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História Uma Garota Extraordinária - Tentando entender a situação


Escrita por: akathejoker

Capítulo 2 - Tentando entender a situação


01/02/11 7:00

Todo esses flashbacks acabou me atrasando para aula, eu devia ter saído de casa 6:50, parece que 10 minutos não faz diferença para algumas pessoas, bem no meu caso faz diferença e muita. Tenho costume de acordar 6:30 da manha a aula começa 7:00 sim eu sei devia levantar um pouco mais cedo mas não moro tão longe do colégio, é só o meu  jeito de andar feito uma lesma que me atrasa, peguei minhas coisas e sai correndo, quase caio descendo as escadas desesperada, abro a porta e continuo correndo, derrubando algumas canetas que ficam no bolso da frente da minha mochila estilo anos 90 preta, nem prestei atenção na minha roupa só peguei a primeira que vi. Depois de uns 10 minutos correndo feito uma condenada chego no colégio, paro na frente dele ofegante, abro minha mochila e vejo a hora e era 7:15, eu estava muito atrasada ainda mais para um primeiro dia de aula, guardo meu celular de volta, já que tinha perdido a primeira aula, resovi descansar um pouco pois ainda estava bastante ofegante, depois que parei de malhar fiquei mais sedentária, sentei num banco de frente para escola e fiquei olhando a, por um tempo, aquela escola grande, branca, portas grandes de vidros, nada de diferente, os flashbacks começam de novo.

31/03/10 7:45 A.M

Fiquei parada perto do bebedor, pensando com o copo de água na mão, sinto minha cabeça doendo, tudo começa a gira bem de leve, depois começa a ficar cada vez mais forte, corro em direção a porta de saída que ficava ali do lado. Saio para fora, fecho os olhos e sinto o ar puro, ainda meio tonta vou sentar em um banco de madeira de baixo de uma grande árvore, coloco a mão na cabeça, "deve ser só estresse" penso, olho para minha frente e vejo uma mulher aparentando ter uns 30 anos por aí, com uma blusa de couro preta, um jeans preto, e o sapato ou tênis que ela estava usando não prestei atenção, ainda estava me recuperando da dor de cabeça. Ela não parava de me encarar, pisquei os olhos para ver se não era alucinação, olhei para trás para ver se era outra pessoa que estava esperando mas quando viro para ver se ela ainda estava lá, não a vejo mais. Esqueço tudo isso e volto para dentro do hospital, olho para um lado e quando olho pro outro dou de cara com o Collin Fontaine , ele sorri e fala.

-Hey, é...

Fala tentando lembrar meu nome, ele desiste passa a mão na cabeça e sorri, olhando para o chão.

-É Evelyn.

Falo com cara de desânimo que por acaso era a primeira coisa que eu pensava quando via ele, total desânimo, qual é a graça de estudar 10 anos com a mesma pessoa e você não souber pelo menos o nome dela, tudo bem se ele não fosse da minha sala mas o problema é que ele é e senta atrás de mim, todas as aulas!

-Evelyn, sabia haha.

Ele ri como se realmente soubesse meu nome, sorrio de volta com a mesma cara de desânimo, com as mãos no bolso agora, olhando pro lado.

-Então o que aconteceu?, porque tá aqui?

Olho para ele e falo.

-Meu pai...Câncer.

Ele faz cara de surpreso e responde.

-Sinto muito, se tiver qual quer coisa que eu possa fazer, não hesite em me pedir.

Fala sorrindo, olho para o lado e respondo.

-Obrigada, vou ver se ele tá bem...

Ele faz sim com a cabeça e fala.

-Vai lá...

Sorrio e vou pelo corredor que tem o elevador, aperto o botão e espero chegar. Ele chega, abre e entro, quando a porta tá quase fechando, alguém coloca a mão para segurar e abre, vejo uma garota da minha idade, pera é a Calla Smith, meu Deus fazia tanto tempo que não a via, ela era uma amiga minha do 7 ano que saiu do colégio porque a mãe dela teve que se mudar pra Los Angeles por causa do trabalho, ela é empresaria de uma companhia  multinacional, quando ela me viu sorrio e falou vindo na minha direção.

-Meu Deus é você mesmo Evelyn, não tô acreditando, vem cá.

Respondo sorrindo enquanto ela vem me abraçar.

-Eu mesmo. Eai como foi Los Angeles?

Ela me solta e fica do meu lado enquanto o elevador sobe.

-Foi maravilhoso mas eu tinha que vim ver minhas amigas não estava aquentando mais de saudades.

Ela estava mais linda do que normal, loira com cabelos grandes, olhos azuis, branca, a mudança fez bem para ela.

-O que você está fazendo aqui Evelyn?

-Meu pai esta com câncer.

Ela fica surpresa e responde.

-Serio? Me fala o que eu posso fazer?

-Os médicos disse que o tipo de câncer que ele tem que é no cérebro estágio 4 é o mais difícil de ser curando pois é o estágio fin...

O elevador balança e a luz acaba, ele balançou por pouco tempo mas foi forte, quase caio, me apoio na Calla que quase cai também, ela pega o celular da bolsa e liga a laterna, quando começamos a ouvir gritos de pessoas vindo do segundo andar, começo a me preocupar com meu pai que estava no quarto andar, a gente tinha parado no terceiro, ouvimos mais gritos...

31/03/10 8:20 A.M

A luz volta e vejo Calla tirando algo da mochila quando menos espero era uma seringa com algo verde, dei um passo para trás e olhei para ela e falei apavorada:

-Calla o que é isso?

Ela sorri e fecha os olhos rapidamende, abre os olhos e olha para mim de cima para baixo e começa a falar.

-Você acha mesmo que eu ia voltar aqui só porque estava com “Saudades”, haha, você continua a mesma garotinha medrosa de sempre, você acha mesmo que alguém se importa com você deve ser por isso que sua mãe te abandonou!

Falou vindo em cima de mim enquanto eu só estava preocupada com aqueles gritos, se o meu pai estava bem, só queria sair de lá, respondo ela saindo de perto dela indo para o outro canto do elevador.

-Calla, por que você ta fazendo isso? Nós não temos tempo para briguinhas infantis precisamos sair daqui, preciso ver se meu pai est...

Sou interrompida por ela que se vira em minha direção e começa a falar apontando a agulha para mim.

-Você é uma vadia mesmo é isso oque você é, VOCÊ acha mesmo que eu ligo pro o lixo do seu pai ou pra você! Você é uma emaça para todos nós, estou aqui para acabar com esse erro que é você, não via a hora disso acontecer, sinceramente esse ta sendo o melhor dia, desde que sai de perto de você.

Começo a ouvir mais e mais gritos e agora de armas, muitos tiros, eu tinha que sair de lar não ia deixar aquela retardada me impedir mais um segundo, ERA a vida do meu pai que estava em perigo a única familia que eu tinha, não iria deixa-lo. Começei a falar coisas para distrair ela, tinha como sair de lá pelo teto, tinha...O Elevador começou a descer como se estivesse caindo, a luz começou a piscar mais e mais forte, tinha que ser agora.

-Chega de enrolação isso acaba aqui!

Ela falou vindo em minha direção com a seringa tentando me acertar, me viro e corro, ela quase acertar a parede, chuto ela a seringa cai no chão perto de mim, corro para pega-la ela sobe em cima de mim, ela pega a seringa e tenta acertar meu pescoço, ela tava com as duas mãos empurrando em cima do meu pescoço, coloco rapidamente as mãos contra as delas, ouço passos no neto gritando ‘’já terminou? Não temos mais tempo, logo a policia vai ta aqui...” ela era mais forte, tava quase conseguindo quando as portas do elevador abrem, vejo varias mãos empurrando, ela olha para a porta e se destrai, dou um murro na garganta dela, que começa a tossir, coloca as mãos na garganta e sai de cima de mim, levanto e pego a seringa dela e injeto nela mais não todo, deixo um pouco e guardo na minha blusa, ela começa a se contorcer. Corro para a porta e começo a bater na porta desperada gritando socorro e a porta começa a abrir mais e mais, corro para fora e vejo três homens de cada lado, do lado direito vejo o Collin todo sujo de sangue, ele me olha apavorado e fala.

-Evelyn, você tá bem?

-Collin preciso que você me leve para o quarto andar agora!

Um dos homens que estavam com ele fala ofegante.

-Não podemos ir no quarto andar de jeito nenhum, você ta louca menina!

-Eu preciso ir lá senhor, meu pai esta lá, então ou você vem comigo ou saia do caminho!

Falei andando em direção as escadas para o quarto andar, ouço eles conversando alto e ouço os mesmo vindo atrás de mim correndo, Collin chega até mim e fica parado na minha frente.

-Espera, você sabe pelo menos oque esta acontecendo aqui?! Sei que você esta preocupada com seu pai, eu estaria também se fosse o meu pai, mas olha ao seu redor.

Eu estava focada em achar meu pai e sai daquele inferno que nem prestei atenção no que estava acontecendo, quando o olhei para os lados só paredes cheias de sangue, pessoas mortas, fiquei sem reação, não estava querendo ser insensível, só queria achar meu pai, Collin coloca as mãos nos meus ombros e fala olhando para mim, que continuo olhando para o lado vendo um senhor idoso numa cadeira de rodas morto.

-Evelyn uma gangue entrou aqui procurando por alguém, eles não encontraram essa pessoa e sairam matando os que eles viam pela frente, uma enfermeira foi morta na minha frente, literalmente na minha frente, esse sangue todo é dela, eu corri o mais rapido possivel e encontrei esses pacientes que estavam escondidos na sala do zelador, eles estão matando todos de andar a andar. Olho para ele, que tira as mãos dos meus ombros devagar e respondo.

-Se fosse o seu pai você não iria lutar até o final por ele?

-Sim, iria se eu soubesse que ele ainda tem alguma chance, desculpa falar assim mas precisamos ir agora, a policia esta a caminho, quando eles chegarem tenho certeza de que eles vão olhar de andar em andar até achar seu pa...Quando menos esperavos varios caras armados com diferentes mascaras aparecem no final e no começo do corredor, nós deixando sem saida, eu olho para trás e para a frente assim como todos surpresos, Collin vira de para mim e completa o que ele estavam dizendo, pai o seu pai Evelyn, aquele senhor amavel que até hoje não conheci, sabe?! Ele fala baixo olhando para mim.

-Nós estamos F-O-D-I-D-O-S!

Assim que ele termina de fala eles começam a atirar e corremos agachados para um balcão proximo a nós, todos que estavam com a gente foram mortos, só nós dois conseguimos nós proteger pois estavamos mais pertos, os outros nem chance tiveram pois mesmo antes de pensarem em correr já tinham levado mais de 5 tiros.

Os tiros param e uma voz femina fala alto.

-Evelyn Griffin, se você quiser ver seu pai de novo, venha ao terraço, você tem 10 minutos.

Olho para o Collin e pergunto para ela que ainda estava sentado no chão.

-Collin você está bem?

Coloco as mãos no rosto dele que estavam suando, ele olha para mim ofegante e responde.

-Tô sim Evelyn, pode ir não se preocupa comigo, ahh ele grita quando passo a mão sobre a costela dele.

Eu queria ficar e ajudar o Collin mas precisava ir, não podia deixar meu pai lá. Ele olha para mim e fala rindo.

-Vai logo Evelyn, foi de raspão, eu vou ficar bem.

Olho para ele ainda com as mãos no rosto dele.

-Collin Fontaine, prometa para mim que você não ira morrer.

-Pode deixar não vou seguir a luz no final do túnel.

Ele ri rápido e para pois a ferida estava doendo, tiro as mãos do rosto dele, levanto e falo obrigada baixo olhando para ele enquanto ando para trás, me viro e vou correndo para o terraço.



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