Quando acordei, tomei um banho e vesti-me para ir tomar o pequeno-almoço. Quando sai do quarto, um dos bagageiro do hotel estava a tirar malas do quarto de Andy e Juliet. Juliet entretanto apareceu na porta do quarto e olhou para mim, quando olhou entrou de novo no quarto. Fui lá.
- Juliet, para onde vais? - perguntei.
- Back home. (voltar para casa.) - respondeu.
- Sem o Andy?
No exato momento que perguntei ela pegou o meu pulso, puxando-me para dentro do quarto e fechando a porta, deixando o bagageiro do lado de fora para carregar com as malas.
- Listen to me right now! (Ouve-me agora!) - disse Juliet bastante violenta - À tua pála e à pála dessas putas que ai andam a chorar pelo meu marido, o resultado foi este! Eu vou deixar o Andy, por vossa causa, por causa das fãs dele! FODASSE EU NÃO AGUENTO!!! - os olhos claros dela demonstravam odio.
- Eu não fiz nada Juliet, isso foi algo que inventas-te na tua cabeça. Sim realmente há fãs que idolatram o Andy demais mas comigo não é "esse" caso. Inventas-te tudo na tua cabeça e estás a fazer o Andy pagar por isso. - disse eu.
- Are you fucking serious?! (Fodasse, a sério?!) Não basta o que tu e todas fazem e ainda me chamas de maluca ou esquizofrenica? Sai! - ela pegou de novo no meu braço abriu a porta violentamente e atirou-me para fora do quarto fazendo-me cair no chão enquanto ela fechava de novo a porta. Olhei para o lado esquerdo ainda caida no chão e vi Andy parado a olhar para aquela cena toda com os olhos muito abertos de choque. O bagageiro veio de novo para tirar as duas últimas malas de perto da porta do quarto. Andy correu de imediato para ele pegando as malas de volta.
- Hey! What you think you're doing?! (Hey! O que pensas que tas a fazer?!) - gritou Andy com ele.
- A senhora Juliet pediu que carregasse as suas malas até ao táxi. Tem voo para daqui a 3 horas. - respondeu o bagageiro.
Andy começou a deitar algumas lágrimas e virou costas andando até à porta do quarto de Juliet e abriu a porta com a chave dele.
Eu virei-me para voltar para o meu quarto. Quando estava a tirar a chave para entrar, alguém me toca no ombro. Era Ashley.
- Queres-me explicar esta guerra toda logo pela manhã? Tu e a Juliet decidiram fazer do hotel uma guerra de cowboys ou quê? - perguntou ele.
- Não foi nada Ash, se viste ou ouviste alguma coisa, apenas esquece, sim? - Ele percebeu que eu não tava bem também. A Juliet culpava-me de coisas que eu não tinha a mínima culpa, isso deixou-me em baixo.
Entrei no quarto cheguei junto ha janela, encostei a testa no vidro e fiquei a olhar para o lado de fora que dava para a frente do hotel. De lá dava para ver a entrada e na entrada e realmente estava lá o táxi de Juliet à espera dela. Passado pouco de 5 min Juliet entra às pressas no táxi com Andy a correr atrás dela provavelmente a suplicar para que ela não fosse embora. Ela entrou no táxi e foi. Ele apenas virou costas para a estrada ficando de frente para o hotel, esticou-se e meteu as duas maos atrás da cabeça desesperado e voltou para dentro. Dois minutos depois uma das portas do andar do meu quarto fechou com toda a força. Andy tinha-se trancado no quarto. Não tomou o pequeno-almoço, não almoçou e passou até metade da tarde no quarto. Inna e Jake não conseguiram tirá-lo de lá.
Com isto tudo esqueci de ver o telemóvel. Quando o desbloqueei tinha umas 8 chamadas do Alex seguidas de umas 10 mensagens. Ele estava preocupado. Liguei para ele.
- Amor! Já estava preocupado! Que se passou?! - disse ele com o seu tom de voz preocupado.
- Alguns problemas Alex, nada demais.
- Alguém te fez mal? O que se passa, querida? - ele percebeu pela minha voz que algo não estava bem.
Eu contei a ele o que se passava e ele ouviu sem reagir ao que eu contava.
- Não te sintas culpada por isso, amor. Isso que se passa com a Juliet chama-se "começar a desconfiar". Natural, o Andy é um homem bastante atraente, para alguma mulher conseguir ficar com ele, tinha que ser imune a esse tipo de coisas, pelos vistos ela não é.
- Sim pelos vistos... - disse eu.
Falei com o Alex mais um tempo e desligá-mos. Sai do quarto e quase ao mesmo tempo que o Andy. Ele estava a andar muito lento pelo corredor do andar do hotel. De repente ele encostou o ombro na parede como se estivesse a desequilibrar. Eu fui a correr para o ajudar meti o braço dele por cima de mim para o agarrar para ele não cair.
- Andy! Estás a sentir-te bem?! - perguntei eu preocupada e com dificuldade para o ajudar dado o fato de que ele tinha o triplo da minha altura apesar de ser magrinho.
- Devo ter uma quebra de tensão, nada mais... Leva-me até ao bar por favor...
- Não vais a bar nenhum! Vais comer e não embebedares-te! Vamos! Andor!
Com muita dificuldade levei Andy até ao restaurante do hotel que estava quase a fechar mas eu pedi por tudo ao responsável para dar uma excepção ao Andy e ele aceitou. Fiquei com Andy na mesa e, enquanto esperávamos a comida dele, ele relaxou-se para trás na cadeira e esticou a perna direita. Pegou num guardanapo e começou a mexer nele, inconscientemente. O olhar dele tava vidrado ele olhava para o guardanapo mas o pensamento dele não estava ali. A comida chegou e ele comeu um pouco e melhorou o seu estado, ja conseguia andar direito e tinha mais forças. Quando saímos do restaurante ele tentou esgueirar-se para o bar, conforme ele tentou fazer isso eu peguei no braço dele e puxei-o para a saída.
- Ah, não vai. Vamos à rua apanhar ar. - disse eu puxando Andy para a saída.
- Não quero sair...
- Queres sim, vamos, bora.
Fomos para o jardim perto do hotel e, como estava muito bom tempo, tirei o casaco, ficando com uma blusa dos rolling stones sem mangas. Sentei com Andy no banco do jardim.
- Precisavas de apanhar ar fresco e não de te encharcares em álcool. Desculpa se não deixei tu ires beber, mas é que quando eu fiquei sem o meu pai a minha mãe nos primeiros tempos também bebia muito e eu agora nao suporto os efeitos do álcool e não consigo deixar alguém beber para esquecer. Hoje foi um dia horrível e cheio para ti e eu percebo isso, mas não te vou deixar ir abaixo.
Andy apenas olhava para as pedras da calçada enquanto eu falava e quando eu terminei ele olhou para mim e deu-me um abraço. Quando me largou eu olhei para a frente e vi uma casinha de gelados da "olá!".
- Alguma vez bebeste café em formato gelado? Ahahah. - perguntei eu a Andy num tom de riso.
- Café já bebi de caneca mas de gelado não.
- Então espera um pouco aqui sentado, vai sair dois cafés em gelado ahahah.
Fui à casinha dos gelados e pedi um gelado de café expresso e outro de moca. Cheguei perto do Andy e dei o gelado de café expresso a ele com a palhinha. Andy pôs a palhinha no copo e bebeu.
- Isto é estranho, mas é bom! - disse Andy enquanto bebia até acabar o copo.
- Não bebas tao rápido que faz mal! - adverti eu a ele.
- Que faz de mal? - perguntou Andy levantando uma sobrancelha.
- Pode congelar-te o cérebro!
- Depois fico com cérebro congelado? Isso agora fez-me lembrar os sims 3 sobrenatural que uma das refeições deles era cérebro de zombie ahahah. - disse ele em tom de riso.
- Queres saber uma coisa estranha?
- O quê?
- Em certas regiões de Portugal come-se cérebro de animais. - disse eu.
- O QUÊ? - perguntou Andy com uma expressão um pouco de " que nojo".
- O pior é que é verdade. Os leitões quando são vendidos vem junto com a cabeça e lá ainda está o cérebro, ahahah. Lá em Portugal comem muita coisa meio nojenta para outros povos, como por exemplo a língua do porco, os testiculos do boi, figado, patas de galinha. No Alentejo é muito comum tomatada de patas de galinha, que basicamente é tomate desfeito com tempero e misturado com patas de galinha. Mas é bom, a pior parte é que é bom, ahahah.
- Tu já comes-te isso?! - perguntou Andy estupefato.
- O meu pai era alentejano, claro que sim, fazia-mos muitas vezes comida dessa em casa.
- EWWWW - disse ele com um espasmo.
- Um dia também vais provar, ahahah.
- Ai não vou não! - disse ele com uma gargalhada.
De repente vejo uma luz muito brilhante por entre as ervas dos arbustos do jardim. A luz piscava muito. Parecia ser a luz de um flash.
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