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História Um Príncipe Improvável - Determinação


Escrita por: HecateAquarius

Notas do Autor


Hellooooo again :v
Bem, o ultimo capitulo foi critico. Que tal irmos descobrir como acabou aquela historia com a Vacadora ( Créditos a Julian-Chan pelo nome XD )?
Boa leitura :)

Capítulo 8 - Determinação


Fanfic / Fanfiction Um Príncipe Improvável - Determinação

                Estava completamente petrificado perante os avanços de Pandora. Nossa, não podia negar que ela sabia bem como deixar um homem louco. Meu membro latejava de vontade a cada caricia sua, só piorando quando sua mão se enfia dentro das minhas calças, não faço ideia como. Certamente irei queimar no inferno por reagir a isto!

- Ui, o senhor é tão grande e… - Vi-a morder o lábio, deixando-a ainda mais sexy do que já estava.

                Não sabia o que dizer e muito menos o que fazer, pois começava a ser domado pelos encantos daquela bruxa, que mais parecia ter-me enfeitiçado naquela hora. Estava prestes a soltar um gemido, quando a imagem de minha amada me vem a mente. Mas que raio estava eu fazer? Assim que caí novamente em mim, agarrei rapidamente os braços de Pandora e a empurrei para trás, encarando-a de forma pouco amigável.

- Enlouqueceu de vez? – Estava irado, nem me importando que ela fosse uma senhora. – O que lhe deu para me atacar desta forma?

- O senhor é lindo demais, simplesmente não resisti! – A sua expressão sedutora nem efeito teve em mim e com a revolta, voltei-me de costas para ela, pousando as mãos sobre a mesinha. Ainda conseguia sentir-me quente por causa dela e simplesmente, fecho os meus olhos na esperança de me acalmar. Contudo, não demorou para eu sentir os braços dela novamente, enquanto me abraçava por trás. – Eu posso fazê-lo muito feliz, mais do que qualquer uma poderia fazer!

                Sério, ela era persistente! E não poupava a esforços para conseguir o que queria. Tentei ser o mais delicado possível, mas no estado que eu estava, acho que não fui muito. Desenvencilhei-me rapidamente dos seus braços e literalmente, fugi dela de forma a ficar perto da porta.

- Não me toque mais! E estou a falar a sério. – Estava ofegante e bem, excitado. Mas ainda assim conseguia raciocinar.

- Desculpe lá Alteza. Por acaso o senhor gosta de… - Vi-a torcer o nariz antes de terminar a frase, o que me faz erguer uma sobrancelha perante o que ela dizia. - … de homens?

- QUÊ? – Fico indignado! Como se atrevia ela a pensar tal coisa a meu respeito. – Claro que não!!

- Então não entendo!

- Não há nada para a senhora entender, por favor saia… - Fui arrogante com ela, mas a verdade era que ela já estava a merecer. Não bastava ter de aturar o seu enteado, ainda tinha de aturar a madrasta? Era só o que me faltava.

- O senhor está apaixonado! - Um olhar furioso da sua parte, pousa sobre mim, chegando mesmo a intimidar-me.

- Isso é problema meu, por favor saia. – Fui até a porta e a abri, esperando que ela se dignasse a sair dali. – Saia, ou chamarei Aiacos ou meu pajem para lhe mostrarem a saída.

- Como queira, Alteza… - De nariz empinado, ela passa por mim, quase fulminando-me com o olhar.

                Respirei mais aliviado, mas fiquei com medo. Não dela, obviamente, mas sim em relação ao meu caso com Elizabeth. Já estava difícil gerir as coisas só com o Radamanthys, mas agora entrando também esta na jogada, teria de ficar mais atento do que nunca. Assim que ela desapareceu no corredor, Aiacos aparece das sombras, parecendo que me fulminava com o olhar. Não o podia culpar, mas ainda assim revirei os olhos e deitei a minha mão ao colete dele, puxando-o para dentro do meu quarto. Fechei a porta com força e logo comecei a andar pelo quarto, parecendo uma barata tonta, sob o olhar atento dele.

- Que foi aquilo? – Num tom arrogante, ele questiona-me.

- Aquela louca tentou agarrar-me! – Estava exaltado e descarreguei tudo em cima dele. – Como se eu já não tivesse problemas que chegassem…

- Ouvi rumores de que Elizabeth se sentiu mal. – Logo parei de andar e o encarei, com um certo pesar. – Sabe o que aconteceu?

- Sei. Radamanthys anunciou a data daquele maldito casamento! Deve ter ficado ansiosa e passou mal. – Desabafei, suspirando pesadamente. – Não sei o que fazer, Aiacos.

- Certamente que ficar aos amaços com Lady Pandora, não vai ajudar nada! – Olhei incrédulo para ele, ficando uns segundo a tentar assimilar aquela acusação.

- Como é que é? – Fiquei cego naquela hora e segurei-o pelos colarinhos, encostando-o a parede. – Jamais duvide da minha lealdade para com a sua irmã!!

- Os factos não mentem! – Ele responde entre dentes, empurrando-me.

                Estava decidido a repostar aquela ofensa, mas de repente, uma luz surgiu em minha mente. “Os factos não mente!”, como eu ainda não havia pensado nisso?? Abri um sorriso sarcástico, enquanto o chato olhava-me intrigado.

- Prepara três cavalos para esta noite, alguém vai ter uma visita inesperada e silenciosa. – Fiquei tão excitado com a minha ideia genial, que simplesmente agarrei o rosto dele e dei-lhe um beijo no rosto. O infeliz ficou a olhar para mim com cara de estupido, mas nem me importei. – Nossa, eu sou um génio!

- O senhor assusta-me as vezes!

- Diz-me tudo aquilo que sabes sobre a Pandora… - Ordenei-lhe imponente, sentando-me na cama, depois daquele pequeno momento de euforia. – Estou com um pressentimento que a solução dos meus problemas não está tão longe como eu pensava!

- Não entendo o que ela tem a ver com isso! – Aiacos puxa uma cadeira e senta-se a minha frente, apoiando o corpo em cima dos joelhos.

- Uma mulher como Pandora não se iria deitar debaixo de qualquer velho por pouco. Consigo sentir a distância o cheiro de gente oportunista! – Coço o meu queixo, pensando mais um pouco no assunto. – Pandora casou com o pai de Radamanthys e pouco depois ele morreu, segundo consta. Do que ele morreu?

- Queda de cavalo… - ele responde como se aquilo não tivesse grande relevância.

- Hmmm, em que circunstancias?

- Pelo que eu ouvi, ele tinha ido caçar e o cavalo assustou-se com uma cobra ou algo assim. Ele perdeu o controlo do cavalo e caiu para a morte…

- Certo! – Fiquei pensativo. – Há uma coisa que me anda a intrigar já a uns dias, mas não lhe dei grande importância na altura.

- O quê? – Aiacos ergue uma sobrancelha. Sinceramente não sei se ele estava a acompanhar o meu raciocínio, mas…!

- No dia em que lutei com Radamanthys, ele tirou o seu capacete e enquanto lutava-mos, não pude deixar de notar numa mancha negra no seu pescoço.

- Isso pode ser muita coisa, Alteza…

- Pode, é verdade. Mas também pode não ser e pela forma invasiva que Pandora entrou aqui, estou inclinado para apenas uma coisa…

- Não está a querer dizer que… - Vi-o arregalar os olhos perante o que eu dizia, fazendo-me sorrir de canto.

- É precisamente isso que eu quero dizer meu caro… - Fico novamente eufórico e levanto-me, pousando a minha mão sobre o ombro dele. – E hoje vamos tirar essa história a limpo, na calada da noite.

- O senhor está louco?

- Sempre fui Aiacos, só fiquei um pouco mais desde que vim para Inglaterra. – Pisquei um olho para ele e sorri de canto, ajeitando posteriormente o meu casaco a frente do espelho. – Agora vamos, vou visitar sua irmã. Seria má educação minha não ir visita-la depois de a ter socorrido…

- É louco mesmo!! – Ouvi-o dizer antes de abrir a porta e sair, mas nem me importei. De uma maneira ou de outra, sabia que o miúdo me idolatrava.

                Andei calmamente pelo corredor, envergando um sorriso de orelha a orelha. Finalmente via alguma luz ao fundo do túnel. Mesmo que esta fosse cercado apenas de suposições, não deixava de ser alguma esperança quando esta se perdia. Ao chegar perto do quarto de Elizabeth, pude ver que algumas pessoas estavam a porta, a conversar tranquilamente. Entre essas pessoas, encontrava-se o pai asqueroso da minha amada e a bruxa que me havia atacado há momentos atras.

- Boa tarde. Vinha saber sobre o estado de Elizabeth…

- Ela está bem. Está a dormir agora!- Responde-me o pai asqueroso. Não me esquecia que ele havia vendido a filha como se ela fosse um pedaço de terra, mas ainda assim tentei manter a compostura.

- Importa-se que a vá ver? – Abri o meu melhor sorriso, na esperança que ele me desse permissão.

                Senti-me observado por Pandora, mas nem lhe dei qualquer atenção, ignorando completamente a sua presença. Obviamente que não pude deixar de notar no seu descontentamento, mas sinceramente era algo que pouco me importava.

- Claro Alteza, fique a vontade…

- Obrigado!

                Retirei-me sem cerimónias, entrando naquele quarto que eu tão bem conhecia. O sol entrava avidamente pela janela, dando aquele comodo um ar acolhedor e reconfortante, sensações que era intensificadas pelo doce perfume dela. Como um anjo, Elizabeth dormia tranquilamente sobre aquela cama onde tantas vezes fizéramos amor no último mês. Fui aproximando-me devagar e sentei-me na cama, agarrando a sua mão que repousava inerte em cima do seu peito. Não pude deixar de dar um beijo nela, notando que estava mais quente que antes. Com aquele meu simples gesto, ela acorda e olha-me um tanto confusa.  

- Minos? – Lentamente ela foi abrindo os olhos, tentando acostumar-se a luz que entrava ali. Era bela até ao despertar. Verdade, minha mente viajou! – Que estás a fazer aqui?

- Shuiii tem gente lá fora! – Sussurrei e sorri amavelmente para ela, fazendo leves carinho na sua mão. – Como se sente miss?

- Melhor agora! – Vi o seu semblante ficar pesado, o que me inquietou. – A gente precisa conversar, com urgência!

- Claro, mas não hoje! – Mesmo perante o seu abatimento, permaneço com um sorriso pois estava com uma leve esperança dentro de mim. – Esta noite acho que finalmente vou ter a solução para os nossos problemas.

- Não! – Aquela resposta deixa-me um tanto surpreso.

- Como não?

- Eu vou ter de me conformar com o facto de que estou condenada a casar o Radamantys. – Vi os seus olhos marejar, o que me fez sentir um nó estranho na garganta. – Mesmo que eu me livre dele, a sua família jamais me aceitaria.

- Eu não me importo com a minha família! – Respondi indignado. – Desde que a tenha a meu lado.

- As coisas não são tão simples assim Minos. Alem disso eu não quero… - Ela cala-se de repente, o que me fez erguer uma sobrancelha perante a curiosidade.

- Não quer o quê? Fale Elizabeth!! – Meu tom de voz altera-se, ficando mais áspera.

- Eu não quero que um filho meu, seja criado como um bastardo. – As lagrimas rolaram pela sua face e eu simplesmente petrifiquei diante aquela revelação. Devo ter mudado de cor umas vinte vezes ou mais, sem saber o que dizer.

- Qual filho? – Devo ter perdido meia dúzia de neurónios naquela hora, certamente. Ou meu cérebro parou de funcionar, pois não consegui formular nada que prestasse para falar.

- Eu acho que estou gravida. – Suas lágrimas apenas se intensificaram. Arrepiei-me ao ter nossos olhares fixos, mas perante o meu choque não conseguia ter qualquer reação. – Prefiro condenar-me a mim mesma a infelicidade, do que condenar esta criança. Entre nós acabou Minos! Foi bom, foi como estar no paraíso em teus braços. Mas está na altura de acabar com esta loucura.

- Não! – Eu ri naquele momento. Sério, não me perguntem porque mas eu ri. Minha vontade era gritar, brigar com ela se fosse preciso para que aquele pesadelo não fosse verdade. Mas ao invés disso, eu levantei e respirei fundo, tentando encontrar alguma razão em mim. Voltei-me para ela, determinado e com cara de poucos amigos, apontando-lhe o meu indicador. – Olha aqui mocinha, esse filho é meu e jamais deixarei que ele seja criado por aquele monocelha. E não é só esse filho que me pertence, tu também! E eu vou ter tudo, nem que seja a ultima coisa que eu faça!

                Notei que ela ficara assustada com a minha atitude e ainda mais com as minhas palavras, apenas engolindo em seco ao ver o pior dos meus lados emergir. Respirei fundo novamente e puxei o meu colete, ajeitando a minha roupa, elevando assim a minha pose altiva perante ela.

- Minos…

- Tenha um resto de um bom dia miss… - Nem deixei que ela falasse e dei-lhe costas.

                Estava chateado, amuado e mais alguma coisa que queiram acrescentar, mas uma coisa era certa, aquilo não ficaria assim. Passei pelos cães de guarda a porta dela, ignorando-os completamente e ao passar por Aiacos, que me aguardava um pouco afastado no corredor, agarrei no braço dele e o puxei. Arrastei-o durante um bom bocado, nem me importando pela forma desajeitada como o trazia, até que ele se solta e pára.

- Hey, calma aí! O que aconteceu?

- Temos um problema! – Respondo um tanto desesperado, voltando a puxá-lo em direção ao estábulo real.

                Ao lá chegar, torci o nariz por causa do cheiro nauseabundo do lugar, mas fazer o quê? Tinha de traçar um plano rapidamente ou tudo estaria perdido.

- Pronto, vai-me dizer o que se passa Alteza? – Aiacos perdia nitidamente a paciência comigo, mas que podia eu fazer? Estava nervoso.

- Elizabeth está gravida!! – Soltei aquela informação a toa, levando as mãos a cabeça.

- Como é que é?

- Quer dizer, ela acha que está mas… - Estava tão desnorteado que nem reparei no estado de ira que ele estava perante o que lhe tinha dito. Assim que fiquei de frente para ele, fui calado com um valente soco no rosto e mesmo antes que eu pudesse cair para o lado, recebo um gancho em meu queixo. Caí para trás, ficando atónito a olhar para ele, pois não contava com tal reação.

- EU SABIA!! – Ele aponta-me o dedo, com um olhar mortal sobre mim. – Eu vou mata-lo desgraçado…

- Se me matar sua irmã fica definitivamente nas mãos de Radamanthys!!! – Tentei acalma-lo como podia. Não podia repreende-lo por estar assim furioso, afinal havia mentido na cara dele a força toda. – Qual é? Sabe bem que eu não sou nenhum santo, deixe de ser ingénuo. Vai-me ajudar ou não?

                Levantei-me e encarei-o sério, a espera que qualquer reação sua. Aqui entre nós, a cara dele assustava-me, nunca o tinha visto tão sério.

- Eu ajudo-o!- Finalmente! Estava a custar.

- Ótimo! Então vamos lá… - Abri um sorriso, que pouco tempo durou. Antes que eu me pudesse voltar para sair dali, recebo um outro soco dele que me atira contra a parede. Fiquei com cara de parvo a olhar para ele, agarrado ao meu rosto.

- Uhuuu! Nossa, como isto sabe bem! – O seu temperamento mudou assim que me deu aquele soco. Parecia, entusiasmado?! Enfim, fiquei amuado com aquilo mas logo o segui.

                Combinamos que ele ficaria encarregue de preparar os cavalos, enquanto eu ia falar com o Lune, decidido a arrasta-lo também para esta loucura. Como não podia deixar de ser, Lune passou-se da cabeça e pigarreou contra aquela ideia maluca. Contudo, logo se calou assim que lhe disse que Elizabeth estava grávida. Estava realmente a entrar em desespero e Lune não demorou a aperceber-se disso, concordando em ajudar-me depois de muito me dar na cabeça por ser um irresponsável.

                Por fim, a noite cai e depois do jantar, lá estávamos nós! Os três macacos, prontos para entrar em ação. Montei o meu cavalo determinado, sendo seguido pelos outros dois sem grandes demoras. Esta era a minha última esperança de conseguir alguma coisa útil, para acabar com aquela fantochada de casamento e ficar de uma vez por todas com Elizabeth, nem que isso me custasse o título de príncipe que eu tanto velava.

Continua… 


Notas Finais


Aiacos descarregando suas frustrações no Minos, simplesmente demais XD
Enfim, espero que tenham gostado e até ao próximo :)
bjnhs


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