1. Spirit Fanfics >
  2. Uma chuva de inspiração >
  3. Capítulo Único

História Uma chuva de inspiração - Capítulo Único


Escrita por: Aykira_chan

Notas do Autor


Olá xuxus ♡

Essa O.S Aoiha é uma coisa bem bestinha que eu escrevi a MUITO tempo atrás, basicamente á dois anos kbdjkbsjksb Já faz algum tempinho, não é?
Foi justamente na época em que TG era a minha religião e eu não largava eles por nada desse mundo... Bom, não vou dizer que eu não os amo mais nem que eu não os acompanho porque seria mentira. O amor não esfriou, eu apenas estou mais focada em outros estilos de música: KPOP.

Mas enfim tenho quase certeza que isso aqui vai floopar, mas eu nem me importo. Eu realmente quero postar ela aqui já faz um tempo, então já que hoje eu arrumei um tempinho e disposição vou fazer postá-la. Aoiha sempre foi e creio que sempre vai ser o meu OTP do TG. Amo muito esses dois juntinhos ♡

Se alguém vai ler? Não sei. Mas para quem ler, eu espero que goste. E o restante construa você mesmo em sua imaginação.

Boa leitura ♡

Capítulo 1 - Capítulo Único


"A chuva acalma e lava a alma..."

-XXX

Suspirei pela milésima vez. Me faltava a inspiração para começar e terminar aquilo.

Limpei minhas mãos, guardei os pincéis e tintas e tirei o avental que antes era branco, já que agora uma fina camada de cores diversas o enfeitavam. Caminhei em círculos pela sala pouco iluminada, peguei um cigarro levando-o aos meus lábios acendendo o mesmo antes de dar uma tragada lânguida.

Mais uma vez um suspiro misturado a fumaça do tabaco foi soprado por meus lábios. Era frustrante! Aquele quadro era para ser apresentado na semana seguinte para o professor e os alunos do cursinho, porém a inspiração parecia fugir de mim na mesma intensidade que um gato foge da chuva.

E falando em chuva...

Olhei pela janela da sala vendo o tempo nublado. Com certeza uma boa chuva vinha por aí. Fechei os olhos tragando mais uma vez a alta dosagem de nicotina contida naquele tubinho. Meu olhar pousou novamente naquela tela branca e vazia, assim como a minha mente.

Deixei o cigarro no cinzeiro da mesinha de centro. Caminhei até a porta, pegando meu casaco marrom já meio desbotado que estava pendurado no cabideiro próximo a entrada. O casaco era velho, mas era um bom casaco, e eu gostava dele. 

AxU

Depois de um certo tempo andando pelas ruas sem rumo, parei em um parquinho. Não havia ninguém ali, afinal, uma leve garoa já começava a cair e aquilo iria acabar gerando um resfriado... Não que eu me importasse no momento.

Sentei em um banco que havia por ali e fiquei a observar a paisagem, não tão colorida e alegre quanto nos outros dias; o lago, antes calmo, estava levemente agitado pelas gotículas de água que caíam do céu.

A garoa parecia engrossar de minuto em minuto e o vento ficava cada vez mais frio. Sentia a minha garganta começar a arder em desconforto, sinal esse que jogava na minha cara que eu ia pegar uma gripe daquelas. Mas no momento não importava. Eu estava me sentindo tão vazio quanto aquele quadro; sem a família por perto, sem inspiração, sem amigos disponíveis, e nem uma pessoa amada para me receber com um sorriso recheado de carinho, me mimar nos dias frios e fazer amor comigo nas noites em que a lua brilha majestosa no céu...

Era oficial; eu estava virando um cara depressivo e carente que iria começar a escrever em sites para adolescentes da internet o quanto minha vida era uma merda. Totalmente emo, gótico trevoso. 

Eu estava me afogando naqueles pensamentos negativos que só pioravam com aquela chuva, quando vi, perto do lago, uma pessoa que observava a água atentamente.

A calça escura, o coturno de aparência rude e uma camiseta branca sem mangas era o que ele usava. A cabeça de cabelo claro era protegida por um guarda-chuva azul escuro. Ele ficou lá, parado. Apenas olhando na direção do lago, ou talvez não estivesse observando coisa nenhuma, apenas pensando. Não sei porquê eu não conseguia desgrudar o olhar das costas dele. Algo me prendia.

Balancei a cabeça em um sinal negativo e fechei os olhos, encostando a cabeça no banco sentindo a chuva molhar todo o meu rosto. O banco de madeira rangeu para o novo peso que se depositava nele. Abri os olhos imediatamente olhando de esguelha para o loiro-mel que se sentou ao meu lado. Quase deixei que meu queixo cair ao ver, finalmente, o rosto dele; os traços eram tão suaves, os olhos claros contornados por alguma maquiagem escura tinham um brilho distante, o nariz fino o deixava com um ar aristocrata e a boca, parte do seu rosto que eu mais havia gostado, tinha um formato diferente das normais, sendo ela cheinha e o lábio superior parecia o desenho de algo semelhante a um biquinho. Os cabelos claros enfeitavam o rosto branquinho assim como alguns fios soltos teimavam em cair sobre seus olhos. 

Era ele! 

Era ele o desenho perfeito! Ele era a inspiração que eu estava procurando. Algo tão belo assim devia ser exposto em um quadro para que todos pudessem compartilhar daquela beleza tão natural e extraordinária. Senti meu sangue gelar quando os olhos castanhos claros se encontraram com os meus. Talvez ele tivesse percebido que eu o olhava, provavelmente, com a cara mais idiota e estranha do mundo.

ㅡ Estou atrapalhando? ㅡ Sua voz... Ah! Que timbre perfeito! 

ㅡ An?! ㅡ Percebi que ele falava comigo. Afinal com quem mais ele estaria falando? Como sou lerdo! ㅡ Un... Não, tudo bem.

ㅡ Sei... Dia difícil? ㅡ Ele perguntou apontando para minha situação. Apenas fiz um aceno positivo com a cabeça. ㅡ O meu também... ㅡ Falou baixo.

Eu apenas assenti de novo. Eu queria conversar com ele, perguntar seu nome, saber mais sobre si e perguntar o que ele achava sobre ter seu rosto exposto para mais de quarenta pessoas, mas... Minha voz não saía, eu não conseguia falar nada. Talvez por ele ser tão naturalmente lindo. Eu estava enfeitiçado!

Me assustei momentaneamente quando as gotas pararam de pingar sobre mim e eu senti ele mais próximo a mim de forma que nossos braços se encostassem. Ele segurava o guarda-chuva acima de nós impedindo que a chuva continuasse a me molhar.

ㅡ Se continuar nessa chuva vai acabar ficando doente. ㅡ Ele falou sem tirar seus olhos dos meus. Logo estendeu a mão em minha direção em um cumprimento ocidental. ㅡ Uruha!

ㅡ Aoi. ㅡ Respondi apertando sua mão e sorrindo pequeno. Meu peito se aqueceu quando ele sorriu de volta para mim. 

ㅡ Então Aoi, quer uma carona de guarda-chuva até sua casa, a qual eu estou torcendo que não seja tão longe? ㅡ Talvez eu tivesse me apaixonado naquele momento em que ele falou isso sorrindo pra mim.

ㅡ Não é muito longe. Você dá carona para todo o estranho que vê na chuva? ㅡ Falei sem pensar por esquecer como se tratava pessoas legais. Quis me bater naquele momento. Mas ele riu.

ㅡ Olha, na verdade eu não sou lá um bom samaritano, mas acho que você poderia me ajudar a ser um hoje aceitando a minha ajuda. ㅡ Ele levantou do banco olhando para mim em expectativa. ㅡ Fora que a chuva está engrossando. ㅡ Abaixei a cabeça soltando um riso nasal e levantei ficando junto dele.

ㅡ Muito bem, bom samaritano-san. Vou aceitar a sua ajuda sim. ㅡ Dito isso ele entregou o seu guarda-chuva para mim segurando em meu braço, e assim começamos a andar rumo a minha casa.   

  AxU

Em um certo ponto de nossa jornada até minha humilde residência, tivemos que começar a correr pois a chuva engrossara de um jeito que nem o guarda-chuva estava impedindo que nos molhássemos mais. Em meio a palavrões e risos, chegamos em frente a minha casa, na qual tivemos que nos molhar um pouco mais já que a porta se deu o ar da graça de emperrar. Quando eu finalmente consegui abrir a porta, nós entramos pingando em casa e molhando praticamente o chão todo. 

ㅡ Agora você está ensopado! ㅡ Eu ri. ㅡ Vou pegar uma toalha pra você.

Entrei em meu quarto me pondo a vasculhar o armário a procura da toalha branca que eu tinha certeza que havia lavado. Achei ela embaixo de algumas outras roupas não perdendo tempo e logo a tirando de lá juntamente com uma calça e uma camiseta confortável e indo ao encontro de Uruha na sala, que agora observava de perto o piano encostado em um canto da parede. Sorri divertido.

ㅡ Era da minha avó. ㅡ Respondi o que sua expressão perguntava.

ㅡ Você toca? ㅡ Falou sorrindo a mim e aceitando de bom grado a toalha que eu o oferecia.

ㅡ Un... Podemos dizer que sim. Mas eu prefiro guitarras. ㅡ Acabei por revelar a minha grande paixão a ele que abriu a boca em incredulidade. 

ㅡ Sério?! Eu também! ㅡ Ele falou animado se aproximando. ㅡ Quero dizer... Eu não toco piano, mas toco guitarra.

ㅡ Mesmo?! Que incrível!  ㅡ Sorri ao descobrir ao menos uma coisa em comum entre nós dois. Uruha sorria ao mesmo tempo que tremia de frio.

ㅡ Olha, eu acho que você devia tomar um banho quente e esperar essa chuva passar. 

ㅡ Eh?! Dá pra aguentar e... ㅡ A expressão de Uruha mesclava diversão e deboche. ㅡ Você oferece um banho quente e abrigo a todo estranho que te tira da chuva?

ㅡ Como?... ㅡ Murmurei. Então ele estava descontando, un?! Sorri com o mesmo deboche. ㅡ Olha, eu não sou lá um bom samaritano, mas você poderia me ajudar a ser um hoje aceitando a minha ajuda. ㅡ Tanto nossos olhares como sorrisos foram cúmplices.


Notas Finais


Foi isso :')

Me sinto mais leve depois de postá-la. Espero que tenham apreciado pelo menos um pouco.

XOXO ♡


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...