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História Uma arma chamada amor - Tribunal em fogo Part 2


Escrita por: Milamgs

Notas do Autor


Eva <3

Capítulo 30 - Tribunal em fogo Part 2


Fanfic / Fanfiction Uma arma chamada amor - Tribunal em fogo Part 2

-Por que ela faria isso se não fosse para um pedido de ''socorro''? ÓBVIO, que se ela que tivesse dito que estava com ele na noite iriam acusa-la.

-Foi exatamente isso. -Eva diz e finalmente vejo a emoção tomá-la, mais do que a vontade de me ver a defendendo ela quer estar em meus braços, sinto tal coisa. 

-Mas por que não falou? -Diz Groove inquieto.

-Antes ou depois de você me acusar? -Com mágoa, ela se estende toda para enfrentá-lo mesmo sentada. - Não me deixaram falar.

-Mas nós... -Ele começa.

-Mas vocês? Em uma semana já quiseram dar uma de Deus e colocá-la na frente um júri. E JURADOS -me viro para os 10- Sabe quanto tempo se leva, pelo menos, para coletar provas? 7  a 10 dias. Mas essa promotoria quis fazer um JULGAMENTo nesse tempo. 

Dou ênfase em cada parte, nisso surge murmuridos em todo o tribunal. Foi preciso o Juíz bater seu martelo para acalmar todos os ânimos ali presentes.

-Todos, por favor, contenham-se. -Ele pede alto e em bom tom, deixando todos caladinhos só pelo susto de sua voz grossa no salão. 

Chamo Katie com um dedo, ela está encostada na grade de madeira que nos separa da platéia, de lá ela vem com o que eu quero... Um papel especial, digamos que ele veio de um renomado psiquiatra.

-Como já encontramos os primeiros erros dessa promotoria, me deixe apresentá-los dados. -Resgato o documento mais importante da defesa, coloco na mesa de vossa excelência para que ele mesmo entenda.

-Que palhaçada está fazendo agora, Angelique? -Groove passa a mão pela testa debochando.

-Ah não, não é palhaçada, -Sorrio cínica- É o circo inteiro.

Até ouvi alguns ''uii'' das meninas na primeira fileira. Controlei-me e pude explicar:

-Eu lhe entreguei fichas médicas. -Volto a olhar para todos e ficar de costas para o juíz- Aqui consta um caso de obsessão , onde alguém passa dos limites da paranóia para resolver algo que ainda não teve desfecho, culpando qualquer um que ele olhe e queira culpar.

 Mais uma vez, vozes se perguntam ''Quem?'' ''De Eva?''.

-Não se exaltem! Claro que irei dizer de quem é. O psiquiatra Jean Chermont me fez o favor de apresentar a polícia o diagnostico de nosso policial mais poderoso, Edward Groove. 

Aponto para o mesmo. 

-Portando inclusive a assinatura de seu antigo médico, o documento também explica muito bem a falta de realidade pra algumas situações. -O juíz olha impaciente para a promotoria, Groove com seu escuro tom de pele já estava pálido demais. -Essa é uma delas.

Acabando minha frase, todos se levantam e enchem a sala de aplausos, inclusive da área de defesa e júri. As meninas comemoram e algumas, como rosa e Lizz choram. 

-Bom, de acordo com o essa prova mais que importante, não haverá julgamente nem do júri, pois só o fato de estarmos aqui é um engano impertinente. -Ele segura seu martelinho firmente.- Caso encerrado.

Aquele som é o que eu precisava para me desarmar inteira, consegui. Fiz o que precisava e deu certo. Todo aquele peso do caso de Eva evaporou como um passado ruim. 

Mesmo com essa junção de emoções meu corpo não aguenta mais, solto tudo que está na mão e deixo minha vista encurecer. Caso encerrado.

(...)

-Ei... -Sinto um pequeno ardor na minha face e junto as sobrancelhas.

Meu olhos, teimosos, insistem que a luz não entre. Remexo-me e sinto meu corpo da uma leve pancada no chão. Dessa vez, nada suncinta, abro os olhos e vejo Lizz, Rose, Annie e Katie me olhando. 

-Está vendo cada uma de nos? -Pergunta Katie.

-Lembre, só uma de nos. -Constata Lizz. 

Mesmo com tudo tentando se estabelecer totalmente, vejo uma mulher loira me olhando também, ela apareceu rápido. Não pareceu em pânico como as outras, nada. 

Apareceu Entre Lizz e Rose em questão de um segundo. 

-Devo estar alucinando um pouco. -Digo e sento, passando a mão pelo rosto. 

Annie pela primeira vez se aproxima de mim, agacha na minha frente e segura a região em baixo do meus olhos, puxando-a para baixo.

-Quanto tempo faz que não tem uma refeição? -Ela pergunta já sabendo; nem eu sei. 

-Angelique. -Repreende Lizz. 

Falando meu nome de forma engraçada. 

É hilário ver alguém menor que você lhe repreendendo. Não que ela não tenha razão, tem muita, inclusive. 

Todas elas. 

-Saia dessa carapaça dura de uma vez. -Pede Rose mais delicada. 

-Assim eu não aguento nem ficar em pé. 

-Nós te seguramos! -Fala Lizz de forma acolhedora. 

E pronto, foi o fim para lágrimas silenciosas se espalharem e eu me atrever a levantar para esconde-las. 

-Pronto. -Passo a palma da mão pela coxa da calça e fungo- Vamos comer. 

Insisto em pensar quem era a imagem que eu vi, aquela menina. Nova. Olhando pra mim. 

-Eu Levo ela pra comer e vocês fazem o combinado. -Katie "manda" e parecem todas entender. 

Ela segura meus braços e faz meu corpo me apoiar nela. 

-já foi menos franga que isso. -ela ri e murmura um brincadeira discreto. 

Gargalho junto e assim saímos do tribunal, nem sinal de Eva. 

-Sim, ela lhe balançou como uma louca. -minha amiga parece ter lido meus pensamentos assim que bate a porta do seu carro.-Mas aí ela foi levada pelo irmão. Basta uma infartando. 

-Vocês são inacreditáveis. -Gargalho. 

-isso é bom? -pergunta Katie de bico falso. 

-Não faço a menor ideia. 

Depois de alguma discussão injusta pelo restaura/tipo de comida venci sugerindo um churrasco... rico em tudo que preciso pra ficar inteira. 

-Sabe, Angelique... -Ela começa com cuidado enquanto eu me afogo no coração de galinha distribuído no meu prato. -Depois de tantas aventuras, você comendo né... 

Definitivamente ela não sabe me enrolar, macho a cara e limpo os lábios com o guardanapo. 

-E ? -Levanto as sobrancelhas a desafiando a contar. 

-E no meio disso tudo; cordas, karambits... -disfarça. 

-Desde quando você é franga desse jeito? -Pergunto; imitando-a. 

-Você deveria fazer umas férias. Vai viajar, ou fica aqui e alimenta pombos... não sei, mas já deu, por um tempo pelo menos. 

-Mas eu... 

-Você tem pagamento do caso de Eva. Você sabe... 

-Não acho esse dinheiro justo. -Viro o olhar para não olhá-la. 

Meu estômago embrulhou com a conversa, mas numa batalha interna ao favor de mim; pego o pedaço maior de carne e como quieta. Ninguém disfere nenhuma palavra. 

Parece que os pensamentos estão gritando. 

Nem lembro a última vez que vim no shopping mas gosto de observar essas pessoas, olhos e histórias diferentes. Uma das cadeiras importantes no curso para qual teria que fazer para entrar na polícia é leitura de pessoas. 

Aprende mais do que tudo nesse caso, coisas que faz sentido e você nunca percebeu. 

Como; quando você vai tentar lembrar de algo você nunca olha para o lado direito. Sempre direciona o olhar ou a expressão corporal pelo lado esquerdo. 

Passei vezes tentando controlar esses hábitos. Tinha horror só em pensar que alguém poderia me ler. 

-Odeio decidir isso. -resmungo depois de muito tempo. 

-pelos menos você tem o benefício da dúvida. 

Sim, de fato. A decisão é minha de todo jeito. Pensar nisso agora já me cansa, melhor pelo menos por hoje sossegar. 

Katie nem hesitou em pegar a conta, segurou minha mão e me levou pro carro sem menor cerimônia. Obediente fiquei.

Pelo caminho percorrido percebi que minha casa estava em vista, dessa vez de baixo de uma chuvinha rala da manhã. Não menos confortável. 

Finalmente me dei conta que aquilo passou, Eva e as meninas não eram mais um caso... eram pessoas, pessoas do mundo real... do agora. Paul, que era do meu mundo real; do meu valentine's dance tango se foi. 

É tão surreal que nem tudo eu fiz estava palpável Ainda. 

Um grito estridente sai dos meus lábios quando ela estaciona em frente ao meu prédio. Minhas lágrimas saem a todo custo, tiro o blazer em total devaneio. 

Praticamente me jogo no estofado vazio do Banco de trás. Assim que me sinto, vazia ou cheia demais. Talvez transbordando. 

"sim, aqui. Logo. " Pra mim tudo que Katie fala agora é sem sentido. Encolho meu corpo frio no estofado, escondo meu eu de tudo que possa se mexer. 

Num ato rápido vejo Katie saindo do carro rapidamente, fecha a porta rapidamente mas não fico sozinha por muito tempo. Um corpo me alcança no banco de trás, fecha a porta e levanta o olhar pra mim. 

Desesperada, Com olhos azuis lindos brilhando para mim junta seu corpo no meu. Num abraço extremamente forte. 

-Calma, respire, eu sei, eu sei... -Seus dedos longos seguram minha têmpora.

Faço o que ela diz, sigo com vigor sua voz, com um pouco de paciência minha respiração vai se estabilizando. Abraço sua cintura e assim fico. A cabeça encostada no seu peito. 

-Nunca pareci tão fraca na frente de alguém. -Suspiro tempos depois. 

-Já me vi em situações piores. -Ela diz e ri. 

Eva faz menção de virar meu corpo para frente da mesma, olho para ela, parece ter pego um pouco de chuva, que agora havia engrossado consideravelmente. Não conseguia ver lá fora. 

-Te devo desculpas. -Ela sussurra para mim. 

Sem pensar duas vezes me inclino e distribuo selinhos pelos seus lábios. Agarro suas têmporas como se nunca tivesse o feito. 

Ela parece hesitar um pouco.

Acaricio seu rosto... perfeitamente delineado, sua boca levemente rosa, os cabelos negros soltos em um female fatal chuvoso. 

-É definitivamente a mulher mais linda que eu já vi. 

Deixo sair sem nem me dar conta. 

-Eu? 9 anos mais velha que você? -ela recorda o momento do julgamento que disse exatamente isso. 

-Nunca se revela a idade de uma dama, certo? -Faço uma careta de "vacilei". 

-Pois é. -Ela concorda com outra careta. 

Subo em seu colo com as duas pernas em volta da mesma. Abraço seu cheiro. Aconchego meu coração em seus braços. 

Ela levanta a cabeça para me

Olhar, facilitando um desandar de beijos. 

Sua língua me invade, meus lábios compartilham do Dela, o gosto. Sorrisos Entre beijos sempre são bem vindos, mas sorrisos e gemidos Entre beijos deixa tudo mais ... diferentemente interessante. 

Sem perdermos tempo, faço o favor de perceber a roupa de Eva. Ela apenas tinha mudado a blusa, estava de calça. Aproveito a facilidade da regata para investir meus dedos ali. 

Em um ato ágil já estou dentro de seu sutiã. Beijo seu rosto inteiro, seu pescoço também não é poupado. 

-No meu carro não. -Katie abre a porta com um guarda chuva bem na nossa cara. 

-Empata foda. -Sussurro só para minha amiga enquanto saio de cima de Eva e corro para de baixo do objeto. 

Eva faz o mesmo. Vermelha como uma cereja, com suas mãos em frente ao corpo acompanha em baixo do material. 

Pé por pé, todos estão molhados, entramos no meu prédio não menos molhadas. Pingos estão nas blusas... e com certeza na minha calcinha. Entendendo como quiser. 

-Invadiram minha casa? -resmungo para Katie. 

-Eu não chamaria assim. -Da os ombros e subimos caladas. 

Ainda estava no ar que Eva e eu precisávamos de um tempo juntas e sozinhas. 

Sem mudar minha vista de direção, dou tateadas pelo meu lado até alcançar as mãos que me abraçavam minuto atras. 

As portas se abrem e logo meu coração vai no chão novamente. 

-Cadê Lizz? -Pergunto assim que abrem minha porta e Annie e Rose estão meio sem palavras. 

-Ela disse que se sentiu mal. E tá na sua cozinha. Ali atras. -Diz Rose meio sem graça por estar no meu ambiente. 

Lizz? cheia de saúde até a ponta do cabelo? Ah não ser que tenha enchido a cara com Rose já fez. Ela é religiosa, Então isso não foi. 

-Toc toc. -Faço onomatopeias com a boca quando chego no quarto de trás, onde ficam coisas de limpeza. 

Ela se remexe olhado pela pequena janela ao sul da cidade. 

-Eu acho que sou louca. -Murmura para si mesma.

-Todos somos um pouco, mas por que acha isso? -Me apoio ao seu lado e sigo seu olhar para um parque de diversos, pequeno, perto do centro... bem longe de onde estamos. 

-Eu senti a presença de Kate. -Ela funga- Lá no tribunal. Não é louco? 

Meu rosto fica mais pálido do que já é. Será que a vi também? 

-Eu acredito em você. -Afirmo encarando seu perfil. 

-Mesmo? -Insegura, refere a mim até com o olhar. 

-Totalmente. 

Me retiro do ambiente por estar até mais sentimental que ela. Caminho serenamente; na sala todos estão sentados no meu sofá, Rose está sentada no chão, conversando com as meninas. 

-Não acho que veja uma boa hora pra nenhuma de nós. Prefiro sair. Ok? -Digo querendo ficar só. 

Não tenho minha casa mas quero minha paz. 

Desço dos saltos que me seguravam por pouco e substituo por uma rasteira... desconstruí. 

Carrego minha bolsa e as chaves do carro. 

-Eu vou. -Eva se levanta e as atenções de viram para nos.

Não me admira Ainda estar apaixonada por ela. 

-Da última vez você até aprontou né? -Diz Eva e tento buscar na minha cabeça quando isso aconteceu... lembrei... no acidente de carro. 

-Aceito companhia. 

Ela sorri pra mim, do seu jeito adulto e levemente feliz, ela se aproxima e me dá um breve selinho, aproveitando a proximidade de nossas testas, encostando-as. 

-Eu nunca me acostumei com isso. Porra. -Não foi resmungando que Angie falou, mas como se dissesse "que saco". 

Olho pra Eva que sorri sem dentes, é claro, ruborizada. 

-Não é que seja nojento, -Rose justifica por ela.- Mas miss D. É uma tia para a gente. 

Ela torce a cabeça e eu continuo parada, como Eva. 

Meio incomodada e até estranha, Eva continua na sua. 

Deixamos o espaço e o clima passou de tenso, por conta de Lizz para quente. Por conta de nossa falta uma da outra. 

-Estou com frio na barriga. -Sussurro encarando meus pés. 

-Me ver fora do internato, é e está sendo mais difícil pra mim. Até nesse sentido mais aprimorado de ser alguém com Alma e amigos. 

Sua cordialidade comigo me deixa abismada e até com um certo frio Entre as coxas. 

-Carro ou andando? -Pergunto como se perdesse minha bússola. Acho que ela é o imã que está me deixando confusa. 

-Carro. 

Ela aperta os botões do pequeno objeto metálico procurando o meu em meio a tantos. Finalmente, ele dá sinal de vida, a direcionando para o mesmo. 

Abre a porta do motorista e ocupa o lugar. 

-Eu queria pedir desculpas outra vez. -Digo quando bati a porta do carro, nos deixando num mundo separado dos demais. 

-O que exatamente? -Ela não se move, apenas continua com a mão esquerda no volante e o olhar vago para frente. 

-Trair sua confiança, quase te colocar na cadeia... 

-A confiança foi ... não sei nem

Explicar... mas a cadeia não foi você. -Ela repensa umas vezes- Ou foi. Não sei. 

Ela bate no volante que não tem culpa e encosta a cabeça no mesmo. 

-E agora? Vamos fingir que nada aconteceu? -Pergunto. 

-Vou voltar para o internato. -Diz Ainda de cabeça baixa. 

Encaro seus cabelos negros e sussurro um "o que?" .

Foi paralisante, acertou um martelo bem na área sensível da minha perseverança quando a isso. 

-Eu sou o que sem meu trabalho, Angie? -Ela Ainda adota meu apelido. -Não da para saber como será aqui, ou quem você é de verdade. Ainda não sei. 

A verdade nua e crua me atingiu em cheio. 

-Eu entendo, e você está certa. -Aperto os lábios me sentindo iludida. 

-Eu quero ser sua amiga, quero sair com você e conhecer a Angelique. -Ela tem tanta razão que percebo dentro dos seus olhos azuis que está magoada com a situação. 

Me sinto dando play novamente em um jogo, desde o começo, sem trapaças ou fases mal passadas. Fora daqui é um desafio saber de mim e Eva. 

-Eu dirijo. Te levo até o seu irmão. -Sugiro e ela aceita trocando de lugar comigo. 

Foi isso que falei com Eva pelo resto desse dia. 

(...) 

-Não, mais pra lá. -Tento segurar o riso constante que assombra. 

-Aqui? -Eva não dirigia faz tempo, estancou o carro uma 3 vezes, fazendo-me rir. 

Ela finalmente alcança uma boa vaga perto de uma sorveteria. 

Descemos do carro. Nosso clima estava mais leve. Ela esqueceu um pouco da conversa de 2 dias atras. Seu sorriso estava estonteante novamente. 

-Já lhe mostrei a piscina da cidade? 

-Está falando sério? -Pergunta juntando as sobrancelhas- Eu Ainda tenho idade pra ir nessas coisas? 

Sorri meio que querendo uma confirmação. 

-Ah, talvez não. Talvez Não aceitem mulheres extremamente lindas. -nego com a cabeça fazendo-a rir. 

-sinto que agora posso ver você. -Ela solta no ar; Junta as mãos em frente à si como fazia no internato. 

-Algo mudou? -Pergunto. 

-A pergunta certa: é o que não mudou? -Ela encara meus olhos como se estivesse dentro deles. 

Sinto um breve aperto dizer que ela não me ama mais. 

-Sinto falta dos papos na piscina. -Passo a língua pelos lábios e sento numa mesinha de acrílico no canto do lugar -Sou adotada, fui adotada desde muito nova, meu pai adotivo morreu quando eu era jovem... sempre fui uma arma de mim mesma. Então decidi, por que não, usar isso para defesa alheia? -Dou os ombros e ela me assiste atenta. 

-Com quantos anos começou? 

-21, talvez? -Cito relembrando. -Acho que mais ou menos isso. 

-Minha verdadeira profissão, na qual me formei, é cinema. -Eva solta e confirma com a cabeça como um sonho longe. 

-Você o que? -Junto as sobrancelhas. 

-Eu dirigia algumas peças, e me surgiu o lugar que me acolheu e deu um bom espaço para me aperfeiçoar, naquele momento. -Ela suspira e olha pra mim- Acabei por ficar. 

-Eu, antes da polícia, me sentia como uma garota problema. -sorrio - Uma Estrela. 

Relembro coisas que mexeram comigo, não só hoje. As lembranças vívidas de coisas que me formam diz minha história. É desgastante lutar contra isso. 

-Eu sei o que quer dizer. -Ela confirma com a cabeça.

Levanto para olhar seu rosto e sinto a cumplicidade no jeito que me olha. 

Seguro suas mãos frias pelo frio em cima da mesa, ela sorri e aperta as minhas, depois deixando-as sozinhas.

É um domingo frio, de poucas cores... O mais brilhante deve ter sido o casaco de botões vermelho que escolhi. 

-Mesmo a foto tendo sumido... -Começo.-Acho que tenho uma ideia de quem matou Vicent Groove. 

Pela primeira vez me disponho a falar disso. 

-Não devemos falar de quem não está mais entre nós. Não é justo. -Eva encara meus olhos dizendo tudo.


Notas Finais


Senti falta de vocês nos capítulos anteriores!
Aqui já encerra um dos mistérios....
E agora?


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