1. Spirit Fanfics >
  2. Um robô, um esqueleto e um irmão superprotetor >
  3. Capítulo Único

História Um robô, um esqueleto e um irmão superprotetor - Capítulo Único


Escrita por: hellbent

Notas do Autor


Ayy!
Finalmente escrevi algo novo, estava com saudades de postar fanfics aqui :'^) Lembro que, quando eu postei minha one-shot soriel, eu falei algo sobre uma possível fanfic papyton, e bem, espero que possam aceitar isso aqui como a fanfic papyton que eu prometi -q
Mas vou logo avisando que apesar de ter papyton, esse shipp não é o foco da fanfic: eu queria escrever algo sobre como o Sans reagiria caso o Papyrus fosse em um encontro com alguém e se essa reação mudaria caso esse alguém fosse o Mettaton, e esse foi o resultado. Se eu acabar tendo mais ideias, TALVEZ eu faça uma fanfic completamente focada em papyton, mas por enquanto esse é o máximo que eu tenho a oferecer mesmo :u
Quero também avisar que essa fanfic também vai ser postada no Nyah! Fanfiction, e a história se passa após o final pacifista :^D
Enfim, boa leitura, vejo vocês nas notas finais!

Capítulo 1 - Capítulo Único


De: CoolSkeleton95

Para: SexyRobot85

Mettaton, posso fazer uma pergunta?

De: SexyRobot85
Para: CoolSkeleton95

Claro, querido! Qual sua pergunta?

De: CoolSkeleton95

Para: SexyRobot85

Você está livre nesse final de semana?

De: SexyRobot85
Para: CoolSkeleton95

Bem, eu tenho que me encontrar com alguns fãs pela manhã, mas não tenho planos para a tarde e nem para a noite, apesar de que a Alphys provavelmente vai tentar me convencer a assistir animes com ela quando ficar de noite (você sabe como ela é...). Por quê?

 

De: CoolSkeleton95

Para: SexyRobot85

Oh!

Nesse caso,

EU, O GRANDE PAPYRUS, GOSTARIA DE CONVIDÁ-LO PARA UM ENCONTRO!

...ISSO É, SE VOCÊ QUISER.

De: SexyRobot85
Para: CoolSkeleton95

Claro que quero, Papy! Onde vai ser o encontro?

De: CoolSkeleton95

Para: SexyRobot85

ERR,

EU ESTAVA PENSANDO EM IR PARA AQUELE CAFÉ QUE FRISK VAI TODO DIA, ACHO QUE O NOME É STARCOOKS???

De: SexyRobot85
Para: CoolSkeleton95

Starbucks?

De: CoolSkeleton95

Para: SexyRobot85

SIM, ESSE MESMO!

O QUE ACHA?

De: SexyRobot85
Para: CoolSkeleton95

É um ótimo lugar, adoraria ir lá com você!

Nós vamos nos encontrar lá então? Que horas devo ir para lá?

De: CoolSkeleton95

Para: SexyRobot85

DUAS HORAS.

OU VOCÊ PREFERE OUTRO HORÁRIO?

De: SexyRobot85
Para: CoolSkeleton95

Duas horas está ótimo!

Alphys está me chamando, então tenho que ir. Até logo ~

 

Mesmo se Papyrus tentasse, ele não conseguiria esconder o grande sorriso que estava no seu rosto enquanto ele lia e relia sua conversa com Mettaton. Seu ídolo, por quem ele recentemente havia criado sentimentos românticos (nada surpreendente de ter acontecido tão rápido, já que Papyrus já gostava do robô muito antes e os dois estavam finalmente se tornando mais próximos), tinha acabado de aceitar ir em um encontro com ele. Um encontro. Apesar de sempre estar confiante, Papyrus tinha que admitir que estava nervoso na hora de mandar sua primeira mensagem, mas felizmente tudo tinha ido bem e possivelmente continuaria assim.

Era o que ele pensava, pelo menos.

"Eeeei Paps! Tá fazendo o que?" Sans disse ao chegar repentinamente, colocando seu braço direito sob os ombros do seu irmão mais novo que deu um pequeno pulo por causa do susto. Antes mesmo de Papyrus poder responder, os olhos de Sans encontraram o celular que estava em suas mãos, ainda aberto na conversa de antes. "Ohhh, com quem é que você tá conversando?"

"S-Sans! Não me assuste desse jeito!" Exclamou em resposta, cobrindo a tela do celular com uma de suas mãos, sem responder a pergunta -- ele realmente esperava que Sans não tivesse lido nada e não tocasse no assunto de novo.

"Foi mal, Pap. Mas com quem você tá falando? Eu li algo sobre encontro...quem é a sortuda? Ou seria o sortudo? To tão orgulhosso de você, maninho!" Ele falava animadamente,  inclinando seu corpo para o outro lado como se fosse conseguir ver as mensagens ao fazer isso. Instintivamente, Papyrus movia seu corpo para o lado oposto dele para tentar esconder o celular, até parar e decidir responder a pergunta de uma vez.

"É-É o Mettaton." Ele confessou com um pouco de vergonha. Para falar a verdade, ele não tinha muitos motivos para estar tão envergonhado admitindo isso, vendo como sua admiração pelo ídolo não era algo novo e Sans sabia muito bem disso.

Mas Sans parecia ter sido pego de surpresa com a confissão do mais novo, por algum motivo.

"Ah." Ele disse, seu tom animado de antes não mais presente. "P-Paps, tem certeza de que gosta tanto assim dele? Não estou te julgando nem nada, mas..."

Papyrus ficou confuso com a reação do seu irmão; não parecia nada com o Sans animado de agora a pouco, e Papyrus não havia se preparado para essa mudança de humor repentina. Mas se tinha alguém que sabia o quanto Sans conseguia ser imprevisível, esse alguém era Papyrus: seu irmão mais velho era como um livro em outra língua que Papyrus havia acabado de aprender, e a única coisa que ele entendia eram os cliffhangers.

"...Sim, eu gosto dele. Por que você pergunta?"

"Uh, nenhum motivo em particular. De qualquer jeito, boa sorte no seu encontro!" Ele disse, tentando parecer alegre novamente. Ao se lembrar do seu encontro, Papyrus praticamente se esqueceu do que havia acabado de acontecer e voltou sua atenção para o tal encontro.

"Ah, obrigado!" Ele sorriu e começou a andar em direção ao seu quarto, agora falando apenas com si mesmo "Tenho que procurar aquele guia de encontros...onde será que eu deixei...?"

Os olhos de Sans acompanharam Papyrus por um momento, até se virar de volta pra frente e soltar um suspiro. Ele colocou a mão no bolso do casaco e pegou seu celular, digitando uma mensagem logo em seguida.

"Frisk, aquela erva daninha está aí com você? Preciso falar com os dois. Vou estar aí em alguns minutos."

-----------------------

Como havia prometido na sua mensagem, Sans chegou na casa de Toriel e Frisk em pouco mais de 10 minutos (Flowey morava lá também, mas ele estava mais para uma "planta de estimação" do que um habitante de verdade, pelo menos de acordo com o próprio Sans). Pouco depois de ter batido na porta, Toriel apareceu para recebê-lo.

"Olá, Sans! Suponho que veio ver Frisk e Flowey?" Ela o cumprimentou, simpática como sempre.

"Yeep. Eles estão aí?" Perguntou, e Toriel respondeu com um simples aceno com a cabeça.

"Pode entrar, eles estão no quarto de Frisk. Quer que eu os chame?"

"Nah, não precisa, eu mesmo vou lá." Ele disse casualmente. Apesar de ser uma mãe um tanto quanto protetora, Toriel não se importava se Sans entrasse no quarto da sua criança (que na verdade já era adolescente a esse ponto) adotiva, já que confiava nele e sabia que os dois (Sans e Frisk) consideravam um ao outro como família, então não tinha com o que se preocupar.

"Ok! Vou fazer um chá para vocês beberem. Sei que provavelmente não vai ficar por muito tempo, mas ainda acho que seria rude da minha parte não oferecer nada; é o mínimo que eu posso fazer."

"Ah, valeu, Tori. Vou lá então."

Toriel saiu de frente da porta e foi para a cozinha enquanto Sans subia as escadas em direção ao quarto. Bateu na porta, não querendo ser rude, só para receber uma resposta um tanto quanto rude de uma certa flor dourada do outro lado da porta. Não demorou muito para a própria Frisk ir abrir a porta, se sentando de volta no chão logo depois. Flowey revirou seus olhos ao ver o esqueleto entrar no quarto.

" 'Sup, Frisk, e...flor tosca que tentou matar todo mundo."

"Ei, eu mudei!" Flowey bufou, irritado.

"Tanto faz. Preciso da ajuda de vocês dois."

"Com o quê?" Perguntou Frisk, fechando a revista em quadrinhos que estava lendo antes.

"Paps vai ter um encontro com Mettaton e, bem, eu não gosto muito de ver os dois juntos."

"Uau, e eu que sou o cara mau..."  Flowey disse, cheio de sarcasmo.

"Uhm, Sans, por que exatamente você quer fazer isso com o seu irmão? Tenho que concordar um pouco com Flowey, isso é bem cruel..."

"Woah, calma, eu não vou estragar o encontro deles ou algo assim! Eu honestamente estou bem feliz por ele, mas eu ainda não confio tanto assim no Mettaton. Só quero ver onde esse encontro vai dar; basicamente, quero espionar eles durante o encontro."

"Pra quê você quer nossa ajuda, então?"

"Welp, só achei que seria mais fácil se eu tivesse a ajuda de alguém, e vocês são os únicos que eu conheço que são tão próximos do Papyrus quanto eu. Mas se não quiserem ajudar, não tem problema. Só por favor não contem nada pro Paps, não quero que ele tire uma ideia errada disso tudo."

Flowey e Frisk se olharam por um momento, como se estivessem perguntando um  ao outro se seria uma boa ideia só com o olhar. Agora que pensava sobre isso com mais calma, Frisk pôde compreender melhor a situação e os motivos de Sans: muitas pessoas famosas como Mettaton faziam de tudo para atrair mais atenção para si mesmas, e apesar de uma parte de Frisk duvidar que Mettaton usaria Papyrus desse jeito, o humano entendia que um encontro com alguém como Papyrus conseguiria chamar bastante a atenção dos fãs e da mídia, e não podia discordar que Mettaton já havia feito algumas coisas meio "absurdas" para mais visualizações. Flowey já tinha decidido sua resposta faz um bom tempo.

"Estragando o encontro ou não, vou ajudar,mas só porque eu também não gosto do Mettaton, e não porque eu sou seu amigo ou algo assim, então não se engane!"

"Uh, ok...? Só não tente dizer que eu te incentivei a fazer algo ruim."

"Não posso fazer promessas que não posso cumprir!" Ele deu um sorriso malicioso "E você, Frisk?"

"Hm, pode ser. Desde que vocês realmente não tentem estragar o encontro deles."

"Claro." "Prometo nada." Sans e Flowey disseram ao mesmo tempo, sendo bem óbvio quem disse o quê.

Com isso, o "trio estraga encontro" (ou T.E.E., nome dado por Flowey apesar dos protestos dos outros dois) foi criado, sendo composto por Flowey, o autoproclamado melhor amigo; Sans, o irmão superprotetor e Frisk, o ex interesse romântico.

Enquanto discutiam o que iam fazer no dia, Toriel chegou no quarto (não sem antes bater na porta, claro) com o chá que havia prometido, forçando o trio a deixar de falar sobre aquele assunto, vendo como Toriel não aprovaria nem um pouco a ideia caso soubesse. Toriel os informou de que precisaria sair e gostaria de levar Frisk e Flowey junto, então Sans combinou com os dois que depois daria o resto dos detalhes do plano por mensagem de texto.

E assim, a primeira missão do T.E.E. seria posta em ação.

-----------------------

Logo o final da semana chegou, e com ele veio o grande dia que Papyrus ansiosamente tanto esperava. Antes de sair de casa ele havia levado todo o tempo possível para se preparar, repetindo quase o mesmo processo que fez ao se preparar para o "encontro" que teve com Frisk a anos atrás; suas roupas, inclusive, eram as mesmas que ele havia usado naquele dia.

Ele já havia arranjado uma mesa para os dois e até mesmo feito os pedidos, algo que não foi difícil já que, com pesquisas feitas em alguns sites um dia antes do encontro, ele rapidamente pôde saber qual era o café predileto do seu ídolo, que seria o choco chip frappuccino, um dos drinks mais caros do menu.

Agora, a única coisa que faltava era o próprio Mettaton, que estava exatamente 6 minutos atrasado.

Papyrus estava bem nervoso enquanto esperava, com medo de que Mettaton não poderia vir e teria que cancelar o encontro de última hora -- o esqueleto não era o tipo de pessoa (ou monstro, no caso) que ficaria com raiva de ter esperado e gastado dinheiro para nada, mas ele certamente ficaria chateado caso isso acontecesse.

E Mettaton tinha isso em mente quando saiu apressadamente do seu encontro com fãs, tendo começado a correr quando estava mais perto do café.

O sininho do café tocou, sinalizando a entrada de mais um freguês que fora recebido com os olhares arregalados dos outros clientes; Papyrus, porém, o recebeu com um grande sorriso -- era ninguém mais, ninguém menos do que Mettaton, que arfava um pouco e tentava ajeitar suas roupas enquanto ia em direção à mesa em que Papyrus estava sentado.

"Me desculpe pelo atraso, Papy, alguns fãs ficaram me segurando e eu não queria ser rude com eles..." Ele explicou, oferecendo um sorriso de desculpas. "Espero não ter te deixado esperando por muito tempo."

"Não tem problema! Eu sei o quanto seus fãs são importantes para você e eu fico feliz que pelo menos você pôde vir! Aqui, soube que você gosta do choco chip frappuccino, então fiz seu pedido pra você!" Papyrus disse ao entregar a bebida gelada para Mettaton, um pouco corado. Mettaton sorriu, achando aquilo adorável e se perguntando como um esqueleto conseguia corar, mesmo que pouco.

"Ah, obrigado!" Mettaton parou por um momento para beber um gole do seu café. Fazia um tempo que ele não bebia aquele frappuccino, e o gosto era tão bom quanto ele se lembrava "Devo ser honesto, eu fiquei bem feliz quando você me convidou para esse encontro...Alphys até estranhou, dizendo que não me via sorrindo daquele jeito desde que ela disse que faria meu corpo robótico!" Ele deu uma risada, se lembrando de como sua amiga havia reagido à sua felicidade. Papyrus corou ainda mais. Ele queria ouvir aquela risada de novo de novo, e sentia que nunca se cansaria dela.

"E-Eu também fiquei super feliz quando você aceitou! Nunca acreditei que você aceitaria sair comigo...é como um sonho se tornando realidade!" Ele admitiu, se sentindo um pouco embaraçado depois. Mettaton não conseguia parar de pensar em o quanto Papyrus era adorável.

"Aww, sério? Isso é tão fofo, Papy! Você é muito fofo!" Mettaton disse, resistindo a vontade de abraçar Papyrus ali e agora. O rubor de Papyrus só piorou com aquilo.

Não muito longe dali, do lado de fora do café, Sans, Frisk e Flowey estavam "escondidos" atrás de um arbusto, apenas observando Mettaton e Papyrus interagirem. Tanto Frisk quanto Sans tinham expressões sérias nos seus rostos, como se estivessem extremamente focados em algo sério de verdade. Os olhos de Flowey alternavam entre seus "colegas de time" e os dois pombinhos, parcialmente confuso e frustrado.

"Que foi, vocês dois estão com ciúmes? Uau, Frisk, esperava mais de você. Achei que você e o Papyrus fossem águas passadas!" Ele comentou, tentando segurar uma risada. Frisk corou levemente, lembrando da época em que ele chegou a quase ter uma pequena paixão pelo esqueleto em questão.

"Não é isso, bobo! E não fale alto, eles podem nos ouvir!"

"Qual é, nós estamos super longe deles, não tem como nos ouvirem..." A flor resmungou, revirando seus olhos. Logo, sua atenção voltou para o encontro entre o robô e o esqueleto "Ugh, esses dois vão ficar só nisso mesmo? Que chato..."

"Bem, eles praticamente acabaram de começar o encontro, então não é a toa que ainda não aconteceu nada demais...pelo menos parece que eles estão se dando bem." Frisk disse com um sorriso, legitimamente feliz pelos seus amigos, especialmente Papyrus. Sans ainda não havia dito muita coisa.

"Hmphf. E você, smiley trashbag? O gato comeu sua língua?"

"Dá pra ficar calado por um segundo?" Sans disse, um pouco irritado -- não com o encontro, mas com Flowey. Como Frisk, ele estava bastante feliz pelo seu irmãozinho apesar de ainda ter suas dúvidas sobre Mettaton, mas Flowey estava realmente mexendo com seu bom humor naquele dia. Ele provavelmente não deveria ter convidado a flor dourada para vir junto.

Pouco tempo se passou, o encontro continuava indo bem, mas Flowey parecia estar cansado daquilo; ele continuava sendo uma criança impaciente e que se entediava fácil, mesmo depois tanto tempo.

"...Nós vamos ficar parados aqui mesmo? Vocês não vão fazer nada?"

"Achei que tivéssemos feito um acordo de que não iríamos atrapalhar o encontro."

"Bem, EU não fiz acordo nenhum!"

Antes que Frisk ou Sans pudessem impedi-lo, Flowey entrou de baixo da terra. Frisk suspirou, imediatamente se arrependendo de não tê-lo trazido em um vaso de flores. Em poucos segundos, Flowey brotou perto da mesa de Mettaton e Papyrus, longe o suficiente para nenhum dos dois perceberem sua presença. Ele olhou o casal com um certo desgosto, e ao se virar, viu uma das garçonetes se aproximando com uma bandeja cheia de bebidas: era uma oportunidade perfeita.

Rapidamente, ele levantou duas vinhas do chão e as amarrou em uma cadeira próxima, fazendo a garçonete tropeçar nelas. As bebidas saíram voando da bandeja, atingindo vários fregueses ali perto, incluindo Papyrus e Mettaton. Felizmente eram bebidas geladas e não café. Ambos Papyrus e Mettaton se assustaram quando sua mesa e suas roupas foram molhadas pelas bebidas. Assim que se levantou, a garçonete foi à mesa deles.

"Oh, céus! Eu sinto muitíssimo pelo que acabou de acontecer!" Ela disse enquanto oferecia alguns guardanapos, preocupada e até mesmo um pouco desesperada.

"Não precisa se desculpar, querida! Foi só um acidente!" Mettaton sorriu e deu tapinhas leves no ombro dela, tentando fazer ela se acalmar. No fundo ele estava um pouco...irritado por causa do estrago com as suas roupas (mesmo que, no ponto de vista de qualquer outra pessoa, aquilo não era nada), mas não queria que Papyrus visse esse lado dele. Papyrus aceitou os guardanapos e começou a limpar a mesa enquanto Mettaton tentava limpar suas roupas, suspirando ao notar que a única solução seria lavá-las depois.

 Flowey ficou bem desapontado com a reação de Mettaton, tendo esperado que ele fizesse drama ou algo assim. Ele pensou em voltar para o "esconderijo" onde estava antes, mas sabendo que se voltasse iria levar um carão de Frisk - ou ainda pior, de Sans, ele decidiu continuar ali.

"Sr. Mettaton, me desculpe se eu estiver incomodando, mas...vocês estão em um encontro?" A garçonete perguntou, mesmo sabendo que ela estava incomodando de qualquer jeito e que seu chefe não ficaria muito feliz sabendo que ela não estava trabalhando. Mettaton já podia imaginar que era uma fã dele, e não pôde evitar ficar um pouco irritado com a situação. Ele já havia ouvido seus "colegas de trabalho" dizerem que quanto mais sua fama aumenta mais paciência você perde, mas só agora ele estava realmente experienciando isso. Flowey pareceu entender exatamente o que Mettaton estava pensando, e imediatamente ficou animado de novo.

Mas Mettaton não podia deixar uma coisa tão boba fazer com que ele mesmo acabasse estragando o encontro, então manteu seu exterior alegre e calmo. Mais uma vez, a flor dourada ficou extremamente decepcionada.

"Sim, estamos. Então querida, se você puder..."

"Ah, entendo! Novamente, peço perdão pelo que acabou de acontecer, espero que os dois estejam se divertindo!" Tendo dito isso, ela finalmente saiu, e ela quando voltou para de trás do balcão, Mettaton a viu tirar seu celular do bolso e tirar uma foto, provavelmente dele e de Papyrus. Como se já não bastasse os olhares curiosos dos clientes que não conseguiam decidir se cuidavam das suas próprias vidas ou se continuavam olhando, agora ainda mais pessoas iriam saber que ele estava ali. Ele suspirou. Talvez vir para um lugar tão frequentado não tivesse sido uma boa ideia. Na mesma hora, Papyrus soube que havia algo de errado.

"Mettaton, o que foi?" Ele perguntou. A expressão no seu rosto era uma mistura de culpa e tristeza. Mettaton hesitou um pouco e, antes de falar novamente, outro suspiro deixou seus lábios.

"Podemos ir lá pra fora? Preciso de um pouco de ar fresco." Ele pediu com um sorriso meio melancólico. Em resposta, Papyrus assentiu com sua cabeça. Frisk e Sans, que ainda estavam escondidos fora do café, se abaixaram para que eles não os vissem. Flowey chegou um pouco depois e recebeu um leve tapa e Frisk assim que voltou para de trás do arbusto. De algum jeito, a rua era bem mais calma que o café. Mettaton respirou fundo, e para evitar um possível silêncio desconfortável, Papyrus decidiu começar uma conversa de novo.

"Mettaton, se você não tiver gostado do encontro, é só dizer."

"Não, não é isso, é que...eu não esperava que fosse acabar assim, sabe? O encontro estava ótimo no começo, eu finalmente pude esquecer um pouco do resto do mundo e me focar no que era realmente importante. Nós provavelmente ainda estaríamos lá se o meu lado drama queen não ficasse tão impaciente com qualquer coisinha." Ele deu uma risada, apesar de ainda estar frustrado com si mesmo por permitir que as coisas terminassem assim.

"N...não é sua culpa!" Papyrus exclamou repentinamente, fazendo os olhos de Mettaton se arregalarem. "Eu não deveria ter sugerido um encontro em um lugar com tanta gente, eu deveria saber que isso aconteceria! Aquela garçonete até tirou uma foto sua sem permissão, e isso não teria acontecido se nós não tivéssemos vindo aqui em primeiro lugar..."

Mettaton não sabia o que falar em resposta. Uma parte dele meio que esperava que Papyrus não notaria os olhares dos outros fregueses, muito menos a foto que a garçonete havia tirado discretamente; ele sempre havia visto Papyrus como alguém abstraído dos seus arredores,mas isso havia mostrado que ele provavelmente não deveria subestimá-lo desse jeito.

Não tendo uma maneira melhor de responder, Mettaton sorriu e disse uma das primeiras coisas que veio na sua cabeça

"Você é doce demais pro seu próprio bem, Papy."

Papyrus corou. Quando percebeu o que havia acabado de dizer, Mettaton começou a rir. O esqueleto ficou confuso, mas logo começou a gargalhar também.

"Céus, acho que essa foi a coisa mais melosa que eu já disse..." O robô disse entre seus risos que gradualmente foram diminuindo. Papyrus também começou a parar de rir e, com um sorriso quase impercebível, pegou as mãos de Mettaton, fazendo o mesmo parar de rir por completo para dar toda a sua atenção ao esqueleto que estava na sua frente.

"E-Eu sei que esse encontro não terminou muito bem, mas eu vou compensar você, ok?! Prometo que farei o próximo valer a pena!" Ele afirmou com uma expressão séria. Mettaton deu um grande sorriso.

"Vou esperar ansiosamente pelo próximo encontro."

Os dois ficaram se olhando por um tempo; nenhum dos dois queria que aquele momento acabasse tão cedo, especialmente quando o encontro que acabaram de ter foi tão curto, e apesar de ambos saberem que eventualmente teriam que ir embora, eles continuavam incertos do que fazer a seguir, tentando achar um jeito "natural" de dizer adeus.

"Pelo amor de Deus, nos poupem disso! Se forem se beijar ou algo assim, se beijem logo!" Flowey gritou. Sua cabeça estava um pouco acima do arbusto, fazendo sua presença bem clara. Frisk e Sans tentaram empurrá-lo de volta para de trás do arbusto, mas ao fazer isso, suas presenças acabaram sendo notadas por Mettaton e Papyrus também.

Depois de uma longa explicação e alguns pedidos de desculpa, o T.E.E. foi dissolvido no mesmo dia em que foi criado.

 

Bônus:

"Bem...foi bom enquanto durou, eu acho." Sans comentou após beber mais um gole do seu café. Depois do que aconteceu, ele, Frisk e Flowey aproveitaram que ainda estavam perto do café para beber algo, como uma 'reunião de despedida do T.E.E.' "É uma pena que tenha acabado tão cedo, eu estava até pensando que poderíamos mandar fazer nossas próprias T.E.E.-shirts."

Os três ficaram em silêncio por um tempo.

"Sans...você não fez o que eu acho que você fez, fez?"

O sorriso de Sans ficou maior, mas ele não respondeu.

"...Sans, não."

"Sans, sim."


Notas Finais


Sendo completamente honesto, aquele bônus foi uma das primeiras coisas que eu decidi que ia aparecer nessa fanfic.
Acho que é a one-shot mais longa que eu escrevi até agora, estou bem orgulhoso de mim mesmo :^D
Realmente espero que tenham gostado. Se verem qualquer erro ou algo que eu poderia mudar para ficar melhor, por favor me avisem! Críticas construtivas são super bem vindas, e agradeço desde já qualquer comentário que resolvam deixar. Obrigado por lerem até aqui, vejo vocês daqui a 50 anos quando eu postar minha próxima fanfic s2 -nn


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...