História Uma borboleta. - Jimmy Park

 "Anywhere whenever. Apart but still together. I know I'm not alone. I know I'm not alone..."

 Alone - Alan Walker. 

 Jimmy Narração*

 Eram sete da manhã, sai de casa um pouco aborrecido para ser sincero. Ninguém merece acordar cedo para ir a escola, é um saco, ainda mais quando te apressam pra ir com sua irmã mais velha, uma chatice.

 Seguimos o trajeto de casa para a escola quase sem trocar uma palavra, é realmente, minha irmã estava um pouco estranha. Resolvi tomar coragem e tentar quebrar aquele silêncio constrangedor.

 -Ei, maninha. Você está um pouco estranha, sei lá. 

 Disse olhando para o chão enquanto andava, esperando uma resposta.

 -Eu? Estranha? Até parece. É que hoje estou um pouco irritada e impolgada ao mesmo tempo...

 -Nossa... Meninas são mesmo estranhas. Olha, se foi porque eu te zoei hoje de manhã, desculpa...

 Disse receoso.

 -Tudo bem, esquece isso. Meninos da sua idade são bobões assim mesmo.

 Ela fez uma piada com a minha cara? Tá de sacanagem... E ainda está rindo?! Sim, ela está rindo mesmo! Tá, confesso achei um pouco engraçado e comecei a rir também.

 -Por que está rindo de si mesmo? Tenho razão né?!

 Disse ela ainda sorrindo, levei meu olhar de encontro ao dela e disse algo intrigante.

 -Não é só isso... É que faz um tempo que não te vejo sorrir.

 -Como assim seu bobo... E o que isso tem a ver?

 -Eu me sinto feliz em te ver assim... Pode parecer que não, mas me importo muito com você mana. Você estando pra baixo ou deixando de sorrir, eu percebo. Só queria demonstrar isso, estou aqui para o que precisar.

 Naquele mesmo instante, quando encerrei minha palavras, ela ficou imóvel. Consegui passar mais confiança para minha irmã, ser mais novo não significa que não posso protegê-la, queria mostrar que independente de qualquer coisa ou qualquer situação difícil que esteja a machucando, eu farei de tudo para salva-la.

 Chegando na porta da minha escola, ela colocou a mão em meu ombro e aconteceu algo quase inesperado de minha parte.

 -Jimmy, obrigada. Te amo, maninho.

 Após ditas as palavras, ela me abraçou e deu um beijo em minha testa, como sempre fazia comigo desde pequeno.

 Sorri e acenei pra ela adentrando a escola, me despedindo. Entrei na sala feliz e orgulhoso porque naquela manhã demonstrei o quanto eu me importo com aquela chata, ou melhor, com a minha irmã mais velha.