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História Uma Condessa Por Detrás das Câmeras - Shit Happens


Escrita por: DixonCrossbow

Capítulo 4 - Shit Happens


Quando acordei, o céu ainda estava escuro. Eu havia ficado tão exausta emocionalmente depois do episódio com Sam, que acabei dormindo desde as 7:30 da noite para acordar às 2:45 da madrugada, que era a hora que despertador sobre o criado mudo do lado esquerdo da cama, mostrava nas letras verde neon acesas na tela digital do aparelho.

Me xinguei mentalmente e levantei do meio dos travesseiros, notando que até de sapatos eu ainda estava. Xinguei mais ainda e tirei a roupa, jogando-a num bolo no canto do quarto. O apartamento em moro é pequeno, com dois quartos mais pequenos ainda, como em um cômodo mal cabia minha cama box, deixei em um quarto a cama e uma escrivaninha na qual eu pudesse usar, confortavelmente, o computador e trabalhar; O outro eu fiz de closet. Como eu já morava neste lugarzinho há quase seis anos, e provavelmente passarei mais anos aqui, decorei tudo bem bonitinho, cheio de tralhas fofinhas que minha mãe me fez gostar. Girei o registro da banheira e tapei o ralo, deixando a água começar a acumular, tirei de dentro do gabinete da pia dois vidros, um de sais de banho e o outro de sabonete líquido, ambos com o aroma docinho de baunilha. O que eu mais preciso no momento é de um banho relaxante, o que me fez quase virar os dois vidros inteiros na banheira.

Usei um dos folhetos de delivery 24h presos na geladeira e pedi uma pizza de pepperoni. Sim, eu sou o tipo de pessoa que pede pizza no meio da madrugada. A atendente disse que a entrega demoraria no máximo uma hora. Me enfiei na água fervente e esperei, esperei até que a água quente lavasse toda a tenção dos meus músculos, meus pés ainda estavam doloridos por passarem tempo demais espremidos dentro do scarpin e ainda havia na linha do meu umbigo a marca vermelha da costura apertada da cintura da calça. E é em momentos como esse de total desanimo, em que eu queria ter uma boa e velha garrafa de José Cuervo Gold muito bem guardadinha. Pra poder beber e beber até esquecer de tudo que me aflige.

Sai da banheira quando a água já passava de morna para fria, calcei minhas pantufas e me enrolei no meu roupão felpudinho incrivelmente confortável e saí do banheiro pronta para ir me vestir. Mas a campainha recém tocada me impediu, pelo olho-mágico vi um rapaz bocejando e segurando a caixa da minha pizza na mão esquerda, recebi a pizza e paguei, com direito de dez dólares de gorjeta. Tranquei a porta e deixei a pizza na sala, vesti um pijama confortável e me acomodei no sofá com um bom pedaço de pizza e um enorme copo de refrigerante. Se tem algo que faço bem é comer, não tenho nenhuma frescura com comida e menos ainda frescura para comer, se você me der uma pizza grande, eu como ela quase inteira de bom grado. Liguei a tv e fui fuçar nos arquivos das séries que deixo programado pra gravar, e para o meu deleite, já havia um episódio da nova temporada de Agents of S.H.I.E.L.D lançado, lá vamos nos ver quem ganha: Gabriel Luna de Robbie Reyes ou Nicolas Cage de Jhonny Blaze?

Quase uma hora depois, o episódio já tinha acabado e minha pizza estava quase na metade, eu levantei muito contra gosto pra ir separar uma roupa pra comparecer ao meu adorado trabalho. Separei um vestido soltinho na altura do joelho, minha jaqueta de couro preferida e um par de botas de cano baixo e salto médio(link1), bom o suficiente pra McCain não ficar matracando nas minhas ideias o dia inteiro porque, segundo ela, eu estava vestida feito uma mendiga. Aproveitei e também já vesti uma roupa de academia para visitar o Paul, por mais que não esteja nem um pouco afim de perder o efeito do meu banho de banheira indo pra academia, mas é aquela coisa né, ninguém quer parar de servir nas calça de tamanho pequeno.

Quando o sol já estava subindo no céu quando levantei do sofá, já não havia mais pizza nem refrigerante. Calcei meu Nike e peguei o celular com os fones e sai de casa para mais um pouco de exercícios.

 

[...]

 

Assim que cheguei na Famous, notei que havia algo errado, Kaya me cumprimentou desanimada, e quando subi ao meu andar, o lugar estava parecendo um velório. Sempre quando o clima estava assim, e havia uma mesa limpa, era porque alguém havia sido demitido. Comecei a procurar pelo felizardo, mas a mesa que estava vazia era a minha. Meu peito encolheu, como caralho eu vou me sustentar sem essa porra de emprego?

Fui pronta para puxar a caixa com os meus pertences da mesa, e metade do andar estava olhando pra mim, como todos sabiam que eu era esquentada e odiava Devon, provavelmente esperando um baita show. E era isso que eu lhes daria.

Soltei a caixa na mesa e pisei firme em direção a porta de vidro com o nome de Devon gravado nela. Girei a maçaneta e a porta bateu na parede com outro baque.

- O que você pensa que está fazendo, garoto?!- ela quase berrou, derrubando o telefone.

- Não, garota não, porque eu não sou mais criança, sua cretina! Eu to aqui pra agradecer por ter me libertado! Porque finalmente eu não vou mais ter que olhar nessa tua cara socada de botox!- eu sentia a raiva bombeando no lugar do sangue, a essa altura eu já devia estar feito um pimentão. – Graças a Deus eu não vou ter que servir de capacho pra você, porque porra, só um ser mal amado a vida inteira pra ser tão carrasca feito você! E amém, amém pelo um ano de salário que eu vou receber só porque você é uma puta de uma fresca!

Ela me olhava pasma, a boca aberta em espanto

- Agradeço, Devon demônia.

Fiz uma exagerada reverência e sai me sentindo realmente feliz.

Mas foi na hora que eu parei meu carro na frente de casa que veio a fase de negação. A parte da qual eu me lembro que tenho aluguel pra pagar, que se minha vida em Vancouver não der certo, eu tenho que voltar com o rabo entre as pernas r admitir e que meu pai estava certo no final. Comecei a chorar de desespero, sentindo minha cabeça já começar a doer. Xinguei alto, socando o volante do carro até os dedos doerem.

Meu celular apitou no banco, mostrando a foto de Ameliah na tela iluminada.

- Oi, Liah.- cumprimentei, engolindo o choro.

- Cassy? Tá tudo bem?- ela respondeu. – está com a voz estranha...

- Ah, só estou preocupada. – tentei controlar a voz.- Devon me demitiu hoje e eu provavelmente não vou ter como pagar meu próximo aluguel...

- Que mal, Cassy!

- Mas diga, porque ligou?- sorri, mesmo sabendo que ela não me via.- Não ligou pra saber do desastre da minha vida.

- É que vai ter uma convenção, e como você gosta de The Originals, imaginei que iria gostar de vir...

- Não sei, Liah. Não to muito no clima pra fazer nada agora.

- Não, Cassidy, eu insisto. Se você perdeu o emprego, venha se divertir um pouco. – ela insiste.- Ligue para os problemas depois.

Ameliah estava certa, e foi o que eu fiz, pedi o endereço e fui.

Quem dera eu, saber que apenas um dia mudaria toda a minha vida...


Notas Finais




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