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História Um preconceito demasiado artístico - Um preconceito demasiado artístico


Escrita por: DouglasStanlet

Notas do Autor


Escrever para ler, ler para escrever.
Douglas Stanlet

Capítulo 1 - Um preconceito demasiado artístico


Eu me sentia raivoso, por observar a asquerosidade daquele velhote do cabelo branco e das barbas brancas na esquina da rua principal da vila ,ele observava as ninfetinhas entre 11-14 anos brincarem com mini-saias que eram confortáveis para elas,e pequenos shorts, que não chegavam aos joelhos, e ele demonstrava gostar daquilo, como um maníaco, como se a observação de membros corporais mal-evoluídos fosse o seu trabalho. Entenda-me leitor que, não sou nenhum membro do juri acusando-o como réu, entenda minha argúcia que apenas alguns raros homens que atinge a velhice e ainda tem um pingo de compaixão possa dispor, entenda a minha capacidade de buscar no fundo do coração humano, uma idealização distópica de um velhote. Ele ,com seus olhos azuis como os de uma rolinha do planalto, espécie quase extinta hoje, cego de um olho e com apenas um OLHO observador de tudo e de todos na rua semelhante ao onsciente GRANDE IRMÃO, que como uma câmera observava todas as ações das pequenas fêmeas, para se relembrar inconscientemente,talvez no sono profundo ou no banho, ou isolado-sozinho no seu quarto. Ficava o dia inteiro, sobre-posto naquela árvore da esquina, onde ficava sua casa. Apoiado como uma parte do tronco que nascera para um lado atentador. E algumas raras pessoas que o notavam,que o conheciam, cumprimentavam-o como se este fosse uma boa pessoa. E assim, ninguém desconfiava de suas ações maléficas de Lobo-mau. Mas eu desconfiava! E então quando ele me via, encolhia-se, entrava. E uma vez que isto acontecera,dele entrar para fugir de mim, eu vi-o olhar-me por uma brecha que havia na sua janela, que havia acabado de nascer, um tênue buraco , onde estava o seu pequeno-Grande olho azul. O seu maldito olho observador. Ele estava me olhando, como se eu representasse uma ameaça constante ,e ao mesmo tempo como se estivesse esperando para me dar o bote perfeito, como uma sucuri esperando sua presa-baixar guarda. Mas eu não me mantive quieto e satisfeito com oque enxergava à uns 10 metros, e fui para mais perto daquele buraco na janela para ver oque estava realmente nela. E o olho lá continuava ,se mechendo e observando tudo, Sua pupila havia se dilatado por todo o cristalino e córnea e íris, e se tornara tão azul, tão azul quanto Netuno no seu mais escuro e solitário auge da via láctea no universo. Eu tremi. Aquilo para mim era surreal! Não havia mais cor de pupila preta, somente o bruto azul profano desgraçado. Eu tirei do bolso um canivete que carregava para usar na rede elétrica em minha casa, e enfiei-lhe com toda força, fiz-lho por ódio, caro leitor. Fiz por ódio, apesar do meu medo, fora por ódio! Mas o canivete não atingia algo físico. O canivete, que era de aço inox havia-se tornado completamente molengo, como se aquele azul fosse de um fogo tão solarado, quanto o núcleo do sol, por derreter totalmente o canivete. Por outro lado da janela, o que eu me encontrava, senti-lhe menos peso enquanto segurava a maçaneta da faca. E quando retirei, não havia mais lâmina de corte, somente um curto pedaço, sem corte, cortado. Como? Como isto podia acontecer em plena luz do dia, na minha realidade? Para mim, aquilo não era maçonaria, como achará os cristãos que, possivelmente o azul que enxerguei era o fogo de satanás! Mas não o era. Era o olho do velhote , ele havia sim posto o olho ali!, e como podia o olho dele fazê-lo tal poder? Eu não entendia. Mas, quando agachei-me, para observar realmente se era fogo, ou gelo, ou satanismo, o velhote saiu pela porta. E perguntou-me ''O que está bisbilhotando na minha casa?'' Ele já não gostava de mim, ou me temia, assegurava-me por suas ações que ele me odiava! E agora tinha motivo para desconfiar-me de roubo? Não. Ele sabia que não era objetos para roubar que a minha consciência procurava, nem o meu desejo de entender tudo aquilo. ''Vai continuar calado?'' Disse ele. E eu, como se estivesse traumatizado, olhava aquele olho esquerdo dele que brilhava como netuno, e enxergava como os olhos de um deus. Eu nada pude falar, eu virei-me as costas, escutando ele me xingar. Dizendo-me calúnias que só ele e eu sabia que eram calúnias. Fui-me caminhando, e levando xingos, como um cavalo. Nunca havia passado por tantos açoites antes, e o velhote não parava de me esculhambar, como se eu foste culpado de alguma cousa. No dia seguinte, que o velho não estava na esquina, e as crianças-menininhas, pequenas Lolitas-Como as chamariam nabukov, para criar um eufemismo no texto, também não se encontravam na rua. Eu me estava lá no centro da rua, ansiando ir à esquina , e o calor do sol estava queimando o meu rosto, e os meus braços me deixando demasiado fusco. Mas o problema que a radiação podia causar-me não me deixava menos convincente de que as menininhas poderiam ter sido sequestradas pelo velho, e de que logo ,logo, eu teria um câncer de pele por todo o corpo. E meu ódio havia se tornado algo mais sensível ,havia se tornado uma cólera. Eu caminhei até a esquina ,e olhei para o buraco da janela, não havia olhos lá novamente. Certifiquei-se realmente, me aproximando ainda mais do único buraco da casa totalmente fechada, um único buraco que lembrava-me uma figura artística, eu podia enxergar uma cadeira balançando por dentre; por um gato preto que havia pulado dela a alguns minutos atrás. Na mesa, havia cachimbo, um jornal, uma xícara. Estava tudo bem preparado, como se o velhote estivesse ali. Era um buraco apenas para contemplar a imagem do cenário clássico de um leitor de jornais? -''Mas ele não está aqui.'' Eu monologuei. E então, dentro do texto, na história, eu falava comigo mesmo me perguntando ''O que há naqueles outros cômodos?'' Caro leitor, eu não sei se sou psicótico, ou um mentecapto, mas eu era curioso o suficiente para tudo. E a porta parecia aberta. Vocês que esperam mais histórias dizem-me para não entrar, porque é perigoso. Mas eu não estava ligando para o medo, aquilo que eu havia visto outro dia, não era real! Não podia ser real! Você me entende? Eu abri a porta da casa do velho, e ela fez um ruído de porta-antiga, e que jazia ali há uns 100 anos. O gato miou. E eu entrei. Eu caminhei vagarosamente até a mesa e observei os olhos do gato, quando percebi que eram semelhantes ao do velho, eu o peguei instintivamente e o taquei na parede com muita força. O gato miou com uma voz fraca,mas plácida, e parecia ter desmaiado, mas ele apenas estava fraco. Eu comecei a tremer de medo e a me questionar por tal ação, era apenas um felino. Era apenas um felino. ''era apenas um felino!''- Eu monologuei outra-vez. O gato levantou-se, venho para perto de mim, e não parecia fraco , e me lambeou a perna, com afago. Os olhos azuis estavam bem abertos, e os meus marrons estavam quase se fechando por arrependimento de ter entrado ali, e pelo medo, e pelo desespero, e pelo ar cheio de poeiras que flutuavam e os irritavam- Eu estava segurando a minha vontade de matá-lo por 7 vezes. Eu estava segurando. E caminhei ainda mais para dentro da casa, onde tinha outra porta; Lá, abri a porta e vi o velho sentado em uma poltrona e de costas esculpindo uma menina ,com seu olho de abutre totalmente focado naquelas esculturas de caçadores de Ninfas. Haviam três esculturas de menininhas nuas- e um garoto pondo a mão em seus órgãos genitais-mas sentindo medo por fazê-lo, como se não reconhecesse o seu ato. Havia um pouco de sadismo nestas obras ,e também obscenidade-infantil-inocente, mas elas estavam tão bem feitas, mas tão bem feitas que ,o meu apetite por tentar saber oque o velho fazia -ali escondido com seu único olho azul,observador de todas as coisas e que cortara o meu canivete outrora , havia se tornado respeito pelo seu trabalho. Mas o que explicava o seu olho? Ele voltou-se pra mim com seus dois olhos azuis,um cego, e aquele olho consciente estava como da vez que vi-o normalmente, com a púpila preta, e não havia nada de anormal. Ele segurava uma ferramenta adaptada que jorrava fogo azul, para esculpir, e disse-me ''Tem mais canivetes?'' Fim.



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