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História Um Presente Indesejado - Vkook/Taekook - Me desculpa?


Escrita por: xtaeggukk

Notas do Autor


ALOOOOOOOOOOOO
voltei rapidin, que milagre...
Acho q ficou pequeno, mas ok.

Capítulo 4 - Me desculpa?


Fanfic / Fanfiction Um Presente Indesejado - Vkook/Taekook - Me desculpa?

– Taehyung, já chega! Eu não vou mais deixar você tratar ele assim. – Jin parecia estar com raiva de mim, e eu já sabia o porquê.

– Vai defender ele agora? – Arqueio a sobrancelha.

– Eu só queria saber o que caralhos o Jungkookie fez de tão ruim pra você tratar ele tão mal assim.

– Por que todo mundo resolveu me perguntar isso? – Tudo bem que o garoto não fez nada pra mim, mas existe o famoso ranço a primeira vista que apareceu assim que botei os olhos nele.

– Não mude de assunto, me responda!

– Eu não gosto dele, simples. — Dei de ombros, pra mim isso já era um motivo plausível.

– Grande argumento, deixa de pirraça. Você só trata ele assim porque ficou nervosinho que não ganhou um presente que você queria. Já foi, esquece. Hoseok me contou que encontrou ele no frio chorando e sozinho, você não se sente mal sabendo que você foi o causador disso?

– Quando ele saiu correndo eu senti um pouco de peso na consciência sim, mas depois eu taquei o foda-se. Seria bem melhor se ele tivesse ido embora mesmo.

– Você tá sendo muito infantil, sério. Você cresceu na idade mas parece que tá ficando mais criança ainda nas atitudes. Parece que tá brigando por um brinquedo, credo. Namjoon, chama o Jungkook aqui. – Ele só estava ali olhando a conversa e concordando com tudo que o Jin dizia, pra variar.

– Pra quê? – Eu e ele perguntamos ao mesmo tempo.

– Só traz ele aqui. Eu vou fazer o Taehyung pedir desculpas para o Kook, nem que eu precise amarrá-lo pra isso. – Namjoon assente meio incerto e sobe as escadas para cumprir o pedido.

– Eu não vou fazer isso... — Neguei veementemente, aquilo era a última coisa que eu queria fazer.

– Ah mas vai sim, e eu não quero mais ouvir reclamações suas da boca do Kookie de agora em diante.

– Nem parece que é meu amigo, você deveria ficar do meu lado e não do lado dele.

– Eu tenho que ter bom senso né, não é porque eu sou seu amigo que eu vou passar a mão na sua cabeça quando você faz merda, eu não posso ver você maltratando o menino desse jeito sem nenhum motivo coerente que não seja o "Ain, ele estragou meu aniversário". Entenda que ele não vai embora, seus pais escolheram ele por VOCÊ, pensando em VOCÊ e no seu bem estar pra não se sentir solitário. Já parou pra pensar que eles podem dar o que você quer daqui a algum tempo? Basta você merecer. Bens materiais vão embora com o tempo, mas uma amizade não. Custa tentar gostar dele? Ele é tão educado e fofo que eu não acredito que você tem coragem de fazer isso com ele. – Eu odiava perder a razão, mas se fosse pensar por esse lado, Seokjin estava certo. Seria melhor tentar manter uma amizade amigável do que sustentar esse clima pesado entre nós dois.

– Foi difícil tirar esse menino de lá, Taehyung você vai ter que me pagar depois. – Namjoon puxava Jungkook pelo braço e ele tentava se soltar murmurando coisas como "Me solta", "Eu não quero falar com ele", "Me deixa ficar sozinho".

– É rapidinho Kookie. O Taehyung vai dizer uma coisinha pra você. — Jin explicou de forma amigável, mas o garoto não mudou a expressão de mágoa ao me ver.

– Se for mais insultos eu estou dispensando, já ouvi o suficiente. – Ele estava com os olhos inchados de tanto chorar e seu nariz estava avermelhado.

– Anda Tae, fala pra ele.

– Então, eu vim pedir desculpas por ter tratado você assim e tudo mais... Dessa vez eu estou sendo o mais sincero possível.

– Não sei se posso confiar em você de novo. – Sua voz embargada denunciava que ele estava quase chorando, pela milésima vez. – Não quero que diga isso da boca pra fora e faça novamente. – Podia sentir a mágoa no seu tom de voz e engoli em seco, só agora eu consigo enxergar que eu realmente peguei pesado demais...

– Eu não vou, prometo. Percebi que você não tem culpa de nada e que eu estava sendo infantil, não posso continuar te tratando mal por um motivo idiota. Você me desculpa?

– Pode confiar no Tae, Kookie, a gente tá de prova. Se ele não cumprir a promessa a gente esgana ele em dois tempos. – Jin manda uma piscadela e Jungkook ri fraco, sabendo que podia confiar nos dois mais velhos.

– Certo, está desculpado. – Ele seca as últimas lágrimas e sorri sincero como se nada tivesse acontecido.

– Bom, já que a treta foi resolvida nós vamos embora. – Namjoon diz e eu sei que ele só disse isso para se livrar da louça suja, mas resolvi deixar quieto. Mesmo que eu insistisse ele não ia aceitar e iria se fingir de sonso.

— Tchau, se cuidem. — Jin disse por fim, fechando a porta logo após e nos deixando sozinhos.

– E então… você tá com fome? – Perguntei quebrando o silêncio desagradavel que se instalou por alguns minutos.

Não vou mentir dizendo que agora que eu me redimi estou morrendo de amores por ele e essas coisas todas. Pra mim ele ainda é um garoto estranho na minha casa, então eu precisaria de um tempo para processar isso. Podem ser horas, dias, ou semanas. Não sei. Tudo depende da nossa convivência a partir de hoje.

– Sim... — Acho que ele pensava da mesma forma que eu, dava pra perceber que ele ainda se sentia desconfortável comigo por perto.

– Ok, eu vou fritar alguns hambúrgueres. – Assim que me levanto para ir à cozinha, toda a iluminação da casa se apagou por completo deixando tudo num breu total.

– Puta que pariu... Era só o que me faltava a luz ter acabado logo agora.

– T-Taehyung...? Eu tô com medo... — Senti duas mãos agarrando a minha blusa e respirei fundo, teria que ter paciência para compreender seus medos e não fazer nenhum tipo de piada com isso.

– Fica sentadinho aqui, ok? Eu vou buscar uma lanterna lá em cima. — Tentei sutilmente retirar suas mãos da minha roupa, mas foi sem sucesso já que ele se segurou em mim com ainda mais força.

– Não me deixa aqui sozinho, por favor. – Jungkook ameaçava chorar de novo e eu ri sem fazer nenhum barulho, não queria que ele percebesse que eu tava rindo dele. Eita que menino chorão.

– Aish, você é muito medroso. O que quer que eu faça então? Preciso procurar algo para iluminar a casa.

— Eu posso ir com você, m-mas por favor, não me abandone… — Falou de um jeito como se eu fosse sumir pra sempre.

— Está bem, me dê sua mão. — Tateio minha blusa e encontro uma das suas mãos ainda me segurando e retiro ela de lá, juntando nossas palmas. — Vamos procurar lá em cima, então tome cuidado com as escadas.

— Certo… — Começamos a andar devagar para não batermos em nenhum móvel ou parede.

Subir a escada foi a parte mais difícil e chata, ele levou muito a sério a parte de "tomar cuidado" e subia os degraus um por um, colocando um pé por vez no mesmo lugar numa lentidão que dava agonia – claro que eu não enxergava, mas dava pra perceber a distância por eu estar segurando sua mão.

Se fosse comigo eu teria subido de três em três degraus e chegado lá em cima em dois tempos. Até pensei em pegá-lo no colo para facilitar, mas desisti de fazer. Não queria ser invasivo demais ou sei lá, vai que ele não gosta.

Quando finalmente chegamos no corredor, fiquei meio perdido sem saber por onde procurar primeiro. Fazia muito tempo desde a última vez em que vi uma lanterna nessa casa.

– Jungkook, você não acha que seria mais fácil cada um procurar em um lugar? Fica meio difícil com você agarrado em mim. — Sugeri e ele prontamente aperta a minha mão contra a sua.

– Não dá, eu tenho medo do escuro… – Ele sussura como se alguém pudesse ouvir seu "segredo" além de mim, mesmo que estivéssemos sozinhos.

– Sério? Nem percebi... – Ri. – Não precisa ter medo, apenas tome cuidado para não esbarrar nos objetos. Procure no andar de baixo e eu procuro aqui em cima. Não é difícil.

– Não quero.

– Ah mas você vai sim. Anda, é rapidinho.

– Não vou. – Eu já estava perdendo a paciência, então resolvi apelar para a famosa "chantagem".

– Sabe… se você for eu te dou um pote cheio de sorvete depois do jantar.

– Vai mesmo? – Perguntou interessado. Essa tática nunca falha mesmo, funciona com qualquer um.

– Claro, vai lá. – Ouvi seus passos ficarem mais distantes aos poucos e entrei no meu quarto para procurar a lanterna, procurei em todas as gavetas mas não achei nada.

Por algum milagre lembrei que da última vez que vi meu celular ele estava na cama. Viro meu corpo em direção à ela e tateio o colchão à procura do aparelho. Felizmente o encontrei e liguei a lanterna, claro que ainda não é suficiente mas pelo menos o flash vai ajudar a achar uma lanterna de verdade.

– AI, HYUNG! ME AJUDA. – Tomei um leve susto com o grito repentino do Jungkook no corredor.

– O que aconteceu? Onde você tá? – Saio do quarto.

– N-Na escada... – Sua voz estava chorosa. Me pergunto se ele não se cansa de chorar o tempo todo, deve ser todo desidratado de tanto que põe água pra fora.

Andei em sua direção e vejo ele sentado na metade da escada com cara de choro e passando a mão no joelho.

– Você caiu né? Eu deveria adivinhar que isso aconteceria... – Me aproximo dele.

– S-Sim, eu ia descer as escadas mas acabei errando o degrau e caí. V-você vai brigar comigo?

– Eu deveria brigar por você ser tão atrapalhado. Mas não se preocupe, não vou fazer isso. Vem, vamos procurar uma lanterna juntos. — Estendi minha mão esperando ele entender o recado, mas ele não se mexeu.

– Não consigo levantar, tá doendo...

–Tira a mão do joelho, deixa eu ver. – Ele tira a mão e dessa vez eu não segurei a vontade de rir, era um machucado tão mixuruca que eu nem poderia denominar aquilo como um hematoma. – Ah deixa de frescura, só ralou um pouquinho.

– Mas dói... Me leva no colo, por favor! – Esticou os braços fazendo um bico, até acharia fofo se fosse em outra situação menos trágica.

– Aish, além de manhoso é folgado também? – Brinquei, mas acho que ele não entendeu e achou que eu estava o xingando. – Não estou brigando com você, é apenas um modo de falar. Vem cá. – Tratei de esclarecer antes que ele ficasse triste e peguei ele no colo, subindo o restante dos degraus. – Vamos fazer um curativo no seu joelho. – Fui em direção ao banheiro e procurei por alguma caixinha de primeiros socorros.

Coloquei Jungkook na bancada da pia e felizmente ela é resistente o suficiente para aguentar o peso dele, mesmo que ele não seja pesado.

– Segura o celular e coloca a luz no seu joelho. – Peguei uma pomada para machucados leves e arranhões, passando o produto cuidadosamente no local.

– Hyung, isso tá ardendo... – Ele tentava tirar minha mão.

 – Creio que você não queira que o machucado fique com uma infecção, não é? – Ele balança a cabeça negando. – Então me deixe passar. – Termino de passar ouvindo alguns resmungos de dor por parte do Jungkook e pego um curativo simples, posicionando-o em cima de seu joelho. – Prontinho, novinho em folha.

– Obrigado, hyung! – De um jeito inesperado, ele enlaçou as pernas na minha cintura e me puxou para um abraço que eu retribui de um jeito desengonçado, não pensei que ele fosse realizar esse ato tão cedo, a julgar a minha atitude ruim com ele durante todos esses dias.

– De nada...

Quem diria que eu, Kim Taehyung, a criatura que fez o Jungkook encher rios de tanto chorar e sofrer estaria abraçado com ele? Pois é meus amigos, nem eu creio que estou fazendo isso. Ainda é estranho essa pequena troca de afeto, mas o mais o impressionante é que aparentemente ele não guarda nenhuma mágoa de mim, o que é bom pois já é um avanço e assim poderemos começar tudo do zero, sem ressentimentos.

Nos separamos do abraço e quando fui guardar a caixinha em seu lugar, avistei a lanterna.

 – Aqui, achei! – Encontrei a lanterna na gaveta, o que raios uma lanterna faz no banheiro? Não sei, pelo menos eu achei. — Ela tá sem pilha mas eu sei onde encontrar, estão na gaveta da cozinha.

– Agora você vai fazer os hambúrgueres?

– Melhor não, fica ruim de fazer sem luz. O máximo que eu posso fazer por enquanto é um macarrão instantâneo...

– Ah, tudo bem. Macarrão instantâneo também é muito gostoso.

– Sim. – Ri fraco e pego ele no colo para deixá-lo no chão. – O senhor já consegue andar ou eu vou ter que ser seu burro de carga pra sempre? – Brinquei, esperando que ele percebesse que era brincadeira para não se sentir ofendido de novo.

– Acho que consigo. – Dobrou os joelhos algumas vezes para confirmar a resposta. – É, não dói mais! – Posso até correr, olha. – Ele abaixou a lanterna e saiu correndo sem ter o cuidado de olhar para frente, em menos de um segundo escutei o barulho de algo batendo na porta que estava quase fechada e já imaginei o estrago.

– AI, HYUNG! MINHA TESTA!



Esse menino vai dar mais trabalho do que eu pensei...


Notas Finais


Podem começar a amar o Tae agora...
Até o próximo capítulo :*

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