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História Uma arma chamada amor - Colocando planos em ação


Escrita por: Milamgs

Capítulo 26 - Colocando planos em ação


Fanfic / Fanfiction Uma arma chamada amor - Colocando planos em ação

-Agora é só esperar. -Comemoro e me jogo no sofá. 

Katie mordisca um sanduíche na minha mesa da sala de estar, em frente à si um copo de uísque. 

Não comemorando tanto quanto eu, ela faz uma veemência e um "isso aí" bem longo. 

-Ele me disse que enviaria logo de manhã, mademoiselle. -brinco imitando Jean. 

Exausta, abro meu vestido na parte de trás, Saio de dentro dele na sala mesmo. Fico apenas de sutiã tomara que caia e calcinha. 

"Estou com saudade." 

Envio assa breve mensagem enquanto relembro da época com Eva e as meninas... parece tão distante. Ou até que nem aconteceu. 

Não espero que ela me responda mas pelo menos sabe que sinto sua falta como numa senti antes por alguém. 

Devagar, sinto uma lágrima querer fugir, insistente, prendo-a com fervor. Inspirando e expirando, deixo as emoções se dissiparem. 

-Que? Perdeu o sapato? -Katie para de bebericar e me encara. 

-Ann? Não! -Respondo sem pensar e ela revira os olhos. 

-E amanhã? -Katie me questiona mudando de assunto.

-O que tem? 

-Angelique! -Ela estala os dedos na minha frente acordando-me do transe que fiquei depois de lembrar do passado.-amanhã precisamos ir no prédio que você trabalhava. Lembra?

-Os arquivos, Sim, lembro. -Levanto e desfaço o cabelo arrumado, soltando-o completamente. -Vou tomar um banho.

E assim a deixei na sala. Pelo que eu lembrava do enigma; o ou a assassina está na foto, atrás da parede de vidro. Minha mente viaja pela foto, mas como coincidência (ou não) me foco no rosto de Eva...

Sua boca.

Seus olhos azuis. 

Cada detalhe me faz pensar nos dias que tivemos juntas. Ela adorava quando meu dedos percorriam seu corpo, quando ficava por cima dela...

Uma chama ardente cresce dentro de mim, as lembranças cheias de contato me deixam à mercê das minhas próprias ações. 

Sinto a água descendo pelo meu rosto, pelos meus olhos fechados, meus seios e finalmente em minha mente, posso fingir tê-la em mim. Era quase perfeito como eu poderia fantasiar Eva. Seu rosto entre minhas pernas como no dia da biblioteca. 

Seus dedos passando entre meus lábios, meu gemido, suas mãos na minha intimidade, e outro gemido...

Respiração entrecortada, boca semiaberta; é um sinal clássico de chegada ao ápice, e foi isso mesmo que aconteceu... Deixo meu corpo cair na banheira, meu coração saltitante tenta apenas sapatear. 

-Ufa... -Respiro fundo comigo mesma depois desse gasto de energia. 

Entro no meu celular, não parece ter chamadas perdidas. Abro em fotos e também está quase vazia, apenas fotos do caso em Odessa. 

Por um breve momento relembrei que não havia um caso lá, eram dois. Kate ainda havia morrido e não tinha tido um desfecho... O corpo dela mal tinha esfriado e já colocaram outra no lugar, ninguém viu nem ouviu ninguém diferente naquele dia. Ou foi alguém que ja estava lá ou entrou muito discretamente. 

-Mas quem? -Pergunto para Raposa que só me observa com olhar de sono. 

(...)

Com certeza não demorei para dormir mas demorei para acordar. Passava das 11:00 horas da manhã quando deparei-me com Katie cutucando o meu computador. 

-O que está vendo aí? -Curiosa, me aproximo rasteira. 

-Chegou um e-mail pra você. -Diz ela me mandando um olhar cômico- E também um agradecimento pela lingerie. 

Ela não se aguenta e gargalha. 

-É isso que ele tanto queria. O que posso fazer? -Termino de rir e dou uma breve explicação que não adiantou muita coisa. 

-Hoje precisamos ir no escritório. Você sabe né? 

-E ainda tem o encontro com o advogado de Eva. -Digo suspirando. 

-Já sabe o número? -Pergunta e eu dou um sorriso bem amarelo. -Jura? -Katie ja entende e reprova com o olhar.

-Rose deve saber. -Aperto no chamar logo depois de apertar no nome em cor de rosa.

Eva

-Isso é contra lei. -Meu advogado percorre minha sala de estar num vai e volta interminável. 

-Não tem jeito de adiar isso? -Meus pés balançam tanto que minha voz ficou até embargada. 

-Deve ter, vou estudar o caso. -Ele passa os dedos grossos e peludos pelo cabelos mordendo os lábios. 

-Nos encontramos mais tarde? -Despede-se Anton estendendo a mão para o mesmo. 

-Acho difícil, tenho trabalhos pausados para concluir. -Educadamente, me cumprimenta e se vai pela porta principal do apartamento de Anton.

Encaro a tarde, de quinta com as nuvens transpassadas pelo atrás dos arbustos bem colocados na calçada, o frio do lado de fora termina de se dissipar, já o daqui de casa só aumenta pela febre que peguei. 

Minha imunidade caiu conforme o estresse foi crescendo, por ordens médicas não me deixei sair de casa, mantenho-me ocupada com um livro antigo; ''Cem gramas de centeio'' de Agatha Cristie e deliciando os cafés que Anton compra quando volta do trabalho. 

-E sua carta na manga? -Pergunta Anton sentado na varanda como eu- Já a perdeu? 

-Eu a encontrei, e ela é bem ... forte e bonita. 

-Bonita? -Pergunta o mesmo juntando as sobrancelhas. 

-Opa, falei bonita? Quis dizer forte.-Dou os ombros e tento disfarçar o erro mecânico em me referir a Angie. 

Angie

-Faz parte de algo do seu interesse. -Katie é direta. -Preciso de um encontro pessoalmente- Ela recusa com a cabeça como se ele pudesse ver pelo telefone. -Só pessoalmente. -Mexe um pouco na minha xícara e ajeita o cabelo -Marcado. 

Ela desligou e me olhou. 

-Acho que temos que sair agora. Ele só tem uns 40 minutos. 

Pelo que deu pra entender ouvindo a chamada: Ele acabou de sair da casa de uma das clientes, já que amanhã é o julgamento, coloco a mão no fogo que é Eva. 

Só faço um movimento com a cabeça e deixo o espaço.

(...)

Katie foi a primeira a tomar banho, colocou uma calça jeans, uma camisa de botões de manga longa em 5 minutos. Já eu, Apostei num scarpin preto, saia lápis preta e camisa de botões do estilo bem clássico. 

Chegando na sala, ela me olhou de cima a baixo e fez um ''Ok'' com uma mão só. Peguei uma bolsa e esperamos o elevador. 

-Estou muito arrumada? -Pergunto amarrando meus fios num rabo de cavalo bem alto. 

-Está bem, temos que deixar ele intimidado, acho que conhece os homens que tem algo que queremos. -Diz levantando as sobrancelhas e entrando no cubilo para descer comigo.

-Eles ficam se sentido ''O'' Gostosão, quanta prepotencia. -Bufo relembrando outras situações parecidas que acabaram com eles querendo meu corpo nu.

Minha primeira missão foi um tanto... Desanimador. Cheguei a trabalhar como tira, tomava de conta de ruas e quarteirões. Na minha primeira noite em turno tive que segurar um depredador bêbado enquanto ele vomitava na roda da aviatura.

Foi um tanto chato para uma menina de 21 anos. 

Hoje resolvi ir dirigindo, Katie tentou não deixar mas estava com saudade de fazê-lo. Dirigi tão animadamente que quase matei minha amiga do coração, acelerei, passei por carros vagarosos na nossa frente e consegui o gran finale fazendo uma das manobras que aprendi na época da viatura. 

Não sei se posso fazer isso em plena rua mas não machuquei ninguém, claro. 

-Na volta EU dirijo. -Ela se impõe e sai do carro ajeitando a roupa toda bagunçada.

-Tu sabe que eu te adoro, não é? -Respondo rindo histérica. 

 Olhando para frente, ombros para trás e andar forte; vamos em direção à uma casa. Paredes altas e uma sigla de advocacia. Passamos pela grade de entrada e demos de cara com um homem, à mais ou menos 10 metros. Tem um jardim cheio de pedras para demarcar o caminho até a entrada e, consequentemente, ele. 

Sapateando nas pedras barulhentas, cumprimentamos o homem e ele nos levou para a primeira fala à direita. A janela principal dava para o jardim pelo qual passamos. Ele sentou no início de uma longa mesa e nos convidou mas nenhuma das duas sentou, fiquei do lado esquerdo dele e Katie no direito. 

-Prazer, Frederick Gun. -Apresenta-se. 

-Angelique Green e 

-Katie Claire. -Katie mesmo se apresentou.

-Preciso de uma coisa, -Sento ao seu lado e encaro sua atenção- é sobre seu caso de Eva Devine. 

-Não tenho no que ajudar.

-Tem sim. -Começo - Posso ajudá-lo a ganhar o caso.

-E o que você ganharia com isso? -Pergunta desconfiado. 

-A minha parte diz respeito pra mim, não vou pedir nada pra você. -Deixo claro.

-Me ajudar como? -Curioso, me encara.

-Primeiro preciso saber tudo que tem. 

-Mas por que... -Ele para de falar assim que tiro meu distintivo da bolsa e mostro a medalha dourada. 

-Consigo várias coisas também. 

- Aposto que sim. -Frederick sorri pra mim e pega sua pasta de couro. Mexe um pouco mais e retira um caderno fino de folhas. 

Estendo a mão para puxar o conteúdo pra mim e ele impede, Olha pra Katie, depois pra mim e continua:

-Com uma condição. -Levanta a sobrancelha pra mim. 

Homens. 

-Qual, Sr. Gun? -Pergunto o mais profissional que posso. 

-Srta. Claire. -Vira-se para Katie- Gostaria de sair comigo?

Katie me olha meio brava, eu imploro silenciosa que sim, e volta para ver Frederick e termina revirando os olhos.

-Qual escolha eu tenho? -Pergunta retoricamente- Aceito. 

Ele sorri e faço um simples ''YES'' sussurrando só pra mim. Pego o Caso em cima da mesa e ele começa a conversar com ela. 

-NÃO CHEGUE TARDE. -Pisco para Katie e deixo a sala sozinha. 

Ela sabe que até amanhã precisamos riscar todos os itens da pauta e pelo menos eu estar pronta para me impor no tribunal. Abro o carro e logo jogo a massa de papeis no banco que Katie estava.

Tenho um longo trabalho pela frente. 

-O que está fazendo aqui? -Masculinamente, palavras são desferidas para mim. 

Com o susto, sigo a fonte das palavras e vejo Paul bem na frente do meu carro. 

Buzino bem alto e coloco a cabeça para fora da janela. 

-As aventuras de Néda -Ironizo

-O que? -Ele estende as mãos pedindo explicações. -Néda? -Ele juntas as sobrancelhas nervosas.  

-Néda sua conta. Agora me da licença. -Acelero um pouco e ele já se assusta dando pulos para trás. 

Nesse momento Katie sai do recinto acompanhada de Frederick Gun, na hora tento avisá-la quem está na espreita. E ufa, ela percebe e apressa o advogado, Paul faz mensão de virar e eu desço do carro fazendo barulho. 

-O que está fazendo aqui? Grande Paul? -Dou uma boa ênfase nas ultimas palavras. 

Finalmente ele se descuida de olhar para trás/ lado e concentra-se em mim. Fico observando Katie por canto de olho, o carro está do meu lado da rua, o oposto da casa,  então metros atrás ela atravessa a rua em silêncio. 

-Na verdade eu vim à trabalho. -Tenta me impressionar mexendo na sua colei... na sua gravata.

-Bom pra você. -Dou um breve riso desprezando-o  total. -Um trabalho sério? -Ultima pergunta pois estão entrando no carro.

-Ah, pode apostar. -E ele começa a se iludir sozinho -Noticiarios mostraram, milhões de jornais terão meu rosto e ... Angelique? 

A essa altura eu já estava acelerando o carro, fazendo a manobra e dando um tchauzinho para ele da minha vidraça.

Antes de ir pra casa, cruzo a avenida para dar uma boa vista no prédio de esquina escondida onde trabalhava. A rua está pouco movimentada, homens com seu café e pressa passam constantemente até. 

Observo a porta de trás, o faxineiro sempre está lá, adora descer para pegar seu telefone e fone ouvido. 

Vai ser complicado. 


Notas Finais


E aí? Será que o plano da Angie vai dar certo?
Já deu errado uma vez, outra não supreenderia ninguém;


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