- Vamos lá, você disse que eu escolhia o lugar.- brinquei, rindo e falando mais alto que a música.- O mínimo que pode fazer por mim é dançar comigo, Nathaniel.
O puxei pela mão e remexi o corpo, sorrindo.
- Você é maluca, Cassidy.- ele riu e levantou da banqueta.
Eu gargalhei e dei um pulinho.
- Você não tem nem idéia, meu querido.
X Três horas antes X
Olhei pela décima vez no espelho, insegura quanto a minha escolha de roupa, Riley bufou em impaciência logo atrás e Danielle riu.
- Pare com isso, você está linda, loura.- assegurou Dan.
- Vocês tem certeza? Não estou muito atirada?- perguntei para as duas, Phoebe logo entrou no quarto.- Phoebe! O que acha da minha roupa?
- Oh, eu acho que se o Nate não te beijar hoje, eu dou uns tapas nele.- ela sorriu.- Você está linda, Cass.
Olhei para o relógio do celular. Estou quase atrasada, e antes de eu sequer terminar o raciocínio o interfone tocou.
- Cassidy! O porteiro ta dizendo que ele chegou!- Sammy berrou da sala, enfiei o celular e algum dinheiro no bolso.
- Fala que eu to decendo!- berrei de volta.
As meninas me olharam e riram, provavelmente do meu nervosismo.
- Boa sorte.- disseram as três.
Vesti a jaqueta e sai correndo do apartamento, checando se eu havia passado perfume e se minha maquiagem estava toda certa no lugar, apertei o botão da portaria e fiquei batendo o pé no chão de impaciência, nunca reparei no quanto aquela velharia de elevador demorava tanto para descer do quinto andar para a portaria.
Ah, quem dera eu ter acalmado meu coração um pouco.
Assim que passei pelas portas de vidro da portaria, o ar me faltou quando eu o vi. Não sei porque.Visto que continuava a mesma carinha de sempre, com o cabelo castanho enruivado bagunçado e a barba rala cobrindo o rosto de pele clara. Devia ser pecado um homem ser bonito desse jeito.
- Wow, você está...- começou ele, quando me viu.- Linda.
- Uhm, obrigado...- sorri envergonhada.- Você também está bem... bonito.
- Huh, leve em consideração que eu nem sei para onde você vai me sequestrar, então optei pelo classico da camiseta branca com a jaqueta de couro.- brincou ele.
- Nunca te contei, mas minha avó materna é da Colombia, casou com o meu avó em Winchester.- comecei, entrando no carro.- Quando eu tinha dezesseis anos, ela me ensinou a dançar salsa. E aqui em Vancouver tem uma danceteria muito maneira, eu vou te levar para lá.
- Temos um único, pequenino, problema...
- Que é?
- Eu não sei dançar salsa.
- Aham, foi você que disse que eu podia escolher.- dei de ombros, e ele deu partida.- E eu te ensino a dançar salsa, fica tranquilo.
- Eu sou uma negação para dança.
- E eu uma ótima professora.
Ele riu com minha resposta e eu comecei a passar as direções para o lugar, não era muito longe da minha casa e tinha uma linda e colorida fachada. Desci do carro e ele me seguiu, enganchei meu braço no dele e señor Tomás logo nos cumprimentou quando entramos. Pode-se dizer que sou uma cliente frequente.
- Bem vindo ao meu lugar preferido em Vancouver.- gesticulei para a pista de dança cheia de gente dançando.- Bebe comigo?
- Ah, já estamos aqui, então porque não?- ele deu aquele sorriso de bambear as pernas na minha direção.
- Então tequila para começar!- sorri em animação e pedi uma rodada para o bartender.
Cristofer serviu as tequilas e eu peguei o primeiro copinho e ergui em sinal de brinde para Nate. Virei os meus dois copinhos e minha música preferida começou a tocar, peguei a mão de Nate e pulei da banqueta, o puxando comigo.
- Ah, qual é, Cassidy, eu disse que não sei dançar.- reclamou ele, quase fazendo manha.
- Vamos lá, você disse que eu escolhia o lugar.- brinquei, rindo e falando mais alto que a música.- O mínimo que pode fazer por mim é dançar comigo, Nathaniel.
O puxei pela mão e remexi o corpo, sorrindo.
- Você é maluca, Cassidy.- ele riu e levantou da banqueta.
Eu gargalhei e dei um pulinho.
- Você não tem idéia, meu querido.- sorri e pendurei a jaqueta no encosto da banqueta.- Hoje você não sai daqui sem saber a dançar salsa.
- Eita, essa vai ser difícil.
E olha, nem foi tão difícil assim, depois de algumas pisadas no pé e quase me derrubar umas quatro vezes, Nate aprendeu até que rápido como dançar salsa, dei dois paços para trás e dei um giro, rindo quando ele finalmente me segurou direito.
- Hum, quem disse que ia ser difícil aprender a dançar mesmo?- apoiei a mão no ombro dele e a música foi substituída por outra, o que me fez voltar para o bar.- Eu disse que eu sou uma ótima professora.
- Jesus, nunca achei que ia suar tanto só por dançar.- ele riu, sentando na banqueta que antes estavamos.- Acho que já bati minha cota semanal de execícios só agora.
- Ah, eu não diria que você consiguiria manter esse corpinho aí só na salsa.- pedi um martini.- Mas não pode discordar que é uma baita fonte de entretenimento.
- Nunca imaginei que você tem raízes colombianas no sangue.
- Ah, minha família toda é meio bagunçada. Minha avó colombiana é a mãe do meu padrasto barra pai, minha avó de sangue mesmo é do Texas.- expliquei, bebendo um curto gole do martini.- São umas várias histórias complicadas, mas o que resume é que meus pais e irmãos somos todos de Liverpool.
- Ah, eu não posso dizer o mesmo.- ofegou ele.- Basicamente toda a minha família é de Sydney. Você tem irmãos além de Sam?
- Uhum, dois, Raleigh e Peyton, os dois são mais velhos.- contei.- Raleigh mora em Liverpool e tem uma construtora, com duas crianças lindas. Peyton é a maluquinha, se formou em moda e mora em Paris. Por um tempo eu fui a fracassada, até conseguir o emprego como Condessa.
- Danielle me contou sobre o seu antigo emprego, Devon McCain? Huh, conheço ela.- ele riu baixo, enquanto Cristofer lhe servia um copo de vodka.- Essa sim é osso duro de roer.
- Ah, eu cheguei em Vancouver sem pretenções para qualquer futuro que me viesse, eu só queria dar meus paços por si só, trabalhar para Devon pareceu certo no momento.- suspirei e chacoalhei a cabeça.- De qualquer modo, vou no banheiro, volto num minuto.
Ele fez que sim com a cabeça e eu desci da banqueta e comecei a fazer meu caminho para o banheiro, com um curto sorriso feliz nos lábios.
Ah, e que se desmanchou no momento em que eu vi quem estava na minha frente.
- Lance?...- sussurrei, sentindo a garganta fechar em pavor.
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