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História Um Tempo de Lobos e Dragões - Arya IV


Escrita por: BeaBX

Capítulo 23 - Arya IV


Fanfic / Fanfiction Um Tempo de Lobos e Dragões - Arya IV

Arya

 

Vila de Inverno ficava logo ao lado de Winterfell, enquanto passavam pelo local por sobre o caminho de lama, Arya não esperou ser reconhecida, sabia que aqueles olhares era mais por causa dos lobos que os seguiam de perto e de Nymeria, a loba gigante que andava ao lado de Arya. A Irmandade Sem Bandeiras decidiu entrar no castelo, Arya prometeu dar-lhes comida e um bom banho, mesmo que soubesse que o que eles queriam mesmo era troca-la por qualquer coisa que seja boa para eles. Cão de Caça parecia desconfortavel e por mais que tudo que ele faça seja reclamar, dessa vez ficou calado.

Assim que avistou a grande muralha de Winterfell, Arya parou subitamente. Aquela era uma vista que ela esperava ver desde que saiu de Porto Real com Yoren, fingindo ser Arry, um garoto recrutado para a Patrulha da Noite. Agora estava ali, como Arya Stark, com Agulha embanhada e um coração palpitando no peito.

— Bem-vinda de volta Arya Stark. — Berric Dondarrion murmurou enquanto também olhava para o castelo, os olhos duros e brilhantes. — O ar está mais frio que esperava, vamos entrar, dizem que lá dentro é mais quente que qualquer outro lugar.

Arya tocou o pelo de Nymeria levemente e caminhou ao lado dela para os portões.

— Quem vem? — Um homem perguntou de cima dos muros, usava um elmo de guerra desconhecido, com chifres de ferro e diferente da maioria tinha um machado grande nas mãos. Cão de Caça apertou o dele.

— Somos a Irmandade Sem Bandeiras. — Beric se pronunciou.

— O que querem aqui?

— Falar com o Rei do Norte. Temos algo que ele quer e me disseram que é muito generoso, assim como seu pai foi.

— O que tem aí?

— Um Cão, uma Bruxa, um exército de lobos e a meia-irmã, Arya Stark. Agora abra a porra do portão. — Clegane gritou tão alto quanto sua voz podia ir, forte e grosseira, ele levantou seu machado e o olhou com desprezo.

— Arya Stark? — Um dos homens perguntou confuso. — A menina deve ter sido morta em Porto Real pelo falso Rei Joffrey Baratheon.

— Eu estava aqui quando Jon Snow venceu a guerra por Winterfell, estava ao lado dele e o trouxe dos mortos. — Melisandre falou com maestria.

— Sim, eu lembro da senhora. Mas não posso simplesmente abrir nossos portões para homens desconhecidos. Onde está essa garota que diz ser Arya Stark? Por que não se pronuncia?

Arya mordeu os lábios e passou por entre os homens ao lado de Nymeria.O homem engoliu em seco, Arya podia ver seus olhos azuis amedrontados quando viu todos os lobos atrás dela.

— Chame Jon, ele vai saber que sou eu.

Tenho agulha, se não reconhecer meu rosto, ela vai fazê-lo acreditar em mim. Tenho Agulha, tenho Nymeria. Tenho seu sangue.

— Não, milorde, já estamos resolvendo. Milorde! — O homem falava para alguém dentro das muralhas.

— Vamos, abra o portão, não seja um idiota. — A voz que vinha de dentro expressava sua autoridade e liderança, Arya imaginou que poderia ser um grande guerreiro.

— Tem centenas de lobos, Milorde.

É isso. Os lobos o assustam.

Arya abaixou-se e prendeu as mãos no rosto de Nymeria.

— Faça-os ir caçar, devem estar com fome.

A loba olhou em seus olhos e se afastou, o homem, quando viu que os lobos iam embora, pareceu aliviar -se mais.

— Milorde o que está fazendo?

Um pequeno homem parou ao lado do que estava com o elmo de chifres, Arya o reconheceu imediatamente. Era Tyrion Lannister, o Duende.

— Ora, sabia que não estava delirando. Clegane, achei que estava morto, por onde esteve esse tempo todo?

— E eu achei que você estava morto, Meio Homem.

— Ah, os deuses não me querem ainda, seja lá onde for que eles estão.

Os olhos de Lannister escorregaram de Cão de Caça por todos os homens, até chegar à Mulher Vermelha e em seguida, Arya.

Por um momento, Arya pensou que ele apenas seguiria em frente, mas arregalou-os e não tirou os olhos dela nem quando falou:

— Abra esse portão imediatamente.

— O quê, Milorde?

— Não vê? Aquela é Arya Stark. Agora ao menos que queira morrer nas próximas horas, sugiro que mande seus homens abrir os portões imediatamente.

Enquanto passava pelos portões, Arya se perguntava o que o Duende estava fazendo ali. Por que ele estava ali? E como ele chegou a reconhecê-la quando temia que mesmo para seus irmãos seria difícil.

Winterfell ainda parecia a mesma, mas sabia que tudo estava diferente, o chão que pisava ainda era o mesmo de antes, e o calor que sentiu em seu corpo relaxou-a enquanto Nymeria andava ao seu lado. Casa, ela estava finalmente em casa.

— Milady, é uma grande felicidade para todos saber que está viva.

Um Lannister! O que faz aqui? 

— Onde está Jon? — Não se importou em esperar, dependendo da resposta do Duende, decidiria se enfiaria ou não Agulha em suas entranhas.

— Sinto muito, Milady...

Não... eu já devia esperar que ele estivesse morto. Sempre que chego já é tarde demais.

— ... mas Vossa graça teve de ir.

— Ir? Para onde?

— Para a Muralha, saiu esta manhã.

Arya se sentiu devastada. Era sempre assim, nunca chegava a tempo. Mas por que voltou para a Muralha? Por quê?

— E Sansa?

— Oh, Milady, Sansa está no Grande Salão, venha, deve querer vê-la imediatamente.

— Não sou uma lady.

— Claro.

Enquanto caminhavam pelo pátio, Arya ouviu o barulho de asas batendo forte contra o vento, as pessoas que passavam por ali, apontavam para o céu assustadas, um casal se abraçou e uma grande criatura sobrevoou o céu e posou bem no meio do pátio, soltando um grito alto.

Arya assustou-se, mas preferiu não demonstrar, o pequeno homem ao seu lado pareceu soltar um suspiro aliviado, como se fosse uma coisa boa ter uma criatura daquele tamanho no pátio.

Do outro lado, ela viu três mulheres, uma delas tinha o cabelo quase branco, e sua pele pálida, vestia um vestido vermelho com detalhes negros brilhantes. Arya nunca viu ninguém igual antes, a mulher sorria enquanto se aproximava da criatura no pátio.

A outra era morena, com cabelos encaracolados e roupas que não combinavam com o inverno, mas foi a terceira que chamou sua atenção, foi a terceira que fez o coração de Arya bater mais rápido.

Os olhos azuis e os cabelos ruivos como os de sua mãe. Pelos deuses, como ela lembrava sua mãe! Era uma mulher já, alta e bonita, como Arya sempre imaginava que Sansa acabaria se tornando.

Sentiu lágrimas pinicarem seus olhos, mas as afastou. Viu quando os olhos de Sansa encontraram os dela, e o olhar de medo que tinha se instalado ali ao ver a criatura, de repente ficou surpreso.

— Arya! — Gritou de seu lugar e veio correndo em sua direção. — Arya!

Ela a puxou para um abraço enquanto as lágrimas caíam gordas de seus olhos, sim, ela me reconheceu.

— É mesmo você?

Arya não conseguiu responder, apenas balançou a cabeça e apontou para a loba sentada tranquilamente ao lado.

— Nymeria? Mas eu pensei que...

— É, eu também pensei.

— É mesmo você. Por onde esteve? Nos preocupamos tanto, você fugiu! Pensamos que estava morta por um tempo, até Brienne me contar... e... — Finalmente Sansa olhou ao redor, para todos aqueles homens da Irmandade, para a Mulher Vermelha e Cão de Caça, seus olhos pareceram crescer mais quando chegaram no último.

— Passarinho. — Ele disse de seu lugar.

— Sor. — Ela disse simplesmente, mas Arya viu a carranca no rosto de Clegane, ele já não era Sor há muito tempo.

Mais tarde o dragão tinha sumido do pátio, estava aterrorizando algumas pessoas e de alguma forma conseguiram tirá-lo de lá. Arya estava alimentando Nymeria, Sansa tinha finalmente deixado-a sozinha depois de um banho e passar horas no grande salão comendo. 

Tinha um lugar no pátio em que ela gostava de se esconder para brincar quando era pequena, e era lá que ela estava com Nymeria. Até que viu um movimento por trás e quando se virou apontando Agulha, a mulher abriu um pequeno sorriso. Era a primeira, a que sorria para o dragão e tinha o cabelo loiro-platinado.

— Você é exatamente como Jon me disse. 

Arya embanhou Agulha.

— Por que ele teve que ir?

Sabia agora que aquela mulher era Daenerys Targaryen, sabia de quase tudo desde que esteve fora, Sansa não conseguiu fechar a boca por um segundo desde que chegou.

— Seu irmão, ele está na Muralha esperando.

— Sim, mas por que ele teve de ir?

— Eu me faço essa mesma pergunta. É sua loba? — Ela se aproximou mais. — Qual o nome dela?

— Nymeria. Você pode tocar, ela não vai te morder, mas poderia arrancar seu braço se eu não estivesse aqui.
Daenerys riu e tocou levemente a cabeça da loba gigante.

— Aquele dragão é seu?

— Sim, tenho três. Um dia eu vou te mostrar, eles serão livres para voar por todos os Sete Reinos quando reconquistar o meu trono, até lá, infelizmente eles não tem essa liberdade. Aquele que viu esta tarde se chama Viserion, os outros são Drogon e Rhaegal.

— Ele é enorme! — Ela se permitiu rir junto. — Quando vai partir para Porto Real?

— Em alguns dias vamos para Pyke e depois Porto Real.

— Você vai matar Cersei? — Daenerys levantou uma sobrancelha.

— Se for necessário.

— É necessário. A única forma de para-la é se mata-la. Sabe disso, e se não sabe, está sabendo agora.

Arya desejou se juntar ao exército dela e matar Cersei com as próprias mãos, sabia que Jon não deixaria se estivesse ali.

Mas ele não está. Ela poderia matar um de seus imaculados, ou aquela morena que estava com a Rainha antes. Poderia matar um de seus homens ou Tyrion Lannister. Poderia matar qualquer um, até a própria Rainha e então usar seu rosto para matar Cersei.

Posso ir para Porto Real com o exército de Daenerys Targaryen.
 


Notas Finais


Eu fiquei um tempão sem postar 😟
I'm sorry, semana de provas, correria louca! Quase não tive tempo de entrar aqui.
Mas enfim, provas acabaram, tô de volta! E vamo que vamo kkkkkkkkk

Se não gosta de novidades sobre a série não leia:
Quem viu as novidades das gravações? Ahhhh medinho do Jon ter que casar com aquela ruiva que apareceu. Poxa, ela é RUIVA!


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