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História Um Único Destino - Falsa hetero


Escrita por: mundosapatonico

Notas do Autor


Oi gente, cheguei, cheguei e trouxe um capitulo enorme :o
Eu fui escrevendo e quando vi o negocio ja tinha virado um livro, espero que leiam tudo, okay?

O capitulo ta bem legal, recheado de coisa pra vocês se divertirem.

Preciso dizer que acabei o capitulo AGORAAAA então acabou de sair do forno e eu tô morrendo de sono, quase deixei pra amanhã mas como amo todos vocês (e pra você não me matarem) trouxe o capitulo logo hoje. Provavelmente deve ter alguns erros que passaram despercebidos mas como eu disse o capitulo ta muito grande se eu fosse revisar nao saia hoje por que realmente com muito sono, então desculpem. hahaa

Sem mais blá blá blá meu, vamos a leitura que é isso que vocês querem que eu sei.
Beijos até la em baixo.

P.S: tem umas troca de POV é bom ficar ligado pra ver sempre quem ta narrando. :*

Capítulo 45 - Falsa hetero


POV. Ana

 

Sabe aquele dia em que tudo dá errado? Foi assim que começou um dois dias mais importantes da minha vida, era o dia do lançamento oficial do meu livro, já acordei de manhã tendo um pequeno encontro desagradável com o irmão da Dany me vendo só de calcinha e sutiã pela casa.

Logo cedo mais ou menos umas 6h da manhã acordei como sempre tomei banho, e antes de vestir a minha roupa e ir pra faculdade eu costumo andar de calcinha e sutiã dentro de casa por motivo de “essa cidade ta cada dia mais quente” e como só havia mulher em casa mesmo eu não via problema, passei pra cozinha como sempre faço e fui fazer o café, até então eu não tinha olhado pra sala ainda até que escutei um barulho vindo de la olhei e gritei.

- AAAAH QUEM É VOCÊ? – Falei perguntando para o rapaz que estava todo esparramado no meu sofá.

- Eu sou o... – Antes que ele terminasse eu percebi que estava de calcinha e sutiã e me abaixei atrás do balcão da cozinha.

Quando eu gritei acho que a Dany veio correndo e me viu abaixada atrás do balcão e começou a rir me olhando.

- O que você ta fazendo ai sua louca? – Perguntou ela

- Quem é esse bombado que ta no meu sofá? – Perguntei de volta.

- Esse bombado é o meu irmão mais novo.

- E o que seu irmão bombado mais novo está fazendo no meu SOFÁ? – Tá eu admito que gritei um pouco nessa ultima palavra.

- Lembra que ele vinha pra Lissa tirar umas fotos dele?

- Tá eu lembro, mas não que era hoje e muito menos que ele iria ficar aqui. – Falei ainda abaixada e ela me olhando em pé ao meu lado.

- Quer que eu leve ele pra dentro enquanto você sai daí de trás? – Perguntou ela rindo.

- Please. – Falei, eu não posso ver mas se pudesse diria que a minha cara está super vermelha de vergonha.

- Certo – Ela saiu de perto de mim ouvi quando ela levou ele pra dentro e eu sai correndo pro quarto pra vestir alguma coisa decente.

Encontrei a Mel ainda acordando enquanto eu procurava algo pra vestir.

- Você podia ter me avisado que seu primo estaria aqui hoje. – Reclamei enquanto vestia uma camiseta qualquer.

- Mas eu avisei. – Disse ela

- Eu acho que me lembraria. – Respondi

- Mas eu avisei, então parece que você anda com a cabeça no mundo da lua ultimamente.

- É você tem razão, acho que você pode ter falado qualquer coisa sobre. – Falei já correndo pra cozinha lembrando que havia deixado a agua do café no fogão. – Droga!! – Dei um gritinho quando lembrei disso.

Quando voltei a cozinha a agua tinha evaporado quase que completamente ou seja tive que começar tudo de novo, logo a Mel chegou atrás de mim me abraçando e me dando um beijinho na bochecha.

- Mas por que você tava falando do meu primo? – Perguntou ela

- Por que o seu priminho me viu de calcinha e sutiã. – Respondi

- Wow matou o garoto do coração? Cadê ele? Se masturbando no banheiro depois que viu essa gostosa de calcinha e sutiã? Se fosse eu estaria. – Disse ela rindo em tom de brincadeira.

- Palhaça, eu fiquei morrendo de vergonha tá. – Falei

- Mas sério, cadê ele? – Perguntou ela

- Não sei a Dany levou ele la pra dentro.

- Eu não sabia que ele ia chegar tão cedo, mas não se preocupa ele não vai ficar aqui, vai ficar em um hotel.

- Ótimo. – Falei

- Mas... – Disse ela dando uma pausa

- Mas o que? – Perguntei

- Hoje ele precisa ficar aqui, ele veio um dia antes por causa das fotos. – Falou ela.

- E não passou pela sua cabeça me comunicar antes?

- É, nisso eu mandei mal, mas ele vai ficar com a Dany nem vamos ver ele. – Disse ela – Assim como não estamos vendo agora.

- Ele já me viu. – Falei terminando o café – E viu muito.

- Ainda acho que ele deve ta batendo uma. – Disse ela dando uma mordida em uma maça.

- Isso não tem graça. – Falei.

No mesmo momento Dany e seu irmão voltaram la de dentro, ele estava com tanta vergonha quanto eu imagino, não me olhava nos olhos e como era super branco estava com o rosto um pouco vermelho, quase perguntei “nunca viu uma mulher semi nua não criatura?” mas apenas coloquei o café na mesa e me sentei, quando finalmente consegui olhar na cara do garoto eu percebi que a beleza era de família mesmo e os olhos pareciam ter sido feitos em formas e usado em todos, eram os mesmo olhos da Mel e da Dany, olhos castanho bem claro com cílios longos a boca dele parecia com a da  Dany bem grande mesmo com lábios volumosos quem quiser saber como o irmão mais novo da Dany é só olhar o ator Chord Overstreet porém com cabelos pretos. Quero a genética dessa família pra mim por que será possível que não tem ninguém feio?

- Desculpa gente, deixa eu apresentar ele pra vocês – Disse a Dany sentando na mesa junto com o irmão – Já falei muito dele pra vocês mas esse aqui é o meu caçulinha – Disse ela apertando as bochechas do garoto que odiou isso claro – Danilo.

- Prazer – Disse ele estendendo a mão pra me cumprimentar.

- Essa é a Ana. – Disse a Dany – E essa é a Lissa nossa prima que você já conhece virtualmente. – Ele estendeu a mão pra cumprimentar a Mel também e sentou ao lado da Dany na mesa de frente pra mim.

- A propósito desculpa por aquilo tá? – Disse ele pra mim ainda muito vermelho, quantos anos esse garoto tem? 12?

- Tá tudo bem. – Respondi, mas não posso negar que eu também fiquei morrendo de vergonha.

Tomamos café em quase total silêncio se não fosse a Dany e seu irmão conversando de tudo que se passou desde a saída dela eu estava meio atordoada, tinha que ir pra faculdade tinha hora no salão e ainda não tinha decidido que roupa usar na festa mais tarde, terminei o café sai correndo pro quarto me vesti bem rápido e depois correndo desci pra garagem, entrei no carro e quase bati no carro da sindica já pensei no tanto de problema que eu ia arrumar se tivesse feito isso, respirei aliviada por não ter batido. Mas lembra que eu falei que tudo tava assim dando errado? No meio do caminho até a faculdade começou a sair fumaça do motor do meu carro e aos poucos ele foi morrendo, fui pro acostamento e ele morreu, lembrei da pergunta da Fernanda “Há algo que você não saiba fazer?” entender de carro seria uma resposta bem valida no momento, como o carro não ligava nem com muita oração eu liguei pro reboque e esperei até que eles fossem pegar, depois que eles pegaram o carro eu simplesmente fiquei na rua tive que pegar um taxi até a faculdade, de dentro do taxi liguei pra Mel que atendeu no primeiro toque.

- Oi amor? – Disse ela do outro lado da linha.

- Amor eu vou te passar um endereço preciso que você pegue um taxi e vá até la pegar todas as coisas que estão dentro do carro certo?

- Como assim? O que houve?

- Ah não sei, o carro morreu e teve que ser rebocado e eu estou mega atrasada você pode fazer isso? – Perguntei.

- Claro manda o endereço que eu vou la buscar as pornografias que tem no seu porta malas. – Disse ela rindo.

- Ei não tem pornografia nenhuma. – Falei rindo e o taxista escurando essa palavra me encarou pelo retrovisor.

Desligamos e em seguida recebi uma mensagem da Juh no meu whatsapp eu até me assustei por que fazia muito tempo que ela não falava comigo desde aquela nossa briga, eu não tinha ido atrás dela e ela idem.

[8:05] Juh: Ana sei que a gente mandou bem mal mas não consigo ter raiva de você e espero que você não esteja com raiva de mim, caso as bobagens não tenham atrapalhado nossa amizade vamos tomar um café? Voltei de viagem ontem à noite.

Parei pra pensar uns minutos mas depois cheguei à conclusão que nós duas tínhamos errado e brigado de cabeça quente, era bom ter a minha amiga de volta não posso negar que sinto falta das loucuras dela então respondi a mensagem.

[8:10] Ana Moura: Nós podíamos almoçar, que tal?

[8:10] Juh: Ótima ideia

[8:11] Ana Moura: Me encontra no shopping então?

[8:11] Juh: Claro mas vamos comer comida de verdade, nada de sushi u.u

[8:11] Ana Moura: Certo kkkkk 

Cheguei na faculdade não só atrasada mas muito atrasada e de cara encontrei o reitor na sala dos professores ele deu uma encarada no relógio e me olhou com uma cara de poucos amigos mais logo mudou e veio me cumprimentar.

- Ana então é o hoje o grande dia? – Perguntou ele apertando a minha mão, mas eu sei o que ele tava querendo, na nossa última conversa ele deu “um pouco” a entender que a sua mulher ficaria muito feliz em ir para a festa de lançamento e eu fiquei de arrumar convites.

- Sim senhor é hoje. – Respondi indo em direção ao relógio de ponto. – Ah estou com os seus convites.

- Nossa que maravilha. – Disse ele

Coloquei a minha bolsa e meus livros e cadernos em cima da mesa da sala dos professores e comecei a procurar dentro da bolsa pelos convites e logo me veio na cabeça que eu tinha deixado todos dentro do porta-luvas do carro.

- Merda. – Falei um palavrão sem querer e me desculpei claro – Desculpa senhor, o meu carro deu problema hoje de manhã e teve que ser rebocado até a oficina e os convites estavam dentro, posso passar na sua sala mais tarde para lhe entregar?

- Claro Ana, sem pressa. – Disse ele. Mas na verdade ele devia estar achando que eu estava enrolando por que faz uma semana que vem uma desculpa atrás da outra.

Então novamente eu liguei pra Mel.

- Mel diz pra mim que você já foi pegar as coisas no carro? – Perguntei.

- Tô no taxi por que? – Disse ela

- Deixei os convites da festa no porta-luvas e já imaginou se eles somem?

- Certo eu já estou indo. – Disse ela totalmente calma enquanto eu estava quase arrancando os cabelos.

- Certo só mais uma coisa, eu preciso que você traga aqui por que eu preciso entregar pro reitor. – Falei ai ela mudou o tom de voz.

- Ana meu amor você convidou o reitor pro lançamento do seu livro onde eu vou estar la ao seu lado? Onde o livro é sobre um relacionamento lésbico? Amor são menos de 9h da manhã, você bebeu? – Perguntou ela bem séria.

- Eu não consegui me livrar dessa, ele meio que se convidou meu amor. – Falei meio aflita.

- Isso não vai dá certo. – Disse ela do outro lado da linha – Mas acho que não consigo ir ai agora amor, da oficina eu vou pro estúdio com o Danilo, você vai almoçar em casa?

- Marquei de almoçar com a Juh. – Falei e quase vi os olhos dela revirando pelo telefone e antes que ela perguntasse eu já fui falando. – Sim a gente voltou a se falar.

- Novidade, a mina vai dentro da sua casa e te fala um monte e você, ai... – Disse ela dando uma pausa e respirando. – Ta bom amor, não quero falar coisa óbvias que você já sabe, cheguei aqui no endereço vou desligar então depois das fotos eu vou deixar na faculdade, certo?

- Obrigada te amo. – Falei e desligamos quando ela disse “Te amo também”.

Fui pra sala correndo onde os alunos me esperavam com uma cara de “ela vai faltar, graças a Deus” quando me viram eu pude ver o brilho dessa esperança se esvaindo de seus corpos. Eu com aquele sorriso que so professora tem em ver a “animação” de seus alunos falei.

- Quanta animação em me ver crianças. – Falei e me senti uma velha chamando eles de crianças, mas falei por ironia mesmo.

Dei as aulas sem maiores problemas mais ou menos no final da ultima aula um dos alunos comentou algo baixinho com outro e ficaram me olhando.

- Algo relevante que queiram compartilhar meninos? – Perguntei

- Não professora. – Respondeu um deles

Ando tão neurótica que automaticamente eu não imaginei que eles podia estar falando algo da aula e sim algo sobre mim. Mas ao final da aula as minhas suspeitas se confirmaram um desses garotos veio até mim quando todos haviam saído e me deixou um bilhete.

“Sempre te achei muito gostosa professora pena que não curte um macho, mas se quiser me deixar participar da brincadeira adoraria fazer a três, pensa nisso e me liga...”

Ao final tinha o numero dele e um desenho que imagino ser um pênis muito mal desenhado por sinal, por uns segundos eu baixei a cabeça sobre a mesa por alguns minutos e depois escutei a voz da Juh.

- E ai amarela. – Disse ela sendo a Juh de sempre como se nada tivesse acontecido entre nós, levantei a cabeça e olhei tentando sorrir pra ela. – E essa cara de quem viu uma assombração? – Perguntou ela

- Como você sabia que eu tava aqui? – Perguntei

- Mano até onde eu sei você trabalha aqui, foi fácil deduzir. – Disse ela rindo.

- Nessa sala. – Especifiquei.

- Ah perguntei pra gatinha la da sala dos professores, estagiaria eu acho. – Disse ela olhando pro nada como quem lembra da Laura sim a estagiaria dos professores. A faculdade oferece vagas de estágios para os alunos em troca de horas completares em seus currículos escolares.

- Ela só tem 18 anos Juh. – Falei

- Vai julgar idade agora? Quantos anos a Melissa tem mesmo? Ah é 20, cala a boca. – Disse ela e realmente ela tinha razão e eu me calei. – Certo mas você não me respondeu o por que dessa cara de cu mal lavado.

- Isso. – Falei mostrando o bilhete que ela percorreu os olhos e ficou de boca aberta, puxou uma cadeira e sentou na minha frente.

- Ana essa sua pose de falsa hetera foi descoberta? – Perguntou da maneira Juh de pergunta “E agora?”

- Eu não tenho pose de hetero a noite o negocio está bem mais complicado eu não sei como esse boato chegou no horário da manhã.

- A rádio corredor dessa faculdade sempre foi infalível minha filha, mas to vendo que eu perdi muita coisa me atualiza. – Disse ela apoiando o queixo na mão e me olhando fixamente me esperando contar a historia toda.

- Vamos sair daqui, vamos almoçar te conto tudo la. – Falei

- Certo.

Fomos ao shopping.

 

POV. Melissa

 

Ao longo do caminho depois que desliguei a ligação com a Ana tentei puxar assunto com o meu primo porém parece que alguém comeu a língua desse menino. Fui até a oficina peguei tudo que estava dentro do carro pensei que caberia tudo dentro da minha mochila me enganei muito a Ana tinha praticamente uma livraria no porta malas tive que arrumar uma caixa pra carregar tudo.

- Vamos ver se esses seus músculos servem pra alguma coisa mesmo. – Falei pro Danilo que apenas sorriu, eu tava quase gritando “CARALHO FALA”.

Coloquei todos os livros dentro da caixa e ele carregou até o taxi que ainda nos esperava la fora fomos pro estúdio e assim que chegamos la o Adam comeu o Danilo com os olhos e nos seguiu até o estúdio de fundo branco.

- Danilo você vai tem ideia das roupas que quer usar? – Perguntei

- Eu tava pensando em usar três roupas e umas fotos de cueca pra entrar no clima da campanha. – Acho que essa foi a frase mais longa que ele disse pra mim até agora, deve ter ensaiado isso desde que nasceu.

- Certo. – Falei – Vou sair pra pegar o equipamento e você já pode ir colocando a primeira roupa, ok?

- Beleza.

Sai do estúdio de fundo branco de fui até a outra sala onde estava alguns equipamentos que eu iria precisar e o Adam ainda atrás de mim me irritou.

- Eu não sabia que eu tinha ganhado uma sombra nova. – Falei

- Melissa do céu quem é aquele? – Perguntou.

- Adam você ta ficando cada dia mais gay menino. – Falei revirando o olho.

- Por esse deus grego ali eu viro até passivo meu amor. – Disse ele.

“Deus grego” me fez rir por que eu lembrei que a Ana me chamava de Deusa Grega quando me conheceu.

- Mas vai, quem é ele? – Insistiu o Adam.

- Meu primo. – Falei sorrindo.

- Menina que porra de família é essa? Pelo amor de deus deixa eu entrar nessa família, me deixa cheirar o mesmo ar que vocês, me deixa ter um filho com um de vocês, quando você quiser engravidar me deixa ser o esperma vencedor? Por que puta que pariu só tem gente bonita nessa família vai se foder.

- São muitas palavras pra processar vindo da tua boca uma hora dessas da manhã Adam, vaza. – Falei levando as luzes pro outro estúdio.

- Mas nem fodendo vou te ajudar nesse ensaio, pode deixar que eu posiciono as luzes.

- Vamos fingir que não tem nada a ver com o fato dele ter dito que vai fazer fotos de cueca né?

- Precisa fingir não, quero ver mesmo. – Disse ele pegando as luzes da minha mão e levando pro estúdio.

- Viado. – Falei rindo

Quando voltamos pra onde o Danilo tava ele já estava todo arrumado de roupa social cabelo arrumando e com gel parecendo aqueles príncipes de aniversario de 15 anos que dança com as meninas a cada 10 segundo a Adam secava o garoto com os olhos e eu arrumando as configurações da câmera só ficava rindo enquanto o Danilo ficava apenas calado esperando pacientemente a beleza dele pode ser de família porém essa calma eu não sei de onde veio, por que ninguém da minha família é tão calado assim.

- Tudo bem ai primo? – Perguntei

- Uhrum. – Foi assim que ele respondeu. GAROTO VOCÊ TA ME IRRITANDO JÁ. Era o que eu queria gritar mas eu apenas respirei fundo e falei com o Adam.

- E ai Adam é pra hoje ou tá difícil?

- E olha quem já pensa que é chefe aqui, já terminei.

- Te incomoda que o Adam fique auxiliando Danilo? – Perguntei.

- Tem problema não. – Respondeu ele e se a minha câmera não fosse tão cara eu teria jogado na cabeça dele, mas fiz a fina e apenas sorri e comecei.

- Luzes Adam. – Falei e começamos

(...)

Mais ou menos uma hora depois estávamos na ultima troca de roupa, no caso na ultima tirada de roupa por que era hora das fotos de cueca quando ele saiu do quartinho com o cabelo estrategicamente desarrumado e de cueca branca.

- Cueca branca é? – Perguntou o Adam – Pena que não é o concurso do gato molhado em? – Concluiu e eu olhei pra ele revirando o olho e quase expulsando ele do estúdio.

Quando olhei novamente não vi mais o Danilo ele tinha entrado novamente no quartinho e eu fiquei sem entender nada, olhei pro Adam e dei uma bronca nele.

- Ter um pouco de profissionalismo é bom as vezes, certo que você sai pro ai traçando as coroas por grana e eu não ligo mas desrespeitar um garoto que você nem conhece já é demais, pode voltar pra recepção. – Falei bem brava mesmo e ele percebendo que eu estava falando serio me pediu desculpas e saiu.

Fui atrás do Danilo, bati na porta esperando que ele dissesse que eu podia entrar mas como o garoto mal abria a boca eu entrei sem a permissão mesmo, ele tava em pé de frente pro espelho se olhando fixamente.

- Algum problema? – Perguntei e ele apenas negou com a cabeça. – Olha eu sei que você não me conhece e nunca me viu na vida até ontem e não tem por que me contar nada sobre a sua vida mas você é sempre assim calado ou tem algo te incomodando.

- Só quieto mesmo. – Respondeu ele.

- E por que você saiu correndo do estúdio? Olha desculpa pelo comentário babaca do Adam ele não...

- Tá tudo bem. – Disse ele me interrompendo – Fala pra mim como é? – Perguntou

- Como é o que?

- Esse lance de ser homossexual. – Disse ele – De namorar uma mulher, de beijar uma mulher, de... transar com uma mulher.

- Espera então o problema é por eu ter uma namorada? – Perguntei já achando que tinha um primo filho da puta preconceituoso e agora tudo faria mais sentido por que ele tava tão calado perto de mim o tempo todo.

- Nãooo. – Disse ele abrindo bem o olho. – Desculpa se deixei passar essa impressão. – Disse ele sentando na cadeira que tinha atrás de si. Fiquei olhando pra ele perguntando mentalmente que porra que ele tava querendo saber exatamente até que ele me explicou. – Eu não tenho certeza se sou hetero.

- Wow – Foi a única coisa que consegui falar, puxei outra cadeira e sentei ao lado dele – Por que você acha isso?

- Eu não sinto tesão por mulheres. – Disse ele, certo isso ajuda muito.

- E por homem sente? – Perguntei

- Eu sinto uma coisa que não sei dizer o que é, quando o seu amigo me falou aquilo me subiu uma sensação que eu não sei explicar o que é, fiquei com vergonha e corri.

- Mas você nunca tentou ficar com um homem pra saber se sente tesão e tal?

- Nunca. – Disse ele

- E quer? – Perguntei

- Não sei responder essa pergunta.

- Ok, como você descobriu que não gosta de mulher?

- Eu tinha uma namorada e quando fomos transar meu... – Disse ele parando no que ia dizer, olhou pro volume da cueca e se calou. – Talvez eu tenha algum problema.

- Espera. – Atrapalhei ele – Você é virgem? – Essa pergunta saiu com mais espanto do que deveria e em resposta eu recebi um silencio. – Meu Deus, o assunto aqui é mais complicado do que eu pensei, mas me responde mais uma coisa seu pênis já ficou é... – Parei antes de perguntar isso, me senti uma médica de pênis nesse momento. -  Já ficou ereto alguma vez?

- Já.

- Ótimo então você não tem problemas de disfunção só deve ser gay mesmo por isso brochou com a namorada.

- Eu não posso ser gay. – Disse ele levantando e vestindo a roupa completamente exaltado.

- Calma não é nada de outro mundo, você precisa descobrir do que gosta primeiro.

- EU NÃO SOU GAY. – Sim, ele gritou – Eu não sou uma aberração. – Opa essa foi bem ruim primo.

- Como é que é? – Perguntei sem acreditar no que ele tinha acabado de falar.

- Desculpa eu não quis falar isso.

- Acho que quis sim, acho que nós terminamos por aqui, acho que você não precisa dos serviços de uma aberração.

- Melissa desculpa.

- Não me interessa as suas desculpas garoto, eu espero que você tenha pra onde ir por que eu não quero você no meu apartamento nenhum segundo a mais, EU ABRI A MINHA CASA PRA VOCÊ. – Eu comecei a gritar com ele – E VOCÊ VEM NA MINHA CARA ME CHAMAR DE ABERRAÇÃO?

- Eu não estava falando de você, desculpa. – Disse ele enchendo o olho de lagrimas.

- Sabe o que você é? Um encubado, um enrustido, um babaca e ainda por cima brocha. – Falei me segurando pra não partir pra violência. – Eu quero que você saia, por que eu preciso ir encontrar a MINHA MULHER. – Falei enfatizando no minha mulher – A propósito respondendo a sua primeira pergunta transar com uma mulher é uma delicia, se eu soubesse que era tão bom chupar uma buceta eu tinha feito isso desde que nasci. – Mostrei o dedo do meio pra ele e sai.

O Adam tinha escutado os meus gritos e quando me viu passar pela recepção veio correndo atrás de mim.

- O que houve la dentro? – Perguntou ele.

- Duas coisas, o meu priminho é VIADO. – Gritei por que vi que ele estava atrás do Adam. – Segunda coisa nem se anima por que ele é brocha e preconceituoso.

Peguei a minha mochila fui em direção ao ponto de taxi que tinha praticamente em frente ao estúdio por que já era quase hora do almoço e eu precisava encontrar a Ana, o Danilo veio atrás de mim e ficou falando comigo pela janela do carro impedindo do motorista sair sem passar por cima dos pés dele.

- Melissa eu queria que você entendesse, eu posso ir com você? A gente conversa no caminho.

- Sabe, eu to com saudades de quando você não falava nada, cala a sua boca e some moleque.

Ele se afastou do taxi com as mãos na cabeça e eu fui até o shopping onde a Ana tava, mais ou menos uns 20 minutos já eu já estava lá, encontrei ela sentada na praça de alimentação com a Juliana, quando eu cheguei a conversa parou e como eu já estava meio estressada meio que descontei nas pessoas erradas.

- Falando de mim? Por favor me contem eu adoro fofocas sobre mim. – Falei sorrindo super irônica.

- Amor, oi né? – Disse a Ana me dando um beijo na bochecha quando eu sentei. – O que houve? Que bicho te mordeu?

- Na verdade foi uma bicha, você acredita que o Danilo teve a audácia de dizer que somos aberração?

- Como é que é? – Perguntou a Ana e eu contei tudo pra ela e a Juliana concluiu o que eu estava pensando a horas e não tinha falado e não sei por que não gritei isso na cara dele.

- Menina isso é falta de pau. – Disse a Juliana, sendo essa a coisa mais sensata que ela já disse na vida.

- Mas você podia ter escutado o garoto ele deve ta confuso essa fase é bem complicada. – Disse a Ana.

- Você ta do lado dele? Eu não acredito.

- Bom, só falei que você podia ter escutado mais, sei lá...

- Toma aqui os seus convites, aproveita e leva um homofóbico pro lançamento do seu livro que conta um romance entre aberrações, ele vai adorar. – Entreguei os convites e sai e ela veio atrás de mim.

- Vai embora com raiva de mim por que eu falei uma bobagem? – Perguntou ela baixinho no meio da praça de alimentação.

- Olha Ana eu estou estressada e acho melhor você não me contrariar no meio de uma praça de alimentação cheia de alunos seus, se não a sua mascara de hetero pode cair. – falei e apenas sai.

POV. Ana

 

Por que todo mundo resolveu dizer que eu finjo ser hetero hoje? Eu nunca escondi a minha orientação sexual apenas sou discreta com isso não acho necessário ficar gritando aos quatro ventos, a Melissa saiu super brava comigo ou eu apenas contribui pra uma raiva anterior aumentar de qualquer forma eu achei melhor mesmo não contraria-la e ela foi embora, me entregou os convites e se foi, voltei pra mesa onde nosso pedido já havia chegado, sentei e voltei a conversa com a Juh sobre qualquer assunto bobo apenas pra passar o tempo.

- São os convites pra festa do lançamento do seu livro? – Perguntou a Juh.

- São sim. – Respondi já começando a comer.

- Tá ficando importante em? – Disse ela e eu apenas sorri. – Quando é?

- Hoje a noite, quer ir? – Perguntei

- Lançamento de livro? Um monte de nerd chato? Passo.

- É vai ter um monte de nerd chato e alguns velhos também, porém vai ser open bar e vai ter um DJ. – Falei sorrindo

- Então quer dizer o que amor da minha vida vai pra essa festa? – Perguntou ela.

- Quem?

- Open bar, passa pra cá esses convites. – Disse ela rindo.

- É achei que fosse mudar de ideia.

- Posso levar alguém?

- Claro, toma aqui mais um. – Falei entregando mais um convite pra ela.

- Não vai faltar convite pra alguém não? – Perguntou ela.

- Juh a festa é minha acho que eu consigo colocar quem quiser pra dentro. – Falei rindo.

- Tem uma coisa em cima da sua cabeça. – Falou ela bem serio e eu comecei a passar a mão nos cabelos.

- O que? Aff tira.

- É a fama, ela já te subiu a cabeça.

- Idota. – Falei rindo.

- Opa você acabou de me xingar? Me deus uma alma foi para o inferno nesse momento a Ana xingou.

(...)

Depois do almoço com a Juh eu voltei a faculdade dei uma única aula que me restava, entreguei os convites do reitor que quase quebrou a minha mão agradecendo e fui direto pro salão fazer o cabelo e a unha a manicure quase implorou pra colocar umas unhas falsas em mim, eu tive quase que dizer “Não mexe no meu órgão sexual senhora” mas apenas disse “Não obrigada” umas 10 vezes, meu cabelo ficou perfeito, tava preso porém com todo um design algumas mechas soltas na parte da frente e eu estava quase sem mexer lembrando que ainda ia precisar tomar banho sem desmontar aquele trabalho lindo, me ligaram da oficina e ainda não sabiam quando o meu carro ficaria pronto. Cheguei em casa a Mel ainda estava no computador com uma panela de brigadeiro do lado, vestindo uma calça de moletom e uma camiseta.

- Você ainda não foi se arrumar amor? – Perguntei.

- Você me quer na sua festa? Que novidade, não seria melhor levar um homem e transmitir uma heterossexualidade que você quer todo mundo acredite?

- De onde você tirou que eu quero que as pessoas achem que sou hetero? – Perguntei

- Quem acha que eu deveria escutar um homofóbico filho da puta deve achar que ele tem razão em me chamar de aberração, tem certeza que você é lésbica Ana? – Disse a Mel já se exaltando, alterando o tom de voz e o sinal de alerta de briga ligou em mim.

- Eu não quero brigar ok? Não hoje!

- Ótimo eu não vou atrapalhar a sua noite perfeita, vou ficar aqui vendo série é o melhor que eu faço, vai que alguém bate uma foto da gente e posta que somos um casal, olha como isso seria horrível pra sua imagem. – Disse ela toda irônica, eu estava ficando com um misto de raiva e tristeza dentro de mim e pra não chorar e acabar com a minha maquiagem eu apenas sai e fui tomar banho.

Sabe aquele “não chora” “não chorar” que você faz mentalmente quando ta no banho? O meu não foi suficiente, juntou tudo que vinha acontecendo nos últimos meses e o que a Mel tinha me falado agora e eu não pude deixar de pensar que ela tinha uma certa razão mas ou mesmo tempo eu também estava pensando que mais uma vez ela não estava entendo o meu lado e estava querendo que as coisas fossem do jeito que ela queria, não sei se seria certo falar abertamente que sou homossexual assim no inicio da minha carreira, eu não queria mas o mundo ainda é muito machista e preconceituoso, infelizmente. Resultado? Chorei, acabei com a maquiagem e o cabelo destruiu todo por que pegou água.

- Droga. – Foi o que eu falei quando me olhei no espelho.

Sequei o cabelo bem rápido, fiz um coque tradicional mesmo já que a belíssima obra de arte tinha literalmente ido de água a baixo, refiz a maquiagem que pelo menos nisso eu sei que sou boa e vesti um vestido que tinha comprado em Londres e que ainda não havia usado, ele é preto acima do joelho todo de renda com um forro de seda também preto, um salto, batom vermelho mais não tão forte e estava pronta e um pouco atrasada. Voltei pra sala e a Dany estava me esperando com o Liam pelo menos eles não haviam desistido.

- Que historia é essa que ela não vai Ana? – Perguntou a Dany

- Pois é, segundo ela to tentando parecer hetero e não quero ser vista com ela do meu lado. – Falei

- Larga disso vai tomar banho e vamos. – Disse a Dany – A Ana precisa do nosso apoio.

- Ela tem vocês, já está de bom tamanho. – Disse a Mel jogada no sofá.

- É inútil tentar falar com ela quando ela está assim. – Disse o Liam.

- Tem certeza que você não quer vir? – Perguntei chegando bem perto dela que me olhou de cima a baixo.

- Uhrum. – Foi assim que ela respondeu, respirei fundo e me despedi.

- Tchau então.

- Divirta-se. – Disse ela, senti um pouco de ironia? Talvez.

(...)

Lembra do que a Juh falou? “nerds chatos” ? Pois é a festa estava lotada deles, a única coisa linda naquela festa era ver o meu livro impresso e empilhando parecendo uma arvore de natal, eu já tinha autografado vários e eu nem imaginava que ia rolar isso, não treinei dar autógrafos, parece bobagem mas eu não tinha imaginado que um dia eu teria que dar autógrafos por algo que tivesse feito. Por falar em Juh.

- Nerd chatos e velhos. – Disse ela chegando perto de mim com o copo já não mão.

- Pelo menos você ta com o amor da sua vida. – Falei rindo.

- É... e cadê a sua namorada?

- Espera, aquela é a... – Falei ao avistar a minha ex namorada se aproximando.

- A Amanda, sim ela tá comigo. – Disse a Juh, a Amanda se aproximou e beijou a Juh no meio de todo mundo, era apenas um selinho mas ainda sim a beijou nos lábios. – Não tem problema né Ana?

- Oi Aninha? – Disse a Amanda (ODEIO QUANDO ME CHAMAM ASSIM).

- Eu odeio que me chamem assim e você sabe. – Falei

- E eu amo te irritar e você sabe.

- Posso falar com você Juh? – Chamei a Juh de lado – Tá ficando com a Amanda por que? Você nunca gostou dela.

- Na verdade a Amanda é uma menina incrível sabia? No começo não fazia muito meu tipo, mas Ana a menina é uma loucura na cama, mas olha pra que eu to falando isso, você já sabe não é mesmo. – Disse ela dando um tapinha no meu ombro. – E mesmo assim você ficou com a minha ex namorada por que eu não posso pegar a sua né?

- Eu fiquei com a Raianne antes de você.

- Isso me lembra disso sempre. – Disse ela mostrando que não tinha superado realmente tudo.

- Pensei que você tinha superado isso. – Falei baixinho e depois sorri por que um fotografo veio tirar fotos.

- Superei, to realmente curtindo a Amanda nada a ver com você. Fica de boa Aninha.

- Não me chama assim. – Falei

- Certo, vamos beber?!

- É, eu acho que preciso.

Quando estava indo até o bar encontrei o reitor e sua esposa chegando e ambos vieram me cumprimentar.

- Ana parabéns a festa está incrivelmente linda e elegante. – Disse o reitor.

- E você está linda. – Completou a mulher dele.

- Obrigada. – Respondi e os cumprimentei também me virei pro barman e finalmente consegui pegar uma bebida.

Alguns segundos depois o Yuri veio até me mim tirar algumas fotos com algumas pessoas e me informar que eu teria que falar no palco eu quase cai dura pra trás, mas por que? Eu sou professora deveria estar acostumada a falar em publico não sei o por que do nervosismo agora. Eu apenas sorri pra ele concordei com a cabeça, olhei pro reitor e ele estava em pé ao lado da pilha de livro lendo um dos exemplares e rapidamente pela minha cabeça passou a mensagem “É agora que ele vai saber que o livro é um romance lésbico” e foi exatamente o que aconteceu quando ele abriu em uma parte aleatória e meio que se assustou com o que leu e olhou pra mim o que eu fiz? Apenas sorri e acenei novamente, ele veio caminhando em minha direção quando o Liam ia passando eu o puxei pelo braço.

- Fica na minha frente e finge que tá conversando algo. – Falei.

- O que aconteceu? – Perguntou ele.

- O reitor acabou de descobrir que o livro é um romance lésbico. – Falei.

- Idai? – Perguntou ele

- Ele é meu chefe. – Respondi

- Seu chefe ou o seu dono? – Perguntou o Liam me olhando – Ele ia saber mais cedo ou mais tarde Ana.

- Eu preferia que fosse mais tarde, bem mais tarde.

- Agora já era, relaxa. – Disse ele rindo e me deixando sozinha novamente.

Quase dei um abraço no Yuri quando ele falou que estava na hora de eu falar no palco, eu olhava pra todo lugar mas a minha visão sempre parava no reitor que estava olhando fixamente pra mim, o que estava pensando na minha cabeça no momento é que ao sair daqui estou demitida “mas Ana estão todos olhando pra você” esse é o meu cérebro conversando comigo enquanto eu estou falando em cima desse palco e nem ao menos sei o que estou dizendo, eu so consigo pensar que ferrou tudo. No final eu acho que fui bem, todo mundo me aplaudiu e o Yuri fez sinal de joinha pra mim ao poucos foram subindo os responsáveis pela editora ao palco pra me cumprimentar e tirar fotos, nunca tinha tirado tanto foto na minha vida, o ultimo foi exatamente o Yuri que antes de sair do palco completou.

- Agora os chatos vão embora e a festa começa de verdade. – Disse ele e eu sorri.

Mais ou menos meia hora depois tinham ido quase todo mundo embora mesmo, alias as pessoas mais velhas tinham ido embora ficando os filhos de alguns convidados da editora e algumas pessoas que mesmo tendo la seus quarenta anos ainda curtiam como adolescentes. A musica ficou mais alta, tocava musica eletrônica agora, a bebida estava rolando mais fartamente e nada de champanhe como no começo, era cerveja, vodka e tequila mesmo, o que eu pensei foi “é chegou a hora de ficar bêbado” mas meu cérebro no mesmo momento me falou “não vai ficar legal a homenageada sendo rebocada pra casa em?!” e ele tinha razão então eu dei uma maneirada. Quase 1h da manhã muitas pessoas bêbadas, alias todos menos eu e a Dany e sim o Liam estava muito bêbado já estava dançando com a camisa aberta, a Dany saiu e foi ao banheiro quando a Amanda sentou na mesa e começou a falar bem perto do meu rosto por causa da musica.

- Então Aninha, ficou com ciúmes por eu estar com a sua amiga?

- Era essa a intenção de vocês? Estão perdendo o tempo. – Falei revirando o olho.

- Tem certeza? – Perguntou ela

Perceba, o dia que não tinha começado legal não ia terminar muito bem quando eu estava preste a responder a Amanda a Mel chegou na mesa do nada.

- Ótimo saber que quando eu não saio com você, você tem uma segunda opção.

- Eu não segunda opção – Disse a Amanda ficando de pé e eu fiquei de pé em seguida.

De repente olhei pra pista o Liam estava aos socos com um outro rapaz, eles estava rolando no chão socando a cara um do outro e eu corri.

- Mas que merda. – Falei e corri. O dia só podia está uma merda mesmo pra eu tá falando tanto palavrão assim.

Quando cheguei tentei me meter pra tirar o Liam de cima do rapaz, claro que eu não consegui mas outros meninos que lá estavam fizeram isso e os separaram.

- Eu posso saber o que aconteceu aqui? – Perguntei

- Esse cara agarrou a Dany na minha frente. – Disse ele o Liam.

- Ela falou que não tem namorado mané, você ta sobrando vaza. – Disse o outro garoto

- Eu vou quebrar a tua cara moleque. – Disse o Liam tentando se soltar.

Foi quando chegaram uns quatro seguranças fortes e pegaram o garoto e Liam pelo braço e foram arrastando os dois até a saída, eu estava indo atrás do Liam quando senti meu braço ser puxado.

- Acho que não terminamos. – Disse a Mel me olhando.

- O que foi dessa vez? – Perguntei

- Tava fazendo o que com essa ai? – Perguntou ela apontando pra Amanda – Alias o que ela ta fazendo aqui?

- Sou convidada tá? – Disse a Amanda.

- Amanda, por favor deixa a gente sozinha. – Falei e ela saiu pra onde tava a Juh. – Olha Mel, o dia foi bem cheio e como eu falei em casa não quero brigar, a Juh perguntou se podia trazer alguém e trouxe ela, eu não sabia que era a Amanda ta bem?

- Se ela veio com a Juh por que estava de conversa com você Ana?

- Ela sentou do meu lado e veio perguntar se tava tudo bem dela tá com a Juh, bobagem.

- Sabe por que ela foi perguntar isso? – Disse a Mel – Por que ainda acha que você gosta dela, por que você nunca TERMINOU de verdade com ela.

- A gente pode só não brigar por favor? Eu só queria abraçar a minha namorada e me sentir amada, apenas. – Falei, ela demorou um pouco mas veio me abraçar e ficamos assim mais ou menos um minuto, até que o nosso abraço foi interrompido pelo Yuri.

- Ana no meio de tudo isso eu esqueci de te entregar o cheque de sinal, era pra ter entregado no começo da noite mas acabei esquecendo e queria aproveitar e pedir desculpas pelo meu filho. – Disse ele

- Seu filho? – Perguntei

- O rapaz que estava brigando – Disse ele – Bom, um deles.

- Isso explica o olho puxado. – Disse a Mel rindo

Peguei o cheque das mãos dele e quase infartei vendo o valor, só posso dizer uma coisa eu nunca tinha visto tanto zero escrito em apenas um cheque.

- Não esquece, esse é so o cheque de sinal, ainda tem o de venda dos exemplares e de contrato com a editora, mas isso a gente conversa depois, deixa eu levar o meu filho pra casa pela orelha. – Disse ele rindo e completou antes de sair. – Ah Ana, você está divina hoje e seu discurso foi perfeito. – Novamente eu apenas sorri e acenei.

- Que bom que ele gostou por que eu não lembro de metade do que falei, estava preocupada com o reitor. – Falei

- Por que? – Perguntou a Mel

- Ele leu o livro, por alto... mas leu. – Falei – Mas quer saber? Foda-se!

- Minha namorada fica tão sexy xingando. – Disse a Mel sorrindo. – Posso te beijar?

- Fica a vontade. – Respondi

Nos beijamos de verdade no meio do salão que estava praticamente vazio se não fosse pelos garçons, o DJ que ainda tocava porém baixinho e umas quatro pessoas que nunca vi na vida bebendo em uma mesa.

- Vamos atrás do Liam? – Perguntou a Mel

- Vamos. – Respondi peguei na mão dela e saímos assim pelo salão de mãos dadas. – Qual o problema de vocês? Não podem ficar uma semana sem se meter em encrencas?

- Não me põe nesse meio ai não. – Disse ela rindo.

Deu tudo errado mas até que deu certo também.


Notas Finais


Então meus amores é isso, eu espero que vocês tenham gostado, na verdade eu sempre espero que vocês gostem né? kkkk
Mas é isso mesmo, e que bom que você embarcam nas minhas loucuras e curtem o que eu escrevo.

Comentem tá? Fico tãooooo feliz lendo os comentários de vocês, você nem imaginam como me anima pra continuar, nem o trabalho, nem o estresse, nem a falta de tempo me fazem desistir por que vocês não me deixam e isso é muito amor. Então não esqueçam de comentar aqui em baixo, venham conversar comigo. Deixem comentário dizendo o que acharam, o que sentiram o que pensaram, qualquer coisa ta valendo, o importante é participar, beleza?

Amo muito isso aqui <3 Quem ainda não me segue vem ver a minha sofrência no twitter @MundoSapatonic

Beijo pra quem leu até aqui, até o próximo e não esqueçam de que? Isso mesmo de COMENTAR. Fui :*


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