História Um sonho de Vause - Eletricidade

ELETRICIDADE!

" porque não se casaria comigo? "
A pergunta dela me pegou de surpresa, eu fiquei meio sem saber o que dizer, os olhos azuis se fixou na minha boca e eu senti meus lábios secos, os umedeci com a língua e meu gesto a fez desviar o olhar.
-- eu mal a conheço -- meu sorriso foi sem tentativa de convencer-- mas, está noiva e com certeza seu noivo a quer.
Ela parecia querer me dizer algo a mais, mas, calou se.
-- desculpe, casamento deixa a gente meio louca- eu a vi balançar a cabeça, como se estivesse prestes a dizer alguma bobagem.
Eu não queria falar sobre seu noivado, quanto menos soubesse, menos me envolveria.
-- tudo bem, se precisar de alguma coisa referente ao dia de amanhã e algum imprevisto, e só me ligar.--Disse me levantando e dando o assunto por encerrado. Caminhei em direção a porta, ela caminhava ao meu lado, Red e Fox deviam esta na cozinha aprontando, mas,  vieram assim que ouviram nossos  passos na sala.
Achei por bem falar com ele  que Piper o faria companhia e o ajudaria nos problemas da escola. Ele ficou eufórico, abraçando a loira de maneira entusiasma da.
-- bem mais em conta do que casar não é Alex?
Red indiscreta, falou com um meio sorriso, eu a calei com o olhar.
Piper levou a mão no cabelo de Fox ao mesmo tempo que eu, nossos dedos se tocaram,  eu recebi uma descarga elétrica surpreendente, e os olhos dela se encontraram com os meus. Eu fiquei um segundo sem reação, meu coração disparou dentro do peito.
Abri a porta, queria me livrar dela o quanto antes e voltar a racionalizar.
Assim que ela saiu, suspirei, mas não passou despercebido por Red.
-- entao. . Essa será a babá da pequena raposa? - seus olhos estreitando para observar minhas reações.
-- se está falando de Fox, sim, Piper Chapman, é o seu nome.
Red riu divertida, eu quis saber o" porque"
-- Alex, minha querida, a eletricidade entre vocês duas é tangível.
Eu ergui a sobrancelhas, dei uma gargalhada nervosa.
-- seus instintos estão falhando tia-- caminhei até a sala, me sentei ao lado do meu filho,  que estava entretido com um boneco do homem de ferro. Ele se aconchegou a mim, naturalmente. -- ela está noiva e prestes a se casar.
Red sentou se ao meu lado e disse com um tom de alerta
-- entao, acho que terão problemas!
Red voltou aquela tarde mesmo para a mansão. A viagem era longa e ela não tardou a partir, mas, as palavras dela martelava em minha mente.
" será que eu teria problemas? "

A campahia soou as 7h em ponto. Eu ainda ajeitava a blusa branca por dentro da calça social verde escura quando fui abrir a porta, meus olhos não estavam preparado para a imagem jovial daquela loira.
Devido o frio, ela usava um pesado casaco que mais parecia um urso a devora la, uma calça jeans e touca rosa completavam o Look louco.
- espero não estar atrasada?
A voz dela tinha uma entonação gostosa de ouvir e  os olhos pediam aprovação.
-- pontual Srta Chapman, gosto disso.
Eu disse, dando lhe passagem, uma mochila cheia de decorações era sua bolsa. Tentei recordar sua idade.
-- quanto anos tem srta Chapman?
Ela me olhou com uma altivez desafiante.
-- estava em meu Curriculum, não viu?
Seu tom me divertia, seu jeito me inquietava.
-- não, eu não vi -- eu esperava uma reposta
-- vinte e um, e a senhora tem quanto?
Eu notei, que apesar do tom educado, era um desafio.
-- sou velha demais pra voce.
Disse andando a sua frente, podia sentir seus olhos em mim.
-- deixa eu decidir.
Eu me voltei, meus olhos sérios, não gostava de brincadeiras comigo, e muito menos com meus sentidos.
-- tenho trinta e dois para ser exata. E não estou interessada em envolvimento de qualquer tipo. Não dispenso sexo, mas já tenho alguém que me satisfaz. E voce deveria focar no seu noivo e não em mim, srta Chapman. -- minha voz deveria esta bem rude, pois ela se encolheu, e murmurou um pedido de desculpas.
-- vamos esquecer. Seus afazeres estão escritos ali-- indiquei uma folha sobre o criado mudo-- Fox ainda está dormindo.
Eu caminhei para a porta. -- fique a vontade, qualquer problema, não pense duas vezes em me ligar.
Sai sem olhar para ela,  e por uma estranha e desconhecida razão, percebi que não gostava de mágoa la.
Os dias se passaram e uma rotina foi estabelecida. A convivência com Piper Chapman ganhou aspectos profissionais impelido por nós duas. Estabelecemos regras invisíveis depois daquela estranha conversa na primeira manhã. As vezes chegava em casa e ela estava na maior correria com Fox, ela ficava sem jeito e explicava que era um método de ensino, outras vezes, eu a flagrava lecionando de forma compenetrada e percebi que as lições estavam sendo absorvidas com naturalidade pelo meu filho. Ela realmente era um achado e tanto e Fox nunca me pareceu tão animado.
Eu já estava acostumada com o meu chegar e o sair imediato dela, Parecia sempre em fuga. Eu tentei um dia, uma conversa informal.
-- Esta bom esse horário Srta Chapman? Não está atrapalhando seus estudos?
Seus olhos azuis me olharam curiosos, mas a voz era neutra.
-- esta funcionando...
Sua voz tremeu ligeiramente.
-- e o noivado?
Sentei no sofá, observando ela colocar a mochila nas costas.
-- Larry está ansioso. .
Ela disse na defensiva
-- e voce?
Ela sorriu e percebi duas covinhas lindas em seu rosto. Eu poderia olhar horas para ela sem me cansar.
-- já estive mais. ..
Ela caminhou até a porta, eu levantei para acompanha-la.
Na porta, seus olhos me olharam timidamente.
- até amanhã srta Chapman.
Ela não retribuiu as palavras, só acenou com a cabeça e saiu.
Minha mãe me ligou aquela tarde e pediu pra alguém buscar Fox no fim de semana, era aniversário de David Mancuso, um garoto de sua faixa etária, e ele falava dessa festa a semana toda.
Deixei Piper encarregada de liberar ele as 14 horas da quinta feira, logo depois, poderia ir pra casa.
Quando estava no escritório, percebi a falta de uma apostila de pesquisa, eu havia deixado sobre a cama, e não poderia sair do escritório, estava em um momento de equação importante. Só tinha uma saída. Piper Chapman!