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História Um Único Destino - Só Os Loucos Sabem


Escrita por: mundosapatonico

Notas do Autor


Falaaaaaaaaaaa galera? Tudo beleza? Gente ta chegando o Natal né?
Odeio o Natal... Aff
Então a véspera de natal é exatamente daqui a uma semana né? Mas calma que acho que tem capitulo antes tá? Vou tentar.

Então voltei hoje por que ontem o dia foi corrido no trabalho e depois fiquei assistindo Game Of Thrones e esqueci de terminar o capitulo, dessa vez vocês podem me bater :o MENTIRA podem não. kkk

O capitulo ta fodinha, eu gostei. Não vou me prolongar aqui não. Leiam e depois digam se ta ou não fodinha. eu gostei. Bora lá?

Até la em baixo.

Capítulo 35 - Só Os Loucos Sabem


Fanfic / Fanfiction Um Único Destino - Só Os Loucos Sabem

POV. Ana

 

Já faz uma semana desde o lamentável falecimento da mãe da Mel, depois disso eu resolvi fazer uma visita pra minha mãe, levar a Mel pra conhecer ela, aproximar ela ainda mais da minha vida e família, claro que foi uma péssima ideia.

- Isso não é normal, duas mulheres morando junto como um casal – Foi o que a minha mãe disse.

- Mãeee – Falei em repressão.

- Quantos anos você tem minha jovem? – Perguntou minha mãe pra Mel

- Completei vinte mês passado. – Respondeu a Mel

- Você é muito jovem – Disse ela olhando pra Mel e depois virou pra mim pra falar como se a Mel não estivesse ali – Ela vai te largar, ela é muito nova e meninas novas assim não sabem o que querem da vida.

- Com 20 anos eu sabia exatamente o que queria mãe. – Falei

- Isso por que você nunca foi como todo mundo, você sempre foi estranha.

- Mãe não seja rude. – Falei

- Deixe de besteira menina – Disse ela levantando da mesa – E você está muito magra, vai ficar pro almoço?

- Na verdade tenho trabalho pra fazer, vou fazer qualquer coisa pra comer em casa, nós já vamos indo.

- Certo. – Disse a minha mãe

- Te amo mãe. – Falei dando um abraço nela a Mel se levantou e estendeu a mão para cumprimenta-la.

- Até mais senhora, foi um prazer conhece-la finalmente. – Disse ela apertando a mão da minha mãe e fomos embora em seguida.

Me despedi da Rosa, senhora que trabalhava na casa da minha mãe a anos e que me entendia muito melhor que a minha mãe, quando me assumi lésbica a minha mãe disse “isso é pecado” e a Rosa disse “pecado é você viver uma vida de mentira minha filha”.  Na volta pra casa no carro a Mel falou:

- Acho que a sua mãe não gostou muito de mim – Ela estava com os pés sobre o porta luvas do carro roendo as unhas, ela ta fazendo muito isso.

- Não leva pro lado pessoal, não é que ela não gostou de você... Ela só não aceita o fato de você transar comigo. – Falei tentando ser divertida.

- Ela sabe que a gente transa? – Disse ela me olhando com os olhos bem abertos.

- Não Mel ela acha que a gente fica jogando UNO na cama toda noite.

- Acho que seria melhor ela pensar isso mesmo, é estranho imaginar que ela sabe o que a gente faz.

- Ela não sabe, mas deve imaginar e talvez isso que não agrade.

- É estranho... – Disse ela roendo a unha do mindinho até machucar. – Ai

- Para de roer a unha. – Falei tirando os dedos de perto da boca dela.

- Me deixa, os dedos são meus. – Disse ela revirando os olhos.

- Seus dedos estão todos machucados, olha isso. – Falei olhando pro seus dedos que de todos o único que não estava machucado era o polegar (ainda).

- Tô nem ai...

Chegamos em casa e fui preparar o nosso almoço enquanto ela se jogou largada no sofá mexendo no celular, eu queria anima-la mas eu não sabia como, ela só ficava calada e quando falava era muito pouco e quando não estava mexendo no celular estava roendo as unhas, se não os dois, ainda quero saber de onde ela arruma tanta unha pra roer senhor. O jeito é chamar reforço, na última semana o Liam tem dormido mais aqui do que em casa, com a desculpa que os pais estão viajando, mas acho que é só pra ficar perto da gente mesmo, eu não posso reclamar ele ajuda pra caramba e é bom ter músculos amigo em casa as vezes. Peguei o meu celular e mandei uma mensagem pra ele no whats verificando que eles estava online.

[11:20] Ana Moura: Será que você não estaria a fim de almoçar com a gente?

Em menos de 20 segundos eles me respondeu, tava online mesmo.

[11:20] Liam: Opaaaa toda hora, agora?

[11:20] Ana Moura: Agora, de preferência pensa em alguma coisa que possa animar a Melissa.

[11:21] Liam: Chego em alguns minutos. :*

Voltei pro fogão e quando eu estava quase terminando o almoço o interfone toca com o porteiro perguntando se o Liam poderia subir, autorizei e logo ele estava tacando os dedos na minha comida.

- Opa... Tira a mão dai. – Falei dando um tapinha na mão dele e ele sorriu.

- A quanto tempo ela tá naquela posição? – Perguntou ele apontando pra Mel que estava deitada no sofá com as pernas pra cima e cabeça pra baixo quase encostando no chão.

- Errr... Bastante tempo. – Falei

- Ei – Disse ele indo pra perto dela. – Nunca te falaram  que isso faz o fluxo do sangue ir pra cabeça?

- Geralmente quem fala essas coisas são as mães, e eu não tenho uma. – Disse ela friamente, sem nem sequer olhar pra ele.

Reinou-se um silêncio de vozes e apenas as músicas do arctic monkeys preenchiam o vazio na sala, e permaneceu assim por mais ou menos uns 5 minutos, até que eu quebrei o silêncio.

- O almoço ta na mesa gente.

Nos sentamos a mesa e diminui o volume da música um pouco e a Mel me olhou com olhar de reprovação, revirou o olho e começou a se servir, depois comeu tudo que tinha em seu prato em silencio enquanto eu e o Liam meio que nos comunicávamos por olhares, eu meio que dizia “puxa assunto” e acho que ele respondia “o que?” e ficou nessa até que ela levantou da mesa, levou seu prato até a pia da cozinha e foi pro quarto, nos deixando sozinhos na mesa ainda comendo.

- Você precisa fazer alguma coisa. – Falei

- Espera... O que? Você que é namorada dela, vai lá.

- Eu já tentei, ela deita na cama, põe os fones de ouvido, fecha os olhos e simplesmente não me escuta.

- E por que você acha que ela me escutaria.

- Não, eu não acho, ela não vai te escutar. – Falei olhando pra ele sorrindo – Mas já ajuda você ir la.

- Ta bom, mas antes eu vou terminar isso aqui, por que você cozinha melhor que a minha vó.

- Ah que ótimo, outro dia eu era “tia” agora cozinho melhor que a “vó” tô me sentindo uma velha.

- Ah mas vai, você já é quase. – Falou ele rindo

- Perdi o respeito mesmo. – Falei também rindo. – Te odeio.

- Odeia nada, aposto que você me ama. – Disse ele terminando de comer e levantando e já levando tudo pra pia, também terminei ajudei a levar tudo e quando pensei em começar a lavar as coisas, ele pegou o avental, tirou a camisa, pôs as luvas de borracha e começou a lavar. – E a propósito, olha como eu sou gostoso. – Disse ele colocando o avental cobrindo seu abdômen definido sem camisa, eu ri. – Eu sou um bom partido também, de boa família, escrevo corretamente, educado, bonito e bem dotado 22cm de pura alegria – Disse ele já lavando os pratos, okay eu não precisava saber o tamanho do pênis dele, já dizia a minha mãe “Dê dinheiro, mas não dê liberdade”.

- Que horror, eu não precisava saber o tamanho desse troço.

- Ah vai, confessa... Tenho certeza que você ficaria comigo se fosse pelo menos bi – Disse ele abrindo um sorriso largo. – A proposito tem certeza que você não é pelo menos bi?

- Claro que tenho e não preciso dos seus 22cm já estou feliz com 9, tenho tudo que preciso. – Falei mostrando o meu dedo do meio pra ele que media exatamente isso, se homens podem medir o pinto por que eu não posso medir o dedo.

A Mel passou, surgiu na cozinha enquanto nós conversávamos e riamos, ela foi até a geladeira e nós nos calamos por que parecia que ela não estava muito a fim de conversa.

- Ué, pararam por que? Não se intimidem por mim, pode continuar dando em cima da minha namorada. – Disse ela olhando pro Liam, bebeu água e olhou pra mim – Pode continuar dando bola pra ele, quem sabe você não descobre que é pelo menos bi... Finjam que eu não estou aqui.

- Mel...

- Vai por mim, ele é um gato né? Um gostoso também e é muito bom de cama, eu sei disso por que fui eu que ensinei...

- Melissa... – Falou o Liam, alias ele meio que gritou – Para.

- Parar com o que? Vamos continuar fingindo que você não é apaixonado pela Ana e que ela sabe disso e se faz de idiota? É Liam você não sabe esconder muito bem o que sente, você olha pra ela da mesma forma que olhava pra mim, e eu não te culpo ela é mesmo uma gostosa e é a melhor transa de toda a minha vida vai lá, experimenta.

- MELISSA TA LOUCA? – Dessa vez fui eu que gritei.

- Eu não estou louca, eu sou louca... Eu estou dizendo que vocês tem a minha benção pra foder, foder muito... Vai lá Liam come ela e descobre que ela é tudo aquilo que você imaginou enquanto bate uma pra ela...

- JÁ CHEGA... – Gritou o Liam visivelmente alterado – Você não vai falar assim com ela, eu sei que você está passando por uma fase difícil mas não desconta em quem só te deu apoio caralho, a Ana é o sonho de qualquer um e eu não vou deixar você estragar isso, agora para.

- Eu paro se você admitir que é apaixonado por ela, não precisa ser tímido, todo mundo é a fim dela, vizinha puta, ex namorada vadia, colegas de trabalho, alunos, amigas e quem não seria olha esses peitos, essa bunda, admite Liam. – Disse ela chegando bem perto dele - Eu quis dar pra ela no momento em que a beijei e você? Não quer foder ela com força nesse exato momento.

- Você está sendo infantil. – Disse ele saindo de perto dela.

- Melissa já chega – Falei

- Ah foda-se, vou pra piscina. – Disse ela e nos deixou um olhando pro outro sem saber o que dizer.

- Desculpa Liam. – Falei

- Tá pedindo desculpas por quê? Por ela? Ela que tem que se desculpar com você, onde já se viu isso.

- As coisas agem de forma diferente nela, e o luto está deixando ela bem mal, ela chora dormindo toda noite e...

- Tá bem Ana, mas isso não justifica ela te tratar mal assim sem motivos. – Disse ele me abraçando vendo que eu estava meio mal.

- Obrigada, mas acho que ela tem razão Liam não sobre essa historia de você está apaixonado por mim, mas sobre essa proximidade eu devia ser apenas professora de vocês, no entanto minha namorada e o meu melhor amigo são meus alunos, sou uma péssima professora.

- Você é uma ótima professora e o que você faz fora da faculdade não é da conta de ninguém. – Disse ele e eu sai do seu abraço, fui tomar um pouco de água – Eu vou la falar com ela. – Vestiu a camisa e foi atrás dela.

Sentei no sofá, abaixei a cabeça quase encostando nos joelhos, depois fui até a varanda e acendi um cigarro, peguei meu celular e mandei uma mensagem pra Juh, que estava me ignorando desde aquele ocorrido, depois ela viajou a trabalho e não tive mais como falar com ela, mas acabei de ver no facebook dela que voltou, então entrei no whatsapp e mandei uma mensagem.

[14:01] Ana Moura: Para de me ignorar, vamos conversar. Nós precisamos conversar.

Ela que estava online visualizou a minha mensagem em pouco tempo mas levou alguns minutos pra me responder.

[14:08] Juh: Estou aqui na Raianne, tbm precisava conversar com ela, tá em casa? Se sim, subo ai

[14:08] Ana Moura: Estou sim.

[14:09] Juh: Ok, subo daqui a pouco.

Pouco tempo depois ela estava na minha porta e ficou parada me olhando por alguns vários segundos, normalmente ela mal teria esperado eu abrir a porta e já estaria se jogando no meu sofá, é quando você percebe que as coisas estão realmente estranhas, então ela entrou, entrou e ficou me olhando sem falar nada, foi ai que percebi que ela estava esperando que eu dissesse algo primeiro.

- Juh, eu... Não sei o que dizer. – Eu não sabia mesmo.

- Não sabe Ana? Que tal um “Eu quase trepei com a sua namorada no dia do seu aniversario, foi mal ai Juliana mas eu tinha que mostrar que eu sou mais gostosa que você agora”.

- Ela não era sua namorada na época Juh, mas mesmo assim desculpa e não tem nada desse lance de mostrar que sou mais gostosa, eu só estava chateada por ver a Mel ficando com outra pessoa e... rolou.

- Rolou? É tudo que você tem pra me dizer caralho? É melhor eu ir embora... – Disse ela indo até a porta, mas eu a impedi que saísse.

- Espera, tudo bem... – Falei tomando ar, entendi que ela precisava de uma desculpa melhor – Okay, tá? Eu errei, mas ela não era sua namorada na época, eu errei também por que achava que ela estava dando em cima de mim depois de vocês namorarem e mesmo assim eu não te falei nada, mas eu não falei por que estava gostando, eu não falei por que não queria estragar o seu namoro, você estava tão feliz e eu nunca faria nada pra te machucar Juh, acredita em mim. – Falei olhando bem nos olhos dela.

- Eu sei que você não ficaria com ela – Disse ela me olhando fixamente – E sabe como eu sei disso? Por que você é uma maldita de uma certinha que não faz nada errado né?

(Espera, ela está com raiva por que eu não ficaria com a namorada dela? Me perdi aqui!)

- Você está com raiva de mim, por que eu não ficaria com a sua namorada, por eu ser certinha?

- Não imbecil eu estou com raiva de você por você não ter me dito que ficou com a minha namorada, estou com raiva por saber que ela ainda está a fim de você, estou com raiva por que a única vez que me apaixono por alguém de verdade ela prefere a minha melhor amiga e também estou com raiva de mim mesma por não ter percebido isso tudo e estou com raiva de você por ter percebido e não ter me contado, mas sabe... – Disse ela quase chorando, então eu a abracei – É muito cansativo sentir raiva o tempo todo, é muito cansativo odiar a minha melhor amiga e por isso eu te desculpo, - Disse ela limpando uma lagrima solitária que saiu dos olhos dela. – Mas se você aprontar uma dessas comigo outra vez eu te jogo daquela varanda, idiota. – Disse ela me dando um soco bem forte no braço e voltando a ser a Juh que todos conhecem, folgada e perturbada. – Tem cerveja nessa casa? Estou morta, cheguei de viagem hoje e quero encher a cara. – Disse ela indo até a geladeira e pegando uma das minhas coronas.

 

POV. Melissa

 

 

Eu definitivamente não sei reagir a dor, eu estrago tudo e definitivamente o Liam estava certo quando falou que sou fodida da cabeça, eu não queria ter falado aquelas coisas pra eles, mas quando eu vi já era tarde demais, parecia que a minha boca tinha vontade própria e as palavras saiam sem a minha permissão.

- Você vai voltar la e pedir desculpa pra ela. – Esse é o Liam me dando um sermão. E eu estou olhando pra piscina ignorando o que ele estava quase gritando comigo.

Levantei, tirei a tolha da minha cintura, fiquei só de biquíni e pulei na piscina, mergulhei e fiquei em baixo da água até não aguentar mais prender a respiração.

- Você não vai fugir de mim, eu vou ficar aqui até você voltar la e pedir desculpas pra ela. – Disse ele de pé na borda da piscina.

Com apoio das mãos eu sentei na borda da piscina continuando com o pés dentro da água.

- Você pode pegar o meu roupãopor favor? – Falei pra ele que ainda estava de pé ao meu lado.

- Melissa...

- O roupão Liam – Falei interrompendo o que ele ia falar e ele foi buscar.

- Toma. – Disse ele me entregando o roupão, de onde eu tirei o meu cigarro do bolso e acendi.

- Obrigada. – Falei devolvendo o roupão pra ele.

- Você não pode fumar aqui. – Esse era o moleque, filho da sindica tem mais ou menos uns 14 anos e é um pentelho, além de ser feio de doer a vista, o moleque parece um ET, tai um bom apelido pra ele.

- Vaza ET – Falei

- Como é? Você me chamou de que? Será que preciso chamar a minha mãe aqui e formalizar uma queixa? – Disse ele cruzando os braço, uma queixa? Quem ele pensa que é? Algum agente da lei e que a mãe dele é sei la uma xerife?

- Ah vai se ferrar moleque.

- Não é tolerado bullying ou qualquer tipo de preconceito nesse prédio moça é por isso que você mora aqui, do contrario...

- Do contrario o que? – Falei me levantando e o encarando – O que você ta querendo dizer?

- Que você sendo uma sapa não passaria nem pela portaria, então baixa a bola.

- Como é? Perdeu a noção do perigo ET? Ta querendo apanhar?

- Sou menor de idade e você não pode encostar em mim.

- É o que vamos ver... – Falei dando alguns passos pra dar um soco na cara dele quando senti o Liam me segurar pela cintura e me tirar dali.

- O moleque tem razão, você não pode bater nele, ele é menor de idade e você já viu a quantidade de câmera tem nesse prédio maluca? Quer ser presa Melissa? – Disse ele me dando bronca como fazem com crianças, revirei o olho pra ele, mas ele tinha razão não valia a pena.

- Certo, não vale a pena me sujar por um... MERDINHA – Gritei pro molque ouvir e ele me mostrou o dedo do meio, quero matar ele nesse exato momento, mas ok, vou respirar fundo.

- Agora pega as suas coisas e vamos subir. – Ele tava me dando ordens mesmo.

- Sabe que você fica até sexy me dando ordens? – Falei passando a mão no tanquinho dele.

- Melissa para com isso e cresce, você vai subir e pedir desculpas pra sua namorada, namorada essa que faz tudo pra te ver bem, para de fazer merda. – Disse ele segurando a minha mão. (Tenho certeza que se fosse a Ana ele não teria tirado a mão e sim colocando dentro da calça dele). Eu não estava dando em cima dele de verdade, estava apenas o testando.

Voltamos ao apartamento eu até tava disposta a pedir desculpas mas quando eu voltei vi que a minha presença não fazia diferença, ela estava no maior papo com a Juliana rindo aos montes, então eu simplesmente passei pro quarto, deu tempo de escutar apenas a Juliana dizer.

- Ela ta bem?

Me tranquei no quarto batendo a porta bem forte, depois de alguns minutos lembrei que eu fazia isso em casa quando era menor que ficava chateada com alguma coisa, lembro que geralmente eu levava uns tapas por ser tão mal criada, mas não é irônico quando sua mãe te chama de “mal criada” sendo que ela que criou você? Era exatamente o que eu gritava pra minha mãe quando me dava bronca “Você que me educou assim” eu gritava. Gritava, chorava e colocava musica bem alta no quarto aquele rock pesado que não deixa você nem pensar apenas sentir cada batida da musica, eu tava precisando não sentir e nem pensar nada, coloquei os fones de ouvido e na play começou a tocar slipknot e fiquei encarando o teto um bom tempo escutando o álbum inteiro, até que eu peguei no sono.

(...)

Mais tarde eu acordei com os fones de ouvidos mudos e a musica havia cessado, acordei meio perdida com os olhos inchados como se eu tivesse chorado por horas, fui pro banheiro tomei banho e depois fui até a sala onde estava tocando musica e todos estavam na varanda bebendo, respirei fundo e me juntei a eles, a primeira coisa que fiz tomar o copo que estava na mão do Liam e o cigarro da Ana me sentei e todos me olharam como se eu fosse uma estranha.

- Vai, continuem eu também quero participar da conversa. – Falei.

- Então a Juh ta querendo dar umas voltas pelo dragão do mar, mas eu falei que não seria uma boa ideia. – Disse a Ana

- Não, é uma boa ideia. – Falei

- Sério? – Perguntou a Ana meio espantada

- Na verdade por que não damos uma volta na ponte metálica, faz anos que não vou ali, saudades de tomar uns vinhos e interagir com os rockeiros, cantar e tocar violão, vamos?

- Por mim tá ótimo – Opinou o Liam

- Vamos tomar vinho e andar na parte velha da ponte. – Disse a Juh levantando o copo como quem faz um brinde no ar.

- Tem certeza? – Perguntou a Ana pra mim.

- Claro, vamos vai ser legal. – Respondi

- Então vamos. – Disse ela abrindo um sorriso largo e lindo.

Terminamos de beber a garrafa de absolut que estava diante de nós e fomos a pé mesmo até a ponte metálica que se chama na verdade ponte dos ingleses mas todos de Fortaleza chamam de ponte de metálica, não me perguntem por que, até por que o troço é feito de madeira então não sei o por que do metálica. Fomos andando pelo calçadão era uma caminhada de uns 30 minutos até la, mas fomos andando pela orla recebendo a brisa no rosto e eu estava com uma segunda garrafa de vodka, vodka essa que eu  estava bebendo pura e quente mesmo, eu precisava sentir algo correndo nas minhas veias, parecia que o meu sangue tinha parado de circular a dias, eu me sentia e morta por dentro, e aquele álcool esquentava as minhas veias pelo menos momentaneamente. Depois de beber quase metade da garrafa de vodka sozinha a Juliana tomou das minhas mãos quase quando estávamos chegando na ponte.

- Vai beber tudo sozinha? Egoísta. – Disse ela quando tomou a garrafa da minha mão.

 Continuamos andando até que chegamos no nosso destino, o local estava exatamente como eu me lembrava, já faz muito tempo desde a ultima vez que estive aqui, mas tudo mais parecia um deja vu o publico era variado, tinha um casal nos cantinhos mais escuro no maior amasso, a galera que curte um rock sentado em roda tocando violão, eu costumava ser dessa galera, tinha umas senhoras que vendia flores na qual os namorados só compravam pra poder comer as namoradas depois, tinha os turistas e tinha uma galera que era ousada e pulava pra parte proibida da ponte, essa parte proibida era onde a muito anos atrás costumava ser a ponte, mas o tempo deteriorou tudo, uma parte desabou e a que ainda ficava de pé estava quase em ruínas, claro que quando foi feita essa ‘nova’ eles fecharam o acesso pra antiga mas sempre tinha quem pulasse pela adrenalina de estar fazendo algo perigoso, ilegal e ou pelo simples fato de que la como não ia ninguém era mais calmo e silencioso. Sentamos perto daquela galera que estava tomando vinho e tocando um violão, eles estavam cantando Legião Urbana e Cazuza logo uma menina vestida de preto com uma blusa do Guns, cabelos bagunçados, magra e de maquiagem super carregada, com um all star surrado e nas partes brancas do all star tinha umas caveiras desenhadas, ela tinha aparência de ter uns 15 anos, me viu cantando e veio interagir comigo.

- Quer vinho? – Disse ela com a boca completamente vermelha de beber vinhos, mas parecia que ela tinha mordido o pescoço de alguém, na verdade ela parecia mesmo uma vampira com essa pele pálida e essa boca como se tivesse acabado de se alimentar.

- Nossa, obrigada quero sim. – Falei e ela me serviu em um copo descartável bem cheio.

- Não quer sentar ali com a gente?

- É… não, eu to aqui com eles. – Falei

- Seu namorado? – Perguntou ela apontando pro Liam que estava sentado ao meu lado.

- Não – Falei rindo – Mas ela é minha namorada. – Falei da Ana que também estava do meu lado.

- Sério? Que irado, eu sou bi sabe e achei vocês três uns gatos. – Disse ela sorrindo e atrás dela veio um rapaz que aparentemente tinha a mesma idade chamando ela.

- Bela, e ai já pediu?

- Ainda não. – Disse ela rindo

- Então pede.

- Nãooo – Disse ela.

- Pede. – Disse ele e eles ficaram nessa até que eu não aguentando mais perguntei.

- Pedir o que gente? Vocês estão parecendo um disco arranhado. – Falei

- É que é a vez dela fazer a cota pra gente comprar mais vinho, ela tinha que pedir ajuda por ai e não ficar paquerando. – Quando ele falou isso vi ela ficar vermelha.

- Não to paquerando idiota. – Disse ela

- Tá, eu ajudo... – Falei colocando a mão no bolso – Quanto vocês querem? Dez reais dá?

- Caralho, irado a gente geralmente pede um real, mas porra dona valeu. – Disse o moleque pegando o dinheiro da minha mão e sem questionar saiu pra comprar mais vinho e a ‘Bela’ foi logo atrás falando.

- Já volto.

- Você deu mesmo dinheiro pro moleque? – Perguntou o Liam

- Claro eu fazia muito isso quando era adolescente vinha pra cá ficar bêbeda mas nem sempre tinha dinheiro, então a gente pedia como eles.

- Então eles são tipo uma versão mais nova de você.

- Isso, uma nova geração. – Falei sorrindo.

- Eu não fazia isso quando era adolescente. – Disse a Ana – Nunca tive coragem de pedir dinheiro pra ninguém.

- Melhor que roubar. – Disse a Juh olhando pra mim – Vou atrás de mulher.

Algum tempo depois a Bela voltou com duas garrafas de vinho na mão, aqueles vinhos bem vagabundos mesmo, que de vinho não tem nada é só um suco roxo que te dá uma dor de cabeça do caralho, mas deixava bêbado, era barato e esse era o objetivo .

- Aqui – Disse ela me dando uma das garrafas.

- O que? É pra vocês. – Falei

- Te falei que ela não queria. – Disse o garoto irritadinho. – Vamo voltar pra galera.

- Tudo bem, a gente fica com as duas garrafas, mas como o dinheiro foi seu, você tem que beber com a gente. – Disse ela e saiu de perto de mim antes que eu pudesse responder, ela chamou o resto da turma dela pra mais perto de mim e eles vieram dizendo obrigada por eu ter patrocinado a próxima rodada de álcool.

- O que você gosta de ouvir ou cantar? – Perguntou um garoto que estava com o violão e aparentava ser o mais velho da turma. – Cazuza? Legião? Charlie Brown? Você que manda.

- Vamos de Charlie Brown? – Falei

- Vamos sim, você que manda nessa bagaça gata. – Disse ele já puxando as primeiras notas no violão e chamou atenção do resto das pessoas na roda. – Charlie Brown pedida da nossa amiga aqui... – Disse ele esperando que eu falasse meu nome.

- Melissa.

- Pedido da Melissa, todo mundo cantando ai. – Disse ele já puxando os primeiros versos da musica.

Minha mente nem sempre tão lúcida é fertil e me deu a voz
Minha mente nem sempre tão lúcida fez ela se afastar
Mas ela vai voltar
Mas ela vai voltar

E eu foi logo atrás dele...

- Ela não é do tipo de mulher que se entrega na primeira
Mas melhora na segunda e o paraíso é na terceira
Ela tem força, ela tem sensibilidade, ela é guerreira
Ela é uma deusa, ela é mulher de verdade
Ela é daquelas que tu gosta na primeira
Se apaixona na segunda e perde a linha na terceira
Ela é discreta e cultua bons livros
E ama os animais, tá ligado eu sou o bicho

Cantamos a musica inteira e quando terminou percebi que eles olhavam pra mim meio de boca aberta e abobalhados.

- Que voz é essa mulher. – Disse o moço do violão – Olha to arrepiado.

- Ah não me zoa. – Falei

- Não é zoera, canta bem pra caralho, ela canta bem ou não galera?

- Porra demais. – Disse o moleque irritadinho de antes que agora me olhava com aquele olhar típico de homem “quero te dar uns pegas”

- Próxima, agora a Melissa canta que ela arrasou pra caralho. – Disse o cara violão.

- O que não, não vou cantar sozinha.

- Vai amor, você canta muito bem mesmo. – Disse a Ana

- Ai ta bom.

Escutei um “awe” quase que coletivo .

- Qual? – Perguntou o carinho do violão.

- Só os loucos sabem.

- Ótima escolha.

- Posso tocar? – Perguntei.

- Além de cantar pra caralho você toca, mulher vamos ali casar cinco minutos. – Disse ele me entregando o violão – É seu, use sem moderação.

Peguei o violão e fiquei tentando acertar as notas por um segundo e logo peguei o jeito de novo, séculos que não pegava em um violão. Então comecei a musica...

Agora eu sei exatamente o que fazer,
Bom recomeçar, poder contar com você,
Pois eu me lembro de tudo irmão, eu estava lá também,
Um homem quando esta em paz,
Não quer guerra com ninguém
Eu segurei minhas lágrimas,
Pois não queria demonstrar a emoção,
Já que estava ali só pra observar
E aprender um pouco mais sobre a percepção,
Eles dizem que é impossível encontrar o amor
Sem perder a razão,
Mas pra quem tem pensamento forte,
O impossível é só questão de opinião
E disso os loucos sabem, só os loucos sabem,
Disso os loucos sabem, só os loucos sabem
Toda positividade eu desejo a você,
Pois precisamos disso, nos dias de luta,
O medo cega os nossos sonhos....

Quando eu terminei todos na roda e até alguns que nem estavam juntos de nós bateram palmas pra mim, eu entreguei o violão pro rapaz que depois descobri que se chamava Lucas e tomei um gole bem grande do vinho e depois de varias musicas eu simplesmente decidi que iria pra parte velha da ponte.

- Mel não, é perigoso. – Disse a Ana tentando me fazer não pular pro outro lado.

- Então você fica ai. – Falei já pulando pro outro lado.

- Droga – Disse ela antes de pular e vir junto, logo atrás dela o Liam e o Lucas que disse que vinha sempre pra esse lado fumar um beck.

Fomos caminhando até o final da ponte onde nem as luzes chegavam era escuro e se não andasse com cuidado podia facilmente cair dali.

- Lucas, trouxe o vinho? – Perguntei.

- Ta na mão. – Disse ele me entregando a garrafa.

- Amor, vamos voltar por favor, olha isso tudo rachado.

- Você pode voltar – Falei – Leva ela Liam.

- Não vou sair daqui sem você Melissa. – Disse ela segurando o meu braço.

- Tá, então fica quieta e olha o mar. – Falei sentando no concreto (essa parte da ponte é feita de concreto e não de madeira com a parte nova) com as pernas pra fora da ponte, a uma altura considerável do mar. Fiquei um bom tempo em silencio apenas olhando a escuridão do mar e bebendo o vinho na boca da garrafa, posso jurar que vi um golfinho.

- Vi um golfinho. – Falei

- Onde? – Perguntou a Ana

- Ali – Falei apontando pro local que eu achava ter visto, mas não tinha nada la, eu só podia está ficando bêbeda ou doida.

- Não tem nada ali sua louca – Disse o Liam rindo.

- Sabe o que seria irado fazer? – Disse e o Lucas já chapado – Dar um mergulho nessa água deve ta daora.

- Com certeza. – Concordei meio no automático  mas depois me pareceu uma ótima ideia. – Que ótima ideia. – Falei exatamente aquilo que estava pensando. – Isso mesmo, uma ótima Idea. – Falei ficando de pé.

- Hãm? Não, não mesmo... – Disse a Ana me vendo ficar de pé e beber o resto do vinho todo de uma vez. – Melissa não.

- Você perdeu o juízo de vez? Já vi gente se machucar feio pulando daqui. – Disse o Liam segurando o meu braço.

- Me solta, você não é meu pai e você... Não é minha mãe. – Falei tirando o tênis – Até por que eu não tenho nenhum dos dois, então larga o meu braço, eu faço a merda que eu quiser.

- Isso é loucura, ninguém ta querendo dizer o que você deve fazer, mas isso é totalmente sem noção. – Disse a Ana com aquela calma dela de sempre.

- Ana sai uma vez na vida dessa zona de conforto, se arrisca, faz alguma coisa arriscada na vida. – Falei

- Eu não pulo ai nem morta.

- Medrosa. – Falei livrando meu braço do aperto das mãos do Liam e pulei e escutei a Ana gritar.

- MEEEL...

Doeu, cai de barriga senti a minha cabeça quase explodir de pressão, e a água estava fria foi tudo que senti, dor e pressão na cabeça eu nem tive a oportunidade de começar a nadar. Acho que morri.

 

POV. Ana

 

- Ela ta demorando a subir? Não tá? – Falei desesperada.

Não acredito que essa maluca pulou, quem pula daqui? Tô começando a achar que a Melissa quer me matar do coração.

- Ela não te demorando? – Continuei insistindo e o Liam estava parado olhando pra água – Ela não vai subir.

- Eu vou pular. – Disse ele tirando o tênis – Eu vou pegar ela, pode deixar.

- Eu também. – Tirei a sandália e antes mesmo que ele pulasse eu me joguei na água atrás da Mel. E logo atrás senti mais um impacto na água e depois outro o Lucas suponho, só que ele ta chapado espero que não seja preciso regata-lo também. Nadei mais pro fundo na água escura e salgada doendo nos meus olhos eu tentei encontrar a Mel, encontrei ela a uns metros a frente com o corpo afundando aos poucos, ela estava desacordada foi quando me desesperei comecei a perder o fôlego preso também, comecei a querer chorar, mas segurei a pressão se não perderia o fôlego e nadei até ela, a puxei pelo braço e subi, quando eu subi fiquei gritando pelo Liam que ainda estava submerso, até que ele também apareceu e veio me ajudar.

- Liam, eu acho que ela morreu – Falei chorando e completamente desesperada.

- Calma Ana, calma ela não morreu. Vamos levar ela pro raso.

- Eu não consigo me mexer. – Falei tremendo e chorando muito.

- Calma eu te ajudo vem. – Disse ele pegando a Mel e me ajudando a chegar na areia, ele saiu com ela no colo e começou a fazer o atendimento de primeiros socorros, quando o Lucas também saiu da água.

- Maluco, ela morreu? – Disse o Lucas olhando a Mel pálida jogada na areia.

- SAI DAAAAAAQUI. – Gritei chorando. – Isso é culpa sua, que ficou colocando coisas na cabeça dela. – Empurrei ele que ficou me olhando espantado e saiu correndo, o Liam estava fazendo respiração boca a boca e massagem cardíaca na Mel e eu estava literalmente arrancando os cabelos, quando ela tossindo acordou e jogou a água dos pulmões pra fora. Corri até ela, me ajoelhei e comecei a chorar com a cabeça dela agora no meu colo. – Por você fez isso? Por quê? Você quer me matar? Não faz isso nunca mais, NUNCA, ta me ouvindo? Eu quase morri sabia? Que Droga Mel, que droga.

- Você pulou - Disse ela pra mim ainda  sem forças - Eu precisava sentir alguma coisa, alguma coisa que diminuísse essa dor e esse vazio aqui dentro, eu precisava sentir alguma coisa, foi estupidez, desculpa. – Disse ela me olhando e eu não conseguia parar de chorar, o Liam caiu na areia deitado, em sinal de alivio de ver essa maluca viva.

- Eu pensei que você tinha morrido, eu pensei... pensei – Eu estava chorando muito, ela sentou e me abraçou.

- Desculpa amor, eu não pensei direito, eu...

- Você nunca pensa Melissa, você vai acabar se matando desse jeito, e se você morrer o que eu faço? Em? O que faço se você morrer?

- Eu não vou morrer, me desculpa to aqui.

- Me promete que você nunca mais vai fazer nenhuma idiotice assim, ME PROMETE – Gritei.

- Eu prometo. – Disse ela me abraçando – Eu to aqui, to aqui. Shhh... Me desculpa.

- Irresponsável. – Disse o Liam agora sentado ao nosso lado, nem vi quando ele sentou.

- Quer dizer que você foi o herói novamente Liam? – Falou ela sorrindo, por que ela ta sorrindo enquanto eu ainda sinto as minhas pernas tremerem?

- Na verdade quem achou você foi a Ana, eu só ajudei.

- Você me beijou – Disse ela pro Liam se referindo ao boca a boca.

- Eu salvei a sua vida.

- Se você fizer algo estúpido assim outra vez eu juro que te mando. Idiota. – Falei

- Tudo bem amor, não chora mais eu to aqui e não vou deixar você sozinha. 

- Mas você pulou e disse que não pularia nem morta. 

- Eu pensei  que você tinha morrido e se você morrer eu não quero viver sem você. - Falei 


Notas Finais


Fortes emoções galera, isso aqui é teste pra cardíaco, kkkkk
Se eu tivesse uma namorada dessa eu infartava serio mesmo, ce é loco tio. A mina não tem um pingo de juizo.

Então meus amores o que vocês tem a me dizer do capitulo? Gostaram? Não gostaram? Tamo junto?
Comentem, amo ler o comentários de vocês e como vocês sempre me mandam continuar, eu tô continuando por que eu amo vocês. Colar de beijos.
Então por hoje é só eu volto antes do natal, pode deixar, kkkk

Beijos pra quem leu até aqui e comentem e quem ainda não me segue no twitter segue lá @MundoSapatonic tô sempre la, sempre mexxxmo.. Ah, quem não deu like la na pagina do facebook, corre la que to esperando seu like. Beijos amores e não esqueçam. COMENTEM, fui <3


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