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História Uma arma chamada amor - Terceiro e ultimo andar


Escrita por: Milamgs

Capítulo 27 - Terceiro e ultimo andar


Fanfic / Fanfiction Uma arma chamada amor - Terceiro e ultimo andar

Mesmo trabalhando naquele prédio não me dera a ocupação de perceber certos detalhes. Leroy, o faxineiro, gostava muito de sua área de serviço, era quase um vicio descer para fumar seu cigarro. 

Vai saber o quanto que ele sabia de nosso trabalho. E, claro,sempre fomos muito discretos. 

Na entrada possui guardas, armados porém não tão na cara. 

No andar que eu fico tenho minha mesa, ela tem tudo que se precisa. Inclusive minha mesinha de madeira polida tem chave. 

Chegando em casa, jogo minhas chaves e papéis no sofá. Espreguiço-me e caio junto. 

Abro a primeira página: 

Eva Devine. 

36 anos. 

Olhos azuis, pele Branca e cabelos negros. 

Parentes: irmão mais velho. 

Acusação: assassinato e agressão contra Vicent Groove (1975-2015). 

A ré teve um caso com o mesmo dentro de alguns meses. Encontravam-se em segredo pessoal. 

Outras meninas mantinham contato sexual com Groove antes de conhecer Eva. 

Evidência: uma foto da acusada com o morto no dia do assassinato. 

Nenhum sinal de agressividade nem de tensão na foto. 

Tudo que ele expos nos argumentos é verídico, simples parte da investigação. 

Na segunda página fotos do local do crime foram imprimidas. Inclusive a foto dos dois no dia da morte está imprimida até em cores. Porém a qualidade opacou o espelho totalmente. 

Resmungando, passo para a próxima página:

''Foto 1: Vicent deitado  (e não jogado) no centro da sala, em cima de um edredom branco e azul, com poças de sangue em volta do corpo; na barriga e peito. ''

''Foto 2: Mesa de cozinha/sala com um guardanapo rabiscado com caneta de cor preta, escrito ''Observe pelos olhos no segredo''. 

''Foto 3: Dedos de Vicent caídos no chão, sem sinais de luta nem de sangue. ''

''Foto 4: Eva e Vicent. 

Nada novo para mim, só em visões diferentes. Mas como qualquer advogado, ele puxava setas de cada legenda, constatando algo mais. 

Adiantando-me um pouco mais, ele extraiu falar de Groove de quando teve um momento com o mesmo. Nada tão alarmante, algumas chaves simples para já incriminá-lo por estar fazendo tal coisa. 

''Antecipação sem razão;'' 

''Ausencia de prova'' 

Ele argumentou muito sobre defesa, inclusive os pontos fracos de Eva que poderiam usar contra a mesma. 

É uma aberração uma mulher daquela está num tribunal como ré. Simplesmente humilhante até para Groove. 

(...)

-Angelique? -No fundo da minha cabeça consigo ouvir meu nome. 

Mudo de posição para espantar o barulho e sinto uma mão gelada no meu braço direito. Alarmada, abro os olhos institamente e encaro Katie com a cabeça inclinada.

-Já chegou? -Pergunto tirando o cabelo do rosto. 

-São quase 20 horas. -Afirma dando ênfase.

Assustada, dou um pulo do sofá, as coisas continuam espalhadas onde deixei; papeis que li inteiros e meu celular. Minha amiga tinha mesmo acabado de chegar, ainda estava com a bolsa na mão e a mesmo roupa de mais cedo.

-Hmmm... -Mando um olhar malicioso pra ela, que da os ombros.

-Estudou o caso também? -Pergunta mudando de assunto.

-Ah, sim, Mas precisamos ver a foto, preciso pegá-la, tem tudo lá.

-Mas e a cópia aí? -Aponta para os papeis bagunçados.

-Bem pensado! -Aponto para ela como ''Voilá'' -Mas a qualidade está uma merda. -Desanimo na hora. 

-Então vamos lá mesmo. -Diz e já vai se despindo. -Sabe o que usar, não é? -Pergunta debochada. 

-Idiota. -Murmuro sorrindo e avanço para o quarto, deixando a preguiça para trás.

Coloco as peças nervosa. Calça, blusa, jaqueta e bota preta. Tudo para desaparecer no meio da escuridão. Pronta, amarro o cabelo e vou para a sala; lá, Katie termina de amarrar a bota e guarda a arma como eu: na cintura. 

Parece a mesma visão do dia em que fomos salvar Groove da gangue. Por um lado fico brava comigo mesma por ter defendido sua pele mas eles poderiam ter me matado se não tivesse acabado com eles antes. 

-Iremos acabar com isso. -Ela se vira pra mim e apoia a palma da mão no meu ombro. 

(...)

Dito e feito, em dois minutos andávamos para próximo do quarteirão do tal prédio. Atenção por todos que passavam na rua sinuosa em frente. 

Devagar, sem deixar o coturno fazer muito barulho, me afasto de Katie para dar a volta no prédio e tentar subir por trás. Assim que chego na parede de trás, onde fica a porta para a entrada inferior que da para a escada do lugar, Lorey aparece fumando seu clássico cigarro. 

-Leroy! Você por aqui? -Finjo chegar pela rua de trás e cumprimento o homem magro.

Ele me olha meio sem entender a situação. Já eu, por canto de olho, vejo Katie se rastejando pela outra parede atrás de Leroy. 

Ele não parecia entender muito por que estava ali e ainda mais conversando com ele. 

-Olha! -Chamo sua atenção e ele não vira as costas pra mim. -Vim saber como anda o clima por aqui. 

-Bom, aquele altão que anda com você apareceu muito. O outro lá fez...

Ele continua falando coisas que se você não convive aqui não iria entender nem em um milhão de anos.

KATIE

Devagar e rasteiramente,  Adentro na penumbra calorenta num pequeno espaço onde fica esfregões e vassouras. Para não derrubar nada, esgueiro até ao lado esquerdo do quadrado, caminhando para o inteiror do lugar. 

Pé ante pé, escuto um barulho forte, como se  alguém estivesse perto de onde eu estava. Cheguei no primeiro andar bem rapido, fechei a porta grande e verde da escada atrás de mim e vou para a janela mais próxima pelo corredor. 

- Ei? -Sussurro conto se fosse só uma brisa na janela. 

Angelique surge na janela, lá em baixo. Apalpo todo meu casaco e arranco uma das cordas de rapel. Deixo cair pela parede, 2 metros à baixo mais ou menos. Ela segura e apoia os pés enrolando-os.

-Amarra em algum lugar. -Pede apenas mexendo os lábios. 

Apalpo em volta, no escuro e só penso na porta pesada das escadas por onde vim. Agarro a corda com a maior força que posso e tento fazer um nó  bem apertado. 

Sendo assim, volto para a janela e mando um ''Ok'' com a mão ela sobe, com o corpo leve  ela faz a força. 

Chegando na metade, Angelique para e arrega-la os olhos. 

Tentando entender, analiso lá em baixo e vejo o faxineiro aparecer. Ele olha para o lado e outro procurando um gato ou algo assim. Paralisamos. Ponto. 

Angie

Não podia descer nem subir, a cabeça de Leroy estava apenas à meio metro dos meus pés, e eles estavam com muito cheiro da grama do lugar. Tento não fazer nenhum barulho, me mantenho daquele jeito. 

Ele da uma breve verificada no ambiente e vai embora. Respiro fundo e me adianto para não lidar com algo outra vez. Chego para a janela e me jogo para dentro do lugar fazendo um breve estalo por cair em cima de Katie. 

-Olha por onde se joga. -Ela briga e eu institamente rio. 

Ela recolhe seu equipamento e o esconde no fundo falso da jaqueta. 

-Para onde vamos? -Pergunta recuperando o fôlego. 

-Essa sala é para ligações para nosso trabalho. 

Sussurros no andar de baixo nos deixa em alerta, palpebras bem acima do normal; mergulho em baixo de um computador, acomodando meu corpo no espaço reduzido ao tamanho de um monitor. 

Como eu, Katie também se aperta do lado esquerdo, paralelo ao meu. Sem nenhuma cerimonia, passos são ouvidos, uma luz é levada pelas minhas costas, por sorte não tem como ninguém nos ver. 

''Não, não tem nada não. Isso é a porra do seu cigarro.'' Uma voz masculina parece dizer para Leroy, retirando seu corpo desse recinto. Discretamente, olho para trás e já não visto niguem. Solto um bufo tranquilo e olho para frente. 

O homem tinha dado a volta e estava parado com as portas enormes na minha frente. 

-Olha, você tem que me desculpar. -Digo enquanto uma sombra preta se aproxima por trás. 

-Se você sair ag... -Ele apagou no meio da frase, uma perna de boa elasticidade alcançou seu ouvido. 

-Opa. -Dou um sustinho mentiroso e arrasto o corpo para dentro de uma dessas caixas de Computador onde nós estávamos.

-Deixa eu só analisar algumas coisas. -Ela diz e eu já entendo.-Em mais casos de fuga, não é?

Ela vê cada canto da sala, mexe em mesas, no peso delas, em argolas de janelas, porta e seus trincos, tipo de tomadas, etc. Cada detalhe que eu mesma já parei para verificar quando cheguei aqui.

Uma trás da outra ligamos a lanterna deles e voltamos para a ação. Não dava para usar o elevador então coloco a cabeça para fora da porta e não vejo ninguém, discretamente  chegamos no segundo andar.

-Esse é meu andar. -Sussurro perto do seu ouvido e caminho mais adentro chegando na minha mesa, era a 4º. Atrás de mim ficava Paul e do outro lado, paralelamente a ele, Fred. Tenho que admitir que era uma comédia. 

-Chega de nostalgia. -Parecendo ler minha mente, Katie na tapas do meu ombro.-Onde fica a mesa de Paul?

-A 5º. -Aponto direitinho onde é. 

Ela anda firme e tenta abrir sua gaveta. Como não está indo ela mexe no cabelo e tira um grampo e eu já dou um breve pulo pra trás. Com mexidas e mais mexidas ela consegue abrir a primeira gaveta. 

-Voilá. Quero ver o esqueleto que aqui está guardado. -Katie diz e escancara o mesmo.

As mãos se mexem e ela me chama para dar a luz, como ela não sabe muito bem onde ir, entrego a lanterna pra Katie e eu mesma analiso tudo.

-Filho da puta. -Rosno ao ver que ele tinha pego algo importante de um caso que quase não ia sendo resolvido.

Egoísta, foi só isso que vi naquela gaveta.

-Esquece Angelique, vamos subir. -Ela diz já se recusando a ficar lá parado. 

-Calma. -Sussurro enquanto procuro e chego em algo. -O que ?

Apalpo um pouco mais e vejo um objeto de relance, prata e com detalhes. Levanto deixando à vista de Katie. Seus olhos, já grandes, se arregalam e ela olha pro meu rosto em seguida:

-É o que eu estou pensando? -Pergunta precisando ouvir de outra boca. 

-A pulseira de Kate, falecida. -Respondo engolindo seco. 

-Será que o resto da polícia sabe? -Duvidas é mais que aceitável. 

Ela me faz soltar e tirar a foto daquela gaveta. 

-Pena que não podemos usar contra ele. -Digo com cara de quem comeu e não gostou. 

Fecho a gaveta com um estalo, movemos rápido e deixando a fileira de computadores desligados. Aponto para cima e ela consente. Ela desliga a lanterna e deixa só a luz do lado de fora nos guiar. 

Abro a porta verde escrita 2  e volto pro lugar que vim, só que dessa vez subindo. Com os pés mais rápido chegamos a próxima porta, abrimos e adentramos mais rápido. 

''Tem certeza que o viu no terceiro andar?'' A voz é de outra pessoa, nem Leroy nem o guarda que apagamos. Era outro tipo de voz, mais firme. Olho pra ela que já me joga uma das cordas, entendo imediatamente. Corro até para uma das tubulações da sala, bem no canto, junto a parede e amarro a corda firmemente, com uns três nós bem dados.

Subo em uma das cadeiras e amarro a mesma numa das argolas colocadas no lugar errado (Mas ao mesmo tempo bem certo), Jogo a corda bem em direção a mesma que faz passar pelas argolas do teto e depois amarrando do outro lado da sala, paralelamente ao lado do meu amarro. 

Ficou com uma listra bem no meio da sala, bem firme, o que era bom. Nos penduramos e subimos até deixarmos nossos corpos pendurados. Nos duas aprendemos que precisamos nos segurar para não ter nenhum risco, então aplicamos uma certa força na karambit e a aplicamos na parede segurando uma parte bem pequena para me apoiar.

Na mesma hora alguém cruza a porta. 

É passos de alguém conhecido, Groove. 

Conheço bem seu cabelo ralo com a cabeça negra e seus sapatos comuns de trabalho. Ele percorre a sala, mas nunca pensei que ele fosse arrombar outras mesas e é isso que ele fez. Passou na mesa dos ajudantes, tirando sempre poucos papeis mas claro que pra dizer que ele descobriu isso.

Nossos pulmões quase nem funcionam, quanto mais silêncio melhor, até uma das partes bem pequenas da parede despedaçadas cair daqui  de cima...


Notas Finais


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