1. Spirit Fanfics >
  2. Um Príncipe Improvável >
  3. Contrato

História Um Príncipe Improvável - Contrato


Escrita por: HecateAquarius

Notas do Autor


Olaaaaaaaa gente.
Aqui está o penultimo capitulo desta fic.
Peço desculpa no atraso a postar, mas estive doente e tal, então atrasou.
Espero que gostem...
Boa leitura :)

Capítulo 9 - Contrato


Fanfic / Fanfiction Um Príncipe Improvável - Contrato

- Morte a bruxa, queimem a bruxa…! – E lá ia eu em cima do cavalo com uma tocha na mão, em direção ao castelo da bruxa má.

- O senhor sente-se bem? – Questiona-me Aiacos ao ouvir-me cantarolar aquelas palavras.

- Nunca me senti tão bem… - Respondo eu entusiasmado, sorrindo como um verdadeiro psicopata.

- Ele bateu com a cabeça quando era criança? – Escuto Aiacos a perguntar.

- Acho que o médico o deixou cair quando ele nasceu. – Responde Lune despreocupadamente.

- Está explicado! - Conclui Aiacos

- Hey, parem de falar de mim, como se eu não estivesse aqui! – Volto a cabeça para trás, encarando ambos com cara de poucos amigos. – Preocupem-se com a missão…

- Shuuuui – Aiacos manda-me calar e tira rapidamente a tocha da mão, apagando-a.

                Ao longe, foi possível ver a majestosa mansão do Radacelha, completamente iluminada e com meia dúzia de capangas a porta, fazendo uma espécie de ronda.

- E agora? – Pergunto a Aiacos, enquanto coçava o queixo.

- Eu que sei? – Responde-me ele indignado. – O plano é seu. Mas… Acho que devemos deixar os cavalos aqui e ir a pé!

- Mas assim vou-me cansar… - Respondo um tanto indignado também. – Ainda é um bocado!

- Deixe-se de coisas! Certamente que se cansou ao engravidar a minha irmã e no entanto, não o ouvi reclamar… - Recebi da parte dele um olhar mortal, que fez os meus ossos gelarem.

- Miss Elizabeth está grávida? – Pergunta Lune surpreso. Se bem que não entendi bem qual a sua surpresa. – Oh meu deus!!

- Calou os dois!! – Desço do meu cavalo, decidido a não perder mais tempo com aquela conversa. – Vamos embora!

                Comecei a avançar pela imensa escuridão em direção ao castelo da bruxa má, tendo os meus fies cães de guarda logo atrás de mim. Não me julguem pelo nome que lhes dei, até porque eu acabo por ter razão. Enfim, estava determinado a descobrir tudo e mais alguma coisa sobre aquela gente e não me ia acagaçar, tendo o meu objetivo bem na minha frente.

                Sinto o meu braço ser puxado de repente, o que me assustou e logo minha boca tapada. Meu corpo havia sido arremessado para o chão e puxado para trás de uns rochedos por Aiacos, que antecipara as trajetórias dos guardas.

- Obrigado…

- Agradeça-me quando tudo isto estiver terminado e se sairmos vivos daqui! – Responde ele secamente. Oh homem orgulhoso!

- Onde está o Lune? – Aiacos apontou para a porta da mansão, onde Lune já se encontrava de porta aberta a nossa espera e a fazer sinal pra avançarmos. – Mas como é que ele…?

- Aparentemente é mais inteligente que nós dois juntos… - Vejo o moreno levantar-se e puxar-me pelo braço de qualquer maneira, como se fosse um saco de batatas. – Vamos embora.

                Antes de sairmos de trás dos rochedos, olhamos para um lado e para o outro e não vendo ninguém, corremos ate a porta como se não houvesse amanhã. Devo ser sincero, nunca na minha vida, cinco metros me pareceram tão longos. Tinha o meu coração acelerado, talvez por causa da adrenalina do momento, o que era certo é que nunca me senti tão vivo na vida.

- Pronto, estamos cá dentro e agora? – Pergunta o Lune.

- Como é que tu…? – Olho para ele com uma sobrancelha erguida, ainda me questionando como ele havia conseguido desmarcar-se dos guardas. Contudo deixei o assunto de lado, pois havia outras coisas a tratar. – Esquece! Vamos ver o que se passa por aqui…

                Ajeitei majestosamente o meu casaco e empinei o nariz, começando a avançar pelos corredores da enorme mansão que tinha, sem dúvida alguma, um requinte fora do normal.

- E se a gente se separasse? – Pergunto eu na minha inocência.

- Não sei se será muito boa ideia. – Responde Aiacos a coçar o queixo.

- Esta casa é enorme, nunca mais vamos sair daqui assim…

- E se o apanham? – Pude ver a inquietação no olhar de Lune.

- Meu amigo, eu safo-me… - Notei uma certa surpresa no seu olhar. Talvez por o ter chamado de amigo, não sei. Mas era verdade, para todos os efeitos, aqueles dois eram os meus únicos amigos, tinha de admitir. – Encontramo-nos aqui, daqui a meia hora. Quanto mais depressa sairmos daqui melhor!

- Certo! – Os dois respondem ao mesmo tempo e sem perder mais tempo, cada um de nós entrou por um corredor.

                Avancei as cegas pela penumbra daquele lugar, não vendo viva alma em lado nenhum. O teto era alto e as paredes continham enormes e belos quadros de família. Parei diante de um que me suscitou algum interesse, onde apenas Pandora e Radamanthys estavam presentes. Cocei o queixo e analisei melhor a pintura, onde ela estava sentada numa poltrona e ele atrás dela com a mão sobre o seu ombro.

- O que raio vocês os dois escondem? – Pergunto a mim mesmo. – Porque tanta cumplicidade?

                Um barulho, vindo do fundo do corredor, despertou-me dos meus devaneios e rapidamente andei para trás, escondendo-me na penumbra de um dos pilares.

- Alguém se portou muito, muito mal hoje… - Reconheci a voz de Pandora de imediato e semicerrei os olhos, permanecendo atento ao que era falado ali. – Vou ter de o punir…

                Parecia que ela falava para algum serviçal, contudo a sua voz estava demasiado sedutora, o que me deixou com a pulga ainda mais atrás da orelha. Olhei para o corredor, vendo uma fina linha de luz, proveniente de uma porta. Enchi-me de coragem e pé ante pé, fui avançando pelo corredor, mas o som de um chicote fez-me estancar e paralisar. Sim minha gente, um chicote!!!

                Abanei a cabeça e avancei um pouco mais depressa, decidido a ver que raio acontecia ali. Empurrei um pouco a porta, para poder espreitar, e a minha boca quase me caiu aos pés, quando vi o espetáculo que se passava ali. Esfreguei os olhos para ver se não estava a ter nenhuma alucinação ou algo do género, mas não!! Radamenthys encontrava-se preso a cama e Pandora em cima dele com um chicote. Aquilo sim eu chamava de dominação. E pensar que aquela doida me quis saltar em cima. Que medo!

- Não seja má pra mim, Pandora… - A voz do Radamnthys naquele estado não tinha preço, dando-me uma vontade de rir enorme.

- Enquanto continuares a preocupar-te com a outra, eu serei má sim… - O som do chicote na pele dele, logo chiou novamente, fazendo-me encolher só de imaginar a dor.

- A senhora sabe bem que eu só a quero para cobrir o que a gente fez…

- O teu pai já estava acabado, apenas lhe fizemos um favor… - Vejo ela segurar o queixo dele e beija-lo. Nojo!!!

- A Pandora sabe que eu só tenho olhos para si…

                Daquela vez não me contive e ri mesmo, tapando logo a boca. Contudo era tarde demais, pois Pandora olhara para a porta e viu-me ali a espirar. Ela ficou branca e eu gelei com o olhar que ela pousou sobre mim. Ficamos os dois sem saber o que fazer mas como se uma luz me viesse a mente, rapidamente dei por mim a correr dali para fora, como se a minha vida dependesse disso. O que não deixava de ser verdade.

- GUARDAAAAAAAAAS!!! – A voz dela soou imponente atrás dos meus ouvidos, o que me fez correr ainda mais, de forma desesperada.

                Tropecei num maldito vaso no corredor, quase caindo de queixo na alcatifa, por sorte consegui manter o equilíbrio, embora não tivesse conseguido salvar o objeto que se espatifou no chão e quebrou em mil pedaços. No local combinado, Aiacos e Lune já me aguardavam, tendo um semblante de falhanço no rosto, contudo logo ficaram alerta quando me viram a correr como um louco pelo corredor.

- Vamos emboraaaaaaaa…- Agarrei o braço dos dois e os puxei de qualquer maneira, antes que os guardas aparecessem.

- Que aconteceu? – Perguntou-me Aiacos, ofegante por causa da correria.

- Nada, apenas corre!! Corre pela tua vida… - Respondo-lhe, também ofegante, abrindo as pesadas portar da entrada com as duas mãos e saindo para a rua.

                Do lado de fora, os homens que vigiavam o perímetro, logo começaram a correr atrás de nós, para nosso infortúnio. Os cães foram soltos e não demorou para começarmos a ouvir o latir dos mesmos atrás de nós, fazendo-nos correr mais ainda.

                Com uma certa dificuldade, lá conseguimos chegar aos cavalos que se assustaram com os cães, que rapidamente os cercaram. Com a sua destreza, Aiacos coordenou o seu cavalo, de modo a conseguir chutar os cães, abrindo assim caminho para que pudéssemos fugir. Ainda estou para entender como consegui segurar-me em cima do cavalo, o que é certo, é que consegui e passei os portões do palácio o mais depressa que pude, parando apenas no estábulo.

- Que merda foi aquela? – Aiacos estava notoriamente chateado mas eu apenas ri, levando as mãos os meus joelhos, pois estava ofegante.

- A melhor fuga de sempre… - Deixei meu corpo cair para trás e deitado sobre o feno, permiti-me rir de todo o sucedido, enquanto os dois me observavam.

- O senhor é completamente louco… - Desta vez fora Lune que se pronunciara. Ele já tinha passado por muita coisa as minhas custas, mas nada como aquilo.

- Eu estou… - Ainda a rir, mas já mais recomposto, levanto o tronco e fico sentado no chão a olhar os dois. – Estou louco de amor pela Elizabeth!!

                Os dois entreolharam-se mas acabaram também por rir, sentando-se ao meu lado para descansarem um pouco daquela loucura. Contei aos dois o que havia descoberto lá e o que havia presenciado, o que obviamente suscitou a risota geral, pois ver um tipo como Radamanthys naqueles preparos, não tinha preço.

                Após uma breve conversa, decidimos recolhermo-nos, pois a excitação daquele dia havia sido muito. Ainda ponderei ir ver Elizabeth, mas Lune impediu-me, dizendo que seria melhor deixa-la sossegada enquanto tudo aquilo não estivesse resolvido. Acabei por assentir e ir embora, decidindo que não voltaria a incomodá-la enquanto não tivesse algo certo para lhe oferecer.

                Os dias foram passando e nós três tentávamos a todo o custo utilizar aquilo que havíamos descoberto lá, contudo não tínhamos provas e essas pareciam cada vez mais difíceis de encontrar. Outra coisa que me suscitava alguma espiga era o facto de não ter acesso ao contrato, que o pai de Elizabeth havia feito com Radamanthys. Já havia encontrado umas quantas leis interessantes, contudo não sabia bem em que termos estava aquele maldito contrato e como tal, nada podia fazer.

                A data do casamento estava cada vez mais próxima e a cada dia ficava mais desesperado. Sentia falta da companhia de Elizabeth e doía-me o coração vê-la na tristeza em que a própria havia mergulhado. Havia tomado a decisão de fugir com ela, caso nada daquilo se resolvesse, pois não cabia na minha cabeça, perdê-la de maneira nenhuma. Enfim, a vida é triste meus amigos.

                Faltavam dois dias para o casamento e eu encontrava-me no meu quarto a olhar pela janela. Observava o jardim, onde Elizabeth se encontrava com Radamanthys e Pandora, a fazer os últimos preparativos para o casamento. Depois do sucedido na mansão deles, havia redobrado a minha alerta, pois certamente que algum deles tentaria alguma coisa para acabar comigo.

- Minos! – A voz de Aiacos retira-me dos meus pensamentos.

- Sim? – Volto-me para ele, um tanto desanimado.

- Seria melhor a gente começar a pensar numa fuga?

- Isso é muito arriscado… - Pronuncia-se Lune, inquieto por minha situação.

- É a única opção que tenho Lune… - Assim que lhe respondi, voltei-me novamente para a janela, olhando minha amada.

                Nenhum dos dois respondeu, pois de certo ficaram a pensar no assunto. Aquele assunto já me roía as entranhas e com eles não devia ser diferente.

- Vamos almoçar Lune, depois temos de estar a disposição dos nossos senhores… - Aiacos levanta-se e veste o casaco, soltando um suspiro pesado.

- Sim! Precisa de alguma coisa senhor? – Questiona-me o Lune, também ele contendo um certo abatimento na sua voz.

- De um milagre… - De costas para os dois, permiti-me chorar, deixando que meia dúzia de lagrimas me rolassem pelo rosto. – Podem ir, voltem quando terminarem…

                Ambos foram embora, deixando-me sozinho na imensidão daquele quarto. Contudo, meu sossego durou pouco, pois um bater de porta logo soou aos meus ouvidos. Caminhei pesadamente até a porta, abrindo a mesma. Assustei-me ao ser arremessado para trás com violência e sem contar, vi-me imobilizado pelos braços de Radamanthys. Logo Pandora entrou também, fechando a porta atrás de si e envergando um sorriso maquiavélico, que fez os meus ossos gelarem.

- Ora, ora… Aqui está o intruso! – Ela começa, retirando do bolso do vestido um punhal.

                Tentei libertar-me, contudo era inútil pois a força bruta do monocelha era bem superior a minha e por mais que me mexesse, não conseguia libertar os meus braços.

- Ora, ora… Aqui estão os assassinos! – Respondo no mesmo tom, fechando a cara.

- Seu principezinho da treta, vais aprender a não mexer onde não deves. – A voz dele mesmo ao meu ouvido dava-me náuseas, além que ele tinha mau hálito!

- Impossível, sou curioso demais para isso! – Respondo ironicamente, afinal não podia dar a parte fraca.

- É com orgulho que hoje acabarei com a sua curiosidade… - Pandora passa o punhal pelo meu pescoço levemente, fazendo um filete de sangue escorrer pela lâmina.

- Assim como acabou com a vida do seu marido? – Falo entre dentes, tentando não dar importância a dor que sentia em meu pescoço.

- Exato… - Vejo-a sorrir de canto e com o olhar sedento por sangue. Aquela sim, era completamente louca. – Tudo isto poderia ter sido diferente Minos!

- Não estou interessado em galderias!!!

                Senti os meus braços serem apertados com mais força, o que me fez soltar um gemido de dor. Certamente que Radamanthys não gostou do simpático nome que dei a sua amante, mas eu tinha toda a razão, o cego era ele.

- Já chega de conversa, diga adeus a essa sua vida de luxuria, pois para onde vai não há descanso…

                Fecho os meus olhos, esperando pelo pior. Desta vez não tinha ninguém para me cobrir as costas e estava mesmo feito ao bife. A imagem de Elizabeth veio-me a mente e um pesar invadiu-me ao lembrar-me que a deixaria sozinha, a mercê destes dois demónios.

- LADY PANDORA!!! – Uma voz conhecida fez-me abrir os olhos e para minha surpresa, a rainha encontrava-se ali no quarto. Mas como? – Largue esse punhal imediatamente!!!

                Pandora simplesmente paralisou e deixou o punhal cair no chão. Assim que ela se afastou, pude ver Aiacos mesmo atrás da rainha, com um sorriso vitorioso de orelha a orelha. Sorri de canto, ao pensar que tudo aquilo havia sido um plano daquele pilantra. Quase havia morrido a custa daquilo!!

- Radamanthys, largue o príncipe!! – A rainha ordena e logo me senti livre novamente, fugindo para longe dos dois. – Vocês serão presos, acusados de homicídio e traição a coroa. Guardas!!!

                Os guardas não tardam a entrar no quarto e a prender os dois, contudo antes de serem levados, Radamanthys olhou-me com um sorriso vitorioso.

- Eu posso ser preso, mas o senhor jamais poderá ter Elizabeth… - Ele provoca. – Sou eu quem tem o contrato em como sou seu senhor…

- Guardas, revistem-no e encontrei esse maldito contrato! – Passo por cima da ordem da rainha, mas estava tão cego de raiva que nem me importei com isso na altura.

                A rainha ficou a olhar para mim sem nada entender, mas logo deu aval aos guardas para que Radamanthys fosse revistado. Nesse meio tempo e possivelmente, devido a algazarra, Elizabeth apareceu por ali, ficando petrificada a ver a cena. O contrato foi entrado no bolso do casaco e entregue em minhas mãos. Antes de o ler, fui ate a minha amada e peguei na sua mão com delicadeza, trazendo-a para perto de mim e de Radamanthys, que continuava com a mesma cara de parvo a achar, que mesmo preso, ainda havia conseguido ganhar aquela guerra.

                Lentamente, fui abrindo aquele papel e lendo tudo o que lá dizia. Não demorou para que um sorriso de orelha a orelha se abrisse em meu rosto, pois finalmente havia conseguido o que mais queria.

- Isto aqui é um contrato de escravatura basicamente. O pai de Elizabeth vendeu-a por bom dinheiro… - Os presentes ficaram horrorizados e com a vergonha, Elizabeth apenas baixou a cabeça, começando a chorar. – Meu caro, devo informa-lo que este contrato nunca, mas nunca mesmo, foi valido. A escravatura foi abolida e como tal, não é possível fazer troca de seres humanos por dinheiro. Elizabeth é livre de viver a vida dela, longe do senhor e de mais quem ela quiser…

                Rasguei aquele contrato a meio, atirando-o as fuças dele, pois finalmente ganhara aquela guerra que quase me comera as entranhas.

Continua… 


Notas Finais


EEEEEEEEEEEEEH finalmente XD
Vamos ver se agora o rapaz sossega, se bem que ainda tem pelo menos mais um desafio pela frente.
Mas quem conseguiu até agora, também consegue até ao fim não é mesmo? :v
Espero que tenham gostado, ate ao próximo.... :)
bjnhs


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...