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História Um Único Destino - Miss Simpatia


Escrita por: mundosapatonico

Notas do Autor


Genteeeeeeeeeee olha eu aqui não falei pra vocês que eu ia aparecer antes do natal? Então olha eu aqui, vou tirar vocês da ceia de vocês, quero todo mundo lendo, deixem o que estiverem fazendo e vamos ler o capitulo.
eu queria ter aparecido ontem, porém eu estou sem internet desde o começo da semana, então cá estou eu na festa de natal com a cara enfiada no notebook pra postar o capitulo pra vocês.

Ta bom, ja falei demais, a gente se encontra la em baixo.
beijos.

Capítulo 36 - Miss Simpatia


Fanfic / Fanfiction Um Único Destino - Miss Simpatia

 

POV. Melissa

 

Fim do semestre finalmente chegou, foram os seis meses mais longos da minha vida, não vou dizer que foram os mais loucos por eu já cometi muita loucura na vida e esses seis meses não foram diferentes. Bom vamos fazer um balanço de tudo bem rápido, conheci uma moça que logo se tornaria o amor da minha vida, terminei de vez com o meu ex psicopata que está preço (graça aos deuses), perdi a minha casa (taque fogo), namorei um garoto e uma garota ao mesmo tempo (mais ou menos isso), perdi a minha mãe e quase morri afogada. Teve mais coisas ai nesses meses, porém deixa pra la, vamos seguir em frente, hoje eu posso dizer definitivamente que estou de FÉRIAS, tive que fazer duas provas finais pra completar a nota mas deu tudo certo e passei em todas as cadeiras e com boa nota até.  E agora o que fazer nas férias? Fica de pijama o dia todo, jogar o wow o dia todo, fazer muito sexo com a minha namorada gostosa e comer muito, isso mesmo que você ouviu, não existe dieta nas férias. Por falar nisso estou com fome e estou sentindo um cheiro delicioso que está vindo da cozinha, além de tudo eu ainda tenho uma namorada que cozinha super bem, ganhei na loteria mesmo com a Ana gente, sério. Embora ela ainda esteja super estranha comigo a dias pelo o ocorrido na ponte metálica e não está falando comigo a não ser o necessário, mesmo assim ela é demais.

O que eu quero que todo mundo entenda é que eu não estava querendo me matar, eu apenas curto um pouco de adrenalina, certo foi uma medida idiota pular daquele jeito sem antes fazer uns cálculos de como eu ia cair e tudo mais, mas gente eu sou de humanas não sei fazer cálculos, quando eu era criança perguntava pra “tia” da primeira série por que 1+1 não era igual a 11 ou 2+2 igual a 22 então por favor não esperem muito de mim, embora o meu cérebro tenha desenvolvido pra muita coisa tem coisas que ele ainda pensa como se eu tivesse 9 anos.

- O almoço está pronto. – Disse a Ana assim sem mais detalhes.

A mesa estava toda posta, e o cardápio era arroz, strogonoff, salada e batata palha, e estava uma delícia como sempre, tentei puxar assunto com ela na mesa porém em vão ela me respondia com o estritamente necessário e da forma mais curta que podia. Terminamos o almoço naquele quase silencioso ridículo e eu fui pra cozinha lavar a louça, eu preferia mil vezes lavar toda a louça do que aguentar a indiferença dela. Ela foi até a varanda, acedeu um cigarro e ficou falando no telefone, eu não conseguia ouvir com quem ela falava então coloquei o fone de ouvido no meu celular e me concentrei no meu trabalho doméstico. Depois de toda a louça lavada, fogão limpo, cozinha idem voltei pro computador e fui jogar, perdi a noção do tempo e já estava quase ficando noite quando a Juliana chega em casa gritando feito uma louca.

- Cansei, canseeeeei – Gritou ela se jogando no sofá, como o computador ficava na sala perdi a concentração no jogo e morri, definitivamente precisamos de escritório nessa casa.

- De que? – Perguntou a Ana enquanto eu tentava ficar alheia a situação.

- De mulher, vou virar hetero.

- Se você virar hetero vai ter que transar com homem. – Disse a Ana rindo olhando pra Juliana jogada no sofá.

- Certo, vou virar freira. – Disse a Juliana ao pensar que pra virar hetero implica em ter que experimentar um pênis. Tentei me segurar pra não rir.

- Por que essa revolta agora? – Perguntou a Ana

- Decidi que ia terminar com a Raianne por que ela tava comigo querendo comer você, ai eu conheci uma morena muito linda, gostosa e boa de cama porém descobri depois que ela ficava comigo e com a cidade inteira, não tem mais mulher que preste nessa cidade Ana.

- Eu presto. – Disse a Ana ainda rindo.

- Você não conta, é minha amiga e além de tudo é casada. – Disse a Juliana olhando pra mim que fingia não ouvir nada do que elas falavam. O engraçado é que a Ana não concordou com tal afirmação.

Levantei e deixei elas falando na sala e fui tomar banho, tinha meu primeiro trabalho como fotografa logo mais, precisava ir ao local conhecer o espaço e estudar a iluminação e tudo mais. Eu estava bem animada, assim como estava bem nervosa, ia ser o meu primeiro trabalho realmente profissional e mais, fora do estúdio, já tirei diversas fotos no estúdio mais sempre com ajuda das meninas que já são bem mais experientes que eu, mas hoje à noite e eu teria a ajuda apenas do Adam outro estagiário do estúdio. Gente já que estou aqui sozinha nesse banheiro eu preciso desabafar e dizer que o Adam é um gato daqueles de perder de vista, outro dia ele foi consertar uma lâmpada queimada no estúdio e tirou a camisa, tem o abdômen mais trincado que já vi na vida, sabe aquela música “moreno alto, bonito e sensual”? É exatamente assim que o Adam é, no começo eu pensei que ele fosse gay, por que ele é dançarino em um grupo pop (ok, preconceito meu, mas né?) mas depois descobri que ele namora uma loira igualmente linda como ele, o corpo da mulher é tão perfeito que eu fiquei com raiva dela por ela não ter sequer uma celulite pra gente poder dizer “É bonita mas tem celulite” quem não tem celulite gente? A Samantha que ele carinhosamente chama de Sami, ela também dança com ele, é cover da Britney e chego a dizer que ela é mais bonita que a Britney, sei lá eu acho. Não posso negar também que já imaginei os dois transando loucamente enquanto um faz um strip pro outro e puta que pariu, ainda bem que a água ta gelada. Tá a culpa de eu estar pensando na transa alheia é que a minha namorada faz mais ou menos umas três semanas que não toca em mim e eu já estou enlouquecendo, daqui a pouco além de imaginar as pessoas transando eu vou começar a ver todo mundo sem roupa na rua. Tô estressada, três semanas ta foda “Okay dona Ana eu resolvo sozinha” (foi o que eu pensei no banho quando as minhas mãos começaram a deslizar sobre o meu corpo até encontrar um sexo carente e sensível). Me masturbei no banho, fazia tempo que eu não fazia isso eu nem sabia mais qual era a sensação de ter um orgasmo sozinha, não é ruim mas depois que comecei a transar praticamente todo dia viciei e masturbação sozinha perdeu um pouco do encanto, mas serviu pra relaxar, gozar é sempre bom.

Terminei o banho, escolhi uma roupa para o meu primeiro job profissional e sem contar que era o primeiro dinheiro que ia ganhar com as minhas fotos, a Fabi que é dona do estúdio sempre elogia as minhas fotos e diz que são boas demais pra uma ‘amadora’ fico toda boba com os elogios, mas eu sempre acho que dar pra melhorar, aquela coisa né? A pratica sempre leva a perfeição. Coloquei todo o meu material dentro da mochila, passei uma maquiagem leve já que o evento era uma aniversario de criança, uma roupa neutra (pretinho básico) e fui até a sala com as coisas já prontas pra ir.

- Você vai me levar lá? – Perguntei pra Ana.

- Huuum.... – Ela ficou me olhando como se não fizesse a mínima ideia do que eu estava falando.

- O evento que vou tirar as fotos Ana.

- Ah meu Deus era hoje? Me desculpa eu esqueci completamente... eu...

- Deixa eu vou de taxi – Falei revirando os olhos.

- Eu levo você – Disse ela.

- Não precisa, eu vou de taxi.

- Certeza?

- Você tá bebendo – Falei indicando a latinha de cerveja que estava na mesinha de centro, havia duas então deduzi que uma era dela – Sabe aquelas propagandas? Se beber não dirija? Então... Vou de taxi.

- Tudo bem.

- Tchau – Falei indo até ela e dando um beijo em sua bochecha.

- Até logo. – Disse ela sem esboçar a mínima reação de me beijar ou sei lá... Tá ficando chato isso aqui já, quero bater nela.

(...)

 

- Quanto luxo pra uma criança que nem vai lembrar disso quando crescer. – Disse o Adam me ajudando a montar a iluminação.

- Não é? Eu sempre digo isso. – Falei – Esse tipo de aniversario só serve pra ostentar pros adultos a criança nem entende, podia ser um bolo de padaria que faria o mesmo efeito. – Falei rindo pra ele.

- Mas ainda bem que existem pais assim, mas trabalho pra gente. – Disse ele rindo.

- Fora que aniversário de criança sempre tem comida boa.

- O único problema são as crianças. – Disse ele baixinho pra mim e rimos.

- Então, como ta a Sami? – Perguntei (mas por que eu quero saber da Samantha? E por que to chamando de Sami?) – Quer dizer, Samantha. – Tava intima demais. – Falei rindo.

- Ta bem, hoje ela tem apresentação.

- E você não?

- Eu teria, mas aqui vai rolar mais grana e eu estou precisando de grana.

- Nossa nem me fala, eu preciso tirar a minha carteira de motorista.

- Ah novidade. – Disse ele sentando em cadeira pequena, feita pra criança, o que era bem engraçado considerando que ele tem 1,85 de altura – Semestre que vem vou ser seu colega de faculdade também.

- Sério? Vai mudar pra lá?

- É, a Fabi conhece um figurão la dentro e ela me arrumou meia bolsa.

- Irado, mas meia bolsa ainda é caro pra cacete.

- Verdade, mas to dando o meu jeito.

- Irado que você vai pra la então.

Ficamos esperando os convidados e os anfitriões chegarem, o casal que me contratou era um casal de quase 40 anos os dois que tinham tido seu primeiro filho e que não queria economizar em nada, o pai era um senhor muito fino e educado realmente culto e elegante já a mãe era uma dondoca irritante que se vestia mal e sempre que podia demonstrava que era superior as pessoas por ter dinheiro, como diz o ditado “os opostos se atraem” e la vinha eles o pai todo elegante de palitó e sapato preto tudo de grife e bem caro certamente, ela como eu disse estava brega com um vestido de babado com estampa de oncinha quem ainda usa estampa de oncinha? Não sei o que estava mais carregado à maquiagem ou o laquê nos cabelos.

- Patati e Patata que se cuidem. – Disse o Adam se referindo exatamente à maquiagem dela me fazendo rir, mas como eu não estou aqui pra julgar moda, vamos aos trabalhos.

E la fomos nós tirar um milhão de fotos de todas as maneiras possíveis o contrato eram de três horas de permanência tempo necessário pra chegar todo mundo, cantar parabéns pegar o pós e ir embora, foi o que fizemos. Assim que terminamos eu estava exausta e precisando de um cigarro, fui até a parte de trás do salão ao ar livre pra fumar e relaxar, quando terminei voltei ao salão para desmontar tudo mas não encontrei o Adam, fui até o banheiro precisava me livrar de todo aquele refrigerante que estava na minha bexiga. Abri uma das portas sem verificar se havia alguém dentro pelo simples motivo de estar destrancada e peguei o Adam de calça baixa transando com a mãe do aniversariante, isso mesmo a Patati e Patata.

- Mas que merda – Disse a mulher quando me viu abrir a porta eu dei meia volta pra sair do banheiro sem dizer um pio.

- Melissa... – Disse o Adam vindo atrás de mim ainda vestindo as calças. – Eu posso explicar.

- O que? Não, nem precisa. – Falei – Você é adulto faz o que quiser da vida, só toma cuidado pra trancar a porta da próxima vez, podia ser qualquer um.

- É eu vacilei...

- Mas Adam ela tem idade pra sei lá... Ser sua mãe – Essa parte eu falei baixinho pra ela não me ouvir, ainda não tinha recebido o meu pagamento.

- Relaxa... Me dá 10 minutos que eu volto la pra te ajudar a desmontar tudo.

- Tudo bem, mas já deu nosso horário, acelera ai.

- Valeu, já te encontro la.

Voltei pro salão sentei em uma das mesas distantes e fiquei vendo toda aquela molecada correndo, caindo no chão e gritando, principalmente gritando, nossa que vozes irritantes, alguém poderia socar uma meia suja na boca daquele gordinho ali? Enquanto isso o senhor, pai do aniversariante estava com ele nos braços olhando pros lados impacientemente, certamente procurando sua mulher adultera que está com um rapaz de 18 anos no banheiro. É verdade que todas as mulheres do recinto olharam pro Adam como se quisessem comer ele a noite inteira, mas eu não pensei que alguma fosse fazer isso de fato e muito menos que seria a mãe do aniversariante. Mais ou menos 10 minutos depois a Miss Patata saiu do banheiro perceptivelmente ofegante, pegou o filho no colo e saiu pra longe do banheiro, alguns minutos depois o Adam vem com a cara mais lavada do mundo e senta na mesa em que eu estava.

- O que eu perdi? – Perguntou ele.

- Alguns moleques correndo e gritando, um marido impaciente enquanto estava sendo chifrado... Bom, diria que não perdeu muito coisa.

- Melissa eu...

- Como eu disse a vida é sua não precisa me dizer nada cara, sério mesmo leva na boa ai, vamos desmontar tudo e pegar nosso cheque. – Falei levantando e ele veio logo atrás.

Começamos a desmontar tudo e levar pro carro dele (?)

- Esse carro é seu?

- Da Sami, ela me empresta às vezes. Maneiro né? – Disse ele se referindo ao H20 preto da namorada traída dele.

- É muito maneiro.

Depois de colocar tudo no carro e pegar nosso cheque ele disse que me deixaria em casa, o que foi uma boa por que me poupou dinheiro e trabalho de ir de taxi, no caminho viemos quase sem falar nada até que ele quebrou o silêncio.

- Tá... – Disse ele – Você deve ta me achando uma cafajeste, mas eu não sou tá?

- Adam, eu não estou achando nada, mas tipo você tem uma namorada linda cara.

- Ela é linda mesmo.

- Então...

- Melissa, já falei não sou um cafajeste eu a Sami temos um relacionamento aberto.

- Caralho -  Falei sentindo o meu queixo indo no chão do carro – Sério? Ce fica com outras mulheres e ela com outros homens assim de boa?

- Eu fico com outras mulheres ou... – Disse ele dando uma pausa, paramos no sinal e ele me encarou e disse – Ou outros homens. – Disse ele abrindo um sorriso.

- Como é? – Perguntei quase engasgando – Você é bi?

- Por que o espanto?

- Ah, nenhum eu só... Ah sei lá... Lance moderno esse de relacionamento aberto, você ficando com outras mulheres, outros homens...

- Ela também fica.

- É você já disse isso. – Eu ainda estava perplexa.

- Ela também fica com outros homens e outras mulheres, a Sami também é bi.

- Caralhooo. – Falei deixando o queixo cair outra vez, ele eu achava mesmo que tinha um jeito meio gay de ser, mas ela eu nunca desconfiaria. – Viva a modernidade né? Não sou tão moderna assim, o que é meu é meu não divido com ninguém, como é aquele lance? Jesus mandou dividir o pão não as pessoas, quem falou isso merece um premio, por que nunca foram ditas palavras mais certas. – Falei rindo.

Alguns minutos depois chegamos em frente de casa, me despedi dele mas antes eu tive que falar.

- Sempre achei que você era meio viado mesmo. – Falei rindo antes de descer do carro.

- Isso é, sou meio – Disse ele rindo e me dando um beijo na bochecha. – A propósito Melissa, a Sami falou que te achou linda e que te pegaria fácil. – Disse ele rindo, eu apenas ri e desci do carro. – Mas quem não pegaria não é mesmo Melissa?

- Sou casada Adam. – Falei rindo olhando pra ele pela janela do carro.

- Não vejo nenhuma aliança ai e por falar nisso, quando conheço esse maridão?

- Esposa. – Falei e vi ele ir de queixo ao chão também.

- Sério?

- Muito sério.

- Vamos fazer um lance a quatro então pow.

- Suruba não é a minha praia, já falei não divido o que é meu.

- Egoísta. – Disse ele rindo

- Tchau Adam – Falei e entrei no prédio.

Quando eu cheguei estava rolando meio que uma festa no apartamento, bebida, música e tinha mais ou menos umas dez pessoas em casa, gente que eu nunca tinha visto na vida, as únicas que reconheci fora a Juliana foram a Fernanda (professora de fotografia) Fabi (minha chefe) e a... puta merda a Ana ta de brincadeira comigo o que essa menina ta fazendo aqui? Cheguei bem perto da Ana e puxei ela pra varanda, só queria fazer uma pergunta.

- O que a sua ex ta fazendo aqui? – Perguntei.

- O que a Amanda? A relaxa, ela só ta curtindo a festa.

- Tá, mas por que tem uma festa aqui? – Perguntei visivelmente brava.

- A Juh tava pra baixo, resolvi anima-la afinal a gente deve isso a ela.

- A gente?

- É, a gente. Não foi você que quebrou a cara da namorada dela.

- É... Só por que ela queria pegar você. – Falei – Ana você ta bêbada?

- Bêbada não talvez levemente alcoolizada.

- Tá e por que a minha chefe ta aqui?

- Por que antes de ela ser a sua chefe ela é minha amiga e da Juh, estou retomando algumas amizades que deixei quando fui pra Londres, preciso me socializar Melissa meu amor. – Disse ela colocando um braço em volta dos meus ombros. – Vem vamos socializar.

- Não quero. – Falei tirando o braço dela dos meus ombros.

- Você que sabe então. – Disse ela me deixando sozinha na varanda e voltando pra sala, eu mereço.

Fui pro quarto e me tranquei, não estava em clima de socializar, tranquei a porta do quarto a chave e fui pro banho não queria visitas indesejáveis na minha cama. Depois do banho eu estava exausta mesmo, tinha passado a noite inteira em pé e esse barulho la fora estava me irritando bastante, fui pra cama e tentei dormir, não vi a hora que peguei no sono e nem vi a hora que acabou todo aquele barulho, mas o meu corpo estava tão cansado que desligou e nem lembrei de destrancar a porta, a Ana simplesmente vai ficar do lado de fora ela que durma no sofá pra aprender.

 

 

 

POV. Ana

 

O que acontece é que eu não estou sabendo lidar com a Melissa nesse momento e por isso eu enchi a casa de gente simplesmente pra gente não ficar sozinhas aqui e continuar aquele silêncio chato e constrangedor disse que era pra ajudar a Juh e em parte era, mas a maior parte era simplesmente por mim, eu não estava sabendo ficar sozinha com a minha namorada esses dias. Não me entendam mal eu amo a minha namorada mais que tudo nessa vida, o problema é que eu não estou sabendo lidar com as repentinas mudanças de humos dela, que hoje está bem uma menina focada no trabalho e que horas está louca se jogando de pontes.  Ela chegou e viu a festa, ficou brava e agora está trancada no quarto, como eu sei disso? Tentei entrar no meu quarto e ele está trancado a chave, resolvi não dar mais motivos pra ela querer me matar, simplesmente deixei ela no canto dela e voltei pra festinha que estávamos fazendo, a Juh super interessada em pegar a Fabi.

- Ana eu não lembrava que a Fabi era tão gata mano.

- Na verdade ela não era, não lembra?

- Ela era bem estranha né? – Disse a Juh rindo

- Tá mas por que a Fernanda ta aqui? – Perguntei

- Eu chamei a Lívia elas tão se pegando então ela veio por tabela né? Agora me diz o que a sua ex ta fazendo aqui, a Melissa não vai surtar?

- Já surtou, tá trancada no quarto. – Falei tomando todo o liquido que estava no meu copo, pra falar a verdade eu nem sei mais o que estou bebendo. – Mas nada a ver, a Amanda é uma amiga.

- Ah claro, vou convidar a Raianne, a Alice... Caralho, por que eu não pensei nisso antes, vou chamar a Alice.

- Ah não Juh. – Reclamei.

- Por quê?

- Convidar a Alice implica na vinda da Mayara junto, você ta querendo que eu fique solteira mesmo?

- Amiga parceira é amiga solteira. – Disse ela rindo.

- Ah nem vem, não vou ficar solteira pra levantar a sua moral.

- Você não ta nem transando com a sua namorada pow.

- Estou de greve de sexo. – Falei rindo e enchendo o meu copo de whisky, agora sei o que estou bebendo.

As meninas aumentaram o volume do som, mas eu tive que ir la baixar, já passava das 22h e daqui a pouco a nossa querida sindica viria aqui com uma ordem de despejo.

- Vamos dançar Ana. – Disse a Amanda me puxando pelas mãos.

- O que? Mas nem pensar. – Falei rindo.

- Você dançou na minha festa.

- Acidente de percurso.

- Deixa a Miss Simpatia de lado, vem comigo. – Disse a Juh puxando a Amanda pela mão enquanto eu fiquei apenas debruçada sobre o balcão vendo todo mundo dançar, conversar e rir.

O problema de lotar a casa de gente é que eu não queria exatamente isso e eu estava querendo apenas me enfiar debaixo do lençol junto com a minha namorada, voltei até a porta do quarto que ainda estava trancada, bati duas vezes e nem sinal dela, tive que voltar pra sala afinal as pessoas que ali estavam, tinha vindo por que convidei seria falta de educação deixa-las sem a minha presença.

- Mas então em.... – Disse a Fernanda me encarando.

- O que? – Perguntei.

- A Melissa está morando com você, esse é o motivo de eu não saber com você está namorado? É por que está namorando uma aluna Ana? – Disse ela rindo.

- O que? Nãoo... – Falei

- Tentando enganar a mim Ana?

- Parece que aprendi mais que técnicas de fotografias com você não é mesmo professora? – Falei me referindo ao caso que ela teve com uma aluna.

- Não tem nada demais cara, ela é maior de idade e sabe exatamente o que quer, só não deixa o coordenador descobrir por que ele pode interpretar isso ou qualquer coisa que você faça por ela como favoritismo, vai por mim eu passei por isso.

- Você não se candidatou a coordenadora?

- É mais não rolou, acho que a reitora não gosta muito de mim, mais um motivo pra você não expor o seu relacionamento na faculdade, eu fiz aos olhos de todos e olho no que deu. – Disse ela bebendo sua bebida. – Mas pode deixar que comigo o seu segredo está seguro, até por que.... – Ela chegou bem perto do meu ouvido e cochichou – Que gata de namorada em? Vocês formam um casal de pecado, senhor do céu queria pra mim. – Falou bem no meu ouvido, beijou a minha bochecha e saiu de perto.

Fui até a varanda pra fumar um cigarro e terminar a minha bebida e encontrei a Fabi sentada sozinha em uma das cadeiras da varanda.

- Oi? – Disse ela

- Oi, ta fazendo o que aqui sozinha?

- Bom eu estava trocando uma ideia com a Juh mas ela meio que me deixou de lado pra conversar com a sua ex. – Disse ela rindo.

- Sério? Ela tava me dizendo que tava muito a fim de ficar contigo. – Falei dando um trago no meu cigarro.

- Como você fez Ana?

- Como eu fiz o que?

- Como você se transformou tanto? Daquele nerd gordinha e sem jeito da faculdade pra essa mulher incrível segura de si e muito gata.

- Bom pra deixar de ser gordinha foi bem difícil, mas eu continuo sendo aquela nerd que você conhecia na faculdade. – Falei rindo e ela riu junto comigo.

- Mas sério, acho que ninguém pensaria que você iria ficar assim.

- Nem eu mesmo pensava.

- E como é... Digo, como foi morar fora, sozinha?

- Nossa, foi super hard, muito difícil primeiro veio todo o lance da língua, eu sabia inglês mas ainda foi complicado, foi tudo muito difícil.

Ficamos nessa conversa por mais ou menos uns 30 minutos até que a Juh chegou na varanda com a Amanda sentou no colo da Fabi e a Amanda sentou na outra cadeira.

- Ai está você – Disse a Juh falando pra Fabi – Te procurei por todo lugar.

- Eu estava aqui conversando com a Ana sobre Londres e é tudo tão fascinante que nem lembrei mais da festa.

- É quando o assunto é a Ana as pessoas esquecem do mundo. – Disse a Amanda me olhando.

- Vocês estão de brincadeira comigo? – Disse a Juh meio irritada eu acho. – Gente é a Ana, lembram? Ela continua sendo aquela mesma nerd filha da puta que ninguém queria por perto por que ela não era divertida, não era descolada, que ninguém desejava – A Juh meio que gritou isso, ela estava realmente brava e continuou falando – Ela emagreceu? É verdade, ficou gostosa, mas ela continua sendo aquela menina sem sal que só pensa em livros e bandas que ninguém conhece.

- Juh... – Falei tentando fazer ela parar de dizer tudo aquilo.

- Quer saber Ana, estou de saco cheio, era melhor você ter ficado em Londres por que depois que você voltou eu pensei que teria a minha amiga de volta mas eu vejo que a minha amiga na existe mais.

- O que você quer dizer com isso? Te incomoda o fato de eu ter ficado magra e que agora as pessoas olham pra mim como olhavam pra você antes e que você agora mesmo sendo magra se tornou o que eu era? Segunda opção, que as pessoas só querem quando eu não estou disponível, muito bem Juliana bem vinda ao meu mundo, foi assim que eu vivi a minha vida inteira, na sombra de pessoas como você. – Falei tomando ar e continuei provavelmente eu iria me arrepender de tudo isso que estava falando agora, mas o álcool que estava correndo em minhas veias não me deixou parar, cheguei mais perto dela que agora estava em pé. – Não pense que eu gosto que as pessoas olhem pra mim agora só por que eu estou magra isso só mostra o quanto são fúteis e vazias. Mas eu não tenho culpa que elas me olhem e não tenho culpa se as pessoas me desejem mais do que desejem você, não tenho culpa da sua namorada ter ficado com você só pra chegar a mim. – Acho que peguei um pouco pesado.

- Vai se foder Ana. – Disse ela com os olhos cheios de lagrimas. – Você vai ser sempre aquela garota estranha que ninguém queria, as pessoas podem até te desejar agora mas você vai sempre saber que elas só te querem agora pelo seu corpo, por que por dentro você continua aquela mesma nerd sem graça de antes e que agora tem um corpo legal e roupas maneiras, mas você agora você nunca vai saber se as pessoas te querem pelo que você é ou se te querendo simplesmente pelas medidas das suas roupas.

- Meninas parem de brigar, vocês sempre foram melhores amigas. – Disse a Fabi tentando abafar a situação.

Eu estava quase chorando e quase querendo quebrar a cara da Juliana eu mal conseguia falar mais nada, até por que no final de tudo, ela tinha razão eu posso até chamar atenção de todo mundo hoje em dia, até mesmo daquelas pessoas que me conheciam no passado, mas isso tudo é apenas pelo meu corpo, e no final das contas é isso que importa pra esse povo vazio um corpo sempre conta mais que um cérebro, eu estava realmente me segurando pra não chorar, cheguei bem perto da Juliana que também estava segurando um nó na garganta.

- Eu... Quero... – Falei tentando segurar o meu nó na garganta – Que você saia da minha casa agora.

- Com prazer – Disse ela virando as costas pra mim olhando pra Fabi – Você vem comigo?

- Ana você vai ficar bem? – Perguntou a Fabi eu apenas concordei com a cabeça, ela pegou na mão da Juh e as duas se foram.

Sentei em uma das cadeiras vazias enquanto a Amanda me olhava sem dizer nenhuma palavra, eu baixei a cabeça e comecei a chorar, foi só então que a Amanda veio até mim, passou a mão nas minhas costas e tentou me acalmar.

- Calmas, vocês bêbadas disseram o que não deviam uma pra outra mas logo se entendem, sempre foi assim.

- Ela tem razão... – Falei baixinho entre os soluços do meu choro.

- O que?

- Ela tem razão, as pessoas só me querem agora por que fiquei “gostosa” – Falei fazendo aspas com os dedos – Ninguém ligava pra mim quando eu era gorda, eu nunca teria namorado a Mel se eu ainda fosse como era antes, ninguém me queria naquela época.

- Eu te quis.

- Você me trocou pela Karol.

- Eu tava confusa, o sentimento que eu tinha por você me deixou assustada e eu corri, mas eu voltei e você me largou por Londres, mas eu te amei. – Disse ela enxugando as lagrimas do meu rosto

Eu estava chorando muito, tudo que eu não tinha chorado a dias, tudo que estava preso em mim, eu sonhava com a Mel morrendo e isso foi o que me fez ficar estranha com ela, eu não saberia lidar com a perda dela, eu não saberia o que fazer se ela tivesse realmente morrido e então eu chorei mais e mais e em meio ao meu choro descontrolado eu falei.

- Tem como você pedir pra todos irem embora?

- Claro. – Disse a Amanda que estava ajoelhada na minha frente, foi até a sala.

Alguns minutos depois ela retornou até a varanda falando pra mim que todos já tinham ido embora e que ela não tinha deixado ninguém se despedir de mim usando a desculpa que eu estava passando mal e que não queria que ninguém me viesse.

- Obrigada. – Falei

- Bom, acho que você não quer que eu fique né?

- Acho melhor não. – Falei olhando pra ela que me olhava fixamente.

- Tudo bem, já vou indo então...

- Certo, obrigada de novo. – Falei e voltei a encarar o chão.

- Ana...

- Oi – Falei olhando pra ela novamente.

- Só pra deixar claro, eu ainda iria querer você mesmo que você ainda fosse aquela nerd gordinha, até por que foi por ela que eu me apaixonei. – Disse ela vindo até me mim e beijando a minha bochecha – Boa noite.

- Boa noite.

- Se cuida. – Disse ela e foi embora.

Eu tranquei a porta, fui até o quarto e a porta ainda estava trancada, bati na porta e nenhuma resposta, voltei pra sala sentei no sofá e simplesmente apaguei lá, todo aquele drama e bebidas acabaram comigo.


Notas Finais


Genteeeeeeeeeeee que treta foi essa entre a Juh e a Ana? Lavação de roupa suja mesmo viado.
Agora me digam o que acharam, me diga se vocês me amam por ter vindo aqui postar capitulo novo. HAHA
Não vou dar feliz natal aqui não, por que como eu sou uma boa escritora e amo vocês vou postar um capitulo bônus de natal, ok?
Agora comentem aqui e depois comentem la no outro por que são dois capitulos totalmente diferentes.
Beijos pra quem leu até aqui e comentem.


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