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História Uma Condessa Por Detrás das Câmeras - Missing Home


Escrita por: DixonCrossbow

Notas do Autor


A capa pra vocês saberem como são os maninhos dela tá ai, obviamente a Cassidy não tá ai porque pela capa dá pra saber que ela é a Diana Agron kkkkkkk

Capítulo 3 - Missing Home


Fanfic / Fanfiction Uma Condessa Por Detrás das Câmeras - Missing Home

McCain possuída passou o resto do dia sem me olhar na cara. Talvez depois do pitizinho ela tivesse percebido que poderia perder uma cliente importante. E se perder, acho muito bem feito, talvez assim perde a crista que tem.

Passei metade da minha terça jogando Galaga no computador e papeando com Travor que não tinha nenhum cliente na segunda metade do dia. Devo também frisar a parte em que quase a empresa toda achava que eu tinha conseguido o estágio porque tinha dormido com alguém, sendo essa hipótese absurda sendo feita depois do meu primeiro dia de trabalho, que por acaso, eu havia feito amizade facilmente com Travor. Gente invejosa sempre arranja de quem falar mal.

Meu expediente acabou e Devon ainda não tinha saído da sala. Não que eu esteja reclamando, jamais, até porque o quanto menos eu vejo a cara dela, mais feliz eu fico. Saí saltitando pra fora da Famous, feliz por ter cumprido mais um dia de trabalho, entrei no carro e meu celular vibrou no bolso. Era Peyton, minha irmã mais velha e maluquinha. Atendi e coliquei no vivo a voz.

- Peyton Alice Drake! Lembrou que tem irmã porque? – disse eu, ironicamente. – Vai me pedir que favor impossível de fazer?

- Credo, Cassidy!- resmungou ela em resposta. – Você sabe que eu te amo, a faculdade anda tão corrida que eu não tenho tido tempo nem de falar com a mãe. 

- Mas em compensação, espero que já esteja falando francês sem sotaque.- brinquei e ela riu. Peyton saiu de casa aos vinte, se mudou para a França para estudar moda e hoje trabalha em alguma marca famosa que eu não sei o nome. – Peyton, eu estou dirigindo, fale logo ou te deixo falando com o “tooh tooh”.

- Liguei pra saber de você, Santa delicadeza. Bom, você é a Cassidy, pedir delicadeza de você é o mesmo que pedir pro Jacob nunca mais beber whisky. Nunca vai acontecer. – respondeu ela, com sua irritante mania de falar mais que a boca numa velocidade digna de Eminem. – Está mal humorada assim por causa de quê? 

- Não estou mal humorada, Peyton, só não gosto de falar dirigindo. 

- Mãe me ligou e disse que o Sam está dando trabalho, Cassy.- ela cortou a enrolação e finalmente falou o tópico da conversa. – Quando a gente ainda morava em Liverpool você era a única que ele escutava. Até Jacob tentou falar com ele e não adiantou...

Jacob é nosso padrasto, meu pai biológico, Quentin, morreu quando Samuel, meu irmão mais novo, ainda era bebezinho. Então quem criou eu e todos meus outros três irmãos foi Jacob Graham. E fez um bom trabalho como pai por sinal.

- Ela já tentou o Raleigh? Samuel é puto comigo desde que eu me mudei pra Vancouver. – perguntei, Raleigh é o mais velho de nós quatro.- Raleigh pelo menos ainda mora em Liverpool, e se Samuel está precisando de um sermão, duvido que uma telefonema meu vá resolver o problema. 

- Se o pai e a mãe estão tentando você, Cassidy, Raleigh não deu conta do recado,- ela retrucou impaciente. – só tire um tempinho e ligue para o Sam, talvez seja isso que ele precisa. De você. 

A segunda frase fez minha consciência pesar. Troco mensagens com minha mãe quase todo dia, Raleigh é ocupada com sua construtora e com os filhos gêmeos; Peyton vive atolada de trabalho mas sempre me manda alguma foto sua fazendo algo legal na capital francesa. Acho que nunca me passou pela cabeça que Sam, sendo o mais novo de quatro filhos, fosse se sentir abandonado depois que seus únicos irmãos, com quais ele dividiu tantos anos da vida, seguissem a vida longe de casa.

- Assim que chegar em casa eu ligo para ele. – suspiro, me dando por vencida.- Vou fazer o que posso, Peyton. 

- Agradeço, irmãzinha. – quase pude vê-la sorrindo.- Amo você. 

- Também amo você. 

Assim que cheguei em casa fui me jogar na cama, agradecendo por ter comprado uma das mais confortáveis da loja. Olhei para o histórico de chamadas com a de Peyton sendo a mais recente. Puxei o notebook do criado mudo, e a foto no porta retrato também chamou minha atenção: Raleigh estava em pé de braços cruzados e fazendo cara de mal, no auge de seus músculos de 17 anos, Peyton tinha 12 anos na época, estava empoleirada na perna esquerda dele, gargalhando; Eu tinha 9 anos na época, estava empoleirada nas costas dele, sorrindo; Sammy tinha 4 anos e apoiava todo o seu pouco tamanho no braço esquerdo de Ray. Me fez mais ainda sentir saudade de casa, do clima cinzento, do chá de camomila que minha mãe fazia todo dia antes do Colégio. Até as piadinhas estúpidas de Raleigh sobre o cumprimento das minhas saias me faziam falta. 

Liguei o Skype e rezei para que Samuel estivesse passando a noite pendurado no computador como fazia desde que chegara aos dez. E como se Deus tivesse ouvido, a bolinha verde estava ao lado de seu nome. Cliquei para começar uma chamada com vídeo. 

- Cassidy?- ele sorriu assim que o meu rosto e o dele ficaram visíveis. – Jesus, Cass!

- Hey, Sammy Boy!- soltei um sorriso.- Como você está, meu anjinho? 

- Não tenho mais cinco anos pra você me chamar assim, Cass...- ele riu, os cabelos escuros caindo na testa. – Eu estou bem, mana, e você? 

- Estou bem.- eu já estava quase chorando. – Cara, como estou feliz em te ver, Sam... Digo, olha pra você! Está enorme! 

- Não faz nem um ano desde que me viu! 

- Muita coisa muda em um ano.- dei de ombros.

- Mamãe te pediu pra ligar né? 

- Sammy, Jacob é nosso pai, tem de obedece-lo, cara.- comecei, cautelosa.- Eles nos amam mais que tudo, mano, só querem o nosso bem...

- Quentin era nosso pai, Cassidy. E ele morreu antes de sequer ver o filho mais velho ser pai! – ele se alterou.

- O que aconteceu com Quentin foi horrível, Sammy. Mamãe ficou de cama por quase um mês, tamanha a tristeza. – retruquei.- Enquanto vovô garantia que eu, Peyton e Raleigh não morressemos  de fome, quem a salvou da morte foi Jacob, Samuel. Jacob fez o que Quentin não pode, foi ele que esteve na sua primeira reunião escolar, Jacob não tem nosso sangue, Sam, mas é nosso pai, e o destrói essa negação sua...

Ele bufou e desligou a chamada na minha cara. Droga! Fechei o note com força e praguejei. Não consigo nem arrumar a bagunça da minha vida e provavelmente piorei a situação para os meus pais. Empurrei o computador pra longe e me agarrei à um travesseiro, chorando e soluçando até a garganta doer. Chorando mais especificamente de saudade de casa.


Notas Finais


Capítulo específico pra falar da família de Cassidy, por isso curto e sem grandes acontecimentos.


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