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História Uma chance para a felicidade - Capítulo Unico


Escrita por: Geek_Lesbian

Capítulo 1 - Capítulo Unico


Fanfic / Fanfiction Uma chance para a felicidade - Capítulo Unico

POV Aries

Fui invocada repentinamente pela Srta Karen para o mundo dos humanos. Vi a tão familiar luz dourada e assim que abri meus olhos eu percebo que estou no mundo humano, mais especificamente, na Blue Pegasus.

– Gomen-nasai - eu disse envergonhada e vi o olhar de vários homens caírem sobre mim.

– Aries-chan !!!! Você veio nos fazer companhia - um dos homens disse e senti minhas bochechas corarem.

– Aries, distraía eles para que eu possa descansar - a moça de cabelos verdes disse e eu me senti um pouco incomodada.

– M-mas eu não sou um espírito para o agrado masculino, gomen-nasai - eu respondi e vi seu olhar penetrante ser dirigido a mim.

– Está questionando as minhas ordens ?!?! - ela perguntou e eu prendi a respiração sobre o seu olhar maldoso.

– N-não, gomen-nasai - eu disse e abaixei minha cabeça, mas mesmo assim pude sentir seu olhar de triunfo sobre mim.

Ela se afastou de nós e foi se sentar no balcão enquanto eu era forçada a servir de brinquedo para os admiradores de minha dona. Se passou um tempo e quando Karen-sama parou ao meu lado, ela agarrou meu cabelo com força e foi me arrastando pela guilda até chegarmos em seu quarto, o que foi que eu fiz ?!?! 

Chegamos em seu quarto e eu sou jogada com força no chão, com um impacto que chegou a doer minha cabeça. Olhei para cima e congelei com a imagem que vi, ela segurava uma vara de madeira e me olhava de uma maneira tenebrosa.

– Que merdas você andou contando para o mestre Bob ? - ela perguntou e eu fiquei confusa com sua pergunta, mas ainda tremendo por causa do medo.

– E-eu não disse nada, eu juro, gomen-nasai - quando disse isso o que recebi foi um tapa no rosto com a vareta que ela segurava.

– Não se faça de inocente, você sabe o que fez, e por isso merece ser punida - ela disse puxando uma coleira de ferro de trás de sí.

– O que quer dizer ? - eu perguntei e ela sorriu de uma maneira mais malvada.

– Você ficará presa no mundo humano por sete dias - ela disse e eu me espantei com sua afirmação.

– M-mas, Karen-sama sua magia não conseguirá suportar por muito tempo - eu disse preocupada com sua saúde.

– Está me subestimando, sua estúpida ? - ela perguntou acertando meu rosto com um chute.

– Gomen-nasai - eu disse e comecei a ver a imagem de Karen-sama desaparecer aos poucos. O que está acontecendo ?

Quando abri meus olhos novamente me vi no mundo dos Espíritos Celestiais. Olhei em volta procurando uma explicação e vi o Rei dos Espíritos Celestiais diante de mim. Sem demora eu baixei minha cabeça em sinal de respeito e ele apenas sorriu.

– Não precisa de formalidades, minha velha amiga - ele disse e eu dei um sorriso sem graça.

– O que houve ? - eu perguntei e ele apenas apontou para a lacrima em sua mão.

Olhei para a lacrima e percebi que era o Leo discutindo com a Karen-sama, mas por que ele está lá ? Olhei novamente para o grande espírito e acho que ele entendeu minha confusão e começou a explicar.

– Seu amigo fechou o seu portão e assumiu o seu lugar. Ele disse que não poderia ficar parado vendo você sofrer daquela maneira - o Rei disse e senti minhas bochechas ficarem vermelhas, algo que sempre acontecia quando Leo estava envolvido.

Observei toda a discussão e me senti muito culpada quando Leo disse que só voltaria quando Karen-sama nos libertasse de nossos contratos. Estava muito receosa sobre o fato dele passar tanto tempo no mundo dos humanos, mas bem no fundo eu estava me sentindo feliz por descobrir que existe alguém que se importe comigo. Espero que ele consiga.

~ 30 Dias Depois ~ 

Como qualquer outro dia eu acordei, fiz tudo o que precisava e fui observar como o progresso de Leo estava indo. Quando observei a lacrima eu senti meu coração pesar ainda mais. Karen-sama estava chutando o Leo enquanto ele tinha dificuldades em respirar, toquei de leve na lacrima enquanto sentia as lágrimas rolando por meu rosto.

–  " Volte, onegai " - eu pedi enquanto via a moça de cabelos verdes o maltratar.

~ 3 Meses Depois ~

Vi que o Leo já estava se acostumado com o mundo humano, e isso me alegrava muito pelo fato dele ter parado de sofrer por minha causa. Depois disso parece que tudo aconteceu de repente.

Senti meu corpo ser puxado para cima e vi novamente aquela luz dourada familiar, não é possível, será que ela finalmente dominou a arte de abrir dois portões ao mesmo tempo ? Assim que abri meus olhos novamente eu percebi que estava no quarto de Karen-sama, com a mesma me olhando de uma maneira assassina.

– Parece que eu finalmente consegui chamar você de volta - ela disse de uma maneira diabólica e eu me encolhi.

– O-o que vai fazer comigo ? - eu perguntei e antes que me desse conta do que estava acontecendo eu me encontrava presa em um dos pilares de seu quarto, amarrada com algemas anti-magia nos pulsos e nos calcanhares.

Olhei assustada para as corrente e assim que meu olhar caiu sobre minha dona eu apenas senti mais medo ainda. Ela segurava um chicote de energia ( aquele da Lucy ) e me olhava de uma maneira sádica.

– Agora eu finalmente vou poder descontar toda a minha raiva em você - ela disse e começou a me chicotear.

No início era algo meio sem jeito, mas com o passar do tempo sua força foi aumentando e o dano também. A cada chicotada eu sentia cada vez mais dor e podia perceber o sangue dourado descendo pela minha barriga.

– P-pare.....onegai.....- eu pedi quase sem ar e sentindo muita dor em minha barriga, mas me recusando a chorar, pois sabia que caso fizesse isso sua irritação apenas aumentaria.

– Não me lembro de ter mandado você falar - ela disse e me deu um tapa forte em meu rosto, o que apenas fez com que eu sentisse ainda mais dor.

Ela continuou assim por muito tempo, até que depois de um tempo ela para de me maltratar e usa uma lacrima para chamar alguém. Minha visão já estava meio turva mas consegui ver apenas um borrão grande entrando na sala, e assim que ouvi sua voz eu me espantei.

– O que quer que eu faça com ela ? - ele perguntou e Karen-sama apenas sorriu de forma maldosa antes de dizer.

– Faça o que quiser com ela, tenho assuntos mais urgentes para resolver - ela disse e eu entrei em pânico depois que ela saiu.

O homem se aproximou cada vez mais de mim e assim que se aproximou o bastante ele forçou sua língua contra minha boca e iniciou um beijo forçado.

Suas mãos grossas rasgaram sem nenhuma piedade minhas roupas e eu senti ainda mais pânico quando ele começou a apalpar meus seios. Ele os apertava com muita força e eu só queria me soltar e voltar para o meu mundo, mas as correntes me impediam de usar magia. Suas mãos desceram mais ainda e, sem nenhum aviso, ele penetrou três dedos dentro de mim, o que me fez soltar um grito de dor muito alto. Ele estoucou várias vezes e eu não conseguia mais controlar as lágrimas que caiam pelo meu rosto, assim como os gritos que eu soltava.

– Merda !!!! Olha o que você fez com os meus dedos, sua vadia - ele disse e quando olhei para os seus dedos eu vi meu sangue dourado neles. Isso porque eu era virgem.

– G-gomen-nasai......- eu me desculpei mas isso pareceu apenas enfurece-lo mais.

– Agora você vai aprender - ele abaixou suas calças e, sem nenhuma delicadeza, ele me penetrou. O que me fez berrar de dor, tanto pelo tamanho quanto pela força.

Ele estocava de maneira feroz e agressiva, algo que estava me machucando muito, mas tudo o que eu podia fazer era chorar e rezar para que isso acabasse logo. Ele estocou várias vezes até que senti seu líquido me preencher por completa, e tudo o que eu senti no momento foi nojo. Ele se retirou e me olhou maliciosamente antes de dizer.

– Acho que Karen ficará feliz vendo essa sua carinha de dor - ele disse enquanto apertava meu rosto de forma forte, para logo em seguida partir, me deixando a sós para que eu pudesse finalmente liberar toda a dor que senti em um único grito, sendo seguido de lágrimas de humilhação.

~ 5 Meses Depois ~

Cinco meses haviam se passado desde aquele dia horrível, que pode ser considerado como um trauma para mim. Desde aquele dia eu passei a obedecer Karen-sama sem nenhum questionamento e sem qualquer protesto. Sempre que Leo tentava me ajudar eu implorava para ele parar, pois sabia as consequências para aquela ação.

Depois que aquele incidente completou um mês eu descobri que estava grávida daquele estupro, mas isso não me abalou, na verdade eu fiquei até feliz por descobrir que seria mãe. Os meses iam se passando e, depois de descobrir que era uma menina, eu escondia de qualquer um esse fato, até que chegou o dia em que Karen-sama descobriu.

– Então é por esse motivo que você está mais inútil que o normal ?!?!?!?! - ela perguntou enquanto desferia um tapa em meu rosto.

– G-gomen-nasai, Karen-sama - eu me desculpei e isso apenas a deixou mais irritada.

– Não se atreva a pedir desculpas !!!!!! Quer saber, eu mesma vou dar um jeito nisso - ela falou e pegou uma adaga celestial, que é uma arma que pode ferir espíritos celestiais no mundo humano.

– O-o que pretende fazer ? - eu perguntei enquanto colocava as mãos em minha barriga de forma protetora.

– Algo que já deveria ter feito há muito tempo, te deixar menos inútil - ela disse e me deu um chute, que me fez perder o equilíbrio e, consequentemente, me fazendo tirar as mãos de minha barriga - Quero que se lembre eternamente desse dia - ela disse é perfurou a adaga em minha barriga.

Depois desse ato eu estava sem chão, eu não ouvia mais nada, não conseguia pronunciar uma palavra. Tudo o que eu me lembro desse dia foi do chão inteiro coberto pelo meu sangue dourado e o grito de agonia e dor que soltei pela perda da minha filha.

~ Nos Dias Atuais ~

Todas as noites eu tenho pesadelos com essa memória, não importa quanto tempo tenha se passado, parece que a dor volta cada vez pior. Me olhei novamente no espelho e vi a enorme cicatriz em forma de " K " feita em minha barriga, minhas mãos tremeram e eu logo as retirei de onde estavam.

Sabia que hoje era o dia do acontecimento, por isso reuini toda a magia que consegui e, com muito esforço, cheguei ao mundo dos humanos. Olhei em volta e vi que eu estava na Fairy Tail, com o olhar de todos sobre mim.

– Aries ? O que faz aqui ? - perguntou a Lucy-sama um pouco confusa e me encolhi um pouco antes de dizer.

– E-eu gostaria da sua permissão para passar o dia de hoje no mundo humano, gomen-nasai - eu disse baixo para apenas ela ouvir.

– Isso é um pouco incomum vindo de você, mas se é o que você quer, claro - ela disse de forma bondosa e eu apenas agradeci.

– Arigato - eu disse envergonhada.

– Será que eu posso apenas saber o motivo ? - ela perguntou e eu comecei a tremer com a possibilidade de ter que contar a alguém sobre o pior dia da minha vida.

– Gomen-nasai - respondi cabisbaixa e já sentindo meus olhos marejarem.

Olhei para seu rosto e apenas saí correndo da guilda o mais rápido que eu pude. Corri por toda Magnólia até chegar na guilda onde tudo começou, Blue Pegasus.

Adentrei no estabelecimento e todos os olhares se voltaram para mim, mas eu não me importava com isso, eu só precisava fazer uma coisa. Andei em direção ao homem ruivo baixinho e o cumprimentei.

– Olá, Ichyia-sama - eu o cumprimentei e ele se alegrou ao me ver.

– Aries-chan, seu parfum continua divino - ele disse fazendo suas típicas poses, o que até arrancou um breve sorriso meu.

– Você sabe o motivo de minha visita, não sabe ? - perguntei retoricamente e ele ascentiu.

– É claro, é um dia muito triste para ser esquecido tão facilmente. Devo apenas alertá-la de que, devido a algumas mudanças na guilda, nós a colocamos em um lugar mais digno. Siga-me - o homem pediu e eu o segui.

Andamos até os fundos da guilda e quando vi onde a lápide se encontrava eu me emociono com a cena. Ela se encontrava em baixo de uma árvore Sakura e em um belo campo florido ao redor do túmulo, as flores tinham as cores rosa e branca, que eram as minhas cores. Olhei para Ichyia com os olhos marejados e o abracei de forma carinhosa. 

– Arigato.....sninf....- eu agradeci emocionada com a linda visão.

– Mestre Bob achou que esse sim seria um local digno para alguém que perdeu sua vida de maneira injusta. Alguém tão puro e inocente quanto você - ele disse e eu me emocionei ainda mais.

– Diga ao mestre Bob que eu agradeço muito por tudo o que ele fez por mim e pela minha pequena - eu pedi e ele ascentiu.

– Irei deixá-la a sós com sua filha - ele disse e logo se retirou, me deixando sozinha com o túmulo da minha menina.

Me aproximei lentamente da lápide e assim que vi as inscrições eu permiti que as lágrimas rolassem livres pelo meu rosto. Chorei até não conseguir mais, era muita dor e sofrimento reprimidas em meu coração, isso era algo muito difícil para mim e eu não sabia até quando eu conseguiria suportar tanta dor. Chorei pelo o que pareceram ser horas, mas de nada me importava o tempo, tudo o que eu queria era que minha filha estivesse comigo. Quando finalmente parei de chorar, tirei o presente que tinha trazido comigo e coloquei encostado em seu túmulo, era uma pequena boneca de pano que eu tinha ganhado do mestre Bob. Ele me entregou essa boneca  quando me viu triste em um dos meus primeiros meses na guilda. Ela significava muito para mim, e era por isso que eu queria deixar ela aqui, com a pessoa que poderia ter me trazido novamente a felicidade que faltava em mim.

– O que está fazendo aqui ? - perguntou uma voz máscula que eu conhecia perfeitamente devido ao longo convívio.

– Vim fazer o que sempre faço nesse dia.....vim visitar minha filha - eu disse sem virar meu rosto para ele, mas logo senti sua presença ao meu lado. 

– Deveria ter dito a Lucy o que ía fazer, ela está preocupada com você - ele disse e eu abaixei a cabeça antes de responder.

– Eu sei que ela salvou tanto a sua vida quanto a minha, trata todos os seus espíritos bem e sempre nos dá liberdade para fazer qualquer coisa. Mas, mesmo assim........eu ainda não consigo confiar nela - eu desabafei e senti sua mão sobre o meu ombro.

– Eu sei, o que você passou não vai ser superado da noite para o dia, mas quero que saiba que caso precise de alguém para secar suas lágrimas eu estarei aqui - ele disse levantando meu rosto, o que me fez dar uma leve corada.

– Obrigada, Leo - eu disse o abraçando forte e senti seus braços me envolverem também.

– Sabe, tem algo que eu queria te dizer há muito tempo atrás, mas perdi a oportunidade devido aos contratempos - ele disse levantando meu queixo lentamente, o que me fez ficar um pouco corada.

– O que ? - eu perguntei e ele começou a acariciar meu rosto

– Sabe o motivo de eu não ter desistido de ficar no mundo humano mesmo com a minha magia quase se esgotando e eu sofrendo todos os dias ? - ele perguntou enquanto fazia carinho em minha bochecha.

– Para que nós dois pudéssemos der livres de nossos contratos ? - eu respondi meio duvidosa, ele apenas sorriu e disse.

– Também, mas o que me mantinha firme era o fato de que se eu não conseguisse suportar a dor você teria que aguentá-la várias vezes pior. Era por esse motivo que eu não desistia - ele disse se aproximando cada vez mais de mim.

– Leo......- eu suspirei e ele sorriu antes de dizer.

– Eu amo você, Aries. Desde quando nos conhecemos, até agora - ele disse isso e selou nossos lábios em um beijo macio e delicado, permitindo que cada um aproveitasse ao máximo aquele momento mágico e maravilhoso.

E foi naquele pequeno momento de felicidade que eu percebi que o meu passado sempre existiria para me atormentar, pois isso seria parte de mim para sempre. Mas que, enquanto houvesse pequenos intervalos de felicidade para me distrair desses problemas em processo de cicatrização, eu conseguiria recuperar aos poucos a felicidade que a muito tempo foi tirada de mim. 



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