História Um sonho de Vause - Equívocos!

Eu sai as cegas daquele apartamento. Ela não tinha o direito de brincar com os meus sentimentos. Eu estava noiva e não queria me casar, não por Alex, bom em parte sim, ela havia me despertado para o desejo verdadeiro com um único toque, e ao longo dos dias, eu havia percebido que estava loucamente apaixonada por ela, mas ela não estava por mim. O jeito foi aprender a evitar o toque, encontra-la, ou ficar mais de 10 minutos em um mesmo ambiente. Era arriscado? Sim, mas eu também tinha àquele demoniozinho dizendo que, só ve-la um pouco não faria mal. Mas quando ela pegou minha mão, meu coração quase soltou pela boca. Alex era minha loucura e com certeza, se ela me pedisse pra abandonar tudo e ficar com ela, assim eu faria. Mas naquela manhã, pós nosso confinamento, chegar a casa dela, e ver aquela cena, meu único sentimento foi raiva, ódio e puro ciúme. Mas sobre tudo, a certeza de que eu deveria esquece-la.

Mas onde eu estava, alguém de alguma maneira me lembrava dela. Na faculdade, por exemplo, existia uma aluna que estudava química. Stella carlim por exemplo, declarou se apaixonada por Alex Vause ao ver uma enquete em uma revista científica, na qual Alexandra Vause, a cientista, colocava de maneira categórica que poderia controlar qualquer emoção a partir do próprio domínio mental, como evitar a primeira dose de drogas.

Eu li cada palavra que ela havia escrito. Parecia falar do amor como um vício que precisava ser evitado. E, infelizmente eu estava viciada em tudo que se referia a ela. Mas assim como uma viciada, eu iria aproveitar esse tempo de abstinência pra tentar me desintoxicar desse sentimento doentio. Aquela eletricidade, aquela atração... eu íria me entregar a Larry pra tentar superar essa paixão irracional.

Faltava exatamente uma semana para o natal, eu nao queria voltar para a casa de Alex nunca mais, nao podia vê-la, não podia, oque iria fazer? Fox? Eu amava aquela criança...

Ao chegar em casa, Lorna estava na cozinha, e me olhou sobre os ombros.

-- chegou cedo

Suas palavras me tiraram da catatonia, eu olhei para ela pelo quadrado que existia entre a sala e a cozinha, era uma divisória que eu adorava, e também servia de balcão para colocar a refeição.

Coloquei a mochila no sofá e me joguei desalentada no mesmo, toda a minha angústia transparecendo em meu rosto.

Lorna se aproximou, enxugando a mão em um pano de copa-- pipes? Que bomba te atingiu criatura?

Eu evitei falar disso desde a manhã que encontrei Alex nos braços da namorada.

-- Alex Vause!

Olhei o chão, vendo em 3D o tapate formar mirabolantes desenhos devido as lágrimas que caiam do meus olhos.

-- esta atraída por ela?

Eu fiz que não.

-- esta esta apaixonada?

Eu fiz que sim. Abracei minha amiga e chorei pelo amor que eu nunca teria.

Depois de alguns minutos, Lorna perguntou

-- Ela sabe?

Eu dei de ombros, ela nao era o tipo que queria saber.

-- preciso esquece-la Lorna. -- não queria falar mais sobre Alex.-- Larry ligou?

-- sim, perguntou se o encontro está de pé?

Havia uma nota de censura nas palavras de Lorna.

Sim, o encontro estava mais que de pé, se Larry era a unica oportunidade de me livrar daquela insanidade, eu não iria desperdiçar. Afinal, ele era o homem com o qual eu me casaria, então, eu iria me entregar a ele hoje e assim quem sabe, sepultar de vez aquele tormento em meu coração.

Larry Iria me levar pra jantar. Eu me arrumei com esmero. Eu tinha apenas três vestidos mais sofisticados, esse era todo preto, com mangas em renda fina. O corte que ia até abaixo do joelho e me deixava aparentando um pouco mais adulta. Sadalias de salto alto e o cabelo preso com uma presilha dourada, a maquiagem não era pesada, mas o Baton era vermelho e convidativo.

Lorna soltou um assobio de admiração..

-- nossa, voce vai levar o seu noivo a loucura, e olha que ele te devora com os olhos sempre heim, mas dessa vez, ele não vai se conter!

Eu até queria rir, mas estava tensa, decidi que hoje eu me livraria de duas coisas.

Primeiro: minha virgindade aos vinte e um e segundo : àquela mulher de vez de meu coração e mente.

As 7h em ponto, Larry chegou, ele vestia um terno elegante sem gravata, seu rosto anguloso ganhando vida e seu sorriso torto aparecendo com aprovação evidente.

-- uau! Isso tudo é pra mim!

Ele deu dois passos, e me beijou com suavidade.

Eu fiz que sim, e o sorriso se alargou.

Enquanto ele esperava na porta, Lorna veio até a mim

-- esta pensando em. .. perder sua

-- virgindade? -- eu concluí- - sim!

Eu afirmei. Dei o nome do restaurante caso precisasse me encontrar peguei meu casaco e saí com Larry Bloom

Eu estava acabando de jantar com Fox, quando ouvi o meu celular tocar.

Não reconheci o número e desliguei. Mas, logo em seguida tocou de novo

-- ALÔ?

O som de uma voz familiar retornou

--ALÔ? SRTA VAUSE?

-- SIM?

-- AQUI E LORNA MORELO, AMIGA DE PIPER CHAPMAN.

Meus sentidos foram despertos

--SIM LORNA, ACONTECEU ALGUMA COISA?

não disfarcei minha aflição.

-- NAO, MAS, VAI ACONTECER. ..

Lorna me disse em poucas palavras o que Piper iria fazer e disse que, talvez ela ainda não estivesse preparada..

Se estava ou não estava, eu não queria saber... ela tem vinte e um e ... è virgem! 

Continua. ...