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História Um relicário imenso deste amor - Capítulo Único


Escrita por: BowieLover

Capítulo 1 - Capítulo Único


Com os dedos compridos e finos, a unha bem feita, ela dava um laço no avental em sua cintura. Vestia uma saia na altura dos joelhos, pouco rodada. O tecido roçava em sua pele, suavemente enquanto passeava pela cozinha. Os cabelos estavam devidamente presos, e a blusa fresca a fazia sentir a brisa calma e gélida de São Paulo, que entrava pela janela, naquela manhã tipicamente nublada. Os vidros tremiam, enquanto alguns respingos de chuva começavam a cair.

- Bom dia, meu amor. – A voz rouca dele a despertou do mar de pensamentos. Henrique segurou seu ventre com uma das mãos, e deu um beijo lento na curvatura do pescoço dela, sentindo o perfume suave da sua amada. Sua barriga ainda não era evidente, mas aquela nova vida, já os deixava extasiados.

- Hola, mi amor... Bueno. – Ela disse baixo, enquanto cortava alguns legumes de forma despreocupada e fora de ordem, preparando-os para uma sopa. Algo quente para aquele frio, que chegaria com toda a força. Já com uma xícara de café em mãos, Fogaça estava seminu, apenas com um short de cetim, daqueles de dormir, e apoiava-se pela lateral do quadril na bancada, observando-a meticulosamente. – Quais seus planos para hoje?

- Ficar com a esposa perfeita, os filhos perfeitos, com, Uh... Uma sopa perfeita. – Ele concluiu com aquele sorriso “perfeito” nos lábios. Perfeito, porque Paola os classificava assim. Ela apertou os olhos e balançou a cabeça em negação ao se distrair com as tatuagens dele. Virou-se para o fogão, e logo após refogar os ingredientes com alho, cebola e azeite, os deixou para cozinhar, caminhando decidida até a sala.

Paola já estava sentindo o peso de uma gravidez novamente. Estava com fortes dores na coluna, os pés estavam suavemente inchados, e aquela dor de cabeça que não passava. Foi o tempo de seu marido tomar um banho, e o Furacão Francesca invadiu a sala.

- Mamamí! Mamí! Como estás? – A voz condizente com sua idade, encantava a mãe. Franchi, como era carinhosamente chamada, já estava subindo nas pernas de Paola, e sentando sobre elas. – E mi hermanito? – Francesca se inclinou e colou a orelha na barriga da mãe. Cochichava coisas, bem baixinho, que nem a própria mãe ouvia. Era encantador ver a forte ligação entre sua filha menor, e seu mais novo bebê. Paola constantemente se emocionava, desde seu casamento há mais ou menos um ano, até agora. Ver o quanto Franchi e Henrique estavam se tornando grandes amigos, e como agora a pequena recebia o mais novo Chef na família, seu bebê.

Sentia-se agradecida. Sentia-se uma mulher de muita sorte. Extremamente amada, recebia constantemente um amor sem medida e sem reserva. Sempre tivera medo de tentar outra vez, medo de se entregar e se apaixonar, e hoje podia ver o quanto estava feliz. O quanto estava realizada. Profissionalmente, emocionalmente... Sexualmente. O sorriso brotou em seus lábios, e logo Henrique juntou-se às meninas no sofá. Tomou Franchi nos braços, deixando-a sentada em seu colo, e inclinou-se para Paola, roubando um selinho casto em seus lábios.

Ele sentia-se da mesma forma, ou até mais forte. Era caidinho por ela, desde seu estágio no Julia Cocina. Os filhos dele ficaram com a mãe. Os via constantemente. Francesca se dava tão bem com os seus... Ela era dele também. A mãe dela era dele. Sabia que Paola era extremamente feminista, defendia os direitos de toda e qualquer mulher, de olhos fechados. Mas sabia também que sua amada não resistia quando ele a chamava de Minha. Era o que ela era. E sempre seria.

Adoravam recordar os longos anos durante o Masterchef. Era uma corrida contra o tempo, gato e rato. Farpas por toda parte, beijos apaixonados nos camarins, brigas enormes, risos, recordações, era parte da história deles. Hoje, cada um deles cuidava individualmente de seus restaurantes, como sempre fora. Tinham alguns projetos juntos, e quanto apareciam em público, levavam o público a um alvoroço completo.

Mas quando estavam no íntimo aconchegante de sua casa, nada os impediam. O impossível não existia.

Ele sorriu, e adentrou o cabelo dela com os dedos. Ela apoiava a cabeça em seu peito, Franchi se distraía com a televisão, e os dois curtiam a presença um do outro. Um relicário imenso deste amor.

Desde que você chegou, o meu coração se abriu, hoje eu sinto mais calor e não sinto nem mais frio, e o que os olhos não veem... O coração pressente, mesmo na saudade, você não está ausente. E em cada beijo seu, e em cada estrela do céu, e em cada flor no campo... E em cada letra no papel.


Notas Finais


Espero que gostem! Passei o dia imaginando eles dois oficialmente e para sempre juntos. Beijos!


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