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História Uma estranha no ninho - Vol. II - Que calor! Que mau humor!


Escrita por: Kitsune_Strife

Notas do Autor


E aeêêêê povo bonito do meu kokoro, como cês estão? Tudo belê? Espero que sim. Atrasei um pouco com o novo capítulo, mas confesso que escrever com esse calor que tem feito no RJ tá fd demais. Eu até tento escrever pelo celular, mas nada se compara com o meu notebook, mas ficar com ele no colo é uma tortura. E também não dá para ficar no ar condicionado direto, infelizmente. =’(
Mas bom, mesmo com a demora que eu disse que iria tentar não ter está aqui mais um capítulo. Espero que gostem e curtam.
Agradeço de coração a todos que comentaram e favoritaram, vcs não sabem como eu fico feliz com isso. Muito obrigada mesmo a todos, de coração.
“Quero dedicar esse capítulo a minha amiga do coração que está sempre me acompanhando desde os tempos mais primórdios de Tilintar até hoje, me alegrando com seus comentários super empolgados e alegres Akane2323. Amiga esse é para você viu?!!! Espero que goste. ”
Desejo que nesse ano que logo mais chegará todos possam alcançar seus objetivos e ter uma vida melhor, com muita paz e harmonia. O mundo inteiro precisa de paz.
Perdão pelos possíveis erros de qualquer espécie, bjs no kokoro e boa leitura!! <3 <3 <3

Capítulo 2 - Que calor! Que mau humor!


Fanfic / Fanfiction Uma estranha no ninho - Vol. II - Que calor! Que mau humor!

Anata dare? (Quem é você?)

Keiko ficou imóvel; perplexa. Completamente sem reação ao ouvir a pergunta balbuciada de sua irmã mais velha. O coração batia tão rápido que parecia sacolejar seu corpo inteiro. Aquela era a última pergunta que imaginou receber de Kyoko.

A kitsune piscou letárgica uma vez e na segunda vez não abriu mais o olho.

Keiko tentou sussurrar alguma coisa, qualquer coisa na tentativa de manter Kyoko acordada, mas o susto que levou foi tão grande, tão inesperado que sua voz se tornou um fio. Uma lágrima solitária escorreu por seu rosto pálido. Aquilo só podia ser um engano, um pesadelo.

— Ky...Kyoko...- sussurrou, sentindo um desconforto no ventre ao sentir seu bebê também reagir.

Nervosa por Kyoko e agora por seu filho, Keiko achou por bem sair dali. Precisava de ajuda, ou melhor dizendo: respostas. Resposta essa que Saga teria de lhe dar.

Caminhou cambaleante, se apoiando nas paredes do corredor extenso que levava até a bela e de muito bom gosto sala da casa de Gêmeos. Aiolos que até então gargalhava com Saga sobre alguma bobagem levou um susto ao ver Keiko extremamente pálida.

— KEIKO! – desesperou-se Aiolos e Saga. Ambos levantando numa carreira só.

— Olos! – gemeu a garota, levando uma mão a boca na tentativa de conter o choro.

— O que houve? – indagou Saga nervoso.

— Ela...ela acordou, mas...ela...ela...

— Acordou?! Impossível! Só faz seis horas que Naomi a pôs para dormir, ela não poderia acordar.

Preocupado Saga correu até o quarto, aproximou-se de Kyoko e a olhando com atenção. Sentando ao lado dela na cama enorme tocou de leve em seu rosto primeiro, mas ela não esboçou nenhuma reação, depois tocou mais forte um pouco, mas nada bruto, só deixando sua mão inteira deslizar pelo rosto plácido dela.

— Kyoko. – cochichou e nada. Kyoko ainda estava dormindo.

— O que está escondendo de mim?

Saga fechou os olhos por alguns instantes. Ainda não havia dito a Keiko que Kyoko não sabia que estava viva por conta de sua gravidez de risco. Aiolos estava muito feliz com seu bebê que chegaria logo e por medo da garota não suportar Saga achou melhor acatar o pedido do amigo. Precisava dizer a Kyoko primeiro sobre a irmã antes da mais nova saber da dura e cruel nova realidade imposta por Hiroaki. Mas infelizmente o plano não deu muito certo graças a ansiedade de Keiko.

— FALA! – berrou a garota.

— Keiko, calma! Olha o nosso filho! – repreendeu Aiolos preocupadíssimo.

Saga respirou fundo, passou a mão nos cabelos longos e virou; o olhar triste de quem não sabia nem como começar. Na verdade, Saga não sabia nem exatamente o que dizer a cunhada. Nem ele sabia ao certo o que estava na cabeça de Kyoko.

—Eu não consegui conversar com ela muito bem. Não posso dizer a você coisas dais quais não tenho certeza. – tentou argumentar.

— Então, diz logo o que você sabe, Saga! – berrou nervosa.

—Ela não lembra de você! – ditou imponente de uma vez. Keiko paralisou. — Eu não sei ainda o que foi que aquele...miserável pôs na mente dela. A única coisa que eu sei foi que ele tirou tudo, tudo da mente da Kyoko que pudesse fazer ela lembrar de mim e isso pelo visto incluiu você.

— Então...ela...realmente não lembra de mim? Ela...não sabe quem...eu sou?  – balbuciou.

— É...- fez uma pausa. — Keiko, eu sei que para você isso é um golpe duro. Acredite, não é diferente comigo. Você não faz ideia do que passei, eu quase não consegui trazer a Kyoko para cá. Nós não fazemos a menor ideia de como a cabeça dela está realmente. Vamos deixar ela acordar primeiro, se recuperar do susto de estar aqui no nosso mundo, do trauma e principalmente das feridas da batalha que são muitas. Temos que ter paciência. Tenha paciência, eu sei que é difícil, mas mesmo assim dê um tempo a ela e a mim também, e eu prometo que vou conversar com ela.

Keiko passou a mão no rosto, secando as lágrimas. Então aquilo não havia sido um engano. Kyoko realmente não lembrava mais que tinha uma irmã.

— Saga tem razão. Vamos para casa, você precisa descansar pelo nosso filho. - realçou sagitário abraçando Keiko.

— Você...vai mesmo conversar com ela sobre mim, não vai? – choramingou

—É claro que eu vou. – respondeu gêmeos com toda sua paciência e bondade.

Keiko deu um riso triste, caminhou novamente até a irmã dando um beijo terno em sua testa e saindo com Aiolos logo em seguida.

Saga bufou; sabia que aquilo aconteceria mais cedo ou mais tarde. Lógico que preferia que fosse mais tarde, mas nem sempre as coisas aconteciam como desejava. Imaginava e entendia o estado de nervos de Keiko. Além de estar com uma gravidez de risco, a saudade que sentia da única família viva que possuía era demais para suportar. Keiko havia insistido muito em ir para o Makai atrás da irmã, mas com uma barriga de quase nove meses nenhum deles em sua sã consciência permitiria uma loucura como aquelas e muito menos Aiolos, o pai do bebê.

Devagar Saga voltou a repousar ao lado de Kyoko. Não percebeu quando acabou cochilando e só acordando duas horas depois. Suspirou preguiçoso, levantando com cuidado  cobriu Kyoko e saindo logo em seguida. Achou por bem deixar a porta do quarto entre aberta e seguiu direto ao quarto de Kanon. Sorriu de lado ao ouvir a risada safada do mais novo ao telefone e pelas palavras nada castas só poderia estar falando com Thetis.

Bateu na porta duas vezes e quando bateria pela terceira vez Kanon berrou autorizando sua entrada.

— Oi! – sorriu o mais velho.

— Oi! E aí?! Dormiu bem? Eu tive que dar uma saidinha. – sorriu de lado.

Saga ergueu as sobrancelhas e sorriu, balançando as duas mãos em sinal para que Kanon não prosseguisse. Depois daquele sorriso com certeza não era com Thetis que seu safado irmão mais novo estava falando.

— Ah, qual é! Não faz essa cara de santo por que sei que você não é.

—Eu não preciso mais disso meu caro irmão. – volveu Saga caminhando até a poltrona próximo a janela.

— Agora né?!

— O que posso fazer se nem todos têm sorte. – zombou cruzando os braços.

 — Canalha! É isso que você é. Um canalha, filho da mãe de sorte. -devolveu rindo sarcástico.

— É, eu sou sim, mas não foi para discutir sobre a minha sorte que vim aqui.

Kanon franziu o cenho sem desfazer o sorriso, mas estranhando a mudança de postura do irmão. Sentou mais na ponta da cama para observar seu gêmeo mais de perto. Saga respirou fundo, olhando dentro dos olhos do outro.

—Eu vim saber se você não tem mais nada para me contar sobre a troca do corpo da Kyoko. - foi direto.

Kanon arregalou os olhos pela surpresa e principalmente pelo tom ameaçador na voz igual a sua.

—Como é que é?!

—Eu quero saber se você não tem mais nada para me dizer...

—Eu entendi o que você falou...- interrompeu ríspido. —...eu só não estou entendendo o motivo dessa pergunta e muito menos gostando do tom que está usando.

Saga manteve o silêncio, prestando atenção em todas as reações de seu irmão.

 —Acha que estou escondendo alguma coisa de você? É isso? - ficou de pé. Não conseguia acreditar e muito menos entender aquele papo de Saga.

 —Sim, eu acho que sim. - provocou. Mesmo não querendo era um mal necessário.

— Hã! Não acredito nisso. Eu fiquei na merda por sua causa, me senti um idiota, um filho da puta por ter cometido a burrada em deixar o corpo da sua amada kitsune sozinho e terem levado o corpo morto dela. Aí você vem aqui me acusar de estar escondendo alguma coisa de você?! Você acha o que Saga? Que eu estava junto daqueles miseráveis e que entreguei o corpo dela de propósito? Que foi eu quem deixou que eles a levassem? Que eu vendi a porra do corpo dela? - bradou irritado. A voz grossa parecia um trovão.

Um silêncio estranho se instalou no quarto. A troca de olhares parecia que não acabaria e que a qualquer momento incendiaria o quarto inteiro. Kanon não conseguia acreditar que seu irmão estava realmente o acusando de ter entregado o corpo de Kyoko de propósito aos youkais. Já Saga entendeu perfeitamente o que tinha acontecido. Nunca desconfiou do irmão e por mais que ele tivesse sido um canalha em boa parte de sua vida, para Saga aquele Kanon não existia mais. Não conseguia desconfiar ou acreditar que seu gêmeo pudesse fazer alguma coisa para prejudica-lo e mesmo sabendo que poderia ferir seu irmão com aquela indagação ele ainda assim tivera que realizá-la.

— Você não confia em mim, não é?! - o semblante decepcionado de Kanon fez Saga estremecer. — Nunca confiou.

— Isso não é verdade. - rebateu Saga ficando de pé.

 —É isso sim...- deu um passo para trás ao notar a aproximação do outro. — ...eu sempre vou ser aquele traidor aos olhos das pessoas. Aos seus olhos.

Saga sentiu o peito doer com as palavras de Kanon. Sabia que poderia ofende-lo com aquela questão, mas era algo necessário. Doloroso, mas necessário.

—Não é isso Kan...- se aproximou mais, segurando no braço do mais novo para que ele não se afastasse mais. Agora depois de ter suas respostas precisava consertar o estrago. —...eu nunca olhei você assim. - puxou o outro para mais perto. — Olha me perdoa, eu não devia ter feito isso.

Kanon levantou os olhos só um pouco, fixando-os no do irmão.

—Então, porquê fez?

— Porque foi necessário. - fez uma pausa. Sorriu pacífico se aproximando mais e abraçando o irmão. Kanon não ofereceu resistência, mas também não retribuiu. — Não fique zangado comigo. Olha, amanhã eu vou ter com Shion e quero que vá comigo.

 — Eu preciso ir ver o Julian amanhã. Era para eu ter ido hoje. Ele tá enchendo o saco.

— O senhor Poseidon pode esperar um pouco. O assunto com Shion é sério e do seu interesse.  

Kanon ficou pensativo. Mas que merda Saga estava querendo afinal? Por que ele simplesmente não podia dizer de uma vez?

Bufou rendido e ainda aborrecido. Olhou para o sorriso amigável de Saga e sentiu vontade de soca-lo por ter dito aquelas coisas, mas assim que se livrou dos braços do outro e abriu a boca para descarregar sua frustração, e exigir uma resposta cabível ambos os Gêmeos foram atraídos pelo ranger da porta do quarto. Com o olho âmbar Kyoko observava o diálogo com curiosidade e o rosto ainda amarrotado por conta do sono. Saga sorriu ainda mais satisfeito em vê-la acordada outra vez.

— Vem cá. - falou Saga estendendo a mão direita para ela.

Kanon sentou na cama ainda sob o olhar curioso dela. Kyoko empurrou a porta, mas não entrou. Ficou parada no mesmo lugar, observando a feição carrancuda do gêmeo mais novo. Era como se esperasse o momento certo para cruzar o caminho daquela cópia de seu amado.

—Kyoko!

Ela piscou enfim mudando seu foco de atenção para Saga.

Incomodada com a presença de Kanon, Kyoko abaixou as orelhas para trás e com passos curtos, e rápidos avançou até Saga. Kanon riu da situação; bem que Shion havia dito que ela não era diferente das raposas normais. Até o jeito de se encolher e andar na ponta dos pés quando estava com medo Kyoko tinha. E era engraçada aquela situação e ao mesmo tempo fofa.

—Pelos deuses! Até o jeito dela andar é igual de uma raposa assustada. – Kanon riu, vendo ela se aconchegar nos braços de Saga, se refugiando naquela muralha de 1,88 m.

—Tá com fome? - Saga perguntou dando um beijo na testa dela.

—Estou.

—Bem lembrado! Também estou morrendo de fome. - ditou Kanon ficando de pé. Sorriu com o olhar de esguelha que recebeu de Kyoko.

—Eu também estou. Vamos comer?

—Ele não vai com a gente, vai? - indagou Kyoko olhando para Saga.

Kanon cruzou os braços sem tirar os olhos de Saga que prendia o riso. Aquela cara de coitada de Kyoko era muito cômica.

—Bem...eu não posso proibir o Kanon de andar pela casa. Ele também mora aqui.

—Mas eu não quero que ele vá.

 — Ahhh! Não quer que vá?! Poxa! Que coisa! Justo hoje que eu pedi a nova serva para fazer umas pizzas para comer com meu irmão. – frisou bem. Kyoko não gostou. —  É uma pena, mas acho que você terá que comer sozinha. - segurou no braço de Saga começando a puxa-lo. —Vem Saga! Vamos comer.

Kyoko arregalou o olho, agarrando ainda mais em Saga para impedir que ele fosse com Kanon. O marina riu por dentro e Saga não aguentou dando um gargalhada alta.

— Não! Ele me pertence! – afirmou a kitsune quase gritando.

—Te pertence?! Acorda ôh maluca! Ele é meu irmão.

Kyoko apertou o cenho e começou a rosnar. Quem aquela cópia fajuta pensava que era para achar que podia tirar seu humano de si assim?

—Ah! Kanon para de perturbar ela.

—Eu?!! Agora a culpa é minha? Foi ela quem começou. - se justificou falsamente. A verdade era que estava se divertindo com aquilo.

—Você também não está ajudando, meu querido irmão. - rebateu Saga. Segurou o rosto dela entre as mãos e observou o curativo.

— Ah! Quer saber? Fica aí com essa chaaaata! Eu vou comer as minhas pizzas. Se você quiser...Hime-sama...-zombou. —...pode comer os pães velhos com um copo d'água. Fui!

E dito isso Kanon saiu.

—Você não vai deixar ele fazer isso comigo, vai?! - os olhos de Kyoko brilharam, abaixando as orelhas e fazendo um biquinho.

Saga riu. Kyoko era uma figura mesmo.

—Claro que não! Agora vamos, também estou com fome.

 

 

♊oOoOo♊

 

 Ao chegarem à cozinha a serva que substituía Julieta ficou embasbacada quando viu Kyoko pela primeira vez. Ela era nova no santuário, mas já tinha ouvido falar na raposa youkai que vivia na casa de Gêmeos. Mas ver a kitsune ao vivo e a cores era muito diferente. Kyoko era a coisa mais incrível que já tinha visto até aquele momento. Simplesmente não conseguia parar de olhar. A raposa não gostou muito dos olhares que recebeu. Não gostava de humanos e ser observada com tanta curiosidade a incomodava muito. Era como se fosse um bichinho exótico de algum zoológico ou a aberração de algum colecionador sádico. Mas com a presença de Kanon logo ela abstraiu os olhares da jovem moça.

Não demorou muito para Kanon se deliciar com a doce vingança pelas traquinagens de Kyoko no passado e mesmo com os rosnados e as tentativas de arrancar um pedaço da mão do marina com os dentes faziam o mesmo parar de azucrinar a outra, lógico para o desespero de Saga, mas no fim todos comeram da pizza.

 — Tome, prove esta. - Saga pegou um pedaço da pizza de chocolate com coco com um garfo e deu a ela. Kyoko aceitou de muito bom grado. —Gostou?

—Sim! - sorriu, abrindo a boca novamente como um passarinho faminto. Os olhos se tornando dois riscos enquanto as bochechas cheias e coradas se moviam de forma fofa.

—Ownnn! Que linda! Ela é tão fofa! - riu a serva se encantando ainda mais.

— Fofa? Está dizendo isso por que nunca a viu com ciúmes do Saga. - zombou Kanon.

— Não enche! - rebateu a raposa de boca cheia.

— Viu?! Eu não disse?

Saga riu da situação, mas nada disse. Sabia que a troca de farpas divertia seu irmão e reclamar não adiantaria. Era melhor deixar que eles se entendessem. O máximo que poderia acontecer era Kanon levar uma mordida.

Aproveitou da distração dela com a comida para olhar a ferida da perna. Com cuidado tentou puxar um pouco a atadura, mas estava tão apertada que não conseguiu ver nada.

—Ainda dói?

—Não! - respondeu a kitsune ainda comendo.

—Que ótimo! Termine de comer, vou avisar ao Camus para pedir a Naomi para vir ver você.

Saga deu um beijo entre as orelhas dela e saiu caminhando. Kyoko ficou sentada, com o olho arregalado ao se dar conta de que estava sozinha com Kanon. O marina sorriu de lado e piscou propositalmente. Sem ter muito o que fazer a raposa segurou uma fatia de pizza com a boca e ainda pegando mais duas em velocidade recorde, levantou ainda mais rápido saindo correndo atrás de Saga.

 

 

♊oOoOo♊

 

Na casa de Aquário, Camus havia acabado de sair do banho. Estava um calor insuportável naquele dia mesmo ali na Casa mais fria entre as doze. Bufou em frente ao espelho, observando em seu peitoral as gotículas sem saber se era água ou suor. Que irritação! Era só o que conseguia ter naquela maldita estação do ano. Ela tinha necessidade mesmo de existir? Ahh...como sentia falta da Sibéria.

— Deixa eu adivinhar? Está ainda mais irritado do que ontem por conta do calor?

— Por que você sempre cisma de entrar na minha casa e principalmente no meu quarto sem bater? Sabe que non gosto disso. – pronunciou sério jogando uma das toalhas na poltrona.

—Alguém já lhe disse que fica ainda mais lindo e sexy quando está bravo?

Camus bufou. Não estava com o menor ânimo para cantadas àquela hora e principalmente com aquele calor.

—Naomi, s'il vous plaît(por favor) eu non estou com paciência agora. – caminhou um pouco. — Agora se der licença eu preciso me trocar.

A youkai sorriu ladina, observando as costas largas pelas brechas que o cabelo enorme de Camus deixava. O cheiro bom do shampoo se misturando com o cheiro do sabonete perfumado estava deixando-a ainda mais inquieta. Sabia que o aquariano ficava insuportável naquele calor. Milo já havia lhe avisado e os resmungos do dono da casa enfatizavam ainda mais sobre aquilo, mas mal ele sabia que Naomi adorava a cara de bravo que ele tinha. Deixava-o ainda mais bonito e misterioso. Aquela seriedade toda se tornava um chamariz ainda mais a youkai que adorava a sensação de perigo.

Camus passou a mão na franja farta a jogando para trás, pegou o desodorante dentro do guarda roupa colocando nas axilas, em seguida pegou uma cueca box vermelha e quando se virou para vestir deu de cara com Naomi. A youkai sorriu ainda mais, fechando os olhos e farejando o cheiro do perfume dele. A proximidade dos corpos era tanta que podia sentir o calor que saia do corpo dele. Camus ficou sem reação de início, observando a youkai farejar literalmente seu corpo como um animal a procura da presa. Aquilo foi estranho, muito estranho, mas ao mesmo tempo excitante. O sorriso de Naomi deixava claro o quanto havia gostado do cheiro que sentia; o cheiro de homem, do homem que Camus era.

—Você está mal-humorado demais... - Naomi sorriu ainda mais. Os olhos azuis desejando sem a menor dor na consciência o que via. — ... e pelo que senti...- mordeu os lábios. —...não é só por causa do calor.

Camus engoliu em seco. Já havia flertado com Naomi antes, mas nada se comparava com aquilo. Sinceramente não achava que os olhares dela passariam daquilo, não que não tivesse gostado, mas sim por ter sido realmente pego de surpresa. O jeito predatório que ela olhava para seu corpo e principalmente para a única coisa que cobria sua nudez, a toalha, deixava muito claro o que ela queria e o que queria dizer. Seu corpo esquentou ainda mais e seu coração pulou dentro do peito.

Naomi percorreu todo o corpo do cavaleiro de Aquário, observando com ganância a pele leitosa que ele tinha e que queria provar. Queria muito provar.

Deu um passo a mais na direção de Camus; ele ficou do mesmo jeito, parado e sem dizer nenhuma palavra. Os olhos sérios observando o rosto e todos os movimentos que Naomi começou a fazer. Ela levou ambas as mãos ao nó da toalha puxando o tecido para que fosse ao chão. Sorriu ainda mais, encarando o francês que não esboçou nenhuma reação mesmo sentindo seu membro ficando cada vez mais tenso até roçar na barriga da youkai.

Satisfeita com a resposta do corpo do francês, Naomi aproximou o rosto do dele, fazendo Camus abrir os lábios na antecipação do beijo, mas para sua surpresa ela desviou, indo para o pescoço e sentindo o cheiro dele ainda mais. Camus suspirou indignado, mas também satisfeito; os lábios macios provando sua pele alva, a língua experimentando o sabor salgado do suor e da água que ainda escorria dos cabelos dele. E era uma delícia, assim como imaginou. Tocou o abdômen com a ponta dos dedos, dedilhando os gominhos adquiridos pelos anos e anos de treinamento, a macies da carne branca de qualidade que aquele homem sexy tinha. Continuou descendo; mordiscou um dos mamilos rosados só para ouvir a voz rouca dele, mas Camus era obstinado e não deixaria seus gemidos serem ouvidos sem esforço e dedicação à altura. Sorriu maliciosa e ansiosa ao sentir o pênis roçar entre seus seios; continuou descendo, degustando o umbigo e enfim ficando cara a cara com o sexo dele.

  — Ual!! É lindo! – ajoelhou de frente a ele, deslizando com aponta dos dedos o prepúcio que ainda cobria o que seria seu parque de diversões. — Lindo!

Camus abriu os lábios e fechou os olhos só por alguns segundos ao sentir a língua quente tocar a parte de baixo da glande, bem no frênulo. Mirou extasiado a youkai contornar e molhar todo seu membro de saliva e finalmente gemeu rouco ao ter-se inteiro dentro da boca dela. E que boca deliciosa era aquela; molhada, macia e quente. Chupando seu membro em uma lentidão torturante. Os dentes raspando de leve, alternando entre as leves chupadas dada ali. Naomi girou os olhos sob as pálpebras, adorando o gosto que ele tinha, a textura da pele fina e rosada, a glande macia, as veias saltadas atritando com sua língua, deslizando de forma perfeita por seus lábios em uma carícia safada e muito, muito prazerosa.

Camus até que tentou, mas conter seus instintos mais primitivos diante daquela chupada incrível era impossível. Deixou seus gemidos roucos finalmente aos ouvidos de Naomi, agarrando nos cabelos da nuca dela para se arremeter ali com mais velocidade e no ritmo que gostava - não que já não estivesse gostando do jeito que ela fazia.

A youkai segurou nos quadris dele, sugando ainda mais forte enquanto sentia o vai e vem em direção a seus lábios, a saliva escorrendo, molhando todo aquele membro grande. Os gemidos do francês aumentando em cada estocada, se arremetendo e delirando com a massagem que a garganta dela fazia em sua glande. Naomi sorriu por dentro, aguentando o impulso do corpo dele contra seus lábios do jeito que o satisfizesse, sentindo o pênis pulsar dentro de sua boca no indício do gozo iminente.

Delirando de prazer, Camus agarrou ainda mais forte os cabelos dela, o corpo começando a convulsionar e as pernas a adormecer.

—É isso que você quer non é?! Leite?! Então toma. - gruiu ofegante.

Naomi apertou os olhos, sentindo o gosto forte de Camus inundar sua boca em jatos. A mão dele agarrada em seus cabelos como se pedisse naquele gesto para livra-lo daquela tortura prazerosa. Os gemidos roucos do francês intocável embalando seus ouvidos, o corpo estremecendo eletrificado pelo orgasmo era lindo. Camus era todo lindo, perfeito! O gozo quente e forte, escapando pelos cantos dos lábios dela enquanto grande parte descia garganta a baixo, dando a youkai finalmente o que ela queria.

E depois de muito ofegar e gemer as sensações espetaculares do orgasmo foram deixando o corpo de Camus; a respiração se acalmando assim como os espasmos. As pálpebras devagar foram revelando o êxtase dentro das íris azuis. Naomi rodeou os lábios com a língua, distribuindo ali o restando do prazer dele, ficando de pé e obrigando o cavaleiro a provar do próprio sabor. Camus arfou dentro do beijo afoito, o calor aumentando de forma absurdamente excitante. As mãos firmes e levemente geladas esmagaram as nádegas cheias da youkai, empurrando o corpo dela de encontro ao guarda roupa. Naomi gemeu pelo impacto, mas mesmo assim não parou, levando as mãos a alça do vestido e começando a tirar de qualquer jeito.  

Camus abaixou só um pouco, enfiando a mão por baixo da roupa dela e massageando o seio, os beijos descendo pelo pescoço até alcançar o outro seio. Mordiscou, chupou e lambeu várias vezes; Naomi gemia descontrolada. Nem conseguia se lembrar da última vez que fizera sexo na vida graças a Suzuki. Os lábios naturalmente frios de Camus era um contraste absurdo com o calor que sentia, os dedos dele igualmente frios tateando seu sexo com intensidade. Camus nem precisou se esforçar muito, pois a youkai estava tão molhada que podia sentir escorrer por sua mão. Ele sabia que ela não deveria ter sido tocada por anos e isso aumentava e muito sua satisfação.

— Ahhh...Camus!! Enfia logo isso! – pediu nervosa, louca de prazer.

— Assim? – perguntou fazendo o que ela queria, metendo dois dedos dentro dela de uma só vez.

—Ahhhhh...sim! Isso! – gemia a youkai.

Não demorou muito para Camus conseguir fazer Naomi chegar ao clímax aos berros e quase desmaiando. A sensação de quase ser virgem outra vez era dolorosa, mas muito bom. Sem dar tempo a ela de se recuperar e ainda sentindo os efeitos do orgasmo, Camus agarrou a morena pelas coxas, a jogando na cama e já se encaixando no meio dela. Naomi não se fez de rogada, abrindo bem as pernas para delirar com o membro dele pedindo passassem em sua vagina apertada. A perna direita suspensa pela mão dele com toda certeza ficaria marcada pela força que – sem querer – Camus impôs ali. Naomi era apertada demais, como uma virgem, só que não era.

—Ca...Camus...

Putain!(Porra!)...Eu nem me lembro...a última vez que comi uma virgem tão gostosa. – falou se aproximando dela.

—Seu...cínico! Eu não sou virgem!! – gruiu Naomi sentindo ele se enterrar todo.

—Eu sei que non. Do jeito que você chupa é impossível que fosse.

Camus sorriu finalmente; sacana, safado. Colocando mais força nas estocadas e se arremetendo sem dó: lento, mas firme, sacolejando o corpo delgado da youkai que só fazia gemer. Camus não precisava dizer, mas em seus gemidos e feição deixava claro o quanto estava adorando fazer aquilo com ela. Naomi era linda, tão linda quanto a kitsune de Saga. Os cabelos negros, grudados no corpo suado, contrastavam de forma sexy na pele branca e olhos azuis. A voz sexy massageando seus ouvidos e o ego masculino e atiçando o instinto primitivo que Camus só mostrava quando estava na cama. Ali entre os lençóis, o francês sério e frio era um amante incrivelmente quente e sexy.

E dominada totalmente por aquele homem, Naomi fazia e dizia tudo que ele lhe pedia, sem negar nada. Não queria negar absolutamente nada naquele momento e muito menos impedir qualquer coisa que viesse dele. Nem os puxões firmes em seus cabelos e muito menos as palmadas em seu traseiro já marcado, o palavreado obsceno que só ali Camus pronunciava sem a menor dor na consciência, a chamando de nomes que jamais pensou ouvir sair da boca que antes parecia tão casta. De quatro sentia sem dó nem piedade todo o tesão que ele tinha, entrando e saindo de sua vagina, batendo a pelves contra seu bumbum com intensidade. Naomi sentiu os braços fraquejarem, deixando seu tronco deitar sobre a cama, os gemidos aumentando ao sentir Camus se mover ainda mais rápido.

— Ahhh...Ah...Camus...eu...não aguento mais. – balbuciou entre os gemidos

Camus sorriu de lado, deitando sobre o corpo inclinado de Naomi e mordiscando seus ombros, mas sem parar de se mover.

—Non aguenta? Ahn? – meteu mais forte. —Pensa que non entendi o que quis dizer? Que eu estava mal-humorado porque precisava transar, foder...ahn?! Non era isso que você queria dizer? Responde!

— Ahhhh...Sim! Sim! Era isso sim! – quase berrou sentindo as pernas começarem a adormecer.

— Então, já que se propôs a acabar com meu mal humor você terá que aguentar.

Camus se reergueu novamente, parou só por alguns segundos graças a algo que lhe incomodou através do cosmo, mas logo continuou segurando nas ancas de Naomi e aumentando a intensidade, e velocidade dos movimentos. Sabia que ela estava prestes a gozar. E também estava chegando ao seu limite. Naomi apertou os lençóis, fechando os olhos com força quando o orgasmo chegou arrebatador, sacolejando seu corpo e estrangulando Camus dentro de si. O cavaleiro apertando a carne da youkai, se enterrou mais uma vez e na segunda saiu de dentro dela, deixando seu sêmen lavar a bunda linda que Naomi tinha, masturbando-se freneticamente a cada jato que saia de seu membro. Camus não disse nada, mas assim que ela começou a chupa-lo anteriormente não conseguiu parar de imaginar gozar sobre aquele traseiro. Sorriu satisfeito, observando ela se acomodar em sua cama completamente exausta e ofegante. O corpo lindo ainda tremulo e molhado de suor. Camus ainda deslizou a mãos sobre a pele dela, espalhando seu prazer por onde podia alcançar. Era uma sensação boa saber que tinha tido o privilégio de fazer sexo com ela.

Pardon mon cher, eu machuquei você? – indagou beijando o ombro e o rosto dela.

 — Não! Você...foi incrível! – sorriu, virando um pouco para provar os lábios dele. — E um puto maravilhoso.

—Que bom que gostou. – fez uma pausa beijando o pescoço dela. Naomi sorriu ainda mais, dando espaço para ele continuar. — Saga precisa que você vá a casa de Gêmeos. A Kyoko acordou.

Naomi crispou o cenho sem entender muito bem aquela informação. Como assim Saga precisava de si? E em que momento Saga havia falado com Camus se ele estava em Gêmeos cuidando de Kyoko? Virou de frente para o francês e depois de alguns segundos a ficha caiu.

— Espera aí! Ele falou com você enquanto estávamos transando? – perguntou sem conseguir acreditar.

— É o mal quando se comunica através do cosmo.

Camus sorriu de lado, ficando de pé e puxando a youkai consigo para mais um de seus milhares banhos naquele dia.

 

Continua...


Notas Finais


Hentaizinho pra fechar o ano e iniciar o novo kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...Camus arrasando com a Naomi.
Bjs gente e obrigada. Se possível deixem um rewiezinho aí para nós?! Só unzinho, mesmo pequenininho eu já fico feliz. Kkkkkkkkkkk...
またね。;D


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