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História Uma arma chamada amor - Restaurante da esquina


Escrita por: Milamgs

Notas do Autor


Quem sabe uma Katie misturada com Angie? KKKK

Capítulo 28 - Restaurante da esquina


Fanfic / Fanfiction Uma arma chamada amor - Restaurante da esquina

De vez enquanto me referia a mim mesma como Estrela, e até minha mãe também, mesmo adotiva, ela me conhecia tanto para repetir o dito. 

Por volta dos 14 anos eu pelo visto entendi o que isso significava, e como significava... estrela é matéria desorganizada que se atraem e chocam-se formando o caos e a luz que tal conhecemos. 

Por um lado me identifico, talvez consiga fazer luz no meio do caos. 

Com certeza fiz as duas coisas na vida de Eva e das meninas, espero ter feito mais luz. 

É imaturo lidar com "indivíduos" de casos com mais carinho e contato mas nesse caso foi especificamente diferente. Fui atirada numa nostalgia sem precedentes pela qual não passei. Não tive tantas amigas. 

Tudo isso passa na minha cabeça enquanto o pedaço de gesso com cimento despenca. Talvez só faça um leve toque quando chegar ao chão... 

Quando esse único tique se espalha pela sala; ele se abaixa e pega o negocinho. 

Meus pelos se arrepiam, os de Katie devem estar na mesma situação... ela me olha , forçando sua cabeça para trás e murmurando algumas coisas sem emitir nenhum som. 

Groove, pensando que alguém, talvez Leroy, jogou isso nele vira de costas para nós e concentra-se na porta... 

nesse exato momento. Soltamos nossas mãos para o corpo ser jogado, cada um em um lado, para as argolas, nos protegendo de qualquer vista nas sombras que a noite gera. 

Groove não é tão burro assim então se vira e olha pra cima... sem querer querendo deixamos as karambits ali. talvez possa dar uma dica para o mesmo... que por sua vez dá um breve pulo de susto para trás. Com medo mas sem poder fazer nada, ele vira as costas com os papéis que já conseguiu e corre para fora do prédio... sem pegar nada da sua gaveta.

Ouvimos as portas seguintes sendo fechadas, ele deve ter aberto só pra ver se tinha alguém no 1 e 2 andar. 

Pulamos em direção ao chão, acelero o passo para chegar na gaveta fechada de Groove. Assim faço... Katie arromba enquanto eu, ansiosa, encaro o pedaço de metal. 

-Pronto! -aviso para ela parar de mexer ali. 

Depois que abro já deixo uma quantidade boa de ar entrar. Vejo com atenção a primeira página de um caso de estupro e assassinato, logo depois um relatório de outro caso e em seguida vem o que eu queria, o caso de Vicent Groove. 

É a mesma coisa que eu tenho, só que sem os post-it, em seguida dessa massa e uns papéis me chamam atenção; 

Dentro de um saquinho plástico bem fechado vejo de relance nomes conhecidos... como Rose Olive. Esforçando meu braço um pouco, levanto o peso e tiro o saquinho.

Pelo que conseguir enxergar a foto está sim ali. Comemoro com um breve soquinho no ar e levanto depois de verificar os papeis mais à fundo na gaveta e nada é muito importante, só outras suposições sobre o assassinato. 

Chega, pra mim deu. Groove precisa parar.

-Ele tem sérios problemas mentais...

-Agora tenho isso até por escrito. -Relembro a ela o atestado de Jean Chermont. 

Sorrio e abro minha jaqueta, colocando aquele conteúdo no fundo falso da mesma. 

''SOBE SOBE SOBE'' é como um treino da polícia, a voz impassível e alta que parece vir do primeiro andar do prédio me faz levar um susto. 

Um calor súbito é instalado imediatamente, Katie e eu nos entreolhamos e corremos. Foi a única coisa que passou pela nossa cabeça. 

Correndo pra frente: depois dessa cadeira tem mais 2 ou 3 esqueci de contar enquanto me dirijo para o elevador que é atras de toda a sala. Aperto incessantemente e ele se abre, entro paralelamente com Katie nas duas portas que apita baixo. 

Aperto segundo andar assim que um grupo de policiais com armas em punho e lanternas no outro entram procurando alguém. 

Não nos viram mas ouviram o bip do elevador, então sei que nos esperam no térreo. Por isso apertei 2 andar. 

Lá, não têm sinal de ninguém. Mando o elevador p térreo tentando engana-los.

-E agora? -interrogo Katie olhando janela a baixo.

-esta olhando pelo ângulo errado. 

Ela faz algo que não esperava. Passa na minha frente e salta para alcançar algo um pouco mais acima da janela, caixa do ar-condicionado. 

-Ah não.

Engulo seco pensando somente na altura em que já estamos, tentando encobrir a que vamos. Hesito muito, seguro a barra da janela e solto várias vezes. 

-Vem! -Rosna desesperada de cima; assim que escutamos sinais de vida humana procurando alguém.

Respirando alto, apoio a base das mãos e avanço meu corpo num pulo; minha amiga estende a mão na minha direção e escuto os passos atras de nós, dentro daquela sala, silenciosas. Paralisamos. 

Sinto olhares pela sala toda, é como se eu estivesse invisível e vagando por lá, observando cada um pisando com cuidado e olhando em baixo das mesas. 

Cuidadosamente, eu tomo a iniciativa de subir para a próxima caixa, pelo lado direito , sem passar pela janela. 

Se não colocar a força necessária nos braços despenco em total queda livre. 

Dou um pulo e deixo meus pés pendurados, minhas mãos agarrando o concreto quase que machucando meus dedos. O sangue do dedo já se esvai, Branco como meu rosto pálido pelo medo, encontro impulso e consigo subir apoiando com o joelho. 

Olho para baixo e Katie sorri. Mas a distância até o chão é enorme. 

Uma das cordas que estava no meu bolso voa para que Katie possa também ter impulso mas ela, orgulhosa, nega e faz o mesmo caminho que eu. 

As duas em um metro apenas. O suor e respirações conjuntas, eu novamente pulo para a pouca distância mais acima do telhado. 

Ela faz a mesma coisa e ninguém nos vê. 

-Podemos pegar impulso para pular naquela casa de 2 andares. -Ela, falando sério, aponta para o prédio em frente ao nosso Mini imóvel de 3 andares. 

Essa casa é bem mais baixo, qualquer deslize podemos cair no lugar errado e o resultado não é tão bom não. 

-Caso de certo podemos até quebrar uma perna. -Digo assustada- achei que iríamos esperar até tudo se acalmar e todos irem embora. 

-Nem se iluda. -Diz quase cômica. -Nos vamos mesmo! 

Analiso a noite, estrela por estrela, que por um minuto me fez sentir a adrenalina de adolescente novamente. Minha métrica mental entra em ação enquanto vou ter que pular, não é tanto comparado a altura que estamos mas mesmo assim se der errado o negócio é sério.

-Pronta? -Katie pergunta ajeitando o cabelo e nado passos contrários à beira que vamos pular.

-Acum. -Dou os ombros relembrando o ''Agora'' em romeno e ela olha pra mim sorrindo.

Nossa palavra de ordem deu um incentivo à mais para as duas; me endireito ao seu lado e preparo para correr.

Prendo a respiração e começando pelo pé direito corremos, parece tudo em câmera lenta mas está tão rápido que mal tenho tempo para pensar; com o pé esquerdo dou um impulso forte para cair dentro do próximo telhado. 

Parece uma cena de filme, caminhando no ar, enfeitado pelo céu e a lua e em seguida só vejo meus braços indo em direção logo depois da cabeça, protegendo o corpo para dar um solamente e cair de forma certa.

Mesmo com o rolamente ensinado pelo Krav Maga dei azar em arranhar o braço. Sentindo o cimento nos meu pés me dou a liberdade de olhar para o lado e ver que Katie conseguiu mas seus pés ainda estão subindo e se esforçando para subir. 

Levanto mesmo dolorida e puxo seus braços facilitando seu conforto no mesmo lugar que estou. 

-Acho que deu certo.. -Sussurro e olho para o prédio, lá ainda tem gente.

Então qualquer cuidado é pouco. 

-Rasteijando até a outra ponta, e sabe onde ela vai dar? -Pergunta

-Não faço a menor ideia, na verdade. -Digo refletindo que eu mal ando por esses cantos. 

-Daqui à 1 ou 3 km é o internato. -Logo levanto o olhar para seu rosto- Sei disso porque vim por aqui, minha memoria é boa.

-Ahh.. Sim. -Dou essa leve bufada para não deixá-la sem resposta.

Mas é que o lugar me trás lembranças.

Faço o possível para tirar isso da minha cabeça e parto para saída de lá. Arrastamos quase coladas no chão. Demora um certo tempo de esforço até chegar no oposto lado da beira. Depois de alguns arrastados nos conseguimos. 

-Agora é descer? -Digo zoando.

-É isso aí, mas precisamos para em algum lugar. -Diz,

-Algo muito importante? -Gelo na hora e nos arrastamos para cair no chão, nessa esquina. 

-Demais. -Ela diz e se jogou também. 

Com nossos quatro pés amortecidos ela olha pra mim e aponta para algo atrás.

-Um bar, uma bebida. -Katie não fala o que eu esperava. Deixo meus ombros caírem e dou dedo pra ela.

-Se não for alcóol, precisamos estar sóbrias amanhã.

(...)

Mesmo sentindo-me pesada nos cruzamos algumas ruas para ficar mais longe de onde eu trabalho, pois ainda não me demiti e ninguém fez isso, então. 

Sentamos numa lanchonete de cachorro quente. Parecia um tipo de casa de investimento para ser vintage, sentamos numa mesa com duas longas cadeiras-sofás; De frente pra ela, percebo q estou bem mais acabada. 

-Você me quebra. -Resmungo encostando a cabeça no plástico gelado. 

-Ah, Angelique, é rápido. -Ela sorri de canto de boca porque também da pra ver que um banho é uma boa. 

Pedimos fritas, Katie agarrou logo o cardápio e pediu um refrigerante de 1 litro, também para tomar em casa.

Não falamos nada, mas dava pra sentir que ela tinha muita coisa correndo na cabeça, relaxo da imagem dela e reflito ansiosa como será amanhã, mesmo se conseguir ganhar o caso não é garantia que Eva vai ser minha novamente. 

Me faz querer chorar em posição fetal novamente. Fiz já tanto isso. 

-Tira essa cara. Vamos tomar banho que em... -Ela procura o relógio do lugar com a cabeça bem levantada- 8 horas em ponto temos um tribunal para abalar. 

Rio com sua expressão com a evidencia que não é só o tribunal que vai estremecer.

Levantamos, ela deixa os 15 euros em cima da mesa. Caminhamos para fora, do outro lado do vidro, no nosso lado esquerdo alguém também acompanha a gente. Do lado de fora, eu vejo três fardas e um sobretudo Hugo Boss. 

-Only Shit. -Resmungo e encontro forças onde não tenho e elevo o corpo de Katie para jogá-la do outro lado da bancada longa dos cozinheiros.

Em seguida me jogo junto em um aerial com apoio dos braços. Caio sentada do lado de Katie que reclama.

-Angelique Green não tenho mais paciência com você. -Ela tenta levantar mas puxo seu braço.

-Groove está aqui. -Sussurro para ninguém nos ver ao lado das caixas de sachês de açucar.

Ela encara o chão quadriculado preto e branco.

-Aqui no restaurante? -Pergunta em alerta.

Antes que eu possa responder uma voz nos cala ''Boa noite, gostaria de saber se alguma mulher com essas características passou por aqui. '' Groove deve ter mostrado uma foto ou sei lá. 

''São umas 5 mulheres que me mostra, não iria lembrar de todas, mas essas duas ja apareceram aqui.'' 

Meu coração se aperta no mesmo momento, sinto uma falta de ar que quase me tirou a consciência. 

''Se tiver notícias delas, me ligue.'' Escuto uma mão batendo no balcão.

Ouço passos como se fosse atrás do balcão bem na minha linha. 

''Pensando bem, poderia me servir um café express?'' Para acabar com minha tranquilidade mais ainda, Groove resolve ficar mais tempo aqui.

Passa em torno de dois minutos até aquele grão ficar quente e líquido. 

''Onde fica o açucar?'' 

Nessa hora já prevejo que o gordo do nosso lado do restaurante vai vir e nos  ver.

''Pode colocar a mão aí senhor.'' O homem nos da uma esperança de não ser descobertas mas nos alerta mais ainda.

Uma mão negra aparece apalpando o plastificado quase no meu rosto, Kate raciocina antes de mim, pegando a caixa e colocando na minha testa para ele acertar os papeis. 

''Ah, aqui!'' ele arranca uns 4 saquinhos e Katie solta.

Conta até 3 nos dedos e da um rolamento de costas, parando atrás da parede da cozinha. 

KATIE

-Vocês tem ratos por aí? -Pergunta o homem que me contratou um mês e pouco atrás.

Mesmo que ele não saiba que o movimento foi meu, rato é a mãe... Ou pode ser até Angelique toda encolhida esperando ajuda. Daqui consigo espiar os passos dele, infelizmente toma café em cima de Angelique. Ele não me viu por estar tão compenetrado em colocar açúcar.

-Não tem nenhum, tudo limpo aqui. -Diz o dono do estabelecimento com a regata branca melada de gordura. 

Angelique me encara esperando o momento que possa fazer como eu.

Os homens conversam em fileiras. Trocam olhares e são eles que vou me aproveitar.

Assim que Ed Groove for falar ele olha para os outros, então, mal verá Angie na visão periférica.

Um dos policiais respondem alto e ele se vira, abrindo seus lábios grossos para começar o baratinado de coisas idiotas, nisso mando um OK para Angelique que muda de lado, para o meu. 

ANGIE

Não perdi tempo, mas assim que esbarrei no fogão atrás de Katie acharam mesmo que tinha um rato por aqui. O senhor gordo que serviu o café deixa seu pano no plástico que todos apoiam sua xícaras e sai em direção à cozinha, interior do lugar.

Nos movimentos descansados ele chega a onde estávamos... ESTÁVAMOS, pegamos a porta mais perto da saída, passamos por tiras de plásticos meladas para acharmos uma saída para a rua. 

Katie até ''resgatou'' uma lata de coca-cola antes de dar o fora. Foi tão rápido que mal pude impedir. O que mais essa noite pode fazer? 


Notas Finais


Mais uma etapa tensa, altos e baixos sempre...
E aí o que esperam? O julgamento agora é em 7 horas... Falta muito à fazer... E se não der tempo?


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