seu noivo. 

Jaebum estava em uma encruzilhada, ele amava alguém prometido a outro alfa, sabia de tudo isso e ainda continuava se afundando mais e mais naquela loucura. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Risadas e músicas alegres tomavam conta do cômodo pequeno. Im Jaebum permanecia com o corpo jogado no sofá, como ficara durante todo o dia. Era um sábado, porém um sábado muito chuvoso, os trovões não paravam em nenhum momento e a chuva muito menos. Já era de noite e o alfa solvia mais uma dose do líquido transparente. Esboçava uma careta e logo depois colocava o pequeno copo sobre a mesinha de centro.

A garrafa de soju estava quase na metade, ele havia tomado quase tudo aquilo durante o mesmo dia. Jaebum sempre odiou dias chuvosos, principalmente quando caíam bem em um fim de semana. Porque ele teria que permanecer em casa ao invés de sair com algum amigo ou até mesmo com Youngjae.

Pegou-se pensando no menor, enquanto mordiscava seu lábio inferior pensava em como seria se o mesmo estivesse ali. Contudo, o garoto não havia dado nenhum sinal de vida durante o dia inteiro e Jaebum não havia insistido mais depois de cinco mensagens. Revirou os olhos em suas órbitas ao lembrar-se que o suposto namorado poderia estar com seu noivo.

Bufou sem querer e voltou seus olhos para a televisão. Nela passava um programa de entretenimento típico coreano, com dois apresentadores que se achavam engraçados e vários participantes que a todo tempo ficavam rindo enquanto realizavam provas e brincadeiras bobas. Aquele tipo de programa realmente era um tédio, mas não havia nada melhor na televisão em um sábado à noite.

Depois de beber mais uma dose do seu soju, o moreno ouviu um barulho vindo da porta. Sentou-se de forma mais ereta e tentou ouvir se realmente havia vindo algum barulho dali. Novamente um barulho, mais especificamente duas batidas na porta. Jaebum estranhou completamente, pois nunca recebia visitas e poucas pessoas sabiam onde ele morava. Levantou-se ainda um pouco apreensivo e foi até a porta, ao abri-la os olhos arregalaram-se no mesmo instante.

Youngjae estava bem ali à sua frente, com os olhos fixos na imagem maior e o corpo todo molhado. Além daquela situação completamente inusitada havia algo a mais. Antes mesmo de qualquer um dos dois falarem algo – já que os segundos pareciam muito mais longos que o normal – Jaebum sentiu algo diferente. O mais novo estava com o cheiro absurdamente mais forte. Ele com certeza estava no cio.

- Bumnie... desculpe... eu... – finalmente algumas palavras foram ditas, fazendo todo o silencio sumir no mesmo instante. A voz do acastanhado estava completamente abatida e sua postura estava aparentando cansaço.

Jaebum finalmente saiu do pequeno transe que entrou ao sentir o cheiro forte vindo do outro e deu espaço para que Youngjae entrasse. Fechou a porta logo em seguida e olhou para o garoto ainda todo molhado e tremendo levemente.

- O que houve Jae? Você ‘ta todo molhado, meu deus! – falou o mais velho já se aproximando do outro e tocando seu rosto de forma delicada.

- E-Eu... – foi a última palavra que o menor tentou dizer antes de começar a chorar de forma dura. As lágrimas escorriam pelas bochechas fofas e agora rosadas, e os lábios abriam e fechavam como se ele quisesse dizer algo.

O moreno não conseguiu pensar em mais nada a não ser em abraçar o corpo pequeno à sua frente. Envolveu Youngjae com os braços e o apertou contra seu peito, fazendo o mais baixo se aconchegar. Contudo, quanto mais Youngjae respirava perto do corpo do alfa, mais difícil ficava para ele ignorar o cheiro forte que vinha do mais baixo. Era um cheiro diferente, ainda lembrava o cheiro característico do menor, mas ainda era diferente. Mais doce, muito mais doce, porém ainda ácido.

Percebendo que o menor chorava com menos intensidade, Jaebum foi soltando o corpo lentamente. Porém do nada recebeu um empurrão das mãos pequenas, fazendo com que a distância entre os dois corpos ficasse maior.

- De-Desculpe... Eu estou no cio... Não era para mim estar aqui, mas... – Youngjae continuava usando uma voz carregada e triste.

- Não tem problema Jae... apesar de estar bem difícil de ignorar o seu cheiro. – o moreno tentou passar aconchego ao mais novo, afinal eles nunca se encontravam quando Youngjae estava no cio, o menor dizia que não queria estar com Jaebum apenas por desejos carnais e sim porque gostava dele. – O que aconteceu? – Jaebum voltou a perguntar, vendo que aos poucos o acastanhado se acalmava mais.

- É que ele... – começou, porém fez uma longa pausa e continuou após uma respirada forte. – Eu não queria transar com ele, mas ele continuou insistindo... o olhar dele... o olhar dele me deu tanto medo... eu não sabia o que fazer, então quando ele se afastou pra tirar a camisa eu chutei ele e fugi. – o menor falou rápido, com a respiração ainda um pouco ofegante, e pousou o olhar em Jaebum.

O moreno ouviu as palavras com atenção, mas simplesmente não conseguiu evitar que seu corpo começasse a queimar de dentro para fora. Suas mãos se fecharam em punhos, seus olhos ganharam um tom vermelho escuro e um rosnado contido correu pela sua garganta. Jaebum foi tomado por uma raiva que a muitos anos não dava as caras. Somente de imaginar um outro homem tentando abusar friamente do Choi fez com quem Jaebum quase perdesse a cabeça de uma hora para a outra.

O moreno respirou fundo e sem dizer nenhuma palavra pegou a chave do carro e abriu a porta. Começou a caminhar pelo corredor deixando um Youngjae completamente assustado para trás. O menor, após pensar um pouco sobre as ações do outro, finalmente percebeu o que estava acontecendo e saiu atrás do moreno rapidamente. Quando consegui alcança-lo ainda nas escadas o abraçou por trás, deixando sua cabeça apoiada nas costas de Jaebum.

- Calma Bumnie... não foi nada... – falou num tom ameno. – Juro que está tudo bem. – continuou a falar, tentando acalmar, inutilmente, o mais velho.

Jaebum se virou rapidamente, olhando fixamente Youngjae. As írises do mais velho ainda estavam vermelhas e sua respiração estava ainda muito forte e rápida.

- Você acha que eu não vou fazer nada com o cara que tentou te estuprar? – o tom de voz do moreno soou duro, e a voz estava mais rouca que o normal. Ele estava completamente em fúria. – Não me impeça de acabar com a raça dele! – falou um tom mais forte ainda e voltou a descer as escadas.

Youngjae continuou assustado e sem saber o que fazer para impedir o outro, acabou seguindo-o pelo caminho até o carro. Entrou no mesmo, sentindo todos os seus músculos se tencionarem. Aquilo não era nada bom, aquilo daria muito, muito errado e ele não sabia se estava preparado para ver tudo desmoronando tão rápido.

 

 

 

 

 

 

O carro estacionou, diferentemente de todos os outros dias, bem há frente da casa de Youngjae. Jaebum não hesitou e nem ao menos olhou para o mais novo ao seu lado, antes de sair do carro batendo a porta com força. O acastanhado respirou fundo, sentindo um aperto forte no coração e mais calafrios passando pelo corpo.

Saiu do carro rapidamente e foi até Jaebum quase correndo, conseguindo impedir que o outro entrasse na casa por puro impulso. Segurou o punho do mais velho vendo que os dedos ainda estavam contraídos. Olhou nos olhos do mesmo e o fez virar o corpo ficando de frente com o mais baixo.

- Jaebum por favor, se controle, não vai adiantar nada isso... não quero uma briga... eu... – Youngjae tentava falar com calma, mas nada estava o ajudando naquele momento. Ele estava com medo do que Jaebum poderia fazer, estava com medo que seus pais descobrissem tudo – e eles com certeza iriam – e o que piorava tudo, seu cio ainda estava ali, fazendo seu corpo estremecer e seus sentidos ficarem aflorados.

Jaebum não respondeu nada, seus punhos ainda estavam fechados, mas seus olhos aos poucos voltavam para a coloração normal. Youngjae suspirou ao ver isto e conseguiu relaxar um pouco mais seu corpo, enfim o maior estava tentando se acalmar. Contudo, eles ainda não poderiam ir embora, o alfa não deixaria. As mãos grandes de Jaebum foram até a cintura do mais novo, segurando-o de costas para com seu próprio corpo, empurrou-o até a porta mostrando que ainda queria que aquilo acontecesse. Os dedos seguravam firme o corpo de Youngjae e ele se viu sem ter o que fazer, ele teria que enfrentar aquilo.

Devagar ele abriu a porta e como se o destino pregasse peças ele deu de cara com uma das últimas pessoas com quem iria querer se encontrar, a mãe de seu noivo, teoricamente sua sogra. O que ela fazia ali? A mulher olhou para o acastanhado e sem hesitar o puxou para frente, envolveu o mais alto entre os dois braços e lhe apertou forte.

- Me desculpe Youngjae! – falou num tom baixo. Porém Jaebum, que estava ainda do lado de fora da casa, com o corpo encostado na parede ao lado da porta, ainda pode ouvir. – Eu não imaginava que ele faria algo assim, então me desculpe. – a mulher de cabelos escuros voltou a falar.

Youngjae retribuiu o abraço e esboçou um sorriso leve, entendendo que aquela situação era tão ruim para a família de seu noivo quanto era para si.

- Está tudo bem Sra... – voltou a falar, mas ele próprio interrompeu sua fala ao sentir novamente a aura do alfa que ainda estava do lado de fora da casa, Youngjae conseguia sentir que a irritação de antes estava voltando. – Mas tem um problema... – pronunciou com a voz baixa, enquanto se desvencilhava dos braços da mulher.

A mais baixa olhou de forma confusa para o acastanhado e se afastou levemente ajeitando as roupas que vestia.

- Como assim querido? – perguntou com uma expressão de pura confusão.

Youngjae abaixou a cabeça, respirando fundo ele virou o corpo para ficar de lado e dar finalmente lugar para que Jaebum aparecesse. O moreno tomou à frete de forma rápida, deixando o corpo ao lado de Youngjae e levando uma de suas mãos até a mão do mais baixo, fazendo o mesmo olhar atentamente para o mais velho.

Porém a reação não fora como Youngjae havia imaginado. Jaebum ao ficar de frente com a mulher ficou estranhamente calado. O mais novo olhou atentamente para sua face e viu que os olhos estavam arregalados e os lábios finos estavam levemente abertos. Porque ele estava daquela maneira?

Os olhos do acastanhado foram até a mulher e ela se encontrava da mesma forma, com os olhos arregalados e os lábios desgrudados, porém está logo em seguida levantou um pouco a mão e pronunciou algo.

- Ja-Jaebum?

- Mãe?

O moreno pronunciou, mas Youngjae achou ter ouvido errado, sua sogra não poderia ser a mãe de Jaebum, não é mesmo? Porém, mesmo que Youngjae ainda estivesse apenas processando aquela palavra em sua cabeça, um abraço vindo da mulher até o mais alto deixou tudo mais confuso. A mulher envolveu o corpo maior com força, dava para ver pois ela exprimia as roupas de Jaebum entre os dedos. E Jaebum permaneceu imóvel, apenas alguns instantes depois ele acabou por retribuir o abraço.

Quando os dois se soltaram depois de um bom tempo, Youngjae continuou confuso já que nenhuma palavra fora trocada. Os fios castanhos molhados ainda grudados em sua testa eram colocados para trás num movimento de puro nervosismo.

- O que você faz aqui filho? Você conhece o Youngjae? – a mulher voltou a falar agora com um sorriso suave nos lábios e uma expressão aparentemente mais contente.

Jaebum ainda se encontrava um pouco atônito a tudo, da mesma forma que Youngjae se encontrava. Os dois estavam pensando, analisando a situação, porém o mais baixo foi o primeiro a falar.

- A Sra. Im é sua mãe Jaebum? – uma pequena pausa após um suspiro. – Eu achava que os nomes eram apenas coincidência. – voltou a falar agora com um tom mais cabisbaixo e pensativo ainda. Jaebum com os olhos voltados brevemente para a figura pequena ao seu lado, de repente sobressaltou-se.

Os olhos arregalaram-se novamente e seus dedos seguraram com mais força ainda a mão do mais novo.

- Espera, então o seu noivo... – sua fala fora interrompida por uma voz vinda de dentro da casa. Uma voz levemente rouca, irritada e conhecida.

- Mãe? É o Youngjae? – a voz ficou mais próxima e aos poucos a imagem de um outro homem, de cabelos escuros e camisa social, apareceu descendo as escadas em frente ao hall de entrada da casa.

O homem ao ver as três pessoas na porta de entrada da casa ficou parado, olhando para Jaebum e para Youngjae e vice verse. E foi então que o moreno sentiu seu sangue subir no mesmo instante. Aquele homem era ImYongMin, seu irmão mais novo.

-Jaebum? – a voz voltou a preencher o vazio que ali ficou. YongMin estava tão assustado quanto Youngjae, e em sua face isto estava explicito, principalmente depois que os olhos de Jaebum ficaram avermelhados novamente.

O mais alto estre todos ali passou pela mãe rapidamente, deixando a mulher com uma expressão confusa e assustada também. Youngjae mordiscou o lábio com força já sabendo o que iria acontecer. Jaebum aproximou-se do irmão e segurou em sua camisa com força, puxando o corpo do homem com brutalidade.

- Foi você que quase estuprou ele? – Jaebum falou, num tom alto, rouco e forte, somente pela voz, todos poderiam perceber o quanto estava irritado. – Responda YongMin! – praguejou, deixando um rosnado deslizar por sua garganta logo depois.

O outro manteve seus olhos arregalados, a respiração estava rápida e pesada, em sua face havia puro medo. Afinal, YongMin sabia o quanto Jaebum poderia ser cruel e, infelizmente, ele ainda era maior que si, não conseguiria vencer.

Ainda parados na porta Youngjae cerrava os dentes em nervosismo, ele não poderia fazer nada e sentia que as coisas só iriam piorar. SongDae, mãe dos dois alfas, estava paralisada, ela achou que tivesse ouvido errado o que Jaebum falou, mas ao olhar para Youngjae e ver sua expressão entendeu que não havia ouvido errado.

- YongMin, o que você fez? – a voz fraca, mas ainda um pouco alta da mulher se fez presente, chamando atenção de todos.

- Diz pra ela! – Jaebum quase gritou, ainda segurando o irmão mais novo com força, não deixando que ele se afastasse.

O mais novo olhou para baixo, sem saber exatamente o que faria, ele havia entrado em uma briga da qual perderia da pior forma possível.

- O que está havendo aqui? – uma voz masculina soou pelo hall de entrada. Com passos largos um homem de meia idade apareceu, olhando para todos com uma expressão confusa e irritada. – Estou ouvindo gritarias demais... Jaebum? – perguntou o homem.

- Pai! – YongMin falou num tom alto, aproveitando a distração de Jaebum para se desvencilhar das mãos fortes, se afastando rapidamente.

- Oi pai... – o moreno falou, passando os dedos longos pela testa, já que uma camada fina de suor começara a aparecer ali.

E antes que qualquer um dos presentes pudessem falar algo, mais duas figuras apareceram ali, com a mesma expressão que a mãe de Jaebum fizera ao ver o filho, pura confusão. Eram os pais de Youngjae e agora todos estavam se entre olhando, e o acastanhado sentindo seu corpo suar frio, e não era somente por causa do cio.

 

 

 

 

 

Todos estavam reunidos na sala de estar. Os pais de Youngjae com o acastanhado em um sofá, os pais de Jaebum com YongMin em outro e Jaebum em uma poltrona de frente com todos. A sala era grande, mas a tensão espalhada ali era muito maior.

- Youngjae, comece explicando o que aconteceu hoje, por favor. – pediu o Sr. Im.

- Bem... o YongMin... queria fazer coisas mais íntimas comigo e eu rejeitei porque, todos sabem, que eu não amo ele e não vou fazer coisas assim com quem não sinto nada. – o mais novo começou, fazendo todos olharem de reprovação para YongMin, menos Jaebum que ainda mantinha seu olhar fixo em Youngjae, como se quisesse mandar forças para o menor. – Então eu fugi dele e fui para a casa do Jaebum... – ao mencionar o nome do mais velho sua voz ficou mais baixa, quase que inaudível, e então todos voltaram seus olhos para o moreno.

- E qual é sua relação com ele Youngjae? – agora fora o pai de Youngkae que questionou o de fios castanhos. Porém Jaebum manifestou-se primeiro.

- Nós namoramos, não oficialmente. – falou o mais velho em tom firme e então todos ficaram perplexos. YongMin demonstrou sua completa raiva e o Sr. Choi demonstrou seu susto e sua irritação.

- Isso é verdade Youngjae? – questionou o filho, tirando Jaebum de seu campo de visão para olhar para o ômega menor. Youngjae apenas maneou a cabeça positivamente e se preparou para ouvir tudo o que o pai falaria. – Como pôde esconder isso? Como pôde fazer isso estando noivo? Você perdeu a cabeça? – continuou questionando o mais novo de forma dura, usando um tom que dificilmente usava. Logo depois voltou seu olhar para Jaebum, apontando-lhe o dedo indicador. – E você sabia de tudo isso não sabia? Que ele estava noivo, e mesmo assim continuou? Que tipo de alfa você é? – os olhos do senhor esbanjavam ira, mas Jaebum apenas revirou os olhos e se recostou melhor na poltrona.

- Desculpe Sr. Choi. A verdade é que Jaebum vai contra todas as tradições... é por isso que ele é afastado da família. – a voz feminina e fraca da Sra. Im se fez presente, chamando a atenção do homem que falara até a pouco tempo.

- Ele é aquele seu filho que comentou conosco SongDae? – agora fora a vez da Sra. Choi fazer uma pergunta. E a resposta fora apenas um aceno positivo vindo da outra mulher.

- Mãe você não precisa explicar minha situação. – Jaebum falou novamente, ficando novamente mais ereto na poltrona. – Sr. Choi eu peço desculpas, eu conheci seu filho por um acaso e nos aproximamos de forma inocente, a paixão veio com o tempo sem que percebêssemos e hoje em dia eu simplesmente não consigo ficar longe do seu filho. Por isso, eu não o afastei mesmo sabendo que ele estava noivo. Mas eu não fazia ideia de que era do meu irmão mais novo.

O homem estava pensativo e então sobressaltou olhando para Jaebum e quase se levantando com o que pensara.

- Você o marcou!? – praguejou.

- Não pai! Ele não faria isso e nem eu deixaria. – Youngjae finalmente falou novamente, fazendo o pai lhe olhar. – Mas mesmo sem uma marca... eu não consigo me ver com outra pessoa pelo resto da minha vida.

Então um silencio se estabeleceu no cômodo de paredes azul claro. Todos estavam pensativos, Youngjae sentia seu corpo estremecido e suas mãos suarem. Jaebum estava calmo apesar de tudo, ele sabia que mesmo com tudo aquilo YongMin ainda seria punido de alguma forma pelo o que fizera. O Choi mais velho era, com certeza, quem tomaria a decisão, por ser o pai de Youngjae e por ser o alfa mais experiente, todos respeitavam isto.

- Primeiro, YongMin, eu não vou lhe perdoar por ter feito isto com Youngjae. Nós confiamos em você e você deixou seus instintos ditarem suas ações. Não posso deixar que você se caso com ele, realmente você ainda é muito imaturo. – o Sr. Choi iniciou, repreendendo YongMin e fazendo Youngjae sentir um pouco mais de alivio. Porém, alivio que logo foi forçado a sumir. – Youngjae, você ficará de castigo por ter mentido, você vai ter que receber uma punição e esta será fazer a faculdade que eu e sua mãe definir.

Youngjae virou para seu pai em supetão, não acreitando nas palavras que o homem dizia. Eles já haviam conversado a muito tempo sobre o assunto, Youngjae queria fazer artes plásticas, mas seu pai queria que ele fosse arquiteto. Houveram muitas intrigas e o Choi mais velho concordou com o filho em sua decisão após o mesmo ter aceitado o casamento. E agora ele estava revirando tudo novamente.

- Mas pai...

- Você poderá fazer o que quiser depois de estar trabalhando na área, mas é isso que acontece quando toma decisões erradas na sua vida, ela inteira pode ser prejudicada.

Todos os presentes se encontravam quietos, ninguém poderia interferir e mesmo Jaebum sentindo-se muito mal com tudo aquilo ele não poderia dizer nada, pois só poderia piorar as coisas.

- Sim, senhor. – Youngjae falou, abaixando sua cabeça e apoiando a mesma na mão.

- Mas ainda temos um acordo de casamento entre as duas famílias, tenho certeza que o Sr. e a Sra. Im não querem desfazer isto.

- Com certeza gostaríamos de permanecer com o acordo KyungHwa, mas iremos entender caso queira desfaze-lo por conta do meu filho mais novo. – o Sr. Im falou com a voz firme e olhou de canto para o filho mais novo, vendo o mesmo quase que encolhido no sofá.

- Então seu filho mais velho deve se casar com Youngjae, já que aparentemente é inevitável.

Jaebum e Youngjae olharam para o Choi mais velho, Jaebum quase sem acreditar e Youngjae com um brilho intenso no olhar.

- Eu não vou casar por obrigação ou acordos de família! – A voz rouca do alfa moreno foi até os ouvidos de todos, sua mãe o olhou inconformada. O pai de Youngjae olhou da mesma forma e o acastanhado arregalou os olhos não acreditando no que estava ouvindo. Jaebum se recusaria a casar com ele?

- Como assim? – a voz baixa do mais novo chamou a atenção de Jaebum.

- Desculpe Jae, mas você sabe o que eu penso.

O cenho do mais novo se franziu, as sobrancelhas se juntaram e seu corpo se levantou num piscar de olhos. Ele foi até o mais velho rapidamente, fazendo com que todos o olhassem confusos. Os dedos cheinhos foram até o punho do alfa, que logo depois teve seu corpo quase arrastado. Youngjae andou dando passos pesados, levando Jaebum até a cozinha. Chegando lá empurrou o mais velho contra a parede e o olhou irritado.

- Você vai se recusar a casar comigo? É isso mesmo? E o amor que disse que tinha? – questionou com a voz feroz, demonstrando toda a raiva que estava sentindo.

Jaebum abriu um sorriso ladino, aproximo suas mãos grandes do rosto de Youngjae e segurou o mesmo de forma delicada. Fitando as orbes escuras do outro de forma profunda.

- Claro que quero me casar com você Jae, eu só não quero me submeter a aquele tipo de casamento.

- Então se case comigo por me amar... não importa o que eles pensam ou não. – o mais novo falou com a voz mais amena e calma.

Jaebum continuou fitando-o, passou levemente a língua pelos lábios finos e então se aproximou mais ainda do acastanhado. Selou os lábios cheios lentamente, fazendo as peles cálidas roçarem umas nas outras devagar, sentindo a textura tão desejada dos lábios de Youngjae. O beijo não se aprofundou e os dois voltaram a se olhar, porém, agora, com um sorriso sincero em cada boca.

- Então... você aceita se casar comigo, Choi Youngjae? – o mais velho sussurrou, vendo os olhos do ômega brilharem num tom azul celeste.

- Sim!


Notas Finais


Então é isso pessoal ... eu continuo sem saber oq dizer em notas finais kkkk
Espero que tenham se divertido um pouco e q tenham gostado do final fofogay u.u
Não se esqueçam de deixar seus comentários lindos e maravilhosos aqui embaixo e de mostrar para seus amigos kkk

É isso ai nos vemos na próxima fic ewe
Jya nee o/


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