História Um sentimento estranho - Cap: 4

1 semana depois

05:10

Pedro estava acordado cedo, muito mais do que estava   acostumado, todos os dias com os olhos doloridos e inchados causa de todas as noites pensar em Julia e no seu amor não correspondido que o mesmo já estava farto, só queria chorar e ficar sozinho.

Patético -  pensa vendo as suas olheiras no reflexo do espelho no banheiro

Vai a merda Pedro, para de deixar ela controlar a sua vida - ponderava os olhos castanhos.

06:29

- Oi mãe - diz Pedro se  sentando na mesa vendo sua mãe ajeitando o almoço para levar pro trabalho.

- Bom dia filho, oh seu pai vai  levar a gente hoje, e como você não comeu ontem, sua janta tá no micro-ondas.

- Tá bom - fala se levantado 

- Oque deu em você ontem? quando cheguei em casa você estava no 5° sono e era umas 18horas.

- Eu acabei pegando no sono - fala coçando a cabeça com um sorrio falso se lembrando da noite passada e ligando o micro-ondas

- Hm, tá bom, come logo, eu já tô pronta, AH meu Deus, ...........seu pai por outro lado...... - fala se deparando com a visão do homem ainda de moletom e sonolento descendo as escadas.- MARK!! VAI TROCAR DE ROUPA AGORA!! São 06:39, você esta atrasado e vai ACABAR ATRASANDO TODO MUNDO!!

- Credo, acordei agora mulher  - fala voltando a subir as escadas - Pega uma maçã pra mim "AMOR!!!" - diz sarcástico.

- Bendita hora que eu fui casar com isso - fala tirando um riso do olhos castanhos.

Quebra de tempo!

Entrando na sala Pedro não viu o pequeno, pensou por um leve  momento que ele não viria.

Se sentando, o mesmo pega o fone de ouvido puxa o celular do bolso e sorri quando ver "When we were young" ao abrir a  playlist. O garoto se debruça na banca deita sobre seus braços fortes e  fecha os olhos  em quanto  é   confortado  pela  letra da  música.  Depois de "I will always love you" e "Impossible" o garoto sentiu alguém o cutucando, quando levantou a cabeça viu grandes olhos azuis o encarando.

- Achei que estivesse dormindo - diz com um sorriso mínimo.

- Eu queria estar - diz voltando a abaixar a cabeça.

- tá de mau humor? ... ainda?

Silêncio..

Silêncio...

Silêncio....

- Não vai me responder?

Silêncio....

Silêncio...

Silêncio..

Pedro se manteve em silêncio até notar que o pequeno já avia se levantado e ido embora, ele não queria conversar, sabia que se fosse se abrir pra o garoto o mesmo não o deixaria em paz então voltou a sentir o som inundando seus ouvidos.

Pedro é surpreendido com um arrasto rápido é forte de sua cadeira, levando seu corpo antes debruçado, deslizar pela banca e cair no chão pois o mesmo que puxara sua cadeira também a levantou fazendo com que Pedro caísse de cara.

- AHHHR!!! - Olhando pra trás com fúria nos olhos Pedro vê Felipe apertando os lábios com força se prendendo para não rir - FELIPEEE!!!! - grita meio irritado.

O menor não aguentando começa a rir dando gargalhadas e se segurando na cadeira tentando manter o equilíbrio.

- EU VOU TE MATAR FELIPE!!!! - o maior grita se levanta com fúria nos punhos.

Felipe percebe a besteira que fez e logo se distância vendo que o maior falava sério, começou a acelerar os passos ao ver o olhos castanhos vindo em sua direção ainda com um sorriso no rosto ele começa a correr e Pedro o segue dando voltas na sala e derrubando bancas no caminho.

- Eu tava brincando!!- diz em meio a gargalhadas

- Que pena - diz com um sorriso sinistro subindo em cima de uma banca e pulando entre as outras até sair da sala, correndo pelos corredores tentando alcançar Felipe, que corria mais rápido do que o esperado

Ele é baixinho, claro que é rápido - no meio do caminho Felipe se vira, e com um ar muito idiota da língua para Pedro em quanto pula de um lado pro outro feito uma criança boba, tirando uma risada do maior.

Pedro volta a correr feito louco atrás do menor que para logo a sua frente e Pedro vê a hora perfeita para pega-lo mas e surpreendido quando o pequeno o dribla com um movimento rápido.

Se tá de brincadeira? - pensa Pedro furioso 

- Você é bem lento em...- fala debochando.

Pedro avança em cima da queles olhos o desafiando, mas o pequeno é mais rápido e desvia de novo, fazendo Pedro cair no chão.

- AHHRRHHS!!! 

- HahhAaaha.... ser maior nem sempre é tão eficiente assim em.. - fala com os braços esticados atrás das costas fazendo seus músculos enrijecerem e sua camisa ficar levemente curta deixando amostra a cueca branca.

Pedro vê aquilo e uma onda de calor passa pelo seu corpo se concentrando na sua virilha, sua barriga remexida e virada do avesso o deixa sem ar, dando espaço para sua boca entre aberta que se encontra cheia de saliva que ele logo engole.

Ele tem um corp..- pensa envergonhado

- vamos mamãe - diz sarcástico se levantando já passando o pequeno que esta trêmulo, o coração palpitando, acelerado, com um nó na barriga. 

Pedro olha pra trás e vê o garoto com  a mão no peito escorado na parede do corredor com as bochechas extremamente rosadas e os olhos fixos no chão.

- Felipe ? ... ta tudo bem? - diz preocupado com a reação do garoto a sua brincadeira.

Será que ele se ofendeu? eu magoei ele? - pensa - Porra já não basta eu ser um merda, tenho que fazer as pessoa se sentirem como uma ? ahhr!!.

- Felipe , ei.. - fala balançando o corpo do garoto que se encontra paralisado.

Porque ele me chamou assim, ele tinha que me chamar Assim? as mãos dele, aquelas mãos me segurando me apertando, o jeito que ele me segurava, tão bom, a força que ele colocava sobre meus lábios eu quero sentir aquilo, quero muito.

O pequeno olhava os lábios do maior praticamente gritando seu nome em quanto segurava firme os  seus  braços e os balançava.

Limões, limões, limões, limões,limões . .... por favor não me aperta - pensava. Sua boca conseguia sentir o impacto que ele tanto desejava que ele tanto queria. - por favor...não me aperta assim

Oque deu nele? oque ele tem? será que tem alguma doença ele é . .. oque é isso PORRA?- pensava Pedro desesperado.

- Felipe!! FELIPE CARAMBA!! - gritava

Tentando se acalmar Felipe fecha os olhos, mas o garoto não imaginava que isso só iria itensificar oque ele estava sentindo, o impacto do seu corpo com a parede, a força de Pedro contra seus braços, sua pernas ja estavam bambas, e o calor que irradiava do seu corpo o fazia suar intensamente oque preocupava ainda mais a Pedro.

Felipe não queria abrir os olhos ele precisava sentir alguém da quela forma, precisava que alguém se importace, que ele se sentisse amado, até que o pequeno se lembra de Alex, e uma dor forte e obscura preenche seu coração e ele sente seus olhos encherem de lagrimas, até que, o Garoto de olhos azuis sente todo seu corpo ser envolvido, Pedro o cobre com seu corpo como um manto o empurrando contra a parede.

* Pedro não sabia oque fazer a visão do menino levemente mole e suando, o deixou sem opções, não sabia oque fazer, então avançou em um impulso forte o abraçando, o apertando como se não tivesse outra oportunidade.

Pedro conseguia sentir o coração do menor pulsando forte, conseguia ouvir os seus corações pulsando forte em harmonia, e isso tranquilizou o maior. Não conseguindo segurar as lágrimas, Felipe cobre o pescoço do maior com seus  braços e o puxa mais pra perto firmando o rosto no ombro de Pedro e deixando que as  lágrimas caíssem .