- oba!
Fox exclamou, pulando na cadeira.
- que rápido Alex! - Red riu estrondosamente, limpando a boca no guardanapo- isso tudo e medo!
Eu observava atônita. Definitivamente. Tato não era o forte de Alexandra Vause.
Diane, que olhava atentamente a filha, e também me olhava. Parecia pensativa. Eu não esperava que ela fosse cumprir tão rápido o que ela dissera no quarto, entre lençóis.
Tom ergueu a taça de vinho tinto, que acompanhava o delicioso pernil assado com ervas finas e manteiga.
- é isso aí Alexandra! Mandou bem.
Foi cutucado visivelmente por Polly, que parecia contente em ver que a irmã estava feliz com a escolha. Lorna e Nicole trocaram um sorriso cúmplice e felicitaram, também erguendo suas taças.
- calma gente.
A voz rouca e grave de Alex chegou aos meus ouvidos, tirando da paralisia mental que eu me encontrava. Seus olhos brilhavam ao falar, olhando diretamente para mim- eu não me casei ainda.
Diane, que até entao nada disse. Olhou pra mim. Havia um aviso em seus olhos junto com a pergunta.
- voce não está noiva Piper?
Aquilo me engasgou, eu comecei violentamente a tossir. Alex saiu de sua cadeira e se aproximando, me deu um pouco d'água, seus olhos, um carinho que eu ainda não havia vislumbrado. Eu sorri timidamente, como uma tola apaixonada. Agradeci, a voz ligeiramente trêmula. E Alex percebeu.
- mamãe!
Alex censurou a mãe com os olhos.
- quero ouvir de Piper, Alexandra!
-não sou criança!
Alex disse, uma voz que pedia uma aprovação velada. Era incrível. Como alguém tão autossuficiente e forte, buscava agradar a mãe.
- então, não se comporte como uma.
Não havia fúria, nem indignação na voz da matriarca. Só um genuíno interesse. Eu me vi obrigada a me explicar. Segurei a mão de Alex, como se dissesse" esta tudo bem" a mesa esperava em silêncio.
- estou apaixonada por sua filha.
Alex baixou se perto de mim, suas mãos envolveram as minhas. - não achei que isso fosse acontecer. Digo, não o fato de eu me apaixonar. Porque, foi instantâneo. Mas, de Alex corresponder. - olhei pra ela, que baixará a vista, timida. Aquilo era sexy e ao mesmo tempo, fofo - disse a ela que não romperia meu noivado pelo telefone. Mas assim que estiver com meu (ex noivo)- fiz questão de frisar- oficializarei o rompimento.
Diane levantou da cabeceira da mesa e foi até a mim. Eu levantei imediatamente. Alex me acompanhou.
- sendo assim, Piper.
Diane segurou em minhas mãos.
- bem vinda a família Vause.
Alex riu, relaxada.
- ainda não casei, mamãe- ela tornou a repetir, segurando minha mão, ela estava trêmula, Alex estava nervosa como uma criança. Isso só mostrava como era corajosa.
A mãe deu um beijo na filha e disse, bombástica.
- quero netos o mais breve possível!- deu um beijo no rosto da perplexa filha - Voce é cientista. Dê seu jeito.
Minha boca abriu assombrada. Alex parecia pensar, divertida. Me olhou com um calor e desejo que me excitou na hora.
- vou ter que ver um jeito de te engravidar.
Ela se afastou de propósito, depois dessa frase. Mas deixou claro. Não era mais uma brincadeira. Era um relacionamento sério.
A semana voou. E logo era véspera de ano. Eu estava ansiosa pra que Piper estivesse livre de vez daquele noivado equivocado. A sensação era que, enquanto ela não estivesse oficialmente livre daquele noivo idiota. Ela não seria inteiramente minha. Durante a semana, eu vivi um misto de sonho e loucura. O pior foi ter que romper com Amanda. Não que houvesse da minha parte, algum tipo de sentimento profundo. Mas, romper sempre é difícil.
Em uma tarde. Fui ao apartamento de Amanda Somers.
- que brincadeira é essa Alex?
A voz de Amanda era uma mistura histeria é surpresa.
- não é brincadeira Amanda. Não temos nada em comum. E o fato de eu passar esse Natal e não sentir sua falta, só me mostrou isso.
Amanda riu alto, como se houvesse descoberto tudo.
- quem é ela?
Desviei meu olhar. Esse foi meu grande erro - é a professorinha?
- não é ninguém Amanda! Nossa relação só desgastou. Até o costume não é mais eficaz. Voce e eu precisamos de algo que faça sentido. Isso...?- apontei pra nos duas- não faz mais pra mim.
- e desde quando voce se tornou tão romântica e perceptiva?
Amanda sabia de meus pensamentos sobre o amor e sobre a paixão. Infelizmente, não foi por ela que minhas convicções sofreram um abalo sísmico.
- isso não tem nada a ver com romantismo. Só acabou.
Tentei ser pragmática.
Ela de súbito, me abraçou desesperada.
Eu fiquei sem reação.
- não me deixe Alex- os braços me apertavam desesperados, sua boca procurou a minha rápido, eu me deixei ser beijada pra que ela percebesse que não havia mais desejo ou química que me fizesse deseja-la.
Aos poucos, ela desfez o abraço, juntamente com o beijo não correspondido.
- seus olhos ganhando uma frieza e fúria.
- voce me paga Alex. Voce e sua professorinha. Por que eu sei que é ela.
Eu caminhei pra porta. Esperando que assim que saísse, Amanda pudesse me perdoar um dia.
- espero que um dia me perdoe.
- voce roubou dois anos de minha vida.
Sua voz era cortante.
- te dediquei dois anos da minha.
Abri a porta- espero que seja feliz.
- assim que acabar com sua felicidade.
A ameaça foi sucinta. Eu esperava que fosse fruto do momento. Mas, um arrepio percorreu o meu corpo. " nunca fui sensível nem espiritual. Mas tudo que ameaçava Piper, mexia profundamente com meu emocional. Eu sinceramente, esperava que ela tivesse mais sorte com o rompimento dela.
Larry mandou uma mensagem respondendo a minha. Que precisávamos conversar.
"" está acontecendo alguma coisa, amor?""
"" quando chegar Larry. .""
Respondi evasiva. Seria uma conversa difícil. Lorna disse que ficaria no quarto até o fim da conversa. Caso precisasse dela. Mas não me deixaria sozinha.
- obrigado Lorna.
Agradeci, sincera.
As 19h, a campanhia tocou. Respirei fundo. Sabia que não seria justo. Mas, injusto seria casar com alguém, amando outra pessoa. E o que mais me dava força, era a certeza que Alex me amava. E,eu era louca por ela.
Abri a porta. E lá estava ele, em um elegante terno cinza, com uma unica rosa na mão.
- nenhum buquê quis enfrentar sua beleza. Então trouxe uma unica e reverente rosa.
Droga. Ele estava sendo um romântico.
- entre
Peguei a flor que me foi dada.
Ele tentou me beijar, eu dei lhe o rosto.
- muito bem.
Ele disse, seu rosto já com um semblante pesado - o que está acontecendo?
....continua
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