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História Um "ruivo" pervertido (Incompleta/reescrita) - Você é importante sim


Escrita por: Milly_Foxy

Capítulo 65 - Você é importante sim


Duas semanas depois:

 

As férias já haviam chegado e todos resolvemos viajar para um local litorâneo para podermos aproveitar as praias nessas duas semanas de férias. Eu como sempre havia dormido na caminhonete enquanto Lysandre dirigia, claro... eram 5 dias de viagem. Lysandre e Castiel revesariam para dirigir. Eu havia caído no sono logo no amanhecer do primeiro dia de estrada e provavelmente eu havia dormido um dia inteiro.

 

 

– Hey! – abri meus olhos e percebi que a caminhonete havia parado.

– Já chegamos? – perguntei ainda sonolenta.

– Não, mas vamos parar aqui para dormir – eu abri meus olhos e o pessoal todo já havia entrado no estabelecimento.

– Espera, isso é um motel? 

– Algum problema com isso? – Rosalya perguntou irritada.

– Não... Só que... Vocês não têm medo de dormir em um hotel que está no meio do nada?

– Ah claro, vão ter espíritos lá. Vem logo, Nanda – ela me puxou para dentro do motel e a entrada parecia com um daqueles restaurantes antigos com jukebox e essas coisas.

– Quarto pra quantos? – Castiel parou para contar um por um e eu interrompi a contagem dele.

– 7.

– Não temos quartos com mais de 3 camas.

– Quais estão disponíveis? – perguntei enquanto Castiel me olhava.

– Quarto 27 e 28. 27, uma cama de casal e uma de solteiro. 28, duas camas de casal. E... Oh... Quarto 32, 4 camas de solteiro.

– O que vocês acham? 

– Eu, Leigh e Lys ficamos com o 27 – Rosa pegou as chaves do quarto 27 e sumiu naquele imenso corredor.

– E vocês? – a recepcionista perguntou.

– 28 – Valen falou sem pensar duas vezes e eu olhei para Nico esperando que ele protestasse junto comigo.

– É sério? Você não se importa com isso? – perguntei meio desesperada.

– Contanto que eu tenha uma cama eu durmo até com a Ambre.

– O QUE VOCÊ DISSE? – Valen gritou furiosa, quase estourando minha audição.

– Você me ouviu.

– Então acho melhor ser o quarto de solteiro.

– Melhor ainda, não vou ter que dormir com essa coisa – Nico disse se referindo à Valen.

– Tudo bem eu durmo com a Fernanda – ela agarrou meu braço em sinal de proteste contra ele. Notei Castiel e Nico se entreolhando com nojo.

– Eu não vou dormir com ele – Castiel disse me olhando com raiva.

– Parem de brigar. Parecem dois irmãos... Nem parecem namorados – falei pegando a chave do quarto 28.

– 28? – Castiel me olhou sorrindo.

– EU NÃO VOU FICAR COM...

– VOCÊ VAI SIM – gritei de volta para a Valen, então ela finalmente calou a boca – Só entrem no quarto quando pararem de brigar. Vem Cassy.

– Mas...

– Vem! – eu puxei ele pela jaqueta.

– Ei. Vão querer algumas...

– NÃO – falei totalmente envergonhada e saí dali o mais rápido possível. Destranquei a porta do quarto e me jogar na primeira cama que eu vi na minha frente.

– Então vai ser essa? – Castiel perguntou.

– Não não, só me joguei para testar se ela aguentava meu peso.

– Idiota – ele deu um peteleco na minha testa.

– Ai!

– Vai nem doeu.

– Doeu sim, idiota.

– Ah, foi mal então.

– Só isso? – ele revirou os olhos e beijou minha testa. Corei no mesmo instante, era a última coisa que eu havia pensado que ele faria.

– Não era isso que você queria? – ele perguntou olhando pra porta.

– N-não esquece.

– Ok – Nico e Valen entraram no quarto em silêncio e simplesmente se deitaram. Ouvimos um grito e nos entreolhamos.

– O que foi isso? – Valen perguntou.

– Se eu soubesse não estaria assim – Nico respondeu grosseiramente e eu apenas ignorei a briga dos dois.

– Vem comigo – puxei Castiel junto comigo e o saguão estava vazio – Cadê o pessoal?

– Eu sei lá – ouvimos o grito de novo e sabíamos que estava vindo do quarto da Rosalya. 

Ouvimos gritos e coisas sendo quebradas lá dentro. Entramos sem pensar duas vezes e Rosalya estava em cima de uma mesa gritando.

– O que está acontecendo?

– Oh, nada, era apenas uma barata – Leigh disse rindo.

– Você estava gritando por causa de uma barata?

– Ela era nojenta!

– Viemos aqui pra nada – falei decepcionada.

– Onde está o Lysandre?

– Ele não estava de sentindo muito bem, então foi dar uma volta – os três começaram a olhar para mim ao mesmo tempo.

– O que?

– O Lysandre só vai ouvir se for você.

– Ouvir o que?

– Que ele não precisa da Clarisse. Que uma hora alguém vai realmente gostar dele.

– Posso ir lá? – me virei para Castiel e esperei uma resposta.

– Claro. Faça ele voltar ao Lysandre de sempre.

– Onde ele está?

– Lá fora na caminhonete.

– Certo – falei me dirigindo rapidamente para a caminhonete.

– Espera – Castiel me puxou para dentro novamente – Eu vou te deixar sozinha, preciso dormir um pouco.

– Ok. 

– Boa sorte – ele me beijou e sumiu naquele corredor escuro.

Andei lentamente até a caminhonete. O frio estava me matando, mas isso não era o que importava. 

Dei a volta pela caminhonete e Lysandre não se encontrava lá. Comecei a me preocupar e resolvi procurá-lo. Óbvio que não era uma boa ideia andar de noite por uma estrada deserta, mas era isso ou nada. Me encostei em uma árvore e analisei tudo que estava à minha volta. Foi um fracasso. Lysandre com certeza estava fora do meu campo de visão.

– Saco! – me sentei ao pé da árvore e fiquei olhando as estrelas. 

Eu não conseguia me acalmar, estava realmente preocupada com o Lysandre. Como o irmão dele reagiria ao saber que ele desapareceu? Era uma possibilidade. 

Me levantei para checar a caminhonete de novo e ouvi folhas secas se quebrando. Logo depois um galho. E um grito. 

– Você está bem?

– O que você acha? Acabei de cair de uma árvore – eu nunca havia visto ele grosso desse jeito – Perdão. Não foi minha intenção ser grosso – ele disse se sentando ao pé da árvore.

– Por que está aqui?

– Vim refletir um pouco.

– É por causa da Clarisse?

– Não só por ela – ele suspirou – Eu vejo todos vocês felizes, namorando e sempre penso se tem algo errado comigo. É meu jeito de ser? Eu sou estranho? As pessoa não me levam à sério – eu me sentei na frente dele e fiquei horrorizada ao ouvir aquelas palavras – Já me chamaram de fracassado. Eu acho que eu sou mesmo.

– Onde está o Lysandre que não se importava com as aparências? Onde está o Lysandre que era feliz do jeito que ele era? ONDE ESTÁ O LYSANDRE QUE UM DIA EU ME APAIXONEI?

– Ele não existe mais – eu estava com os olhos cheios de lágrimas – Ouça. Vá com o Castiel. Eu quero ficar sozinho.

– IDIOTA – eu dei um tapa no rosto dele por impulso – E-eu sinto muito.

– Não. Eu é que sinto muito por estar te envolvendo nisso. Por favor me esqueça, Castiel vai ficar bravo com você por minha causa novamente.

– Problema é dele. Você é meu melhor amigo. É uma das pessoas mais importantes pra mim. 

– Eu não mereço tudo isso.

– EU APENAS QUERO QUE VOCÊ VOLTE AO NORMAL. VOCÊ NÃO PERCEBEU QUE TODOS LÁ DENTRO TE AMAM E QUE VOCÊ É IMPORTANTE PARA TODOS NÓS? ENQUANTO AQUELAS IDIOTAS QUE TE ABANDONARAM APENAS O USARAM COMO UM PASSATEMPO. ESQUECE CLARISSE, ESQUECE A BABACA DA HELENA. ESQUEÇA ELAS – eu respirei fundo – Só quero que volte a ser meu melhor amigo. E... Eu prometo que um dia, alguém muito especial vai te fazer feliz.

– Acha mesmo? 

– Eu tenho certeza – ele ficou calado olhando o chão e logo depois de levantou.

– Melhor irmos dormir – ele me ajudou a levantar.

– Nada de pensamentos ruins.

– Claro que não – ele me abraçou de um jeito que eu quase fiquei sem ar.

– Lysandre...

– Agora não – percebi a voz trêmula dele e eu sabia. Ele estava chorando. Foram 5 minutos quase sem respirar, mas havia valido a pena. 

– Ei. Pode chorar quando quiser. Afinal, não sou sua melhor amiga?

– Obrigado.

– Melhor eu ir. Castiel já deve estar.

– Claro. Boa noite.

– Boa noite, Lys – eu sorri e o deixei sozinho.

Entrei no quarto silenciosamente e retirei meus tênis. Castiel parecia já estar dormindo, então apenas me deitei ao lado dele sem fazer barulho. Fechei meus olhos para tentar dormir e senti dois braços envolvendo minha cintura. 

– Você demorou muito – ele sussurrou no meu ouvido.

– Para Cassy.

– Não.

– Então faz o que quiser. Boa noite.

– Boa noite travesseiro.

– Travesseiro? – ele me apertou como se estivesse dormindo abraço com o travesseiro – Castiel!

– Está machucando?

– Não. Só...

– Cala a boca, eu estou dormindo. 

– Idiota.



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