História Um Tour com os Black Veil Brides - A discussão

     Eu ouvi por trás da porta do meu quarto o que se passava. Não se deve fazer isto, é considerado falta de educação, mas curiosidade matou o gato.

      "Eu não te entendo, Andrew! Que raio te passou pela cabeça a convidares?!"  - gritava Juliet com Andy.

     "Fodasse! Caralho! Vamos conversar para o quarto, já estás a fazer bastante barulho aqui no corredor e toda a gente vai ficar a saber que discutí-mos! Entra!" - ouvi uma porta a bater com força. Sai do meu quarto e, conforme eu sai, os outros membros da banda estavam também na porta dos seus quartos com expressão negativa e meio triste no rosto.

     Inna chegou-se perto de mim e pediu para conversar comigo a sós no meu quarto.

     - Não ligues Thyra, a Juliet é muito agarrada ao Andy. Ela não suporta que outras mulheres cheguem perto dele, normal, ele é um homem atraente e tal. Ela pensa que tem que estar de olho em ti e que tu tens intenções de roubares o Andy dela.

     - Mas... eu não quero nada com o Andy, aliás, eu acabei de deixar o amor da minha vida para trás, apesar de eu voltar em breve, eu perdi-o... - disse eu já a largar algumas lágrimas no rosto.

     - Não chora, Thyra. - Inna deu-me um abraço.

     Inna tem um dom de acalmar as pessoas, para além de ser bonita e simpática, ela é uma excelente pessoa. O Jake é um sortudo em tê-la. E a Juliet é uma sortuda em ter o Andy, com estas atitudes prova também que ela o ama muito e tem medo de ficar sem ele. Se eu tivesse um marido tão atraente quanto ele se calhar faria o mesmo. Se fosse com o Alex, sim faria. Por falar em Alex, estou preocupada com ele. Mas não me vou esquecer também da ignorância que ele me deu.

     Tomei um banho, vesti o pijama e fui dormir, logo pela manhã eu iria ajudar a banda a arrumar as coisas para o próximo concerto em Madrid.

     *Juliet on*

     Eu entrei no quarto com o Andy, lavada em lágrimas.

     - MAS O QUE É QUE TENS NA CABEÇA JULIET?! ESCÂNDALOS A TODA A HORA! TU NÃO ERAS ASSIM ANTES DE CASARMOS! - gritou-me Andy. Eu sentei aos pés da cama. Puz as mãos na cara numa tentativa de esconder o choro, mas os soluços denunciavam-no.

    - Desculpa, honey...

    - SHUT UP! FUCK YOUR APOLOGIES! I'M TIRED OF YOUR SCANDALS! (Cala-te! Fodasse as tuas desculpas! Estou cansado dos teus escândalos!) - Gritou ainda mais e saiu do quarto.

    Fiquei dentro do quarto e deitei-me na cama a chorar bastante, ele nunca foi assim comigo. Será que eu tenho algum problema? Será que estou a ficar paranóica por causa das fãs dele? São tantas... E tantas sonham tê-lo só para elas enquanto eu o tenho só para mim. E isso dá-me a necessidade de proteger o nosso amor e o nosso casamento. Mas será que eu estou a exagerar? Enfim, eu vou fazer um esforço e tentar dar-me bem com ela, por ti Andy. Só por ti.

*Juliet off*

*Andy on*

      Estou tão cansado! É isto todos os dias desde que eu começei a ter alguma fama! Elaestá a ficar paranóica, eu apenas convidei a Thyra para se juntar a nós, já que ela fez um presente tão perfeito para banda. Será que é algum crime?! O que ela terá na cabeça?!

      Sai do hotel completamente fora de mim e passei pelas ruas de Madrid. Passei por uma estação de trem muito bonita, a estação de Madrid - Atocha.  Nessa estação decorreram os atentados de 11 de Março de 2004. Uma situação horrível. Esse pensamento deu origem a outros pensamentos sobre a morte. Quem passou por bullying sabe o que é pensa na morte. Tantas vezes que eu pensei em várias maneiras, nenhumas puz em pratica porque não desisti. Cheguei onde cheguei a partir das minhas próprias mãos e com a ajuda dos meus amigos Jake, CC, Ashley e Jinxx. São todos ótimos amigos, e custa-me deixá-los para trás. Após este tour eu irei continuar o meu projeto a solo e não terei tanto tempo para poder estar a 100% com eles, muito menos ajudar com as músicas ou letras. O projeto a solo é o que eu mais quero. Eu também preciso de fazer um novo estilo de música, para a minha sanidade mental, preciso de mudar de ares, e queria a Juliet ao meu lado porque ela é a minha mulher. Mas não com ela a fazer esta porra destes escândalos! Ela parece uma paranóica que não me pode ver com ninguém! Enfim, seja o que Deus quiser, logo eu voltarei para perto dela, neste momento preciso de espairecer e estar sozinho.

*Andy off*

*Alex on*

      A mulher que estava ao meu colo começou-se a esfregar em mim, e sinceramente eu senti-me um pouco... excitado. Demais. Ela estava a pôr-me completamente fora de mim. Por momentos a angústia de ter ficado sem a Thyra desvanesceu-se.

     - Como te chamas querido? - Perguntou a mulher a esfregar-se ainda em mim.

     - A-Alexandre. M-mas os meus amigos tratam-me por Alex. - Porque estava eu a gaguejar tanto?!

     - Então Alex, anda comigo. - Ela levantou-se lentamente e segurou a minha mão, fazendo-me levantar e fez com que eu a segui-se pelo bar adentro.

     Entrámos num cubiculo, um pouco pequeno, uma mini salinha, com um sofá. Eu e ela entrámos e ela pôs a mão no meu peito empurrando-me para trás para o sofá. Ela sentou-se no meu colo de novo mas desta vez numa posição comprometedora - sentou-se de costas para mim com orabo completamente colado ao meu membro, que por acaso estava um pouco duro. Ela começou-se a esfregar em mim, duma maneira brutal, ela era mesmo experiente na coisa. Depois ela sentou-se de frente para mim no meu colo e começou-me  beijar loucamente. A imagem de Thyra veio-me na mente. Separá-mos os lábios e juro! Pela minha alma! Eu juro que vi a Thyra á minha frente a olhar para mim, em vez da prostituta experiente! Fiquei logo de rastos, esqueci o momento, porque aquela bonita sensação durou apenas segundos, após isso a face da prostituta apareceu de novo, acabando com o sonho de 5 segundos que invadiu a minha mente. Larguei-a e puz uma mão a comprimir os meus olhos, na tentativa de esconder alguma tristeza que me trespassava o coração.

     - O que se passa,fofinho? - Disse a prostituta agarrando-me no rosto para olhar para os meus olhos. Eu imediatamente a afastei de cima de mim bruscamente, levantei-me e sai da salinha e do bar.

     Andei a vaguear pela rua, sem rumo, no entuito de que os meus próprios pés me levassem para algum lado bem longe onde me pudesse esconder. No entanto, passei por uma agência de viagens. E parei.