História Um Único Destino - Você é o meu mundo agora

Pov. Ana

- Eu estava com saudades do seu beijo, seu corpo, meu deus como eu tava com saudades de vocês – Disse a Mel se aconchegando no meu corpo na minha cama depois de um banho delicioso.

- Cada que passava sem noticias suas meu coração diminuía. – Falei a abraçando forte.

Logo depois do banho nós deitamos na minha cama e ela simplesmente começou a falar tudo que passou durante toda essa semana do lado daquele mostro, e me contou também como ela foi louca e esperta o suficiente pra resolver tudo, tão nova e ao mesmo tempo tão esperta, cada palavra que ela me dizia me deixava com vontade de chorar.

- Depois que recebi alta do hospital a primeira coisa que fiz foi passar em frente a sua casa, mas não tinha ninguém la. – Falei

- Passamos ainda três dias em outro lugar, depois que fomos pra minha casa, o Bruno achava que a policia não iria la. – Disse ela me apertando mais forte – E de certo não iriam se eu tivesse ligado pra eles.

- Você foi muito corajosa pequena.  – Falei dando um beijo em sua testa.

- É mas agora eu não tenho mais casa.

- Baby – Falei levantando seu queixo com um dedo indicador – Você pode ficar aqui o quanto quiser. – dei um selinho nela – E tenho um quarto de hospedes lembra? – Falei rindo e ela sorriu também.

- Aquele que a Juliana faz de motel? Que tal eu ficar bem aqui?

- Aqui?

- Isso na sua cama, dormindo com você todos os dias?! – Disse ela e meu coração acelerou. – O que você acha?

- Eu acho uma ótima ideia. – Falei e beijei seus lábios intensamente por alguns segundos.

É isso mesmo? A Mel acabou de vir morar comigo ou eu estou delirando? Olhei pro lado e percebi uma pontinha de tristeza em seu olhar, claro que ela tinha todos os motivos do mundo pra estar triste e assustada.

- Ta tudo bem? – Perguntei

- Está...Não... Na verdade ta tudo errado, eu queimei a minha casa, minhas coisas – ela estava triste e de repente ficou com um sorriso nos lábios (sempre desconfiei que ela fosse bipolar mesmo) tive vontade de sorrir também – Mas eu não tinha muita coisa mesmo, então ta tudo bem. – Completou ela.

- Já sei do que você ta precisando. – Falei

- Compras, já que você literalmente queimou tudo.

- Eu não posso comprar nada e não vou deixar você me dar nada.

- Quem falou em dar algo aqui? Vai ser tipo um empréstimo, uma hora você me paga, de um jeito ou de outro. – Falei ficando em cima dela e beijando sua boca intensamente.

- Uau olha quem colocou as unhas de fora, toda certinha e querendo me comprar coisas em troca de sexo. – disse ela rindo e me beijando de volta.

- Então vamos – Falei já saindo de cima de la, mas senti suas mãos me puxando de volta.

- Pra onde você pensa que vai, que tal começarmos o pagamento agora? – Disse ela mordendo o lábio e sem seguida passando a língua no lábio inferior.

- Acabamos de transar no banho sua safada. – Falei sorrindo porem já sentindo uma excitação.

Ela nem respondeu, já foi tirando o roupão que era a única peça que cobria meu corpo, já que tínhamos saído do banho e não havíamos nos vestido, ela despiu o meu ombro e beijou meu pescoço me provocando um arrepio em toda a minha espinha, ela mordeu no mesmo lugar onde havia beijado o que me fez soltar um suspiro que não chegou a ser um gemido mas quase.

- Eu estava morrendo de saudade de sentir os meus dedos dentro de você. – Disse ela e eu não pensei que aquilo teria um efeito tão grande em mim, senti na mesma hora meu sexo ficando molhado e em seguida sentir seus dedos massageando meu clitóris que fez eu ficar completamente molhada em poucos segundos – Acho que tinha alguém com saudades de dar pra mim também não é mesmo? – Disse ela se referindo ao meu sexo completamente molhado agora, e não pensou duas vezes antes de deslizar dois dedos pra dentro de mim, o que me fez dar um pequeno impulso pra frente, sentada em cima dela com seus dedos dentro, escutei sua voz – Rebola em cima dos meus dedos Ana.

Eu prontamente atendi aquele pedido tão excitante. Comecei a rebolar em cima dos dedos dela e agora sim estava gemendo enquanto ela me penetrava com a mão direita a esquerda se esticava pra tocar meus seios, apertando meu mamilos, eu estava me deliciando com aquilo quando ela sem avisar penetrou o terceiro dedo em mim o que me fez gemer mais alto, ficou me penetrando com muita força e bem rápido me fazendo ficar quase sem ar, assim como ela havia colocado os dedos em mim ela tirou sem aviso prévio e deslizou seu corpo na cama em baixo do meu corpo até chegar com sua boca em meu sexo, fiquei literalmente sentada na sua língua, cai pra frente apoiando meu corpo na parede, me segurando firme, por que já sentia meus joelhos tremerem enquanto sentia sua língua deslizando em mim, não sabia quanto tempo mais eu conseguiria aguentar me segurar sobre meus joelhos, ela agarrou minha bunda com as duas mãos me forçando a rebolar sobre sua língua o que me fez gemer ainda mais, senti meu corpo tremer em alguns pontos, os meus músculos se contraiam eu atingi um delicioso orgasmo, senti meu liquido escorrer por sua língua que ainda me chupava com muita vontade. Certo eu não aguentava mais os meus joelhos e cai de lado na cama.

- Agora eu também quero gozar, será que você pode fazer isso? – Perguntou ela fazendo uma cara de safada limpando o cantinho da boca com o dedo polegar.

- Eu posso ao menos respirar? – Perguntei totalmente sem fôlego.

- Na verdade eu não estou muito afim de te dar descanso não. – disse ela ainda com aquela cara de safada que parecia que estava implorando por um orgasmo.

- Não? – Perguntei ofegante

- Não, vi isso em um filme e quero tentar ver se é tão legal quanto parece.

- Anda assistindo muito pornô? – perguntei sorrindo

- Sou uma grande admiradora da indústria pornográfica. – disse ela rindo.

- Okay baby, o que você viu?

- Isso... – Disse ela abrindo as minhas pernas um pouco e sentando entre elas, fazendo assim os nossos sexos se tocarem, ela começou a se movimentar entre as minhas pernas na famosa tesoura. – É parece que é tão bom quanto parecia. – Disse ela já meio ofegante.

Resolvi ajudar a ficar mais gostoso, em baixo dela eu movimentava o meu corpo de forma que o meu sexo encontrasse o dela com mais e mais contato e sempre que isso acontecia nós duas soltávamos gemidos no mesmo momento, realmente isso é bem melhor do qualquer um posso imaginar apenas vendo, ela começou a rebolar e eu conseguia sentir seu sexo cada vez mais molhado ao tocar o meu, ela estava gemendo e rebolando, alcancei seus seios com uma das mãos e o acariciei enquanto forçava um pouco mais o encontro entre nossas intimidades, tava tudo uma delicia, a sensação, a visão dela entre as minhas pernas e escutar ela gemendo estava me deixando louca, logo que em poucos minutos eu comecei a sentir uma sensação já conhecida, minhas pernas estavam tremendo, meu corpo dando pequenos espasmo ao encontro dela a cada toque, isso mesmo eu estava prestes a ter outro orgasmo, o corpo da Mel estava dando os mesmo indícios, ela estava gemendo cada vez mais e eu podia sentir suas pernas tremendo também, desci minha mão até encontrar seu sexo e com o polegar estimulei seu clitóris enquanto ela ainda rebolava sobre mim ao fazer isso em pouco segundos senti seu corpo cair sobre o meu, com a respiração ofegante e de olhos fechados e um sorriso tímido no lábios ela falou.

- É bem melhor do que eu imaginei.

- Não é? – Falei tentando colocar a respiração no lugar de novo.

- Então isso é o que chamam de colar o velcro? – Disse ela com um sorriso lindo nos lábios. – Ta sentindo?

- O que?

- Esse cheiro de sexo no ar, o quarto está exalando cheiro de sexo. – Disse ela rindo e o ri junto por que realmente estava mesmo.

- Banho e compras? – Perguntei

- Banho e compras – concordou ela.

POV. Melissa

O dia estava especialmente lindo, sei lá qualquer coisa tava me deixando com um sorriso frouxo nos lábios, estava com a Ana andando no shopping cheia de sacolas, o Bruno? Ah esse espero que esteja no inferno, não tive noticias e nem quero, depois do meu depoimento o delegado me garantiu que ele iria pra uma segurança máxima se sobrevivesse ao tiros que levou, que eu só precisava levar duas testemunhas pra depor ao meu favor já que foram encontradas muitas drogas na minha casa, mas como a Ana abriu um processo contra ele e o Liam também acho que isso já serve como testemunho que falei a verdade, enfim, isso é coisa pra pensar depois no momento eu estou muito feliz mesmo, o Liam está vivo, vou morar com a Ana por hora na verdade essa parte ta me assustando mas até o momento estou de boa com isso, acho que o medo que eu sentia de ama-la foi substituído pelo medo de perde-la, por mim eu não desgrudo dessa mulher nunca mais, se antes eu fugia e ela achava ruim, acredito que agora ela vai achar ruim me ter grudada feito um chiclete.

- Sabe – Falei dando uma pausa no meu BigMac – Eu quero visitar o Liam.

- Bom hoje não pode mais. – Disse ela dando uma pausa na sua salada fiz cara feia quando ela pediu isso, como alguém pode comer um prato de “mato” no lugar dessa delicia que é um BigMac? – Mas amanhã quando eu for e eu irei vem comigo?!

- Sério, eu quero mesmo muito ver ele – Mordi meu sanduiche e sujei o canto da boca de maionese a Ana toda fofa limpou com a pontinha do polegar – Acho que ele merece até um beijo por ter salvo você.

- Na bochecha né? – Perguntou ela toda linda com ciúmes, mas a verdade é que eu preciso terminar com o Liam, mas como eu vou fazer isso se o cara simplesmente se jogou na frente de uma bala e quase morreu por nossa culpa?

- Na verdade eu preciso terminar com o Liam né? – Falei franzindo a testa.

- Precisa mesmo – disse ela e me encarou por uns segundo – Porém eu não acho que você deva fazer isso agora. Ele acabou de voltar a vida não precisa saber que quase morreu por mim e que por minha causa vai te perder.

- Mas Ana, eu não posso ficar com ele e morar com você, transar com você, dormir com você e se é você que eu ... – engasguei um pouco aqui mas saiu – Amo. – Ela me olhou com um olhar tão fofo quando eu disse isso que meu Deus deu vontade de beija-la ali mesmo, ai eu realmente estou apaixonada pela primeira vez na vida é real e é por essa mulher – É isso mesmo, eu te amo, vou até subir nessa cadeira e gritar aqui na praça de alimentação. – Fiz que ia levantar da cadeira.

- Melissa senta. – Disse ela rindo e eu fiz que subir na cadeira – Para sua doida.

- Você não me ama mas quero que todos saibam que eu te amo pra caralho. – Falei em um tom um pouco elevado aqui.

- O que? É claro que eu te amo. – Disse ela e meu coração acelerou – E você mais do que ninguém sabe que eu realmente te amo demais.

- Então grita pra todo mundo. – Falei brincando lógico mas ela ficou completamente vermelha.

- Ta falando sério? – Perguntou ela

- Claro, grita pro mundo todo ouvir que você me ama, vou gritar então. – Falei e cada vez mais via ela ficando vermelha, sentei na cadeira bem colada a ela, dei um beijo em sua bochecha e sussurrei em seu ouvido. – Eu te amo Ana.

- Pensei que você fosse gritar pro mundo inteiro. – Disse ela rindo toda boba.

- Você é o meu mundo agora Ana.

Além de vermelha ela abriu a boca e os olhos me olhando como queria falar algo mais simplesmente ficou ali paralisada por segundos me olhando.

- Eu quero te beijar agora, essa provavelmente foi à coisa mais fofa que eu já ouvi na vida. – Quem ficou vermelha agora fui eu também quero beija-la, olhei pros lados pra ver se não havia ninguém olhando e roubei um selinho rápido.

- Se alguém tiver visto uma aluna me beijar estou realmente ferrada. – Disse ela rindo mas sem se importar. – Mas por você vou arriscar – Me roubou outro selinho rápido.

Parecíamos duas adolescente namorando escondidas, mas a sensação de estar perto dela era tão boa que eu nem me importava de estar falando essas coisas fofas (gays) realmente essa mulher está me mudando.

- Semana que vem é meu aniversario. – Falei assim sem querer, apenas saiu.

- Sério?

- Sério, a propósito quando é o seu?

- 13 de agosto.

- Leonina?

- Sim.

- Tá explicado o porquê de você ser tão gostosa – Falei o gostosa sussurrando. – Leão é fogo então né, tudo explicado.

- Você acredita nisso? – Perguntou ela.

- Ei.. Não duvide da astrologia. – Falei fazendo cara feia pra ela e ri depois

(...)

Depois de andar bastante do shopping, de assistir um filme sentadas e abraçadas no sofá da sala dela eu estava esgotada, realmente não tinha sido um dia fácil e estava ficando bem longo, eu precisava dormir, ela vendo a minha exaustão foi pro quarto comigo, deitou junto a minha e ficou la e tudo que lembro antes de ir para o mundo dos sonhos era do seu nariz no meu pescoço quando ela me abraçou em uma conchinha confortável.
Acordei assustada no meio da noite, com o coração acelerado e respiração falhando, sonhei com todo o tormento que eu tinha passado durante aquela semana inteira, naquela babaca tentando me beijar e me deu náuseas, olhei pro lado e a Ana não estava mal tive tempo de correr cheguei colocando a cabeça quase dentro do vaso sanitário e vomitando até a alma.

- Você está bem? – Era a Ana falando e já segurando o meu cabelo enquanto eu vomitava tudo.

- Uhrum. – Falei sentando no chão gelado do banheiro – Tive um pesadelo e acordei enjoada, deve ter sido algo que comi.

- Só come bobeira da nisso, vou fazer um chá.

- Não precisa.

- Precisa sim, volta pra cama.

Ela me ajudou a levantar do chão do banheiro e me colocou na cama novamente, saiu e foi fazer um chá. Enquanto eu estava deitada senti um pouco mais de ânsia mais não o suficiente pra me fazer vomitar de novo, me sentei na cama e senti um dor incomoda no estomago. Olhei a hora no relógio ao lado da cama que marcava 3:15 a.m , mas não foi isso que me chamou atenção e sim a data era dia 25 e só então eu percebi que a minha menstruação estava atrasada e isso era uma coisa que nunca acontecia, na minha vida a única coisa certa e regular era o meu ciclo menstrual, gelei no mesmo momento com o pensamento que me ocorreu.

- Não pode ser. – Falei sozinha

Sim eu estava pensando que poderia estar grávida e isso me fez querer vomitar ainda mais, voltei pro banheiro e vomitei mais e mais, todos os músculos do meu estomago estavam doendo nesse momento eu simplesmente deitei no chão frio do banheiro e não tive forças de levantar.

- Mel? – Era a voz da Ana vindo do quarto – Ta no banheiro de novo.

- Uhrum. – foi tudo que consegui dizer

- Vem vamos voltar pra cama – Disse ela me dando a mão.

Fomos pra cama e ela me entregou uma caneca do Batman com um chá bem amargo dentro, mas bebi assim talvez isso fosse realmente só um desconforto e como ela disse por alguma bobeira que comi, não quero nem pensar que a outra possibilidade possa ser verdade. A Ana sentou ao meu lado e me puxou pra perto deitou a minha cabeça em seu colo e ficou me fazendo cafuné.

- Assim até vale a pena ficar doente. – Falei abraçando suas pernas e quase pegando no sono de novo.

(...)

Acordei pela manhã e a Ana de novo não estava ao meu lado, olhei no relógio e já passavam das 11h da manhã, eu tinha dormido tanto mas acho que eu precisava mesmo, acordei até mais disposta o enjoo tinha ido embora e fiquei aliviada, era apenas um mal estar mesmo, agora pra tirar todas as provas só faltava a minha menstruação resolver dar as caras. Preciso voltar a trabalhar, porém vou me valer um pouco mais dessa folga forçada. Levantei e fui até a cozinha fazer café onde a dona Mariza diarista da Ana já estava fazendo faxina, é aquela mesma que não acreditou que eu a Ana éramos primas, agora ela me vendo sair do quarto vestindo um baby doll ela vai ter certeza que a Ana está dormindo com a prima, ri sozinha pensando o que ela estava pensando, tomei café e me joguei no sofá vendo a dona Mariza aspirar todo o apartamento, lembrei do que o Tomás falou e realmente parecia que esse não era o meu mundo, me veio uma leve tristeza que logo passou quando a Ana entrou toda linda estava na hora do seu almoço.

- E ai vamos? – Disse ela já me beijando, a dona Mariz viu e pronto se ela tinha duvidas agora ela tem certeza, pensando nisso sorri. – Ta rindo do que? – Perguntou ela e eu olhei pra dona Mariza meio sem jeito. – Opa eu nem tinha a senhora ai. – Disse a Ana pra dona Mariza e riu também.

- Vamos pra onde? – Perguntei

- Ver o Liam baby, está quase no horário da visita vim buscar você.

Fui vestir uma das minhas novas roupas que tinha comprado ontem, já que as minhas roupas antigas tinham virado cinzas, no caminho até o hospital fomos escutando musica e tocou The Weeknd - Earned It e no mesmo momento nossos olhares se cruzaram como se uma lesse o pensamento da outra e rimos sem falar nada, mas claro que era impossível ouvir essa musica e não lembrar do aniversário da Juliana nos duas naquele quarto, algemas, fantasia e ai, só de lembrar me deu um arrepio na espinha.
Chegamos ao hospital uns 20 minutos depois, a Ana foi falar com a mãe do Liam, tão intimas que pareciam ser amigas a décadas, ela veio me abraçar já chorando.

- Por Deus que bom que você está bem, eu li no jornal que aquele mostro está internado e que irá para uma cadeia de segurança máxima quando sair ou se sair, espero que não saia. – Essa é a mãe do Liam falando do Bruno na verdade eu acho que penso como ela, nunca desejei o mal de ninguém mas se o Bruno tivesse morrido naquele tiroteio eu estaria dormindo mais tranquila e sem medo que ele possa se recuperar e voltar a me atormentar.

- Já acabou e tudo que me deixou mais feliz do que me livrar daquele idiota foi saber que o Liam está bem. – Falei e ela não me largava – Posso ir vê-lo? – Perguntei

- Claro minha filha, ele leu o jornal também vai ficar muito feliz te ver bem e livre daquele mostro.

Entrei no quarto com as duas e ele estava todo concentrado la no seu notebook que nem percebeu a nossa presença.

- E ai cabeção virou herói. – Falei na porta e ele me olhou como se não acreditasse que era eu mesmo ali.

- Caralho é você mesmo? Cara eu me levantaria e te abraçaria até você perder o fôlego.

- Nem pense nisso. – Disse a mãe dele.

Corri até ele e o abracei sem apartar muito, e comecei a chorar muito, lembro do quanto eu sofri pensando que ele tinha morrido, eu não sei o que faria se esse garoto tivesse morrido e por isso que eu to chorando tanto, é uma mistura de felicidade com alivio e não sei o que mais.

- Calma eu não morri. – Disse ele.

- Mas podia, onde você estava com a cabeça, ta pensando que só por que tem essa cabeça enorme é feito de ferro? – Falei tanto parar de chorar.

- Na verdade eu fiz sem pensar, mas eu faria de novo.

- Nem pensar, acabou a sua cota de ser baleado. – Falei

- Isso mesmo. – Concordou a mãe dele.

Certo ele fez isso pra proteger a Ana mas puta que pariu quem se joga na frente de uma bala? Mas tá, quem toca fogo na própria casa, quem sou eu pra falar né.

- É verdade que sua casa pegou fogo? – Perguntou a mãe dele pra mim.

- É verdade sim.

- Se precisar de um lugar pra ficar ficaríamos muito felizes em te receber la em casa. – Disse ela.

- Na verdade eu já resolvi isso. – Falei e olhei pra Ana, e dei uma certa bandeira no olhar que fiz pra ela.

- Da uma licença pra gente mãe? – Disse o Liam

- Claro. – respondeu sua mãe e a Ana ia saindo junto com ela imaginando que o Liam queria ficar sozinho comigo.

- Fica Ana. – Disse o Liam fazendo ela voltar já da porta.

- Eu também? – Perguntou a Ana

- Isso fiquem as duas. – Disse ele e então só sua mãe saiu. – Vocês são realmente muito gatas puta merda velho, se eu não tivesse nessa cama com muitos remédios correndo a minha corrente sanguínea eu ficaria excitado agora. – disse ele rindo.

- Liam. – falei – Respeita a Ana, ela é sua professora moleque.

- Mas ele levou um tiro por mim, acho que ele ta com credito viu. – Disse a Ana rindo.

- Então era disso que eu queria falar, já falei pra Ana e vou falar pras duas agora, tá? – Disse ele e nós apenas o observamos – Melissa...

- Oi?

- Você me ama? – Perguntou ele e eu simplesmente não sabia o que responder.

- É... amo... – falei sem muita certeza daquele papo.

- Certo, mas você me ama como amigo o “cabeção”que você tanto fala e sim nós tivemos nossos momentos bons, mas sabe o que eu consigo ver daqui?

- O que? – perguntei

- Que o seu olho brilha quando fala na Ana, que aquele beijo triplo que demos não era a minha boca que você queria encontrar....

- Maas... – Falei o interrompendo porém ele continuou.

- Não, deixa eu falar – Disse ele – Ta tudo bem, sério falei pra Ana ontem e digo pra você agora se eu tenho que perder você pra alguém que seja pra Ana. – Disse ele e riu

- Ta rindo do que idiota? – Perguntei enquanto a Ana apenas nos olhava.

- Isso foi muito gay, olha to fazendo isso so pra alimentar a minha imagem machista de vocês duas se pegando tá? Não é por nada mais. – Disse ele e todos rimos muito.

- Você é um fofo cabeção – Falei dando um selinho e depois um beijo na bochecha dele a Ana foi na outra bochecha e o beijou também.

Nós não confirmamos nada, mas também não discordamos ficou subentendido. Depois disso ficamos conversando sobre o que tinha acontecido comigo, e la estava eu contando toda aquela historia horrível novamente, porém dessa vez tava mais fácil contar, não tinha mais tanto peso nas palavras, o horário da visita já estava quase no final e precisávamos ir, a Ana ainda teria aulas mais tarde, eu também mas ainda não estou pronta pra voltar a faculdade, admiro que ela tenha tido força o suficiente, eu preciso de um pouco mais de tempo.

- Espera você colocou mesmo fogo na sua casa? – Perguntou o Liam – Sabe que isso é crime né?

- Crime era ficar presa aquele babaca.

- É isso é verdade, mas mesmo assim você é uma doida sabia?

- Já me disseram isso. – Falei rindo

- Precisamos ir agora. – Disse a Ana olhando a hora. – Tchau Liam. – Disse ela dando outro beijinho nele.

- Tchau professora.

- Tchau cabeção. – Falei dando um beijo em sua bochecha também.

Quando já estávamos quase chegando na porta do quarto ele chama a nossa atenção novamente.

- Ei. – Disse ele fazendo que olhássemos pra trás – Vocês não acham que eu mereço um sexo a três quando sair daqui? Afinal eu salvei a sua vida. – disse ele pra Ana.

- Tchau Liam – Disse a Ana sorrindo.

- Não custava perguntar né? – Disse ele rindo também.