História Um Pedido Infernal - Capítulo Único

Havia se despedido de seus meninos na estadual há algumas horas, amava aqueles garotos mas as vezes era difícil suporta-los quando estavam em seus piores dias, e nesta caçada as coisas tinham saído de mão com as brincadeiras trocadas pelos irmãos, sem falar em Dean e seu anjo que se tivesse mais um pouco de tensão sexual mal resolvida ali, Bobby teria que corta-la com seu facão. O primogênito e o serafim estavam nessa a quase três anos e o Singer estava no limite, por isso havia se proposto que quando completassem três anos nessa situação, ele iria intervir e bater a cabeça dos dois idiotas até que entendessem o que sentiam. Passou por um Dinner e pensou em buscar um café entretanto sua costa dolorida estava se recusando a colaborar, resolveu ir logo para casa e de lá pedir chinês ou mesmo uma pizza.

O Rei do Inferno olhava para o tablet, confirmava se tudo estava preparado como desejava, depois de quase três horas organizando tudo magistralmente, conferiu uma última vez o forno para ter certeza que o assado estava como deveria. Tinha colocado vários demônios para seguir o Singer e ter certeza da hora que chegaria, seus subordinados haviam avisado a quase quarenta minutos que o caçador estava próximo, por isso o rei ainda de roupão seguiu para o quarto e finalizou seu plano, afinal sua determinação o fizera subir em seu posto e usaria essa mesma qualidade para alcançar seu objetivo tão almejado. 

Aquilo devia ser algum pecado que ele estava pagando, chegar em casa depois de uma caçada e ver aquela cena na sua cama. Tá ele não podia negar que estavam juntos, não podia negar que além de ser de certa forma sexy, era engraçado e as vezes com a vida que levam é bom ter um motivo para sorrir, mas de tudo que poderia esperar quando chegasse em casa, ver Crowley de samba canção de corações na sua cama era a última coisa que iria esperar.

- Por que tudo isso e o caminho de flores? - Perguntou avaliando a expressão do amante. 
- Não preciso de um motivo para ser gentil com meu namorado ou preciso? - Perguntou de volta com um sorriso sedutor. 
- Por que tenho a sensação de que você vai querer algo em troca? - Retrucou o Caçador. 
- Não pense muito, vai lá tome um bom banho, e venha para cama. – Comandou o Rei de forma sugestiva.

 
Foi um banho demorado, do tipo que se Crowley fosse humano já teria dormido, ou era apenas a ansiedade do Rei, mas quando o Caçador finalmente saiu do banheiro, também tinha um roupão, bem surrado que fazia o azul pender mais para o cinza. Crowley já tinha tentando várias vezes dar outro para ele, mas o teimoso nunca aceitava até que o rei desistiu, não gostava de ser contrariado mas aprendera no último ano que com o Singer não se podia ganhar sempre entretanto de seu propósito de hoje não iria desistir.

 
- Venha. – O Demônio disse batendo levemente no colchão. 
- Ainda quero saber o que você quer. - Disse Bobby indo sentar no local indiado e logo sentiu as mãos de Crowley massageando seus ombros. 
- Já disse Robert, não pense muito sobre isso. - Sussurrou no ouvido do caçador.

 
Bobby não podia negar também que estava com saudades do demônio, mesmo que nunca fosse admitir isso e aquela massagem estava acordando certas partes bem particulares de seu corpo.

 
O Rei percebeu a animação do outro e desceu sua mão pelo peito do caçador, terminando assim de tirar o roupão de Bobby, olha malicioso e vai ajoelhar-se no chão enquanto acaricia o membro do amante por cima da cueca fazendo-o soltar um suspiro. 
Sem quebrar o contato visual, liberta o membro e o abocanha, logo que começa sente as mãos fortes do caçador em seus cabelos, sugava implacavelmente, acariciava com a mão a base e volta e meia afastava-se provocando um som estalado, percebeu que seu amado não suportaria por muito tempo, estava esforçando-se mais ainda para abocanha-lo quando Bobby o fez parar.

Respirando pesadamente o Singer deita-o na cama, e depois de deslizar a peça de corações vermelhos, vira-se e pega alguma coisa no criado mudo, logo volta para o demônio que lhe dá um breve aceno de cabeça, era o que precisava pois logo começou a beijar e morder lentamente o pescoço deixando com certeza marcas ali, mas o Rei também havia deixado algumas marcas nas costas de seu Robert. 
Não demorou muito para que o falo do ser abocanhado por Bobby, enquanto que com a outra mão o Caçador começa a prepara-lo.

 
- Robert... - O Rei gemeu seu nome o deixando ainda mais excitado se é que isso é possível.

 
Bobby parou o que estava fazendo, e se posicionou melhor entre as pernas do outro, não demorou muito para que começasse a penetrar Crowley cuidadosamente, até estar todo dentro dele, então esperou até que o amante se acostumasse com a invasão. 
Porém não demorou muito para começar a se mover lentamente, mas logo as estocadas tomam ritmo e força, as mãos possessivas de Robert seguravam firmes em seus quadris. 
Seus corpos possuem um ritmo único, os sons de seus corpos se chocando, os gemidos altos que ecoam pelo quarto enquanto um chama pelo nome do outro os fizeram chegam ao ápice juntos. Bobby afastou-se do parceiro e se deitou, ainda com a respiração ofegante, puxou o demônio mais para perto de si, o Caçador deu um beijo no topo da cabeça do Rei e acabou caindo no sono.

Durante a madrugada Bobby acordou faminto e depois de deliciar-se com o assado acompanhado de uma cerveja voltou para a cama e posicionou-se atrás de seu amado puxando-o novamente para dormirem de conchinha. 

Na manhã seguinte, percebeu que a surpresa não havia acabado, tinha um belo café da manhã esperando pelo Singer que assim que tomou o primeiro gole do saboroso café inquiriu.
- Tá Crowley fala logo o que você quer? - O caçador não era nenhum tolo conhecia seu namorado. 
- Que isso... 
- Corta essa e fala logo! 
- Então Robert que tal você e eu oficializarmos nosso relacionamento? - Perguntou despreocupadamente. - Sabe um castelo, na Escócia, eu usando meu Kilt... 
- Pode parar por aí! - Bobby disse. 
- Mas então? 
- Bem! Mas sem essa babaquice de castelo. – Começou a falar e quase foi interrompido por um sorridente Crowley que mantinha um ar de superioridade. – E sem sainha!

- Que pena! – Exclamou o outro antes de pegar seu tablet e digitar algumas coisas. – Será daqui a vinte dias em Vegas!

- Idjit!