História Uma chama em meio ao caos. - Todo casal tem discussões.

Michael só pensará em duas coisas nesses últimos tempos: O que irão fazer em relação a Melissa? O que irão fazer em relação á eles?

O outono se fora.
Agora vem a chegada do inverno.
O que para Lucas é uma divina energia.
Para Rafa pode ser o o fim de tudo.

-Rafael! você não pode ficar andando por ai com essa gripe! -Rafa espirra e olha para Lucas - Você precisa de rémedios.

-Saúde! - Alana senta-se ao lado de Rafa abafando a risada com a mão na boca.

-Obrigada, Ala... - Outro espirro. -Alana. Não quero ser, - Tossindo e com um pouco de dificuldade ele tenta continuar. - um peso para vocês dois.

-E quem disse que você seria um peso para mim? - Lucas franzi as sombrancelhas - Eu quero cuidar de você e nada mais importa.

-É sério isso? - Lucas balança a cabeça em um sinal positivo. - Então... Já que quer tanto ajudar, me traz aquele kit de pronto socorro do meu pai. Lá dentro deve ter algum rémedio.

-Okay! - Lucas da dois passos e se agacha. - Achei - Lucas grita com orgulho de ter servido para alguma coisa, mas logo derruba a caixa, pois havia visto... - Um rato! -Ele grita e sai correndo para porta. Alana se transforma em uma gata albina e logo seus instintos tomam conta da situação.

O rato está morto, porém Lucas ainda está assustado. 
             Rafael se levanta para ver o que lhe restou da antiga caixa de rémedios do seu pai.
             E não encontra muita coisa, pois os rémedios estão destruídos e jogados no chão.
            

-Lucas, o que você fez? - Lucas estava a porta com a mão na boca olhando a situação. Rafael sério, estava de costas  para Alana e Lucas.

-Foi mal. - Ele pausa e tenta alcançar Rafa - Não foi por querer, é sério.

-Isso daqui, era a única lembrança que eu tinha do meu pai. - Lucas abaixa a cabeça. - Sai de perto de mim.

-Mas... Foi sem querer! - Ele ainda com a cabeça baixa tenta se explicar.

-SAI DAQUI! - Um único grito capaz de estremecer o prédio, estrmeceu Lucas que saiu correndo sem nem pensar duas vezes. Alana até tenta correr atrás para impedir, mas Rafa desmaia e Alana fica sem saber o que fazer.

***

-Eu sou tão idiota! - Lucas diz entre suspiros. - Deveria ter nascido menos desengonçado. - Ele para e senta-se em uma pose pensativa na neve. - Mas, eu já sei! Deve ter alguma farmácia abandonada por aqui. Com certeza terá alguma coisa para reparar a mancada que dei com Rafael.

Não havia Arkanders na rua.

Lucas anda mais alguns quarteirões, tem a ilustre ideia de que alguém o segue.
Olha para alguns arbustos congelados e algo se mexe de trás.
Sem nenhuma reação Lucas continua olhando sem se mexer e logo
de lá sai um... gato! Que faz Lucas dar um pulo para trás.

-Alana! Por que você me seguiu? - Mas aquela gata miosa, não era Alana somente mais uma gata qualquer de rua, uma sobrevivente. - Ah, desculpe gatinha, mas é que.... você não vai entender.

-Quem disse que não vou entender. - Uma voz obscura fez Lucas se assustar. A gata se transforma em um moça de cabelos negros lisos. - Desculpe te assustar, meu nome é  Laís, eu estou tentando fugir das trevas e da nova ameaça do mundo, é melhor você fugir gatinho, ela pode te pegar... - A garota rodopia Lucas, mas logo depois transformasse em uma aguia e voa para longe.

-Morfinos...

***

-Cadê o Lu? - Com os olhos semicerrados, Rafael pergunta se levantando.

-Ué, tu não mandou o garoto ir embora? 

-Eu mandei? - Rafa se espanta. - Eu mandei.

Ele tira as cobertas de cima e procura seu sapato.

-Onde você pensa que vai? - Tentando impedi-lo Alan o segura pelo braço.

-Lucas pode estar em perigo! - Rafa olha para sua caixa de medicamentos. -Preciso salvar ele. Se alguma coisa acontecer nunca mais irei me perdoar. -Ele sai correndo, Alana vai atrás dele.

***

-Está anoitecendo, preciso de um lugar para me aquecer. - Apesar de frio ser sua 'praia' Lucas ainda era humano. 

Lá de longe ele avista uma casinha amarela e mofada com a porta escancarada.

-Não é um hotel cinco estrelas, mas está bom.